Revista Penha | maio 2018

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França. O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

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30.05.2018 Views

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA Revista Mensal Junta de Freguesia da Penha de França jf-penhafranca.pt M FreguesiaPenhaDeFranca P jf_penhafranca nr. 26 mai‘ 18

IGREJA DE NOSSA<br />

SENHORA DA PENHA<br />

DE FRANÇA<br />

<strong>Revista</strong> Mensal<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

jf-penhafranca.pt<br />

M Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />

P jf_penhafranca<br />

nr. 26<br />

mai‘ 18


Propriedade<br />

Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França<br />

Directora<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

Subdiretor<br />

Manuel dos Santos Ferreira<br />

Coordenadora<br />

Teresa Oliveira<br />

Design e Grafismo<br />

Remarkable<br />

Fotografia<br />

André Roma<br />

Impressão<br />

WCC<br />

Tiragem<br />

23.500 exemplares<br />

Distribuição Gratuita<br />

Depósito Legal 408969/16<br />

SEDE DA JUNTA DE FREGUESIA<br />

Travessa do Calado, nº 2<br />

1170-070 Lisboa<br />

Telefone: 218 160 720<br />

Email: geral@jf-penhafranca.pt<br />

Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 18h<br />

ESPAÇO MULTIUSOS<br />

Avenida Coronel Eduardo Galhardo (sob<br />

o viaduto da Avenida General Roçadas)<br />

Telefone: 218 100 390<br />

Email: multiusos@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: 2.ª a 6.ª feira, das 9h30 às 22h<br />

Sábado, das 10h às 19h<br />

Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 17h<br />

ESPAÇO NOVA ATITUDE<br />

Quinta do Lavrado, Avenida Marechal<br />

Francisco da Costa Gomes<br />

Telefone: 210 532 377<br />

Email: espaco.n.atitude@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: 2.ª a 6.ª feira das 9h30 às<br />

13h e das 14h às 17h30<br />

2<br />

O Polo Morais Soares está encerrado por tempo indeterminado.


EDITORIAL<br />

A LUZ, O VALE E O TEJO<br />

A arquitectura de um espaço é uma<br />

realidade em que nem sempre reparamos,<br />

mas tem uma influência grande na nossa<br />

vida.<br />

A forma como um prédio é desenhado<br />

pode, por exemplo, fazer com que uma<br />

habitação seja excessivamente quente ou<br />

excessivamente fria, com consequências<br />

para o conforto e até para a saúde<br />

de quem lá vive, mas também com<br />

implicações económicas e ambientais –<br />

por criar a necessidade de ser demasiado<br />

arrefecida ou aquecida artificialmente.<br />

É, pois, muito mais do que a beleza e<br />

o interesse estético que tanto divergem<br />

de pessoa para pessoa: “Das opções<br />

tomadas no âmbito da arquitectura<br />

e da paisagem decorrem fortes<br />

implicações para o desenvolvimento do<br />

País, designadamente em termos de<br />

sustentabilidade ambiental, económica,<br />

social e cultural, de eficiência energética<br />

e do combate às alterações climáticas,<br />

contribuindo para uma economia mais<br />

competitiva, para uma sociedade mais<br />

digna, justa e inclusiva” resume a Política<br />

Nacional de Arquitectura e Paisagem.<br />

Este mês, celebramos um arquitecto na<br />

nossa revista <strong>Penha</strong>. Celebramos a obra<br />

de Victor Palla, que com o seu colega<br />

Bento de Almeida, desenhou a escola<br />

básica que agora tem o seu nome. Uma<br />

escola que está a ser renovada, mas onde<br />

a qualidade da arquitectura foi – e será –<br />

durante décadas apreciada pelos alunos e<br />

funcionários.<br />

E que mais não seja, por causa dos<br />

janelões virados para o Vale Escuro,<br />

agora mais referido como Vale de Santo<br />

António. Por causa da luz, do vale e do rio<br />

Tejo que entram por essas janelas.<br />

Mas nesta escola há muito mais para<br />

ver. Há exemplos de arte pública de, na<br />

altura jovens, pintores como José Lima<br />

de Freitas e Rolando Sá Nogueira, além<br />

de Victor Palla, um homem multifacetado<br />

com um importantíssimo trabalho, além<br />

da arquitetura, na fotografia, no design<br />

gráfico, na pintura...<br />

Mas volto às janelas viradas para o Vale<br />

de Santo António que nos próximos anos<br />

vão assistir a um período de profundas<br />

mudanças quando iniciar o programa<br />

de construção de habitação a rendas<br />

acessíveis. Aqui se concretizará a <strong>maio</strong>r<br />

operação de requalificação urbana da<br />

cidade, depois da Expo 98 e da Alta de<br />

Lisboa. Depois de décadas de impasse<br />

relativamente a este território privilegiado,<br />

em que existia um modelo de construção<br />

mais ‘virado para o betão’, vai nascer um<br />

parque verde urbano, onde as habitações<br />

estarão harmoniosamente integradas.<br />

Um grande ganho para todos. E que<br />

permitirá que as crianças da Escola<br />

Básica Victor Palla continuem a ver, das<br />

salas de aula, a luz, o vale e o Tejo.<br />

SOFIA OLIVEIRA DIAS<br />

Presidente da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França<br />

sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />

1


PADRE BARTOLOMEU<br />

PÁROCO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA<br />

“Valorizar esta igreja<br />

é mantê-la no seu<br />

estado original”<br />

2


Em novembro, a IGREJA E O ANTIGO CONVENTO<br />

DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA,<br />

atual Direção Nacional da PSP, foram classificados<br />

como MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO, o<br />

que significa que foi reconhecido pelo Estado que<br />

a sua proteção e valorização representa um valor<br />

cultural de importância nacional. Uma distinção que<br />

tardava, mas que põe a nu a necessidade de recuperação<br />

deste património.<br />

O QUE SIGNIFICA A CLASSIFICAÇÃO COMO MO-<br />

NUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO DA IGREJA<br />

DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA? Tal<br />

classificação significa, em primeiro lugar, que a sociedade<br />

civil reconhece que a Igreja de Nossa Senhora da<br />

<strong>Penha</strong> de França tem um valor histórico, patrimonial,<br />

cultural e religioso valioso, que deve ser promovido e<br />

se deve preservar. Para a paróquia é uma honra e, ao<br />

mesmo tempo, uma responsabilidade. Uma honra porque<br />

dá visibilidade à Igreja onde a nossa comunidade<br />

se reúne para celebrar. Uma responsabilidade pois aproveitar<br />

a <strong>maio</strong>r visibilidade que agora teremos dará muito<br />

trabalho. De facto, a partir de agora poderemos escrever<br />

num folheto ‘visite a Igreja da <strong>Penha</strong> de França, classificada<br />

