Analytica 94
Nova Seção: Análise de Minerais Avaliação Comparativa para Determinação de Umidade em Minério de Ferro Artigo Análise dos gases poluentes CO e CO2 liberados durante a queima de revestimento cerâmico para piso incorporado com resíduo borra de petróleo encapsulada E mais: instrumentação, microbiologia e metrologia
Nova Seção: Análise de Minerais
Avaliação Comparativa para Determinação de Umidade em Minério de Ferro
Artigo
Análise dos gases poluentes CO e CO2 liberados durante a queima de revestimento cerâmico para piso incorporado com resíduo borra de petróleo encapsulada
E mais: instrumentação, microbiologia e metrologia
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REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
Ano 16 - Edição <strong>94</strong> - Abr/Mai 18<br />
NOVA<br />
R$25,00<br />
NOVA SEÇÃO: ANÁLISE DE MINERAIS<br />
Avaliação comparativa para determinação de umidade<br />
em minério de ferro<br />
ARTIGO 1<br />
Análise dos gases poluentes CO e CO2 liberados durante a queima de revestimento<br />
cerâmico para piso incorporado com resíduo borra de petróleo encapsulada<br />
E MAIS:<br />
Instrumentação, Microbiologia e Metrologia
REVISTA<br />
Ano 16 - Edição <strong>94</strong> - Abr/Mai 18<br />
EDITORIAL<br />
A hora e a vez do otimismo<br />
Chegamos enfim a mais uma edição da Revista <strong>Analytica</strong>, dessa vez em seu número <strong>94</strong>. E<br />
como de costume temos novidades.<br />
A seção que estreia é a "Análise de minerais", que apresentará a cada edição comparações<br />
e avaliações de métodos disponíveis e já testados pela indústria. Considerando que a mineração<br />
é umas das principais fontes de renda na economia nacional, abordar esse tema se faz muito<br />
importante. Especialmente nesse momento em que vivemos...<br />
Após um período de grande instabilidade e incertezas no cenário político e econômico nacional,<br />
o panorama que se monta e se prevê é de crescimento. Apesar da eleição que se aproxima,<br />
notamos que há uma tendência de investimentos das empresas, consequência do aumento de<br />
produção e aquecimento do consumo.<br />
Para a nossa publicação, isso é deveras importante, haja vista que, com o aumento do investimento<br />
da indústria, o mercado de controle de qualidade também deve crescer, já que sua<br />
prosperidade depende, diretamente da produção.<br />
Por esse motivo, leitores, devemos aproveitar essa maré e nos planejar para novos tempos<br />
que devem chegar. Seja em questões de gestão, como de preparação acadêmica e profissional<br />
– coisa que a Revista <strong>Analytica</strong> busca trazer a cada edição.<br />
E mais do que nunca: agora é a hora perfeita para sermos otimistas.<br />
Boa leitura.<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Expediente<br />
Realização: DEN Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
Publicidade e Redação: Sylvain Kernbaum | 11 98357-9857 | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />
Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />
Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral
A RDC 166 descreve o uso de padrões farmacopeicos para os<br />
A RDC 166 descreve o uso de padrões farmacopeicos para os<br />
ensaios de validação de métodos analíticos. Além disso essa<br />
ensaios de validação de métodos analíticos. Além disso essa<br />
resolução uniformizou, através de critérios específicos e mais<br />
resolução uniformizou, através de critérios específicos e mais<br />
detalhados do processo, as documentações necessárias para<br />
detalhados do processo, as documentações necessárias para<br />
as substâncias químicas caracterizadas (SQC). Abaixo identificamos<br />
as 13 novas exigências regulatórias para a adoção de<br />
as substâncias químicas caracterizadas (SQC). Abaixo identificamos<br />
as 13 novas exigências regulatórias para a adoção de<br />
tais<br />
tais<br />
substâncias.<br />
substâncias.<br />
Uso Uso de de substância química de de<br />
referência farmacopeica (SQF) (SQF)<br />
1. 1. Apresentar relatório sivo sivo da da caracterização da da SQC SQC 1 1 conclu-<br />
por por lote; lote;<br />
2. 2. Justificar tecnicamente a a<br />
escolha de de cada cada ensaio de de<br />
caracterização;<br />
3. 3. Apresentar dados dados brutos brutos<br />
pertinentes do do processo de de<br />
caracterização.<br />
4. 4. Manter Manter amostra amostra retém retém da da<br />
SQC<br />
SQC 1 ;<br />
1 ;<br />
5.<br />
5.<br />
Fornecer<br />
Fornecer<br />
SQC<br />
SQC 1 para 1 para<br />
análises<br />
análises<br />
fiscais.<br />
fiscais.<br />
6. Definir processo de caracterização<br />
6. Definir processo de caracterização<br />
suficiente;<br />
suficiente;<br />
RESOLUÇÃO RDC Nº 166,<br />
RESOLUÇÃO RDC Nº 166,<br />
DE 24 DE JULHO DE 2017<br />
DE 24 DE JULHO DE 2017<br />
Art. 14 Na validação de métodos<br />
Art. 14 Na validação de métodos<br />
analíticos, deverá ser utilizada<br />
analíticos, deverá ser utilizada<br />
Substância Química de Referência<br />
Substância Química de Referência<br />
Farmacopeica<br />
Farmacopeica<br />
(SQF)<br />
(SQF)<br />
oficializada<br />
oficializada<br />
pela<br />
pela<br />
Farmacopeia<br />
Farmacopeia<br />
Brasileira,<br />
Brasileira,<br />
preferencialmentemente,<br />
ou ou por por outros outros compêndios compêndios<br />
oficialmente reconhecidos pela pela Anvisa.<br />
preferencial-<br />
§§ 1º. 1º. Será Será admitido o uso de de cia cia Química de de Referência Caracterizada<br />
(SQC), mediante a apresenta-<br />
Substânçãção<br />
de de relatório de caracterização<br />
conclusivo para o lote em estudo,<br />
incluindo as as razões técnicas para<br />
escolha dos ensaios utilizados e os<br />
dados brutos pertinentes.<br />
§§ 2º. 2º. A Anvisa e os integrantes do<br />
Sistema Nacional de Vigilância ria ria poderão requerer amostras da<br />
Sanitá-<br />
SQC SQC 1 1 para fins de de avaliação do so so de de caracterização nas hipóteses do<br />
parágrafo anterior e, e, quando da<br />
necessidade de de realização de de análise<br />
proces-<br />
fiscal, fiscal, deverá deverá ser ser fornecida amostra<br />
da<br />
da<br />
SQC<br />
SQC 1 1 para<br />
para<br />
fins<br />
fins<br />
de<br />
de<br />
realização<br />
realização<br />
dos<br />
dos<br />
testes<br />
testes<br />
necessários.<br />
necessários.<br />
Art. 15 O relatório de caracterização,<br />
Art. 15 O relatório de caracterização,<br />
a depender do analito, deve conter os<br />
a depender do analito, deve conter os<br />
dados obtidos a partir de técnicas<br />
dados<br />
aplicáveis<br />
obtidos<br />
à caracterização<br />
a partir de técnicas<br />
de cada<br />
aplicáveis<br />
substância<br />
à caracterização<br />
química como,<br />
de cada<br />
por<br />
substância exemplo, termogravimetria, química como, ponto por de<br />
exemplo, fusão, calorimetria termogravimetria, exploratória ponto dife- de<br />
fusão, calorimetria exploratória dife-<br />
