56 | <strong>Eurobike</strong> <strong>magazine</strong> EMOÇÃO Dá para dizer que a Porsche Cup é uma grande família? Sem dúvida! A disputa existe entre eles, no limite, até o momento que abaixa a bandeira. Esses pilotos disputam as provas sempre com muita ética, nos intervalos trocam informações entre eles e dão show na pista. Trocam experiências e se tornam amigos, e suas esposas se tornam amigas também, frequentam os mesmos lugares. Aí é normal que eles saiam para jantar, viajem juntos. Tudo isso é consequência deles todos estarem ali e compartilharem o mesmo esporte, a mesma paixão. É tudo muito natural. E Dener, qual foi a maior alegria que a Porsche Cup já te deu? Olha, eu tenho, na média, uma grande alegria por ano (risos). A primeira foi em 2005, quando alinhamos o grid da primeira etapa. Foi bacana. Na festa de fim de ano me emocionei com o vídeo da primeira temporada. No ano seguinte também senti uma grande felicidade quando o grid aumentou. Também me emocionei com a entrada dos garotos da FEI na categoria e sinto isso também quando vejo que os mecânicos demonstram estar acumulando um monte de conhecimento e ainda deixando as suas vidas mais bacanas. Ver um grid de 50 carros em uma corrida de F1 também é impressionante, assim como ver um grid em Portugal, o maior grid de Porsche do mundo. Pelo menos um momento por ano sempre é muito marcante pra mim. E qual é o próximo degrau? É cada vez mais passar para mais pessoas, mais pilotos, mecânicos, engenheiros, pessoas que assistem, que gostam de corridas, que gostam de Porsche, pessoal da montagem, esposas de pilotos, enfim, proporcionar essa experiência incrível, cada vez mais tornar isso ainda mais acessível. Afinal, Dener, como você encontra tempo para fazer outras coisas? Tempo sempre tem. Claro que, quando a gente faz o que gosta, mais e mais coisas instigam a gente a dedicar ainda mais tempo a elas. Mas sempre que posso eu gosto de andar de moto. Já corri de moto, já disputei um Rally dos Sertões, já fiz umas corridinhas no asfalto também. Já corri em Spa-Francorchamps também. Adoro motocicleta e, mesmo não tendo muito tempo, recentemente consegui viajar com alguns amigos da Porsche Cup pelo Chile e pela Argentina, andando um pouco no deserto, um pouco na estrada. Foi muito legal. Acho que o mais importante não é o tempo que você se dedica a alguma coisa, mas o quanto de felicidade aquilo que você faz te proporciona. Eu gosto muito de realizar os sonhos que eu tenho. Então posso trocar um pouco de diversão por trabalho, até porque estou em uma fase da vida que isso é possível, e o trabalho me proporciona a realização de muitos sonhos e muita felicidade.
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