como Monumento de Interesse Público’ chamando<br />

a atenção de quem o lê – e quanto <strong>maio</strong>r interesse do<br />

público existir mais cuidado haverá com a preservação<br />

do espaço. De qualquer forma, teríamos todo o interesse<br />

em salvaguardar esta igreja no seu estado original<br />

mesmo que não tivesse sido declarada Monumento de<br />

Interesse Público, porque isso significa valorizá-la.<br />

DESDE QUE A IGREJA FOI CLASSIFICADA TEVE<br />

APOIO DE ALGUMA INSTITUIÇÃO? A única instituição<br />

que cá veio, a nosso pedido, foi o Museu Nacional do<br />

Azulejo porque está aqui na freguesia e lembrámo-nos<br />

de pedir a sua colaboração. Temos uma grande coleção<br />

de azulejos do séc. XVII ao XIX, alguns sobreviveram<br />

ao terramoto de 1755, e a diretora do museu, com um<br />

pequeno grupo de técnicos, veio cá ver o seu estado,<br />

como se podem valorizar, avaliar a possibilidade de se<br />

fazerem visitas guiadas.<br />

OS AZULEJOS ESTÃO EM BOM ESTADO OU PRECI-<br />

SAM DE INTERVENÇÃO? Os únicos que precisam de<br />

intervenção são os da capela de Santa Mónica, que era<br />

um ex-libris da igreja e que nos anos 60/70 foi transformada<br />

numa sala de reuniões. Um exemplo da ajuda do<br />

Museu é a sacristia, que foi pintada este ano e arrumada<br />

seguindo as indicações da Dr.ª Maria Antónia Pinto de<br />

Matos, a diretora do Museu do Azulejo.<br />

FICOU MUITO BONITA… Sim, é monumental, muito bonita.<br />

Tirámos daqui muitos objetos, para realçar o espaço.<br />

A INTENÇÃO É FAZER UM PROTOCOLO COM O MU-<br />

SEU PARA SEREM PROMOVIDAS AS VISITAS? Exatamente.<br />

O nosso objetivo é que o Museu do Azulejo nos<br />

promova e que nós promovamos aqui o Museu: com o<br />

apoio da Junta de Freguesia vamos tentar criar uma siner-<br />

3


gia entre estes dois polos de património.<br />

Por outro lado, agora também já conseguimos<br />

que a igreja esteja aberta da parte<br />

da manhã, das 10h30 às 12h30, e de<br />

tarde, das 15h às 19h.<br />

VOLTANDO À CAPELA DE SANTA<br />

MÓNICA, O QUE ESTÁ PREVISTO<br />

SER FEITO? Santa Mónica era a mãe de<br />

Santo Agostinho, que fundou a Ordem<br />

dos Agostinhos à qual pertencia este<br />

convento. No séc. XVIII, quando a igreja<br />

foi construída, a capela destinava-se às<br />

pequenas celebrações. E, nas <strong>maio</strong>res,<br />

era por onde o padre entrava na igreja<br />

porque há uma porta que comunica diretamente<br />

com o templo. É muito bonita,<br />

mas foi fechada para fazer uma sala de<br />

reuniões, por falta de espaço. Felizmente<br />

nada foi deitado fora, apesar de os azulejos<br />

estarem todos misturados e fora de<br />

sítio. Pô-los em ordem é um trabalho demorado,<br />

mas não é o mais urgente. Urgente<br />

é deitar abaixo as paredes que ali<br />

foram construídas e dignificar o espaço<br />

para que as pessoas o possam visitar.<br />

E NA IGREJA, HÁ ALGUM MOTIVO<br />

PARA PREOCUPAÇÃO? Sim, há dois<br />

buracos no teto por onde cai água. Entre<br />

o telhado e o teto, no forro, é preciso<br />

fazer uma intervenção para os tapar. É<br />

um problema com dois ou três anos: no<br />

ano passado praticamente não choveu,<br />

não se deu conta, mas agora em março<br />

choveu tanto que começaram a cair fios<br />

de água cá para baixo. E temos um problema<br />

sério com as janelas.<br />

VÃO SER RECUPERADAS? Como estão<br />

a decorrer os trâmites para a declaração<br />

de interesse público, neste momento estamos<br />

apenas a recolher os fundos para<br />

as obras que são necessárias. Entretanto,<br />

pedimos alguns orçamentos a empresas<br />

especializadas nestes restauros,<br />

uma delas aqui da <strong>Penha</strong> de França, e só<br />

depois podemos começar o processo de<br />

recuperação. Ao lado do coro há uma janela<br />

com a massa toda a cair, é uma zona<br />

onde bate muito o vento, noutras até já<br />

caíram vidros, e o vitral do coro também<br />

está a descolar.<br />

NA ZONA DO CORO HÁ OUTRAS<br />

ZONAS A PRECISAR DE INTERVEN-<br />

ÇÃO? Sim, as salas ao lado do coro,<br />

que eram da Real Irmandade de N. S.<br />

da <strong>Penha</strong> de França e têm azulejos com<br />

episódios da vida de Santa Mónica e de<br />

Santo Agostinho. Aqui foram construídos<br />

tabiques que as desvirtuaram, além de<br />

terem as janelas podres. Recuperar isto<br />

tudo vai levar tempo...<br />

E O EXTERIOR DA IGREJA, ESTÁ BEM<br />

CONSERVADO? O beiral, por exemplo,<br />

também precisa de arranjo. É uma zona<br />

muito exposta à chuva ao e vento e precisa<br />

de ser ‘pintada’ com uma espécie de<br />

goma, que segura a pedra e a torna mais<br />

resistente – está a esfarelar-se, às vezes<br />

caem umas pedrinhas lá em baixo.<br />

TÊM VINDO A SER RECOLHIDOS<br />

FUNDOS PARA AS OBRAS? Sim, neste<br />

momento apenas iniciativas dirigidas<br />

ao bairro e a pessoas da paróquia. Não<br />

pedimos fundos à Câmara, nem a outras<br />

entidades como a DGPC ou mesmo organismos<br />

internacionais, como a União<br />

Europeia. Tivemos um concerto com<br />

dois músicos da Gulbenkian, almoços<br />

comunitários, almoços solidários, uma<br />

tarde de cinema, temos a sorte de ter um<br />

salão por baixo da igreja e estas atividades<br />

vão dando algum dinheiro. Também<br />

temos pratinhos com a imagem de<br />

N. Sra. da <strong>Penha</strong> de França, temos também<br />

uns tijolinhos, e cada um dá o que<br />

quer. A Junta de Freguesia vai dar-nos<br />

uma ajuda importante e temos benfeitores<br />

individuais, pessoas que viveram<br />

aqui momentos felizes, por exemplo, e<br />

que querem ajudar, nomeadamente com<br />

donativos no âmbito da lei do mecenato.<br />

Progressivamente vamos angariando<br />

verbas.<br />

A IGREJA CATÓLICA NÃO CONSE-<br />

GUE RECUPERAR A IGREJA COM<br />

OS SEUS MEIOS PRÓPRIOS? A Igreja<br />

tem património que vale muito, mas isso<br />

não significa que tenha muito dinheiro –<br />

e há património emblemático que não é<br />

da Igreja, é do Estado, como o Mosteiro<br />

dos Jerónimos ou a Igreja de Notre-Dame.<br />

Há muita coisa que consideramos da<br />

Igreja, que a usa e mantém, mas não é<br />

da sua propriedade. Por outro lado, vamos<br />

vender património para recuperar<br />

património?<br />

COMO PODE FAZER QUEM QUEIRA<br />

AJUDAR? Pode vir falar comigo, telefonar<br />

para a igreja, enviar um email ou<br />

contactar-nos via Facebook.<br />

4<br />

CONTATOS<br />

Telefone: 218 141 349 / paroquianspenhafranca@gmail.com / www.facebook.com/paroquianossasenhorapenhafranca


NOVA AÇÃO DA PROTEÇÃO<br />

CIVIL DA PENHA DE FRANÇA<br />

No início de abril realizou-se um exercício da Unidade Local de<br />

Proteção Civil da <strong>Penha</strong> de França, mais uma importante ação<br />

para a segurança de todos caso ocorra um indesejável acidente<br />

grave, ou mesmo catástrofe.<br />

Em caso de necessidade, estas Unidades Locais são essenciais<br />

para transmitir avisos à população e no auxílio aos meios de socorro,<br />

tendo em conta o seu particular conhecimento do território<br />

em que atuam.<br />

Por isso, esta ação destinada aos agentes locais da Proteção Civil<br />

da <strong>Penha</strong> de França e a outros cidadãos interessados, com a<br />

duração de um dia, focou-se numa formação em comunicações<br />

e no levantamento dos estabelecimentos comerciais da freguesia,<br />

de forma a que possam constar dos registos.<br />

Se quiser participar nesta relevante tarefa, sendo agente local de<br />

Proteção Civil na <strong>Penha</strong> de França, pedimos que envie um email<br />