rencial, espectroscopia no infravermelho,<br />
rencial, espectroscopia no infravermelho,<br />
espectrometria de massas, ressonância<br />
espectrometria de massas, ressonância<br />
magnética nuclear, análise elementar<br />
magnética nuclear, análise elementar<br />
(carbono<br />
(carbono<br />
/<br />
/<br />
hidrogênio<br />
hidrogênio<br />
/<br />
/<br />
nitrogênio),<br />
nitrogênio),<br />
difradifração<br />
ção<br />
de<br />
de<br />
raio<br />
raio<br />
X,<br />
X,<br />
rotação<br />
rotação<br />
óptica,<br />
óptica,<br />
métodos<br />
métodos<br />
cromatográficos, entre entre outras. outras.<br />
§ 1º. Além dos dos dados de de caracterização,<br />
devem ser incluídas no no relatório as as<br />
seguintes Informações:<br />
- número e validade do do lote da da substância<br />
utilizado na caracterização;<br />
- denominação comum brasileira ou ou<br />
denominação comum internacional;<br />
- n° CAS, nome químico, sinonímia,<br />
fórmula molecular e estrutural, peso<br />
molecular, propriedades físico-químicas;<br />
- perfil de impurezas;<br />
- cuidados de de manipulação e e conservação;<br />
- laudo<br />
laudo<br />
analítico<br />
analítico<br />
comprovando<br />
comprovando<br />
a<br />
a<br />
identidade,<br />
identidade,<br />
teor<br />
teor<br />
e validade<br />
validade<br />
da<br />
da<br />
SQC<br />
SQC 1 . 1 .<br />
Art. 18 Não é admitida a utilização Vde<br />
Art. 18 Não admitida a utilização Vde<br />
SQT<br />
SQT 2 para fins de validação de método<br />
2 para fins de validação de método<br />
analítico.<br />
analítico.<br />
Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/<br />
Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/<br />
7. Verificar cada item do relatório<br />
7. Verificar<br />
de caracterização;<br />
cada item do relatório<br />
de caracterização;<br />
8. Avaliar estudo de estabilidade;<br />
8. Avaliar estudo de estabilidade;<br />
9. 9. Obter Obter com com exatidão exatidão as as informaçõemações<br />
de de identificação identificação perti-<br />
perti-<br />
infornentenentes<br />
a SQC a SQC 1 ;<br />
1 ;<br />
10. 10. Estabelecer método para para<br />
perfil perfil de de impurezas;<br />
11. 11. Realizar ensaios para para estabelecer<br />
os os cuidados de de manipulaçãlação<br />
e estocagem; e<br />
esta-<br />
12. 12. Emitir Emitir laudo laudo analítico; analítico;<br />
13. 13. Definir Definir cálculo cálculo da da potência potência<br />
da da SQC SQC 1 . 1 .<br />
Todos os requerimentos acima<br />
Todos os requerimentos acima<br />
devem ser cumpridos para o<br />
devem ser cumpridos para o<br />
estabelecimento de SQC<br />
estabelecimento de SQC 1 , não 1 , não<br />
sendo possível a substituição<br />
desta<br />
sendo<br />
por<br />
possível<br />
SQT<br />
a substituição<br />
desta por SQT 2 . 2 .<br />
1 SQC - Substância Química Caracterizada<br />
1 2 SQT SQC - Substância - Substância Química Química de Caracterizada<br />
Trabalho<br />
2 SQT - Substância Química de Trabalho<br />
REVISTA<br />
Ano 16 - Edição <strong>94</strong> - Abr/Mai 18<br />
ÍNDICE<br />
Artigo 1 10<br />
Análise dos Gases Poluentes<br />
CO e CO2 liberados durante<br />
a queima de revestimento cerâmico para<br />
piso incorporado com resíduo borra de<br />
petróleo encapsulada<br />
Artigo 2 18<br />
03 Editorial<br />
06 Agenda<br />
Matéria de capa<br />
Matéria de capa<br />
A NOVA NOVA RESOLUÇÃO<br />
RDC Nº Nº 166/17<br />
Matéria de capa<br />
Autores:<br />
Bruno Carlos Alves Pinheiro,<br />
José Nilson França de Holanda,<br />
Aline Batista Rangel,<br />
Verônica de Paula Matias,<br />
Raquel Silva Reis,<br />
*Roberta Simões Vargas,<br />
Tays Amaral Costa<br />
Matéria de Capa 26<br />
A NOVA RESOLUÇÃO<br />
RDC Nº 166/17<br />
A RDC 166 descreve o uso de padrões farmacopeicos para os<br />
ensaios de validação de métodos analíticos. Além disso essa<br />
resolução uniformizou, através de critérios específicos e mais<br />
detalhados do processo, as documentações necessárias para<br />
as substâncias químicas caracterizadas (SQC). Abaixo identificamos<br />
as 13 novas exigências regulatórias para a adoção de<br />
tais substâncias.<br />
Avaliação da qualidade microbiológica<br />
e físico-química em piscinas de prédios<br />
residenciais localizados em Maceió-AL<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1,<br />
Lílian Márcia Dias dos Santos2,<br />
Patrícia Miranda Lima3,<br />
Eliane Costa Souza4,<br />
Nely Targino Do Valle Cerqueira5,<br />
Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
RESOLUÇÃO RDC Nº 166,<br />
DE 24 DE JULHO DE 2017<br />
Art. 14 Na validação de métodos<br />
analíticos, deverá ser utilizada<br />
Substância Química de Referência<br />
Farmacopeica (SQF) oficializada pela<br />
Farmacopeia Brasileira, preferencialmente,<br />
ou por outros compêndios<br />
oficialmente reconhecidos pela Anvisa.<br />
30 Metrologia<br />
32<br />
Instrumentação<br />
e Normalização<br />
4<br />
Uso de substância química de<br />
referência farmacopeica (SQF)<br />
1. Apresentar relatório conclu-<br />
Análise de Minerais 38<br />
sivo da caracterização da SQC 1<br />
por lote;<br />
2. Justificar tecnicamente a<br />
escolha de cada ensaio de<br />
caracterização;<br />
3. Apresentar dados brutos<br />
pertinentes do processo de<br />
caracterização.<br />
4. Manter amostra retém da<br />
SQC 1 ;<br />
5. Fornecer SQC 1 para análises<br />
fiscais.<br />
§ 1º. Será admitido o uso de Substância<br />
Química de Referência Caracterizada<br />
(SQC), mediante a apresentação<br />
de relatório de caracterização<br />
conclusivo para o lote em estudo,<br />
incluindo as razões técnicas para<br />
escolha dos ensaios utilizados e os<br />
dados brutos pertinentes.<br />
§ 2º. A Anvisa e os integrantes do<br />
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária<br />
poderão requerer amostras da<br />
SQC 1 para fins de avaliação do processo<br />
de caracterização nas hipóteses do<br />
parágrafo anterior e, quando da<br />
necessidade de realização de análise<br />
fiscal, deverá ser fornecida amostra<br />
da SQC 1 para fins de realização dos<br />
testes necessários.<br />
Art. 15 O relatório de caracterização,<br />
a depender do analito, deve conter os<br />
dados obtidos a partir de técnicas<br />
aplicáveis à caracterização de cada<br />
substância química como, por<br />
exemplo, termogravimetria, ponto de<br />
36 Microbiologia<br />
46 Em foco
280<br />
5
agenda<br />
Agenda 2018<br />
6<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
41ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química<br />
Data: 21 a 24/05/2018<br />
Local: Rafain Palace Hotel & Convention - Foz do Iguaçu / PR<br />
Informações: sbq.org.br/41ra/<br />
FCE Pharma<br />
Data: 22 a 24/05/2018<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: fcepharma.com.br<br />
47ª. Reunião Anual da SBBq<br />
Data: 26 a 29/05/2018<br />
Local: Centro de Convenções de Joinville (Expoville) - Joinville / SC<br />
