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Revista LiteraLivre 9ª edição

9ª Edição da Revista LiteraLivre, uma revista virtual e ecológica, criada para unir autores que escrevem em Língua Portuguesa em todo o mundo. 9nd Edition of LiteraLivre Magazine, a virtual and ecological magazine, created to bring together authors who write in Portuguese throughout the world. Http://cultissimo.wixsite.com/revistaliteralivre/comoparticipar

9ª Edição da Revista LiteraLivre, uma revista virtual e ecológica, criada para unir autores que escrevem em Língua Portuguesa em todo o mundo. 9nd Edition of LiteraLivre Magazine, a virtual and ecological magazine, created to bring together authors who write in Portuguese throughout the world. Http://cultissimo.wixsite.com/revistaliteralivre/comoparticipar

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<strong>LiteraLivre</strong> nº 9 – Maio/Jun de 2018<br />

Augúrio<br />

Marcos Paulo<br />

Belo Horizonte/MG<br />

Naquele dia, naquela rua, todos receberam a carta.<br />

Nossa! Uma carta?! E não é de cobrança e nem de propaganda política! Eu não<br />

acredito! De quem será? Pensou ansiosa após averiguar a caixa de correios e<br />

descobrir seu conteúdo.<br />

Ana virou o pequeno envelope endereçado a ela.<br />

— Tânato!?... Quem é essa pessoa? ... Alameda Além Túmulo, sem número,<br />

Céu Azul!? Balbuciou intrigada.<br />

Ela ficou apreensiva. Quem seria essa pessoa que lhe enviou uma carta em<br />

plena era digital? Será um velho pervertido? Pensou enojada.<br />

A carta parecia como qualquer uma que ela nunca havia recebido. Ana<br />

colocou o envelope contra a luz do sol e identificou que dentro tinha um pequeno<br />

papel, lembrando uma folha de caderno, com anotações que não conseguiu<br />

decifrar. Estranho... Azar, vou abrir, decidiu.<br />

Quando posicionou suas mãos para rasgar o envelope, sentiu calafrios. Que<br />

sensação esquisita! Nunca tive isso antes. Voltou o envelope contra o sol<br />

novamente na tentativa inútil de desvendar seu recheio.<br />

— Droga, murmurou. Tem alguma coisa errada. Acho que não vou abri-lo.<br />

Mal terminou seu augúrio e os pelos de seus braços eriçaram diante de uma brisa<br />

fria e suave que sussurrou ao seu ouvido:<br />

— Leia, Ana. É pra você.<br />

Seu coração acelerou e ela não ousou abrir a carta. Largou assustada o<br />

envelope e sequer o viu cair ao chão. Apavorada, disparou para seu quarto e<br />

debaixo da cama se escondeu com seu smartphone. Ligou para todos seus<br />

vizinhos, mas não teve resposta. Eles leram a carta.<br />

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