para protecaocivil@jf-penhafranca.pt.<br />

Toda a freguesia agradece.<br />

5


CUIDAR DAS FAMÍLIAS<br />

PARA CUIDAR DAS<br />

CRIANÇAS E JOVENS<br />

Abril foi o mês da PREVENÇÃO DOS<br />

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E JU-<br />

VENTUDE. Na <strong>Penha</strong> de França, o momento<br />

alto da reflexão sobre este tema<br />

aconteceu no dia 19, durante o encontro<br />

‘Diálogos sobre a Parentalidade<br />

Positiva’ que se realizou no Museu do<br />

Azulejo na sala da imponente ‘Vista de<br />

Lisboa’, um dos ex-libris do museu.<br />

Para falar sobre esta temática, marcaram<br />

presença Cláudia Garcia, da associação<br />

NucliSol e projeto ‘Aventura<br />

da Parentalidade’, Sofia Silveira, presidente<br />

da Comissão de Proteção de<br />

Crianças e Jovens Lisboa-Centro, Luís<br />

Silva, 1.º vice-presidente do Conselho<br />

Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados<br />

e Raquel Vaz, psicóloga clínica,<br />

coach e formadora.<br />

Abordou-se, como seria de esperar, a<br />

relação entre pais e filhos em várias<br />

vertentes, refletindo a experiência profissional<br />

dos intervenientes.<br />

Cláudia Garcia partiu da sua experiência<br />

no projeto ‘Aventura da Parentalidade’<br />

e explica que o objetivo é a “promoção<br />

de competências pessoais e sociais<br />

com e nas famílias”, fundamentalmente<br />

aquelas que têm “dinâmicas parentais<br />

não estruturadas”. Um trabalho que tem<br />

alcançado “resultados positivos” e pedidos<br />

de várias entidades para que continue.<br />

Cláudia Garcia deixou um alerta<br />

para a tendência de “cada vez mais pais<br />

irem mais pela troca, pela manipulação,<br />

em vez de apostarem na educação, nas<br />

regras e nas rotinas”. Falou ainda, a<br />

partir da experiência deste projeto, da<br />

constatação de que existe “muita dificuldade<br />

de comunicação com as famílias e<br />

entre os membros das famílias”.<br />

Também Sofia Silveira falou da sua experiência<br />

profissional na Comissão de<br />

Proteção de Crianças e Jovens Lisboa-<br />

-Centro. Considerando que a “exigência<br />

sobre os pais é enorme”, descreveu a<br />

difícil situação em que se encontram<br />

“os pais que trabalham por turnos, por<br />

exemplo, com menos possibilidade de<br />

apoiar os filhos, mas que se depois não<br />

trabalham para dar mais apoio à família<br />

também são criticados”.<br />

A presidente da Comissão de Proteção<br />

de Crianças e Jovens Lisboa-Centro referiu<br />

que há 650 processos ativos, de<br />

crianças e jovens vítimas de maus tratos<br />

– um número impressionante, mas muito<br />

abaixo dos “1100 processos da CPCJ<br />

Lisboa-Norte”. E que, ao contrário da<br />

perceção de muitos, não atinge apenas<br />

as famílias com menores recursos:<br />

“A negligência emocional é um perigo”,<br />

avisou, “há crianças que ficam várias,<br />

várias horas na internet”. “As crianças<br />

entre os cinco e os dez anos ficam, em<br />

média, duas horas por dia na internet e<br />

redes sociais”, tinha também dito Cláudia<br />

Garcia.<br />

Para combater esta terrível estatística,<br />

Sofia Silveira frisou a necessidade de<br />

envolver “as juntas de freguesia e as<br />

escolas para que se faça um trabalho<br />

de primeiro nível de forma a prevenir a<br />

instauração dos processos”, travando,<br />

desta forma, os abusos a que as crianças<br />

e jovens estejam a ser sujeitos. “Se<br />

houver uma rede comunitária muito forte<br />

isto é possível”, acredita.<br />

6


A falta de adequação do sistema<br />

judicial foi a tónica da intervenção<br />

do advogado Luís Silva. “Porque<br />

hão-de ser juízes a resolver questões<br />

que muitas vezes são do foro<br />

psicológico?”, desafiou. A resposta,<br />

obtida ao longo da sua vasta<br />

experiência nesta área, é que “os<br />

processos deviam ser decididos em<br />

mesa redonda, com a intervenção<br />

de todos os técnicos envolvidos”.<br />

“Os pais não são perfeitos, as<br />

crianças não são perfeitas”, considerou,<br />

“e os clientes entram-nos<br />

porta dentro cheios de dores, com<br />

um nível de hostilidade muito grande.<br />

E hostilidade gera hostilidade, o<br />

que prejudica todos, principalmente<br />

a criança. Devia haver uma antecâmara,<br />

através de um psicólogo, por<br />

exemplo, que retirasse esta carga”.<br />

Focado nos mais novos, insistiu que<br />

“não se pode falar mal do pai ou da<br />

mãe a uma criança, está a falar-se<br />

mal de metade dela”. Para os proteger,<br />

a Ordem dos Avogados promoveu<br />

dois livros que “preparam as<br />

crianças para irem a tribunal” (‘O<br />

Dia Que a Mariana não Queria’ e<br />

’O João vai ao Tribunal’, que estão<br />

disponíveis online).<br />

“O conjunto<br />

de momentos<br />

tem de ser<br />

positivo”<br />

A psicóloga clínica Raquel Vaz foi a<br />

última a tomar a palavra. Tal como<br />

Sofia Silveira, disse que os maus<br />

tratos “cada vez mais estão presentes<br />

em famílias consideradas normalizadas”,<br />

e alertou para o fenómeno<br />

da violência dos filhos contra<br />

os pais. “Em Espanha já existem<br />

centros de reabilitação só para esta<br />

situação. São problemas que começam<br />

de uma forma subtil, em que<br />

há relações simétricas, trocas, manipulação,<br />

em que os miúdos cada<br />

vez mais têm um papel que não é o<br />

seu. Os pais não são amigos dos<br />

filhos, são pais e mães, são muito<br />

mais do que amigos”.<br />

No capítulo da violência de pais<br />

para filhos, procurou separar as<br />

águas. “Também não se pode permitir<br />

a violência dos pais e dos<br />

educadores contra os filhos”, disse,<br />

“quando falo com uma pessoa que<br />

discorda de mim não lhe vou logo<br />

dar uma palmada, pois não?”, ironizou.<br />

“Mas acontece saltar a tampa<br />

e dar-se uma palmada ou um grito,<br />

o que às vezes para a criança ainda<br />

é pior. Acontece. A questão perigosa<br />

aqui é achar que a violência é<br />

uma forma de educar”.<br />

Para esta psicóloga, o segredo<br />

está no equilíbrio. ”Prefiro falar em<br />

parentalidade equilibrada com uma<br />

prática adequada à realidade da família,<br />

sem autoritarismo, mas com<br />

autoridade, escutando a criança,<br />

mas não numa relação de simetria,<br />

criando rotinas e cultivando a paciência,<br />

sem ter uma atitude ‘gosto<br />

muito do meu filho, mas ele fica ali<br />

horas enquanto estou a olhar para<br />

o telemóvel”. Em resumo, “deve<br />

agir-se momento a momento, mas o<br />

conjunto dos momentos tem de ser<br />

positivo. Se não for, deve procurar-<br />

-se um psicólogo”.<br />

Mote em que pegou a Vogal da Educação,<br />

Sílvia Ferreira, para deixar<br />

uma mensagem de otimismo: “Amanhã<br />

todos podemos fazer melhor”.<br />

CONVERSAS DE GRAÚDOS<br />

TROCADAS POR MIÚDOS<br />

Amor e Segurança, Alegria, Foco e Magia.<br />

Estes são os temas das três sessões que a<br />

psicóloga clínica Raquel Vaz irá promover na<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França nos<br />

dias 19 de <strong>maio</strong>, 2 e 16 de junho. Aqui vai<br />

falar-se de como estabelecer limites através<br />

do afeto, promover o equilíbrio emocional da<br />

criança e de como viver uma parentalidade<br />

consciente. Para informações sobre<br />

inscrições contatar através do email<br />

educacao@jf-penhafranca.pt<br />

7


POP ESCOLAS<br />

<strong>2018</strong> JÁ TEM<br />

VENCEDORES<br />

Pelo terceiro ano consecutivo está fechada mais uma<br />

edição do programa de orçamento participativo escolar<br />

da nossa freguesia. No dia 18 de abril, o ginásio do<br />

Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da <strong>Penha</strong><br />