Informações: sbbq.org.br/reuniao/2018/<br />
III Encontro Internacional BrCAST e EUCAST / 6º Simpósio<br />
Internacional Microbiologia Clínica<br />
Data: 10 a 12/08/2018<br />
Local: Hotel Bourbon Ibirapuera - São Paulo / SP<br />
Informações: sbmicrobiologia.org.br/BrCast_SIMC_2018/index.php<br />
Analitica Latin America<br />
Data: 24 a 26/09/2019<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: analiticanet.com.br<br />
BrMass 2018 | 7ª Conferência de Espectrometria de Massa<br />
Data: 08 a 12/12/2018<br />
Local: Hotel Windsor Barra - Rio de Janeiro / RJ<br />
Informações: congresso2018.brmass.com<br />
CURSOS<br />
Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />
28/05 a 08/06 - Avaliação de conformidade<br />
28/05 a 12/06 - Análise e interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />
04/06 a 13/06 - Fundamentos da metrologia<br />
04/06 a 13/06 - Validação e métodos de ensaios<br />
04/06 a 26/06 - Incerteza da medição<br />
25/06 a 11/07 - Gestão de riscos e oportunidades<br />
Mais informações em: metrologia.org.br
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REVISTA<br />
Ano 16 - Edição <strong>94</strong> - Abr/Mai 18<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante<br />
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Air Products 13<br />
Analitica Lab 5<br />
BCQ 64<br />
Bruker do Brasil 15<br />
Cetal 43 | 57<br />
Chemetric 61<br />
FCE Pharma 63<br />
Greiner 44-45<br />
Laborclin 47<br />
Anunciante<br />
pág<br />
Las do Brasil 1 | 7 | 28-29 | 49<br />
Nova Analítica 51 | 55<br />
Polar 2<br />
Prime Cargo 17<br />
Sartorius 25<br />
Vacuubrand 23<br />
Veolia 53<br />
Vibra-Stop 35<br />
Waters 21<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
8<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />
Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />
Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />
de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />
Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />
Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />
Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Aline Batista Rangel, Bruno Carlos Alves Pinheiro, Bruno Castro, Claudio Kiyoshi Hirai, Eduardo Melo, Eliane Costa Souza, Elisama Melo da Silva,<br />
Iakyra Borrakuens Couceiro, João Paulo dos Santos, José Nilson França de Holanda, Juliana Freitas Santos Gomes, Lílian Márcia Dias dos<br />
Santos, Luciana e Sá Alves, Luiz Paulo Serrano, Marília Rocha, Mauricio Ferraz de Paiva, Nely Targino Do Valle Cerqueira, Patrícia Miranda Lima,<br />
Raquel Silva Reis, Roberta Simões Vargas, Tays Amaral Costa, Verônica de Paula Matias, Waléria Dantas Pereira e Yáskara Veruska Ribeiro Barros
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A Revista <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato<br />
com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos<br />
de teses etc. Os editores levarão em<br />
consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação<br />
com as análises industriais, instrumentação<br />
e o controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas<br />
e analisadas pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e<br />
qualquer conflito de interesse existente,<br />
em particular aqueles de natureza<br />
financeira relativo a companhias interessadas<br />
ou envolvidas em produtos<br />
ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito<br />
apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o<br />
termo de compromisso assinado por<br />
todos os autores, atestando a originalidade<br />
do artigo, bem como a participação<br />
de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos<br />
em português, mas com Abstract detalhado<br />
em inglês. O Resumo e o Abstract<br />
deverão conter as palavras-chave<br />
e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma<br />
original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-<br />
-mail, pedimos que a resolução do<br />
escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />
extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados<br />
e enviados por e-mail, ordenados<br />
em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição<br />
onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />
o nome do autor correspondente, com<br />
endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos<br />
por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />
e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no<br />
texto com o sobrenome do devido autor,<br />
seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada<br />
referência citadas no texto devem vir<br />
listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />
dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume,<br />
fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências.<br />
Referências de contribuições ainda<br />
não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />
Isso se deve ao fato que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico<br />
-, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é<br />
bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma média de três<br />
artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem<br />
seu material em outras publicações.<br />
ENVIE SEU TRABALHO<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
A/C: Paolo Enryco – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 412 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
9
artigo 1<br />
Análise dos Gases<br />
Poluentes CO e CO2<br />
liberados durante a queima de<br />
revestimento cerâmico para piso<br />
incorporado com resíduo borra<br />
de petróleo encapsulada<br />
Autores:<br />
Bruno Carlos Alves Pinheiro,<br />
José Nilson França de Holanda,<br />
Aline Batista Rangel,<br />
Verônica de Paula Matias,<br />
Raquel Silva Reis,<br />
*Roberta Simões Vargas,<br />
Tays Amaral Costa<br />
Departamento de Design (UEMG/Ubá) -<br />
Universidade do Estado de Minas Gerais/Ubá<br />
Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV/CCT/UENF) -<br />
Universidade Estadual do Norte Fluminense<br />
Laboratório de Ciências Físicas (LCFIS/CCT/UENF) -<br />
Universidade Estadual do Norte Fluminense<br />
Departamento de Engenharia de Produção (FIC-UNIS) -<br />
Faculdades Integradas de Cataguases<br />
10<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Resumo<br />
São apresentados os resultados de um estudo sobre a<br />
análise da emissão dos gases CO e CO2 durante a queima<br />
de piso cerâmico vitrificado incorporado com resíduo borra<br />
de petróleo encapsulada. Foram preparadas quatro massas<br />
cerâmicas contendo 0, 1,25, 2,5 e 5% em peso de resíduo.<br />
Foram determinadas as composições química e mineralógica<br />
do resíduo. Os corpos cerâmicos foram preparados por prensagem<br />
uniaxial e foram queimados entre 150 e 1100 °C. A<br />
emissão dos gases foi analisada pela técnica fototérmica. Os<br />
resultados mostraram que a incorporação do resíduo borra<br />
de petróleo encapsulada provocou um aumento significativo<br />
na emissão de CO2.<br />
Palavras-chave: Gases, resíduo borra de petróleo<br />
encapsulada, piso cerâmico.<br />
Abstract<br />
Analysis of CO and CO2 pollutant gases released<br />
during the burning of ceramic coating from incorporated<br />
floor with waste sludge encapsulated oil<br />
This work present the results of a study concerning on the gas<br />
emissions (CO and CO2) during firing of vitrified ceramic floor tiles<br />
incorporated with encapsulated petroleum waste. Were prepared<br />
four ceramic pastes containing 0, 1,25, 2,5 e 5 wt% of the waste.<br />
The chemical and mineralogical compositions of the encapsulated<br />
petroleum waste were determined. The ceramic pieces<br />
were prepared by uniaxial pressing and fired between 150 and<br />
1100 °C. The gas emissions during firing were analyzed through<br />
photothermal technique. The results showed that the addition of<br />
encapsulated petroleum waste provoked a significant increase of<br />
CO2 emissions.<br />
Keywords: Gas, encapsulated petroleum waste,<br />
ceramic tile.<br />
Imagem ilustrativa<br />
1. Introdução<br />
Com a comprovação do aquecimento global tem<br />
ocorrido um crescente interesse na prevenção e desenvolvimento<br />
sustentável (1). Na atualidade o setor<br />
produtivo industrial tem se deparado com dois grandes<br />
problemas (2): o uso demasiado de matérias-primas<br />
naturais não renováveis, as quais tendem a se exaurirem<br />
em futuro próximo e a produção cada vez maior de<br />
resíduos, os quais são descartados no meio ambiente<br />
de forma incorreta.<br />
O setor petrolífero gera grandes quantidades de resíduos<br />
devido aos seus processos produtivos. Dentre<br />
esses resíduos, o mais abundante é o material oleoso<br />
constituído basicamente por uma mistura complexa de<br />
hidrocarbonetos, água, materiais inorgânicos e traços<br />
de metais pesados (3).<br />
No Brasil, o resíduo oleoso tem sido submetido a<br />
um tratamento com um agente encapsulante (bentonita<br />
organofílica) na forma de pó (4). Após esse tratamento<br />
o resíduo oleoso toma a forma de pó sendo<br />
constituído por argilominerais, quartzo, barita, calcita<br />
e hidrocarbonetos. Este novo material é chamado de<br />
borra de petróleo encapsulada e apresenta potencial<br />
para ser utilizado na indústria cerâmica (5,6). Outras<br />
razões que favorecem a incorporação deste resíduo<br />
na indústria cerâmica são: i) materiais como o revestimento<br />
cerâmico para piso utilizam matérias-primas<br />
naturais que apresentam uma larga variabilidade química<br />
e mineralógica; ii) o processo de fabricação não é
fortemente modificado; iii) redução<br />
do volume de resíduo produzido e,<br />
principalmente, da poluição; e iv) a<br />
matriz cerâmica vitrificada pode ser<br />
um caminho seguro para a inertização<br />
dos compostos poluentes do<br />
resíduo.<br />
Um dos setores da indústria<br />
cerâmica que pode contribuir de<br />
forma significativa para absorver<br />
o resíduo borra de petróleo encapsulada<br />
é o setor de revestimento<br />
cerâmico. De fato, alguns trabalhos<br />
relacionados com a incorporação<br />
deste resíduo em massas argilosas<br />
para a fabricação de revestimento<br />
cerâmico para piso têm sido desenvolvidos<br />
(4,5,7). No entanto, os<br />
trabalhos tratam das mudanças estruturais<br />
e físicas provocadas pela<br />
incorporação do resíduo.<br />
Durante a queima de massas<br />
cerâmicas de revestimento para<br />
piso pode ocorrer a liberação de<br />
componentes gasosos como: monóxido<br />
de carbono (CO), dióxido de<br />
carbono (CO2), óxidos de nitrogênio<br />
(NOx), óxidos de enxofre (SOx),<br />
amônia (NH3) e metano (CH4), que<br />
em fortes concentrações prejudicam<br />
o meio ambiente e, principalmente,<br />
a saúde humana (8,9). No<br />
entanto, esses componentes gasosos<br />
não têm sido suficientemente<br />
investigados, havendo assim pouca<br />
informação na literatura sobre os<br />
gases liberados durante o processo<br />
de queima de revestimento cerâmico<br />
vitrificado para piso.<br />
Neste contexto, o presente trabalho<br />
objetiva analisar em escala<br />
laboratorial as concentrações dos<br />
gases poluentes CO e CO2 liberados<br />
durante a queima de uma<br />
massa para revestimento vitrificado<br />
incorporado com o resíduo proveniente<br />
da indústria petrolífera.<br />
São objetivos específicos do presente<br />
trabalho: determinar a composição<br />
mineralógica do resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada e<br />
as concentrações dos gases CO e<br />
CO2 liberados durante a queima<br />
das massas cerâmicas para piso<br />
vitrificado contendo o resíduo borra<br />
de petróleo encapsulada.<br />
2. Materiais e Métodos<br />
As matérias-primas utilizadas no<br />
presente trabalho foram: caulim,<br />
quartzo, feldspato sódico e o resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada.<br />
As matérias primas, caulim, quartzo<br />
e o feldspato sódico são provenientes<br />
do Estado do Rio Grande<br />
do Norte. Elas foram fornecidas<br />
pela Empresa Armil Mineração do<br />
Nordeste LTDA, localizada no município<br />
de Parelhas – RN. O resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada é<br />
proveniente do processo de extração<br />
de petróleo da Bacia de Campos,<br />
localizada no Norte do estado<br />
do Rio de Janeiro. Ele foi fornecido<br />
pela Petrobras.<br />
O caulim, feldspato sódico e o<br />
quartzo foram fornecidos na forma<br />
de um pó fino. O resíduo borra de<br />
petróleo encapsulada foi inicialmente<br />
secado ao ar livre por um<br />
período de três dias. Após esse<br />
processo de secagem, o resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada foi<br />
cominuído mecanicamente em<br />
moinho de bolas de aço marca Pavitest,<br />
capacidade máxima de 14<br />
kg, e frequência de rotação de 30<br />
rpm, até atingir uma granulometria<br />
passante em peneira 325 mesh (45<br />
μm ABNT). Já o caulim, o feldspato<br />
Tabela 1- Massas cerâmicas preparadas<br />
Fonte: Elaborado pelo próprio autor<br />
sódico e o quartzo foram moídos<br />
por um período de 3 horas em moinho<br />
convencional (moinho de bolas<br />
de porcelana), marca Gardelim, tipo<br />
1A MB5 (≈ 65 rpm), até atingirem<br />
granulometria passante em peneira<br />
325 mesh (45 μm ABNT). Em<br />
seguida, todas as matérias-primas<br />
foram submetidas a um processo<br />
de secagem em estufa a 110 ºC<br />
por um período de 24 horas.<br />
A composição química do resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada<br />
foi determinada por fluorescência<br />
de raios-X. A análise mineralógica<br />
qualitativa do resíduo foi feita por<br />
difração de raios-X utilizando um<br />