de França foi o palco para a Assembleia Interescolar<br />

do POP Escolas <strong>2018</strong>, onde os representantes das<br />

turmas participantes escolheram os vencedores. E foi<br />

uma final com muita emoção, especialmente entre os<br />

mais pequeninos.<br />

Para participar no momento decisivo deste programa<br />

vieram crianças e adolescentes das escolas Actor<br />

Vale, Victor Palla, Nuno Gonçalves e Patrício Prazeres,<br />

estabelecimentos de ensino público do 1.º ao 3.º<br />

ciclo, acompanhados dos seus professores e auxiliares.<br />

Alunos mais tímidos ou descontraídos, uns a falar de<br />

improviso, outros a lerem um texto preparado, todos<br />

apresentaram as suas propostas, recebendo aplausos<br />

dos colegas e perguntas incisivas dos adversários.<br />

8


No final de mais de uma hora de apresentação<br />

e discussão, com um lanche pelo<br />

meio para retemperar forças, chegou-se<br />

ao momento mais aguardado da tarde, a<br />

votação para apurar os vencedores.<br />

E o momento de suspense da tarde chegou<br />

logo na eleição da proposta do 1.º ciclo:<br />

um empate entre as escolas Actor Vale e<br />

Victor Palla, a escolha entre a aquisição de<br />

material lúdico pedagógico para uma sala<br />

de convívio e a aquisição de cacifos para a<br />

escola, respetivamente, que obrigou a uma<br />

segunda volta.<br />

Entre muitos nervos, exclamações de<br />

tristeza e gritos de alegria, eis os projetos<br />

que venceram o POP Escolas <strong>2018</strong>,<br />

com um limite máximo de mil euros cada,<br />

que a que a Junta de Freguesia executará<br />

até ao final do próximo ano letivo:<br />

1.º ciclo: Aquisição de material<br />

lúdico-pedagógico para equipar<br />

uma Sala de Convívio na EB1 Actor<br />

Vale<br />

2.º ciclo: Arranjo das casas de<br />

banho dos alunos da EB23 Patrício<br />

Prazeres<br />

3.º ciclo: Uma boa higiene para uma<br />

boa saúde - Aquisição de materiais<br />

e equipamentos para os WC dos<br />

alunos da EB23 Nuno Gonçalves<br />

Muitos parabéns a todos os alunos<br />

que participaram! São eles os grandes<br />

vencedores!<br />

9


VICTOR<br />

PALLA,<br />

O HOMEM<br />

SABIA QUE...<br />

DOS MUITOS<br />

TALENTOS<br />

Através da escola que para aqui desenhou, muitas gerações<br />

da <strong>Penha</strong> de França lidaram diariamente com Victor<br />

Palla, a <strong>maio</strong>ria talvez sem o saber. Primeiro conhecida<br />

por Escola Primária do Vale Escuro, depois n.º 143 e agora<br />

como EB Victor Palla, depois da homenagem que associou<br />

o nome deste estabelecimento ao do seu arquiteto.<br />

Esta escola – atualmente a ser alvo de requalificação –<br />

não é apenas um marco na vida de quem lá estudou ou<br />

trabalhou, mas também um importante edifício para a freguesia<br />

e a para a cidade.<br />

Victor Palla (sentado) e Costa Martins<br />

Victor Palla, que nasceu em 1922 e morreu em 2006, foi<br />

um arquiteto português. Mas também fotógrafo, designer<br />

gráfico, pintor, editor, galerista, entre outras atividades,<br />

que exerceu com talento assinalável.<br />

Sem o saberem, ainda mais pessoas conheceram-no<br />

através das “várias publicações e centenas de capas de<br />

livros” que concebeu “sobretudo para as editoras Arcádia<br />

e Atlântida”, mas também Coimbra Editora ou Os Livros<br />

das Três Abelhas, como relata um texto da Faculdade de<br />

Arquitetura do Porto, onde estudou, sobre este ilustre antigo<br />

aluno.<br />

Enquanto arquiteto, trabalhou em dupla com Joaquim<br />

Bento de Almeida, com quem teve um atelier dos anos<br />

40 aos 70 do século passado, partilhando criações, como<br />

a EB Victor Palla. “Contando mais de 700 projetos, foram<br />

responsáveis pela modernização de inúmeros estabelecimentos<br />

comerciais, fábricas, escolas primárias,<br />

habitação permanente (moradias unifamiliares e edifícios<br />

de habitação multifamiliar) e temporária (hotéis e aldea-<br />

Escola Primária do Vale Escuro<br />

10


palla<br />

mentos turísticos)”, escreveram os netos de ambos numa<br />

exposição que lhes foi dedicada, no ano passado, no Centro<br />

Cultural de Belém.<br />

Tiveram grande importância na modernização da imagem do<br />

comércio, em Lisboa, e ficaram “celebrizados como precursores<br />

na introdução em Portugal do modelo americano de<br />

snack-bar, durante dezassete anos, foram também encarregues<br />

dos projetos das moradias unifamiliares que a revista<br />

EVA sorteava no Natal”. Exemplo do seu trabalho é o<br />

snack-bar Galeto, tal como outros já desaparecidos como o<br />

Pique-Nique, no Rossio, ou o Pam-Pam, na Avenida Almirante<br />

Reis.<br />

Foi pela fotografia que Victor Palla alcançou o <strong>maio</strong>r reconhecimento<br />