difratômetro, marca Seifert, modelo<br />
URD 65, com radiação Kα de Co<br />
(λ = 1,78987 Å), sob ângulo 2 de<br />
10 até 80º, com passo de 0,02º.<br />
A identificação das fases cristalinas<br />
presentes foi feita através de<br />
comparação do ângulo de Bragg,<br />
da distância interplanar basal e da<br />
intensidade relativa dos picos de<br />
difração com fichas padrão JCPDS.<br />
Foi preparada uma massa típica<br />
de revestimento cerâmico vitrificado<br />
para piso (grês porcelanato)<br />
sem adição de resíduo, a qual foi<br />
chamada de massa padrão (M0),<br />
bem como massas com diferentes<br />
percentuais de resíduo borra de<br />
petróleo encapsulada em substituição<br />
ao caulim utilizado. A Tabela<br />
1 apresenta as massas cerâmicas<br />
preparadas.<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
11
artigo 1<br />
Autores:<br />
Bruno Carlos Alves Pinheiro, José Nilson<br />
França de Holanda, Aline Batista Rangel,<br />
Verônica de Paula Matias, Raquel Silva<br />
Reis, *Roberta Simões Vargas,<br />
Tays Amaral Costa<br />
12<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
No presente trabalho as concentrações<br />
de monóxido de carbono<br />
(CO) e de dióxido de carbono (CO2)<br />
foram analisadas. Para estas análises<br />
foram utilizados corpos-de-<br />
-prova referentes às massas M0,<br />
MI, MII e MIII. Esses corpos-de-prova<br />
possuíam formato retangular<br />
com dimensões de 114,7 x 25,5 x<br />
5,78 mm e massa de 37,05 g.<br />
A técnica utilizada para medir as<br />
concentrações gasosas foi a técnica<br />
fototérmica. Os equipamentos<br />
utilizados para a detecção e quantificação<br />
dos gases CO e CO2 foram<br />
um sistema analisador de gás<br />
na faixa do infravermelho da ABB<br />
(URAS 14), um forno tubular digital<br />
INTI, MAITEC, modelo FT-1200BI,<br />
com controlador microprocessado<br />
Figura 1 – Difratograma de raios X do resíduo<br />
Fonte: Elaborado pelo próprio autor<br />
com precisão de queima de 0,5<br />
°C, modelo FE50RP da FLEYEVER<br />
Equipamentos, um sistema para a<br />
aquisição de dados gráficos e gases<br />
utilizados durante a calibração<br />
(N2 e O2) do sistema URAS-14.<br />
O esquema de funcionamento do<br />
sistema URAS-14 é apresentado e<br />
descrito em (9).<br />
Os gases CO e CO2 foram coletados<br />
nas temperaturas de 150,<br />
300, 450, 550, 650, 800, 950,<br />
1050 e 1100 °C após uma permanência<br />
de 20 minutos (tempo<br />
de escala laboratorial). Para que a<br />
queima fosse homogênea, foi conectado<br />
na entrada de ar do forno,<br />
gás oxigênio, cujo fluxo (1,2 litros/<br />
hora) foi controlado por um fluxômetro.<br />
3. Resultados e<br />
Discussão<br />
O difratograma de raios-X do<br />
resíduo borra de petróleo encapsulada<br />
é mostrado na Figura 1.<br />
Pode-se observar a presença de<br />
barita (sulfato de bário, BaSO4),<br />
quartzo (SiO2), carbonato de cálcio<br />
(CaCO3), cloreto de cálcio (CaCl2),<br />
sulfato de cálcio, CaSO4.2H2O,<br />
hematita (Fe2O3), galena (sulfeto<br />
de chumbo, PbS), cloreto de potássio<br />
(KCl), halita (NaCl) e montmorilonita.<br />
A Tabela 2 apresenta a composição<br />
química do resíduo borra de<br />
petróleo encapsulada. Pode-se<br />
observar que o resíduo é composto<br />
predominantemente por SiO2,<br />
Al2O3, CaO, Fe2O3, MgO e BaO,<br />
os quais correspondem a 71,17%.<br />
O teor de SiO2 pode estar relacionado<br />
com a presença de argilominerais<br />
como a montmorilonita<br />
e, principalmente, à presença de<br />
quartzo livre. O composto Al2O3<br />
pode estar associado à presença de<br />
motmorilonita. O teor de MgO também<br />
pode estar relacionado com a<br />
presença de montmorilonita. O CaO<br />
pode estar relacionado à presença<br />
de sulfato de cálcio e carbonato de<br />
cálcio, e o teor de BaO pode estar<br />
relacionado à presença de partículas<br />
de sulfato de bário (barita). Pode-se<br />
observar que o resíduo apresenta<br />
um teor elevado de Fe2O3,<br />
o qual pode estar relacionado com<br />
a presença de hematita. Este óxido<br />
pode influenciar a cor após quei-
artigo 1<br />
Autores:<br />
Bruno Carlos Alves Pinheiro, José Nilson<br />
França de Holanda, Aline Batista Rangel,<br />
Verônica de Paula Matias, Raquel Silva<br />
Reis, *Roberta Simões Vargas,<br />
Tays Amaral Costa<br />
Tabela 2- Composição química do resíduo<br />
Fonte: Elaborado pelo próprio autor<br />
14<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Figura 2 – Emissão de CO2 em função da temperatura de queima<br />
Fonte: Elaborado pelo próprio autor<br />
Figura 3 – Emissão de CO em função da temperatura de queima<br />
Fonte: Elaborado pelo próprio autor<br />
ma dos corpos cerâmicos. Foram<br />
identificados ainda pequenos teores<br />
de SrO, P2O5, TiO2, K2O,<br />
Na2O e MnO. A alta perda ao fogo<br />
(18,74%) pode estar associada à<br />
presença de materiais orgânicos<br />
(ou microorganismos) fossilizados<br />
e hidrocarbonetos (óleo cru). Além<br />
disso, a decomposição de carbonato<br />
e sulfatos, e a desidroxilação da<br />
montmorilonita contribuem para a<br />
alta perda ao fogo.<br />
A Figura 2 mostra os resultados<br />
das concentrações de CO2<br />
durante o processo de queima de<br />
revestimento cerâmico vitrificado<br />
para piso.<br />
Os resultados dessas análises<br />
indicam a emissão desse gás nas<br />
peças cerâmicas estudadas. O dióxido<br />
de carbono (CO2) atualmente<br />
é uma grande preocupação da<br />
sociedade moderna, pois além de<br />
contribuir para a poluição do ar,<br />
contribui de maneira significativa<br />
para o efeito estufa (9). Pode ser<br />
observado que a incorporação do<br />
resíduo borra de petróleo encapsulada,<br />
no geral, causou uma elevação<br />
da emissão de CO2 para o<br />
meio ambiente. As maiores emissões<br />
ocorreram entre aproximadamente<br />
300 e 800 °C com pico<br />
máximo em torno de 650 °C. Essas<br />
emissões podem estar relacionadas<br />
com a decomposição de hidrocarbonetos<br />
provenientes do óleo<br />
cru existente no resíduo e, principalmente,<br />
com a decomposição de
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artigo 1<br />
Autores:<br />
Bruno Carlos Alves Pinheiro, José Nilson<br />
França de Holanda, Aline Batista Rangel,<br />
Verônica de Paula Matias, Raquel Silva<br />
Reis, *Roberta Simões Vargas,<br />
Tays Amaral Costa<br />
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REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
matéria orgânica (C + O2 → CO2 ↑).<br />
Além disso, é importante destacar<br />
que o vapor de água resultante da<br />
remoção dos grupos OH do argilomineral<br />
montmorilonita tende a<br />
aumentar a atividade dos componentes<br />
gasosos. E ainda, pode ser<br />
observado que em torno de 350 e<br />
700 °C a emissão de CO2 é maior<br />
para as amostras que contém o<br />
resíduo borra de petróleo encapsulada.<br />
Isto pode estar relacionado<br />
com a decomposição do carbonato<br />
de cálcio (calcita) existente no resíduo<br />
para formar, principalmente,<br />
CaO com liberação de CO2 (CaCO3<br />
→ CaO + CO2 ↑).<br />
A Figura 3 mostra os resultados<br />
das concentrações de monóxido de<br />
carbono (CO) durante o processo<br />
de queima de revestimento cerâmico<br />
vitrificado para piso.<br />
O monóxido de carbono (CO) é<br />
um gás mais leve que o ar e altamente<br />
tóxico, que causa poluição<br />
do ar e efeitos severos a saúde<br />
humana (9). Na Figura 3 pode-se<br />
observar a presença de CO nas peças<br />
cerâmicas estudadas. De forma<br />
geral, a incorporação do resíduo<br />
borra de petróleo encapsulada<br />
contribui para aumentar a emissão<br />
de monóxido de carbono (CO). É<br />
importante destacar que a emissão<br />
desse gás está relacionada com a<br />
condição de atmosfera do forno.<br />
Se a queima for realizada em uma<br />
atmosfera rica em oxigênio, a combustão<br />
do material será completa,<br />
o que contribui para que a emissão<br />
de CO tenha concentrações<br />
mínimas. Caso contrário, ocorrerá<br />
a combustão incompleta do material,<br />
não havendo condições de<br />
formar o CO2, logo a quantidade<br />
de CO emitida será maior. Isso não<br />
foi observado nos dados apresentados,<br />
já que as concentrações de<br />
CO se apresentam entre 0 a 230<br />
ppm. Estas concentrações podem<br />
ser consideradas mínimas quando<br />
comparadas com as concentrações<br />
do gás CO2.<br />
Conclusões<br />
De acordo com os resultados<br />
obtidos no presente trabalho,<br />
pode-se concluir que a incorporação<br />
do resíduo borra de petróleo<br />
encapsulada aumenta as<br />
emissões dos gases carbônicos<br />
(CO e CO2) durante a queima de<br />
revestimento cerâmico vitrificado<br />
para piso. A emissão de CO2 é<br />
consequência, principalmente, da<br />
combustão de matéria orgânica,<br />
com a decomposição de hidrocarbonetos<br />
provenientes do óleo<br />
cru e com a decomposição do<br />
carbonato de cálcio (calcita) existentes<br />
no resíduo. A emissão de<br />
CO é consequência da atmosfera<br />
de queima do forno, ou seja, se<br />
o forno estiver rico em oxigênio,<br />
a concentração de CO será bem<br />
menor que a concentração de<br />
CO2. Assim, pode-se ver que é<br />
de grande importância avaliar do<br />
ponto de vista ambiental a aplicação<br />
deste resíduo na produção de<br />
revestimento cerâmico vitrificado<br />
para piso.<br />
Referências<br />
(1) J.N.F. HOLANDA, J.P.V.T. MANHÃES. Caracterização<br />
e Classificação de Resíduo Sólido<br />
“Pó de Rocha Granítica” Gerado na Indústria<br />
de Rochas Ornamentais. Química Nova v. 31,<br />
n°. 6, 1301-1304, 2008.<br />
(2) A.J. SOUZA, B.C.A. PINHEIRO, J.N.F. HO-<br />
LANDA. Efeito da adição de resíduo de rocha<br />
ornamental nas propriedades tecnológicas e<br />
microestrutura de piso cerâmico vitrificado.<br />
Cerâmica. v. 57, n. 342, 212-218, Abril/Junho.<br />
2011.<br />
(3) A.J. SOUZA, B.C.A. PINHEIRO, J.N.F. HO-<br />
LANDA. Valorization of solid petroleum waste<br />
as a potential raw material for Clay-based ceramics.<br />
Waste and Biomass Valorization. v. 2,<br />
n. 4, 381-388, September. 2011.<br />
(4) B.C.A. PINHEIRO, J.N.F. HOLANDA. Reuse<br />
of solid petroleum waste in the manufacture<br />
of porcelain stoneware tile. Journal of Environmental<br />
Management. v. 118, n. 30, 205-<br />
210, March. 2013.<br />
(5) B.C.A. PINHEIRO, J.N.F. HOLANDA. Obtainment<br />
of porcelain floor tiles added with<br />
petroleum oily sludge. Ceramics International.<br />
v. 39, n. 1, 57-63, January. 2013.<br />
(6) B.C.A. PINHEIRO, J.N.F. HOLANDA.<br />
Chemical-environmental characterization of<br />
waste coming from petroleum industry for<br />
application in clay ceramics. Materials Science<br />
Forum. vols. 660-661, 1053-1057. October.<br />
2010.<br />
(7) B.C.A. PINHEIRO, R.T. FARIA JR, J.N.F.<br />
HOLANDA. W.N. Thermal transformations of<br />
floor tile pastes containing petroleum waste.<br />
Journal of Thermal Analysis and Calorimetry,<br />
v. 111, n. 1, 527-533, July. 2012.<br />
(8) R. TOLEDO, D.R DOS SANTOS, R.T. FARIA<br />
JR, J.G. CARRIÓ, L.T. AULER, H. VARGAS. Gas<br />
release during clay firing and evolution of ceramic<br />
properties. Applied Clay Science, v. 27,<br />
n. 3, 151-157, December. 2004.<br />
(9) V.P SOUZA, R. TOLEDO, J.N.F. HOLANDA,<br />
H. VARGAS, R.T. FARIA JR. Análise dos gases<br />
poluentes liberados durante a queima de<br />
cerâmica vermelha incorporada com lodo de<br />
estação de tratamento de água. Cerâmica, v.<br />
54, n 331. 351-355. Julho/Setembro. 2008.
artigo 2<br />
Avaliação da qualidade<br />
microbiológica e físico-química<br />
em piscinas de prédios residenciais<br />
localizados em Maceió-AL<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1,<br />
Lílian Márcia Dias dos Santos2,<br />
Patrícia Miranda Lima3,<br />
Eliane Costa Souza4,<br />
Nely Targino Do Valle Cerqueira5,<br />
Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
1. Analista de Hemoterapia Pleno, Sociedade Beneficente<br />
Israelita Brasileira Albert Einstein, Depto. De Hemoterapia e<br />
Terapia Celular – HMVSC, Mestrando em Ciências da Saúde<br />
aplicada à Medicina, Universidade Federal de São Paulo –<br />
UNIFESP, Disciplina de Reumatologia.<br />
2. Biomédica, Centro Universitário Cesmac.<br />
3. Biomédica, Centro Universitário Cesmac.<br />
4. Especialista em Qualidade na Produção de Alimentos,<br />
Mestre em Nutrição Humana/UFAL - Área de Concentração<br />
Segurança Alimentar e Nutricional. Nutricionista do Hospital<br />
Escola Dr. Hélvio Auto- UNCISAL. Docente de Microbiologia e<br />
Imunologia, Microbiologia e Controle Sanitário de Alimentos<br />
do Centro Universitário Cesmac.<br />
5. Doutora em Ciência e professora do Curso de Biomedicina<br />
Centro Universitário Cesmac.<br />
6. Docente de Microbiologia e<br />
Imunologia, Microbiologia e Controle Sanitário<br />
de Alimentos do Centro Universitário Cesmac.<br />
7. Professora de Microbiologia no<br />
Centro Universitário Cesmac.<br />
Imagem ilustrativa<br />
18<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Resumo<br />
Muitas evidências comprovam a relação entre problemas<br />
de saúde e a qualidade das águas destinadas à recreação.<br />
Portanto o objetivo da presente pesquisa foi avaliar<br />
a qualidade microbiológica e física química em vinte<br />
piscinas de prédios residenciais localizados em Maceió/<br />
AL. A análise microbiológica para coliformes fecais e totais<br />
foi realizada pelo método Colilert, (Substrato Cromogênio<br />
Enzimático) e a físico-química para pH através do pHmetro<br />
e kit analítico e do cloro residual pelo kit analítico e titulação.<br />
Apenas duas piscinas apresentaram-se dentro dos<br />
padrões microbiológicos preconizados pela legislação. Das<br />
dezoitos piscinas que apresentaram contaminação microbiológica<br />