artístico, através do livro ‘Lisboa, Cidade Triste<br />

e Alegre’. Um grande retrato de Lisboa no final dos anos<br />

50 – de novo feito em dupla, desta vez com Costa Martins<br />

– que também é uma grande obra de design e que, segundo<br />

os autores, citados pelo jornalista Alexandre Pomar no seu<br />

blogue, deve ser “folheado em sequência (como a continuidade<br />

de um filme)”. Com textos de Fernando Pessoa, José<br />

Rodrigues Miguéis ou Alexandre O’Neill, os autores descreveram-no<br />

como “um poema gráfico” sobre a cidade.<br />

Palla e Costa Martins, “após terem terminado o curso e terem<br />

exercido arquitectura durante algum tempo, conseguiram<br />

juntar dinheiro para fazerem este projecto. Deixaram de<br />

trabalhar e todos os dias – dia e noite – deambularam pela<br />

cidade, fotografando, falando, comendo, divertindo-se com<br />

pessoas e coisas. Vinham a casa apenas para revelar e ampliar”,<br />

descreveu António Sena, um dos elementos da antiga<br />

galeria de fotografia Vale tudo menos tirar olhos|Ether<br />

que em 1982 resgatou o livro do esquecimento.<br />

A partir daí, o trabalho foi “internacionalmente valorizado<br />

como uma das realizações editoriais mais significativas<br />

do seu tempo, referido por Philippe Arbaizar na revista do<br />

Centro Georges Pompidou, em 2002, e por Martin Parr e<br />

Gerry Badger, na história ‘The Photobook’, em 2004”, escreveu<br />

Alexandre Pomar à data da morte de Palla. “Dos muitos<br />

livros de fotografia do pós-segunda guerra mundial sobre<br />

cidades europeias, este é um dos melhores”, escreveram<br />

Parr e Badger. O livro, particularmente as edições originais,<br />

já foram leiloadas por valores que ultrapassaram a casa do<br />

milhar de euros.<br />

Uma exposição sobre este livro (ver texto ao lado) pode e<br />

deve ser vista no Museu da Cidade até 16 de setembro.<br />

Finalmente, uma curiosidade sobre Victor Palla. Foi o segundo<br />

marido da jornalista Maria Antónia Palla e, assim, padrasto<br />

do atual primeiro-ministro António Costa.<br />

LISBOA, CIDADE TRISTE E ALEGRE<br />

UM LIVRO ICÓNICO<br />

Victor Palla não foi só o arquiteto que pensou e desenhou<br />

uma das escolas básicas da nossa freguesia. Foi<br />

também, juntamente com Costa Martins, o arquiteto e<br />

fotógrafo que nos deu o livro ‘Lisboa, Cidade Triste e<br />

Alegre‘.<br />

Considerado um dos mais importantes livros de fotografia<br />

do século XX, e originalmente editado em fascículos,<br />

é um livro onde Victor Palla e Costa Martins<br />

documentam o quotidiano, as ruas, as pessoas e os<br />

detalhes de uma Lisboa da qual só os mais velhos têm<br />

memória.<br />

Até ao dia 16 de setembro, está patente no Palácio Pimenta<br />

a exposição dedicada a esta obra e à sua construção.<br />

Estão lá os negativos onde os sais de prata<br />

materializam as cenas de Lisboa que Victor Palla e<br />

Costa Martins escolheram imortalizar, as maquetes<br />

escritas e desenhadas à mão que culminaram no livro<br />

hoje reconhecido como um verdadeiro poema gráfico<br />

de que falavam os seus autores e muito, muito mais.<br />

Visite a exposição. Vai ver que vale a pena esta viagem<br />

ao passado tão brilhantemente emoldurada.<br />

Palácio Pimenta | Museu de Lisboa<br />

Campo Grande, 245<br />

Telefone: 217 513 200<br />

11


BEBÉS E<br />

CRIANÇAS NO<br />

MUNDO DA PIPA<br />

CARMEN CORREIA,<br />

O MUNDO DA PIPA<br />

RUA JACINTO NUNES 8B<br />

TELEFONE: 211 355 662<br />

O MUNDO DA PIPA é um jardim, bem<br />

cuidado pela Carmen Correia. Na verdade,<br />

estamos a falar de uma loja de roupa<br />

e acessórios para bebé e crianças, desde<br />

os recém-nascidos até aos oito anos, que<br />

Carmen decorou como se de um jardim se<br />

tratasse, com relva e flores na montra. Mas<br />

a decoração deste pequeno relvado muda<br />

de três em três semanas, em vez dos três<br />

meses correspondentes às estações do<br />

ano.<br />

“Trabalhei dez anos numa loja de roupa<br />

para bebés em Benfica e agora aventurei-<br />

-me”, explica. Um amigo conhecia o senhorio<br />

da loja onde está instalada e esta conjugação<br />

de fatores levou-a tomou a decisão<br />

de abrir o seu próprio negócio.<br />

E o que há no Mundo da Pipa? “Há um bocadinho<br />

de tudo” – babygrows, conjuntos,<br />

vestidos, calças, calções, camisolas, casacos,<br />

fraldas, babetes, toalhas de banho,<br />

mantas, peluches, ganchos, totós e bandoletes.<br />

Muitos produtos, mas todos com uma<br />

característica em comum: “Quando vou ver<br />

a coleção só compro o que gosto. Aliás, se<br />

eu não gostar do que tenho aqui, como é<br />

que o vou vender aos clientes?”, pergunta.<br />

No seu mundo, é mesmo tudo uma questão<br />

de afeto. “Adoro o que faço, gosto mesmo<br />

muito deste ramo”, diz, entusiasmada. “Ver<br />

os pais e avós a escolher e a gostar da roupa,<br />

a gostarem da loja!”.<br />

Mas não é só com os mais velhos que se<br />

preocupa. “Também adoro ver a felicidade<br />

das crianças” e por isso destinou-lhes um<br />

“cantinho para brincar” onde está uma pequena<br />

mesa e cadeiras, lápis de cor e livros<br />

para colorir.<br />

Com portas abertas há cerca de dois meses, e<br />

vendendo também pelo Facebook e Instagram,<br />

Carmen Correia considera que as lojas de bairro<br />

fazem “a diferença dos centros comerciais,<br />

onde há sempre as mesmas marcas”. Na sua,<br />

tem produtos diferentes, dos quais destaca as<br />

marcas Yatsi e Katuco, “que têm uma boa relação<br />

qualidade/ preço”, e a FS Baby, com “roupa<br />

linda” para bebés recém-nascidos e até aos 3<br />

anos. Está ainda a pensar em começar a ter<br />

roupa até aos 10 anos, porque já teve “pedidos<br />

nesse sentido” e na coleção de inverno passará<br />

também a vender sapatos. Para que as crianças<br />

saiam maravilhosas do Mundo da Pipa, da cabeça<br />

aos pés.<br />

12


MAURÍCIO SOUSA,<br />

PETRAÇÕES<br />

ALAMEDA D AFONSO HENRIQUES 11-A<br />

TELEFONE: 967 748 733<br />

A APOSTA NUMA<br />

ALIMENTAÇÃO<br />

MAIS SAUDÁVEL<br />

DOS ANIMAIS<br />

Além de reduzir a incidência de alergias,<br />

dar este tipo de rações (que existe de forma<br />

seca, húmida e em snacks) leva a que os<br />

animais necessitem de “comer menor quantidade<br />

para ficar saciados”, o que, aliado à retirada<br />

dos cereais, implica que tenham menor<br />

tendência a engordar, “prevenindo doenças,<br />

levando à poupança em veterinários e futuros<br />

problemas”.<br />

Tempos houve em que os nossos cães e gatos<br />

comiam os restos das refeições dos seus<br />

donos. Depois, percebeu-se que esta alimentação<br />

não era adequada às suas necessidades<br />

e a <strong>maio</strong>ria passou a comer rações. Nos<br />

últimos anos, este mercado evoluiu muito,<br />

nomeadamente em Portugal, caminhando-se<br />

agora para uma nutrição mais saudável destes<br />

animais que connosco partilham a vida.<br />

A PETRAÇÕES percebeu isto mesmo. “A<br />

frase ‘somos aquilo que comemos’, aplica-se<br />

também aos nossos amigos de quatro patas”,<br />

lê-se no seu site. E, por isso, o que diferencia<br />

esta loja de produtos para animais é a grande<br />

variedade de propostas de alimentação saudável<br />

para cão e gato que tem para oferecer,<br />

entre as quais duas marcas feitas em Portugal:<br />

a HappyOne Mediterraneum e a Naturea.<br />

“Se no caso da alimentação humana muitas<br />

vezes não sabemos de onde vêm os alimentos,<br />

o que dizer quanto ao que comem os<br />

cães e os gatos?” pergunta Maurício Sousa,<br />

que com Patrícia Brito e Patrícia Maggiolli,<br />

são os donos da PetRações.<br />

Aqui, muitas das propostas de rações apenas<br />

contém proteína animal (carne, vísceras,<br />

ovos), vegetais e fruta, e sem vestígio dos cereais<br />

que “muitas vezes são os responsáveis<br />

pelas alergias de que os animais sofrem”.<br />

Estes produtos, continua a explicar Maurício<br />

Sousa, “procuram seguir a alimentação que<br />

teriam na natureza e adaptar-se à sua constituição<br />

física. Aliás, isto é até mais importante<br />

para os gatos, que são carnívoros e exigentes<br />

no que ingerem, do que para os cães, que<br />

acabam por comer de tudo”.<br />

E é mais caro, este tipo de alimentação? “O<br />

preço destes produtos mais naturais já está<br />

equiparado ao das outras rações, nomeadamente<br />

porque os animais comem em menor<br />

quantidade do que as rações convencionais”.<br />

A PetRações, que também tem uma panóplia<br />

de outros produtos e ainda alimentação<br />

natural para porquinhos da índia, por exemplo,<br />

funciona com uma loja física na Alameda<br />

Afonso Henriques e também no seu site<br />

www.petracoes.pt<br />

13


A LOJA DAS<br />

RECEITAS<br />

DOCES<br />

LUCINDA MACEDO E JOÃO LEAL,<br />

CLARINHA PÃO E BOLOS<br />

AVENIDA GENERAL ROÇADAS, 149 A<br />

TELEFONE: 969 039 780<br />

Estas delícias costumam estar disponíveis<br />

diariamente, à exceção dos bolos de aniversário,<br />

mas se estiverem esgotadas pode fazer<br />

a sua encomenda com 24 horas de antecedência.<br />

Quanto aos bolos, a especialidade<br />

de João, têm sempre de ser encomendados,<br />

sendo a “massa, o recheio e a decoração<br />

como o cliente quiser”. A decoração dos bolos<br />

de aniversário é ainda outro mundo, com a<br />

possibilidade de se imprimirem em obreia (a<br />

massa das hóstias) fotografias ou desenhos<br />

dos clientes, ou fazer decorações em três dimensões,<br />

com pasta de açúcar.<br />

Quem conhece a loja não tem dificuldade em<br />

encontrá-la, mas quem não está familiarizado<br />

com a zona tem de ir com atenção ao quadro<br />

em ardósia pendurado que anuncia o “pão<br />

cozido em forno de lenha”. Uma loja doce<br />