apenas uma, após sanitização, ficou apropriada<br />
para banho de recreação. Os valores de pH variaram 3,6<br />
– 7,8 (pHmetro) e < 6,8 – 7,8 (kit de análise) e de Cloro<br />
1. Introdução<br />
Desde a década de 1960 que<br />
as piscinas vêm aumentando sua<br />
popularidade em virtudes de vários<br />
benefícios, como: relaxamento dos<br />
músculos, diminuição ao nível de<br />
estresse e bem-estar físico e psicológico,<br />
porém, as piscinas constituem<br />
um dos estabelecimentos<br />
públicos aos quais os serviços de<br />
saúde pública devem aumentar a<br />
fiscalização, uma vez que a qualidade<br />
microbiológica está diretamente<br />
relacionada à contaminação<br />
transmitida pelos usuários1.<br />
Muitas evidências comprovam a<br />
relação entre problemas de saúde<br />
e a qualidade das águas destinadas<br />
à recreação. Os riscos à saúde<br />
decorrentes disso dependem<br />
não apenas de sua natureza, mas<br />
também do estado imunológico<br />
dos usuários2.<br />
As águas recreacionais artificiais<br />
(piscinas) representam riscos á<br />
saúde, quando veiculam infecções<br />
nos olhos e nariz , garganta (trato<br />
respiratório), intestinal, além de<br />
disseminar pé de atleta e outras<br />
doenças como impetigo, otites, infecções<br />
da pele em geral, podendo<br />
também provocar complicações<br />
mais severas3 .<br />
Nos estados Unidos entre os<br />
anos de 1997 e 1998, 2.128 pessoas<br />
ficaram doentes devido à água<br />
contaminada de piscinas públicas.<br />
Em 1998, em um parque aquático<br />
localizado em Atlanta - EUA, sete<br />
crianças tiveram complicações do<br />
fígado, com a ocorrência de morte<br />
por complicação de infecção causada<br />
por Escherichia coli4.<br />
Os coliformes fecais por estarem<br />
presentes frequentemente nos<br />
meios hídricos usados para fins<br />
recreacionais, como também pelo<br />
seu potencial de disseminação de<br />
doenças, são frequentemente usados<br />
para definir a balneabilidade<br />
dos ambientes estudados2.<br />
Assim como as águas que são<br />
destinadas ao consumo humano,<br />
os ambientes aquáticos devem<br />
cumprir exigências determinadas<br />
por legislação específica para que<br />
seja comprovada sua qualidade<br />
evitando assim o risco a saúde dos<br />
usuários. Diversos tipos de ambientes<br />
aquáticos são de função<br />
recreativa, como os naturais que<br />
são: lagos, balneários e cachoeiras<br />
ou artificiais como piscinas5.<br />
O tratamento químico utilizado<br />
nos ambientes aquáticos em questão<br />
(piscinas) deve ser realizado<br />
adequadamente, cujo objetivo é<br />
reduzir a microbiota bacteriana<br />
existente a níveis aceitáveis regulamentados<br />
conforme a legislação.<br />
A utilização de equipamentos de<br />
forma incorreta e também as faixas<br />
laterais que abrangem as piscinas,<br />
muitas vezes propícias para a presença<br />
e multiplicação de insetos<br />
portadores de micro-organismos,<br />
podem indiretamente ocasionar<br />
doenças em humanos6.<br />
A qualidade da água é determinada<br />
pela utilização de produtos<br />
de qualidade comprovada, além do<br />
conhecimento das orientações corretas<br />
dos usuários. Os banhistas<br />
devem ter consciência em relação<br />
com os hábitos higiênicos onde<br />
devem sempre se banhar antes de<br />
entrar em piscinas, não se devem<br />
fazer a utilização de óleos bronzeadores,<br />
não urinar ou defecar, não<br />
ingerir alimentos ou beber perto de<br />
piscinas, e quando doente evitar a<br />
utilização da mesma7.<br />
Um dos fatores mais importantes<br />
para prevenir as doenças e surtos<br />
em piscinas é uma desinfecção<br />
adequada. Existe uma grande variedade<br />
de produtos químicos que<br />
podem ser utilizados na limpeza e<br />
desinfecção de piscinas. Nove em<br />
cada dez piscinas são desinfetadas<br />
com cloro, principalmente porque é<br />
eficaz, barato, fácil de usar e fornece<br />
uma proteção residual1.<br />
Há muitos anos, antes da descoberta<br />
de micro-organismos resistentes<br />
ao cloro e da popularidade<br />
das piscinas, o cloro era geralmente<br />
mantido abaixo de 1,0 miligramas<br />
por litro (mg/L) na água das<br />
piscinas. Entretanto, devido à atual<br />
resistência dos diferentes micro-<br />
-organismos, o cloro livre deve ser<br />
mantido em 20 miligramas por litro<br />
(mg/L) e o pH, entre 7,2 e 7,5 1. A<br />
dosagem de cloro necessária para<br />
a inativação de patógenos varia<br />
conforme o tipo1.<br />
De acordo com a Associação Brasileira<br />
de Normas técnicas /ABNT<br />
através da Norma Brasileira Regulamentadora<br />
/NBR 10818/1989<br />
que regularmente a Qualidade da<br />
água de piscina para parâmetros<br />
microbiológicos e físicos químicos<br />
estes devem ter respectivamente<br />
ausência de bactérias do grupo coliformes<br />
e o pH da água deve ser<br />
mantido entre 7,2 e 7,8 e quando<br />
for utilizado desinfetantes a base<br />
de cloro, a concentração de cloro<br />
na água do tanque deve ser mantida<br />
entre 0.8 mg/L a 3,0 mg/L de<br />
cloro livre8 .<br />
Diante do exposto, torna-se importante<br />
averiguar se as piscinas<br />
de prédios residenciais estão fazendo<br />
a correta desinfecção e se<br />
estas águas recreativas estão próprias<br />
para uso dessa comunidade.<br />
Portanto o objetivo da pesquisa é<br />
avaliar a qualidade microbiológica<br />
e física química em piscinas de<br />
prédios residenciais localizados<br />
em Maceió/AL.<br />
2.Materiais e Métodos<br />
Tipo de Estudo<br />
Nesta pesquisa o estudo foi analítico<br />
experimental<br />
Local<br />
Piscinas de prédios residenciais<br />
localizados em diversos bairros da<br />
cidade de Maceió - AL.<br />
Amostra<br />
Participaram deste estudo 20<br />
piscinas recreativas de prédios residências<br />
localizadas em diversos<br />
bairros na cidade de Maceió. Foi<br />
entregue um documento de autorização<br />
para realização da pesquisa<br />
(APÊNDICE A) ao síndico responsável<br />
do condomínio. Após a assinatura,<br />
foram coletadas as amostras<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
19
artigo 2<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1, Lílian Márcia<br />
Dias dos Santos2, Patrícia Miranda<br />
Lima3, Eliane Costa Souza4, Nely Targino<br />
Do Valle Cerqueira5, Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
20<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
pelos próprios pesquisadores, nos<br />
dias de segunda-feira. Foram coletadas<br />
duas amostras por piscina,<br />
uma antes e outra após a higienização<br />
realizada pelo funcionário responsável<br />
do condomínio. Totalizando<br />
40 amostras. Todas as piscinas<br />
eram equipadas com sistema de<br />
recirculação e tratamento de água.<br />
Procedimentos<br />
Coleta de amostra:<br />
Foram utilizados dois recipientes<br />
estéreis para a coleta da água. Um<br />