como a Clarinha, a filha do casal que lhe emprestou<br />

o nome.<br />

Há pouco mais de um par de meses, a vida<br />

de João Leal mudou da noite para o dia. Literalmente.<br />

Pasteleiro desde os 15 anos, começava<br />

a trabalhar às 4 da manhã no fabrico de<br />

pastelaria e agora está de dia à frente da loja<br />

CLARINHA PÃO E BOLOS.<br />

Mas João, afinal, nem acha que a diferença<br />

tenha sido assim tão grande. “Dantes entrava<br />

às 4h, agora entro às 6h30. Não é por aí…”,<br />

reflete. “A grande diferença é que aqui estou<br />

a engordar”, ri-se, “agora estou aqui parado<br />

e dantes andava a correr para cima e para<br />

baixo!”. Na verdade, achamos nós que ainda<br />

faz ginástica, para a direita e para a esquerda<br />

enquanto satisfaz os pedidos dos muitos<br />

clientes que entram na sua loja.<br />

Não é de agora que o local da Clarinha Pão<br />

e Bolos é destinado à venda de pão. Durante<br />

muitos anos esteve lá a D. Olinda. “Já conhecíamos<br />

este espaço”, conta Lucinda Macedo,<br />

“aliás vivemos aqui ao pé. O que quisemos<br />

fazer foi pegar nesta loja que já tinha este<br />

ramo, que as pessoas já conheciam, mantendo<br />

o que tinha de bom e adaptá-la aos tempos<br />

mais modernos”.<br />

Com uma decoração contemporânea e confortável,<br />

aqui vende-se pão de qualidade –<br />

bolas e pães grandes de vários cereais, todos<br />

cozidos em forno de lenha –, pastelaria<br />

variada, e as iguarias que saem das mãos de<br />

João, como o pão de azeite inspirado numa<br />

receita da Beira Alta (ao sábado), biscoitos,<br />

tarte de amêndoa, pudim, molotof, bolo brigadeiro,<br />

bolo de bolacha e bolos de aniversário.<br />

14


A MÃO<br />

EXPERIENTE<br />

DA D.LINA<br />

EUFÉMIA E CARLOS GOMES,<br />

SNACK-BAR ORQUÍDEA<br />

RUA DO CRUZADO OSBERNO, 1<br />

TELEFONE: 214 007 682<br />

Um dos elementos que se destacam no snack-<br />

-bar ORQUÍDEA é a cozinha aberta para a sala.<br />

“Achámos importante que os clientes vissem a<br />

comida a ser cozinhada” explica Carlos Gomes<br />

que, com a mãe, Eufémia, são os proprietários<br />

deste snack. A cozinha está impecavelmente limpa<br />

e arrumada, mas D.Lina, como é conhecida<br />

Eufémia, e que também é a cozinheira, desculpa-<br />

-se porque não está como gosta. “Sem a cozinha<br />

limpa e arrumada não consigo cozinhar”, explica,<br />

“faço questão de ir limpando enquanto cozinho,<br />

sou muito esquisita”.<br />

Mãe e filho tomaram o negócio deste snack-bar<br />

há quatro anos, herdando o nome. Mas já têm<br />

uma longa relação com a freguesia e com este<br />

setor. Ambos viviam no Alto do Pina e trabalharam<br />

na pastelaria Montrigo, na Rua Sabino de<br />

Sousa. Carlos apenas um par de anos, mas a D.<br />

Lina esteve vinte anos à frente dos fogões desta<br />

casa, tendo, depois, transitado para o Cantinho<br />

do Abade, dos mesmos donos. “A pastelaria<br />

Montrigo servia refeições, mas quando construíram<br />

a estrada nova, a Rua António Gonçalves,<br />

as refeições perderam expressão”.<br />

D. Lina começou a cozinhar aos 10, 12 anos, em<br />

Cabo Verde. “A minha mãe e as minhas irmãs<br />

iam para o campo”, explica, “mas como tinha<br />

medo dos bichos ela mandava-me para casa,<br />

onde eu fazia de tudo”. Um ‘tudo’ que se mantém<br />

na sua vida, quando perguntamos qual é a sua<br />

especialidade. “Mão de vaca, bifinhos de frango com cogumelos, bacalhau<br />

com broa, rolo de carne caseiro, cordon bleu (panados de frango com queijo<br />

e fiambre), arroz doce, pudim caseiro, mousse de chocolate, salgados, sopa<br />

com legumes comprados no dia, faço um panelão e nunca sobra. Receitas que<br />

faço sem medir nada, faço tudo a olho e gosto de caprichar”. E também cachupa,<br />

um prato tradicional cabo-verdiano que já tem muitos adeptos espalhados<br />

pelas redondezas.<br />

A cachupa é composta por muitos ingredientes: fava (um feijão grande), mandioca,<br />

milho branco, carne de vaca e porco, abóbora manteiga, couve, banana<br />

pão, linguiça. “Mas nem sempre conseguimos comprar fava e tem de ser de<br />

qualidade”, diz Carlos, “por isso nem sempre temos cachupa”. É um prato “que<br />

só com alguma insistência as pessoas experimentaram, mas depois gostaram!”,<br />

acrescenta. Agora, “quando há cachupa avisamos os clientes por sms”.<br />

Se a fava ajudar, pode contar com esta especialidade a 18 de <strong>maio</strong>. Ou então<br />

vá à Orquídea experimentar as outras delícias da D. Lina e peça para o seu<br />

telefone ser colocado na lista dos sms.<br />

15


A Feira do Livro na Praça Paiva Couceiro teve, este ano,<br />

um sabor especial. Tal como já é tradição, durante cerca<br />

de um mês estiveram à venda centenas de livros sobre<br />

tudo e mais alguma coisa, como literatura contemporânea<br />

e clássica, livros infantis, política, artes, desporto,<br />

culinária, e mais uma quantidade de temas. Todos a<br />

preços reduzidos.<br />

O que desta vez foi diferente foi a presença de autores<br />

publicados, por editoras aqui da nossa freguesia da <strong>Penha</strong><br />

de França: as Edições Vieira da Silva e as Edições<br />

Fénix, que trouxeram uma seleção de escritores à Paiva<br />

Couceiro para apresentar os seus trabalhos aos leitores,<br />

enriquecendo a dinâmica da Feira do Livro.<br />

A Associação Pais em Rede, que tem como objetivo promover<br />

a inclusão social das pessoas com deficiência e<br />

as suas famílias, foi outra presença na feira, onde esteve<br />

praticamente todos os fins de semana para divulgar a<br />

sua coleção ‘Meninos Especiais’. Este é um conjunto de<br />

livros, resultado do trabalho de reconhecidos escritores,<br />

ilustradores, editores e mecenas, cada um contando a<br />

história de uma criança especial “para que os meninos<br />

sem lugar na sociedade possam vir a tê-lo”.<br />

Para o fim da feira, estava reservada uma bela surpresa:<br />

a apresentação do livro ‘A Aventura de ser Matilde’,<br />

da mesma coleção, pela própria Matilde e pelo escritor<br />

Rui Zink, que escreveu a história desta menina especial<br />

com a síndrome de Pitt-Hopkins. Apesar da chuva intensa<br />

dessa tarde de 29 de abril, viveu-se um momento<br />

único.<br />

16


17


CURTAS<br />

& AGENDA<br />

A FESTA DO<br />

25 DE ABRIL<br />

‘De novo, Abril’. Foi este o mote para a<br />

tradicional festa na Praça Paiva Couceiro em<br />

celebração do 44.º aniversário do 25 de Abril<br />

de 1974.<br />

18<br />

CONHECE OS<br />

CURSOS DO CED<br />

D. MARIA PIA?<br />

Por lapso, na revista <strong>Penha</strong> de abril, não foi referida<br />

a preciosa ajuda de alunos e formadores<br />

do CED D. Maria Pia da Casa Pia de Lisboa<br />

que colaboraram no 5.º Plenário da Comissão<br />

Social de Freguesia. Neste sentido, a Junta de<br />

Freguesia apresenta os seus agradecimentos<br />

aos alunos do 2.º ano do Curso Mesa/Bar e ao<br />

seu formador, Nelson Joaquim, e aos alunos<br />

do 2.º ano do Curso Cozinha Pastelaria e aos<br />

seus formadores Luís Machado e José Tiago.<br />

Uma oportunidade para divulgar a oferta<br />

formativa que este Centro, sedeado na nossa<br />

freguesia, tem para oferecer no próximo ano<br />

letivo <strong>2018</strong>/2019 aos jovens a partir do 9.º ano.<br />

Na área da Hotelaria e Restauração, estão<br />

disponíveis os cursos de Cozinheiro, Empregado<br />

de Restaurante/Bar, Técnico de Cozinha e<br />

Pastelaria e Técnico de Restaurante/Bar (nestes<br />

últimos a empresa mentora é o Altis Hotels).<br />

Dentro das Indústrias do Têxtil, Vestuário,<br />

Calçado e Couro, há os cursos de Costureiro/<br />

Modista e Técnico de Design de Moda. E nas<br />

Artes Visuais, Audiovisuais e Produção dos<br />

Média, há formação em Técnico de Multimédia,<br />

sendo a AVK - audiovisuais para eventos, a<br />

empresa mentora.<br />

Os interessados devem contactar a Equipa de<br />

Admissões da Casa Pia de Lisboa, na Rua dos<br />

Jerónimos, 9, telefone 213 614 020 ou pelo<br />

e-mail equipa.admissoes@casapia.pt<br />

Organizada pela Comissão Promotora das<br />

Comemorações do 25 de Abril zona oriental<br />

de Lisboa, organismo ao qual pertence a<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França,<br />

contou com vários discursos, tendo pela Junta<br />

de Freguesia falado o Secretário, Manuel<br />

Ferreira, e muitos momentos musicais.<br />

ARTE URBANA<br />

CELEBRA EUROVISÃO<br />

Para celebrar o Festival da Eurovisão <strong>2018</strong>,<br />

a Câmara Municipal de Lisboa promoveu<br />

a realização de uma peça de arte urbana<br />

do colectivo nacional Halfstudio na Avenida<br />

Mouzinho de Albuquerque.<br />

Uma das promotoras municipais, a Galeria de<br />

Arte Urbana, explica que ‘Unidos pela Música’<br />

é o cartão de boas-vindas a todos os que<br />

visitam Lisboa, nacionais e estrangeiros, e a<br />

celebração da multiculturalidade e do momento<br />

de união através da música que o Festival<br />

da Eurovisão simboliza desde a sua fundação.<br />

DESCOBRIR O AZULEJO<br />

COM OS ALUNOS DO<br />

EXTERNATO MARQUÊS<br />

DE POMBAL<br />

Os alunos do Externato Marquês de<br />

Pombal saíram à rua e foram à descoberta<br />

do património tão português e que tantas<br />

vezes passa despercebido: o azulejo.<br />

Inserido na Ação Escola SOS Azulejo<br />

<strong>2018</strong>, estes alunos tiveram um conjunto de<br />

aulas diferentes, passadas a explorar as<br />

ruas da freguesia e a perceber que tipos de<br />

azulejo aí se encontram e de que maneira<br />

se relacionam com a sua envolvente. Todo<br />

este trabalho resultou numa exposição que<br />

se notou ter sido feita com muito orgulho e<br />

entusiasmo. Parabéns a todos, e obrigado<br />

por divulgarem e elogiarem este património<br />

que é de todos.


MERECIDAS<br />

HOMENAGENS<br />

Estando ligado ao mundo do fado, o Tô na Hora,<br />

restaurante e cantinho onde se escuta esta nossa<br />

canção de saudade, decidiu prestar uma pequena<br />

homenagem a cantores, músicos, fotógrafos e<br />

poetas, entre os quais o Secretário da Junta de<br />

Freguesia, Manuel Ferreira. Um bonito momento<br />

que se viveu neste espaço, onde se cantou o fado,<br />

se reviveu o passado e se desfrutou o presente.<br />

MARCHAS DESFILAM<br />

A 1 E 2 DE JUNHO<br />

A Marchas de Lisboa <strong>2018</strong> estão à porta. Se<br />

não há dúvidas quanto ao desfile na Av. da<br />

Liberdade, que é sempre a 12 de junho, saiba<br />

que a Marcha do Alto do Pina apresenta-se no<br />

dia 1 na Altice Arena, e a Marcha da <strong>Penha</strong> de<br />

França no dia 2. Boa sorte a todos!<br />

2ª FILA NÃO É OPÇÃO<br />

Em 2017, autocarros e elétricos sofreram 937<br />

horas de atraso por causa de carros mal-estacionados.<br />

E 21 minutos é o tempo médio que um<br />

condutor em segunda fila leva a voltar ao carro.<br />

Estes valores foram medidos para transportes<br />

públicos, mas a realidade dos carros particulares<br />

não será diferente. Para combater esta situação,<br />

a Câmara de Lisboa, a EMEL, a Polícia Municipal<br />

e a CARRIS iniciaram uma campanha de sensibilização<br />

e fiscalização de estacionamento indevido<br />

em segunda fila, uma das principais causas de<br />

congestionamento de trânsito, sobretudo nas<br />

horas de ponta da manhã e da tarde, provocando<br />

muitos quilómetros de engarrafamento. Saiba<br />

mais em www.2filanaoeopcao.pt<br />

AGENDA<br />

MAIO<br />

Dia 26<br />

Torneio de Subbuteo<br />

Espaço Multiusos, das 9h00 às 19h00<br />

JUNHO<br />

Dia 2<br />

Conversas de Graúdos trocadas por Miúdos<br />

Espaço Multiusos, das 10h00 às 12h30 (mediante inscrição)<br />

Dia 3<br />

Concerto da Orquestra Ligeira Juvenil CED Casa Pia de Lisboa<br />

Praça Paiva Couceiro, às 17h<br />

Dia 9<br />

Torneio de Futsal<br />

Quinta do Lavrado, das 9h00 às 13h00<br />

Dia 16<br />

Conversas de Graúdos trocadas por Miúdos<br />

Espaço Multiusos, das 10h00 às 12h30 (mediante inscrição)<br />

Dia 16<br />

Artes marciais na Rua<br />

Praça Paiva Couceiro, das 17h00 às 19h30<br />

Saiba mais nas vitrinas da Junta de Freguesia, em<br />

www.jf-penhafranca.pt e.facebook.com/Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />

Errata: Por lapso, na edição anterior, os nomes do ensaiador e um dos músicos da Marcha da <strong>Penha</strong> de França saíram errados.<br />

Pedimos, assim, desculpa a José Carlos Mascarenhas e a António Rosa.<br />

19


CONVENTO PALCO DE<br />

SESSÃO COMEMORATIVA<br />

DO 25 DE ABRIL<br />

A sessão comemorativa do 25 de Abril teve este ano<br />

um cenário diferente: o claustro do Convento de Nossa<br />

Senhora da <strong>Penha</strong> de França.<br />

Um local simbólico, palco para um importante momento<br />

da Revolução. Era, à época, o Quartel-General da<br />

Legião Portuguesa, que foi tomado ao final da manhã<br />

de 25 pelo Regimento de Lanceiros 2, pelo Regimento<br />

de Cavalaria 7 e pelo Regimento de Infantaria 1, comandados<br />

por Jaime Neves.<br />

Um momento solene, em que estiveram presentes a<br />

Junta e a Assembleia de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França,<br />

a anfitriã da celebração, a PSP, – com destaque<br />

para o diretor do Departamento de Apoio Geral, o<br />

superintendente Manuel Vale, e para o subintendente<br />

Carvalho da Silva, pelo seu especial apoio à cerimónia<br />

– bem como por cidadãos que se quiseram juntar<br />

a este ato.<br />

Além dos discursos das várias forças políticas e do<br />

canto da obrigatória ‘Grândola, Vila Morena’, houve<br />

ainda uma impressionante atuação de um tenor e de<br />

um pianista desta força de segurança. A Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França deixa o seu agradecimento à Direção<br />

Nacional da PSP por ter possibilitado esta bela sessão<br />

comemorativa.<br />

20


ASSEMBLEIA<br />

DE FREGUESIA<br />

3.ª Sessão<br />

Ordinária da<br />

Assembleia de<br />

Freguesia<br />

A Assembleia de Freguesia da <strong>Penha</strong><br />

de França reuniu no dia 20 de abril<br />

de <strong>2018</strong>, desta vez na Biblioteca da<br />

Escola Nuno Gonçalves.<br />

´<br />

Ponto importante desta Assembleia,<br />

foi a discussão e votação da Proposta<br />

n.º 11/<strong>2018</strong>, a 1.ª Revisão ao Orçamento<br />

e às Opções do Plano para<br />

<strong>2018</strong>, aprovada com os votos a favor<br />

do PS, abstenção do PSD, CDS, BE e<br />

PAN, e os votos contra do PCP.<br />

Na ordem de trabalhos esteve ainda a<br />

Informação escrita da Presidente da<br />

Junta de Freguesia, de 1 de novembro<br />

de 2017 a 28 de fevereiro de <strong>2018</strong>, e<br />

informação financeira de 1 de janeiro<br />

a 28 de fevereiro de <strong>2018</strong>; a apreciação<br />

do inventário de todos os bens,<br />

direitos e obrigações patrimoniais do<br />

ano de 2017; e a apreciação e votação<br />

dos documentos de prestação de contas<br />

da Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

referentes ao ano de 2017.<br />

Veja, em www.jf-penhafranca.pt toda as deliberações<br />

da Assembleia de Freguesia. No separador<br />

'Freguesia', depois 'Assembleia' e, neste,<br />

'Deliberações', encontra as moções e recomendações<br />

apresentadas pelas várias forças políticas<br />

representadas na Assembleia de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França.<br />

Esta é a primeira vez que escrevo no<br />

boletim após as eleições autárquicas de<br />

Outubro do ano passado.<br />

Respeitamos os resultados e assumimos a<br />

responsabilidade do mau resultado eleitoral<br />

obtido. As expectativas eram altas, os projectos<br />

ambiciosos e, continuamos crentes,<br />

que muito beneficiariam a freguesia.<br />

Contudo, não baixamos os braços. Novos<br />

desafios nos esperam!<br />

Continuamos com a mesma ambição, a<br />

mesma paixão, o mesmo espírito em bem<br />

servir a nossa freguesia.<br />

Continuamos a constatar que a nossa<br />

freguesia não progride, não tem visão, não<br />

tem estratégia, não implementa novos projectos<br />

comunitários e está mais afastada<br />

dos anseios da população.<br />

O encerramento definitivo da delegação<br />

da Morais Soares comprometeu o melhor<br />

serviço que a Freguesia dispunha para a<br />

comunidade – o Posto Médico.<br />

A nossa solução é a construção há muito<br />

desejada de uma nova sede, que poderia<br />

ser no futuro parque Urbano do Vale de<br />

Santo António.<br />

A piscina continua encerrada e sem solução<br />

à vista. Longe vão os tempos em que<br />

esta servia as crianças e os demais utentes<br />

da freguesia.<br />

A nossa solução é a piscina passar para<br />

a gestão da freguesia, com a respetiva<br />

componente financeira prevista na nova lei<br />

de competências das autarquias.<br />

Na cultura, deixámos de apoiar os grupos<br />

de teatro existentes. Uma freguesia sem<br />

cultura não prospera.<br />

A Junta continua sem respostas sociais<br />

concretas e profícuas. Temos que promover<br />

o bem-estar e a ascenção social da<br />

população. É o nosso desígnio enquanto<br />

social-democratas.<br />

A nível desportivo estamos estáticos, sem<br />

projectos e os nossos clubes encontram-se<br />

com falta de meios.<br />

A Junta, em vez de ser uma alavanca de<br />

empregabilidade e empreendorismo, despede<br />

os seus funcionários e colaboradores.<br />

Na educação, a Junta vai concessionar a<br />

privados os projectos de apoio à família.<br />

O espaço público, os espaços verdes, a<br />

limpeza e a higiene urbana são alvo de<br />

protesto diário de quem usufrua da <strong>Penha</strong><br />

de França.<br />

Só com uma grande aposta orçamental e<br />

de recursos humanos podemos alcançar<br />

o nível de cuidado do espaço público<br />

ambicionado.<br />

A presença da EMEL em nada contribuiu<br />

para o aumento da oferta de estacionamento.<br />

Nem fiscaliza!<br />

A freguesia está com dificuldades e com<br />

mais problemas!<br />

Mas nós dizemos presente!<br />

Queremos uma freguesia de proximidade<br />

em que o poder local esteja com a população.<br />

Temos projeto, temos rumo, temos<br />

vontade.<br />

A freguesia pode continuar a contar<br />

connosco, queremos estar perto de si, com<br />

a crença de uma freguesia melhor e mais<br />

solidária.<br />

Um abraço amigo,<br />

Afonso Costa<br />

Afonso Pereira Costa<br />

Eleito do PPD/PSD<br />

Facebook: <strong>Penha</strong> de França Por Lisboa<br />

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QUE VANTAGENS<br />

TRAZ A USF?<br />

Este mês, a equipa da USF ORIENTE explica as vantagens<br />

deste modelo de prestação de cuidados de saúde.<br />

Em 2005 iniciou-se a reforma dos Cuidados<br />

de Saúde Primários, uma necessária e<br />

significativa mudança dos serviços médicos<br />

que estabelecem o primeiro contato dos cidadãos<br />

com o Sistema Nacional de Saúde<br />

(SNS).<br />

O esforço desta reforma é a garantia de<br />

<strong>maio</strong>r acessibilidade, globalidade, qualidade<br />

e continuidade de cuidados prestados aos<br />

portugueses.<br />

Consequentemente, desde então distinguem-se<br />

as Unidades de Cuidados de Saúde<br />

Personalizados (UCSP), mantendo o modelo<br />

de organização tradicional dos Centros<br />

de Saúde, e nascem as Unidades de Saúde<br />

Familiar (USF) como parte integrante do<br />

processo de reestruturação.<br />

As USF dividem-se em dois 2 modelos - A<br />

e B – caraterizando-se por uma autonomia<br />

funcional, permitindo-se <strong>maio</strong>r flexibilidade<br />

organizacional e melhor adaptação às necessidades<br />

das populações que servem.<br />

Nas USF todos os utentes inscritos têm atribuída<br />

uma equipa de família composta por<br />

um médico, um enfermeiro e um secretário<br />

clínico e, na ausência de um elemento, o<br />

atendimento é garantido por outro profissional.<br />

Em caso de doença aguda garante-se<br />

resposta no próprio dia.<br />

Os dois modelos de USF pressupõem um<br />

processo exigente de transição de A para<br />

B, sujeito ao cumprimento de determinados<br />

requisitos, a uma auditoria e a um número<br />

muito restrito de vagas disponíveis. No modelo<br />

B a remuneração dos profissionais está<br />

baseada na acessibilidade garantida aos<br />

utentes.<br />

Graças à informatização dos registos clínicos,<br />

é possível, hoje em dia, a aferição da<br />

qualidade de cuidados prestados de todas<br />

as unidades do país, destacando-se a mais<br />

valia das USF, especialmente as B, que consistentemente<br />

apresentam melhores resultados:<br />

• disponibilizam mais consultas;<br />

• fazem um seguimento mais regular<br />

aos utentes ao longo de toda a vida;<br />

• realizam mais visitas ao domicílio<br />

quando o utente não se pode deslocar<br />

à USF;<br />

• são mais eficazes no controlo de doenças<br />

como a hipertensão e a diabetes,<br />

a menor custo para o SNS;<br />

• apresentam <strong>maio</strong>r grau de satisfação<br />

dos seus utentes.<br />

Esta informação está disponível em<br />

https://bicsp.min-saude.pt/<br />

Assim, se em Portugal todos os centros de<br />

saúde fossem USF B seria possível:<br />

• mais 1 milhão de utentes terem<br />

consulta;<br />

• mais 180 mil utentes terem consulta ao<br />

domicílio;<br />

• mais 1900 grávidas seguidas desde<br />

o 1.º trimestre de gravidez e 4500 recém-nascidos<br />

desde o 1.º mês de vida;<br />

• mais 90 mil utentes com diabetes<br />

e 110 mil com hipertensão estarem<br />

controlados.<br />

As USF B são um benefício comprovado<br />

para TODOS, potencialmente <strong>maio</strong>r, quanto<br />

mais transitarem para este modelo.<br />

USF Oriente<br />

Telefone: 218 10 10 10<br />

Avenida Afonso III, Lote 16<br />

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A SOLIDARIEDADE<br />

DAS CRIANÇAS<br />

Todos podem contribuir para a Loja Social, mas nem todos sabem<br />

o que é. Qual a missão, objetivos e como funciona este<br />

serviço social da Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França? Bom,<br />

uma das melhores maneiras de dar a conhecer é explicar aos<br />

mais novos! O pelouro de Desenvolvimento Social da Junta de<br />

Freguesia foi até às escolas falar sobre os valores em que se<br />

baseiam a Loja e a Mercearia Social. No fim, os alunos ficaram<br />

a perceber como, porquê e para quem se criou este projeto. Mas<br />

não se ficou por aqui a visita. Foram muitos os que trouxeram de<br />

casa brinquedos para rechear ainda mais a Loja Social e trazer<br />

um sorriso aos meninos que não os têm. Muito obrigado a todos,<br />

e agora que já sabem, digam a toda a gente que pode ajudar<br />

quem mais precisa!<br />

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PROMOVER<br />

A ALIMENTAÇÃO<br />

SAUDÁVEL<br />

“Somos o que comemos” dizia Hipócrates, considerado o ‘pai da medicina’.<br />

E foi isso mesmo do que se falou a 16 de abril num encontro<br />

sobre alimentação saudável, com a participação de crianças da creche<br />

Missão Nossa Senhora e de idosos do bairro da Quinta do Lavrado.<br />

Promovido pela Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França e pelos Médicos<br />

do Mundo, a receita do dia foi bolachas de aveia e laranja que<br />

foram confecionadas e depois comidas pelos participantes, dos mais<br />

velhos aos mais pequeninos.<br />

Uma tarde em que se falou sobre a roda dos alimentos, indicando os<br />

que são saudáveis – o caso das bolachas com aveia e laranja – e aqueles<br />

com que só em poucas ocasiões se devem comer.<br />

Recordamos que uma alimentação saudável tem de ser variada, colorida,<br />

e baseada em frutas, vegetais, cereais e carnes, peixes e laticínios<br />

pouco gordos ou magros. A sua saúde, e a dos seus, agradecem!<br />

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NOVOS<br />

CARROS DE<br />

LIMPEZA PARA<br />

A HIGIENE<br />

URBANA<br />

Mais leves, mais funcionais e até mais coloridos, são assim os<br />

novos carrinhos de limpeza distribuídos pela equipa de Higiene<br />

Urbana e que vieram substituir os carros tradicionais e muito<br />

mais pesados. Uma ajuda preciosa para estes homens e mulheres<br />

que todo os dias trabalham na limpeza das ruas. Todos juntos,<br />

vamos tornar a <strong>Penha</strong> de França uma freguesia mais limpa.<br />

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