com capacidade de 500 mL para<br />
análise físico-química e outro adicionado<br />
tiossulfato de sódio para<br />
neutralização do cloro, com capacidade<br />
de 100 mL para análise<br />
microbiológica. O recipiente de 500<br />
mL foi colocado manualmente a 30<br />
centímetros abaixo da superfície e<br />
após o enchimento foi repassado<br />
100 mL para o recipiente contendo<br />
tiossulfato de sódio 1,8%. Na hora<br />
da coleta foram verificados os valores<br />
de pH e o cloro residual com o<br />
Kit de análise da marca comercial<br />
Genko. As amostras foram transportadas<br />
em caixas isotérmicas<br />
com gelo até o laboratório do Centro<br />
Universitário Cesmac.<br />
No laboratório foram realizadas<br />
análises microbiológicas e físico-<br />
-químicas de pH e Cloro residual.<br />
O objetivo da realização das análises<br />
físico-químicas no laboratório<br />
é avaliar a eficiência de Kits industriais<br />
utilizados normalmente pela<br />
população no controle físico químico<br />
das piscinas.<br />
Análise do potencial hidrogênio<br />
(pH) e Cloro residual<br />
na hora da coleta .<br />
Foi mergulhada manualmente a<br />
célula de coleta do kit de análise<br />
de boca para baixo até cerca de 30<br />
cm abaixo da superfície, depois foi<br />
virada de boca para cima para coletar<br />
a amostra. A água que excedeu<br />
os níveis marcados nos tubos<br />
foi desprezada. Nos tubos correspondes<br />
ao pH e cloro residual foram<br />
adicionadas quatro gotas dos<br />
respectivos reagentes, foram colocadas<br />
as tampas e agitadas. Após<br />
esse procedimento foi comparado<br />
as cores com os padrões do kit e<br />
verificados os resultados.<br />
Análise potencial hidrogênio<br />
(pH) e Cloro residual<br />
no laboratório.<br />
Para a medida do cloro residual<br />
foi colocado 200 mL da amostra<br />
em um Erlenmeyer de 500 mL,<br />
adicionado alguns cristais de KI, 1<br />
mL de ácido acético concentrado,<br />
e 1 mL de solução de amido a 1%.<br />
Foi titulado com solução de tiossulfato<br />
de sódio - Na2S2O3 0,001N,<br />
até que a cor azul desaparecesse.<br />
Foi calculado o cloro residual pela<br />
expressão: ppm cloro residual =<br />
V(mL) Na2S2O3 x 0,1773.<br />
O potencial de hidrogênio foi medido<br />
a 25ºC, utilizando-se potenciômetro<br />
da marca DIGIMED, modelo<br />
DM-20, com duas casas decimais<br />
de precisão. Após ligar o pHmetro<br />
e esperado à estabilização os eletrodos<br />
foram lavados com água e<br />
enxugados com papel absorvente.<br />
A checagem do aparelho foi feito<br />
com solução tampão (pH 4; 7 ou 9).<br />
As amostras foram colocadas em<br />
um béquer de 50 mL e o eletrodo<br />
foi mergulhado, para realização da<br />
leitura de pH.<br />
Pesquisa de coliformes totais e<br />
fecais<br />
Foi utilizado o método Colilert,<br />
(Substrato Cromogênio Enzimático)<br />
para análise microbiológica<br />
que é indicativo de presença de<br />
coliformes totais, fecais e Escherichia<br />
coli, este método apresenta<br />
alta sensibilidade e especificidade.<br />
Foi adicionado o sache do meio de<br />
cultura no recipiente contendo 100<br />
mL da amostra, homogeneizou-se<br />
e foi incubado em estufa a 35°C<br />
por 24 horas. Após esse período<br />
foi observado contra luz normal<br />
e luz ultravioleta 15 W 392 nm. A<br />
amostra que apresentou cor amarelada<br />
na luz normal indicou a presença<br />
de coliformes totais e os que<br />
apresentaram fluorescência na luz<br />
ultravioleta indicou a presença de<br />
coliformes fecais.<br />
Os resultados obtidos foram<br />
comparados aos padrões da Associação<br />
Brasileira de Normas<br />
técnicas /ABNT através da Norma<br />
Brasileira Regulamentadora /NBR<br />
10818/198910 que a água para<br />
piscinas recreativas tem que presentar<br />
ausência das bactérias do<br />
grupo coliformes.<br />
Análise Estatística<br />
Para análise estatística foi utilizado<br />
o teste T de amostras independentes<br />
para comparação das<br />
médias entre os métodos de análises<br />
do pH e do cloro residual livre.<br />
Sendo considerado estatisticamente<br />
significativo quando o valor de p<br />
< 0,05.<br />
3.Resultados e<br />
Discussão<br />
Das vinte e cinco autorizações<br />
entregues aos síndicos dos seus<br />
respectivos prédios, vinte permitiram<br />
a realização desta pesquisa.<br />
Na primeira etapa, onde foi realizada<br />
a análise microbiológica das<br />
amostras em piscinas antes da<br />
sanitização os resultados encontrados<br />
nas vinte amostras (100%)<br />
foram: dezoito (90%) com presença<br />
de coliformes totais, destas, sete<br />
(35%) apresentaram coliformes<br />
fecais. Das vinte amostras apenas<br />
duas (10%) foram ausentes para
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©2016 Waters Corporation. Waters, Acquity UPLC, UPLC, UPC2, Acquity and The Science of What’s Possible são marcas registradas da Waters Corporation.
artigo 2<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1, Lílian Márcia<br />
Dias dos Santos2, Patrícia Miranda<br />
Lima3, Eliane Costa Souza4, Nely Targino<br />
Do Valle Cerqueira5, Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
22<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
coliformes totais e fecais antes e<br />
após sanitização. Na análise após<br />
sanitização, das vinte amostras<br />
(100%), dezessete (85%) apresentaram<br />
presença de coliformes<br />
totais, e destas, sete (35%) apresentaram<br />
coliformes fecais, porém<br />
uma amostra (5%) apresentou ausência<br />
destes micro-organismos.<br />
Conforme tabela 1.<br />
Observa-se que apenas as piscinas<br />
nove e dezessete obtiveram<br />
ausência para as bactérias do<br />
grupo coliformes, estando dentro<br />
da conformidade da Legislação,<br />
sendo, portanto próprias para banho<br />
recreativo. A piscina dezenove<br />
apresentou um programa de sanitização<br />
adequado visto que após o<br />
processo de higienização as bactérias<br />
do grupo coliformes foram<br />
eliminadas, estando esta também<br />
conforme aos parâmetros da legislação<br />
sendo considerada própria<br />
para uso recreativo. Todas as<br />
outras piscinas apresentaram um<br />
programa de sanitização deficiente,<br />
pois não conseguiram eliminar<br />
as bactérias do grupo coliformes,<br />
estando, portanto, impróprias para<br />
uso de banho recreativo. Vale salientar<br />
que a piscina seis não apresentou<br />
coliformes fecais antes da<br />
sanitização, porém após este procedimento<br />
ocorreu à presença destes<br />
micro-organismos, evidenciando<br />
assim provável contaminação<br />
cruzada pelo funcionário ou equipamentos<br />
utilizados no processo.<br />
Conforme descrito por Manafi<br />
M11 a técnica de substrato<br />
cromogênico enzimático colilert<br />
contém substratos cromogênicos<br />
orto-nitrofenil-β-D galactopiranosídio<br />
(ONPG) e o fluorogênico<br />
4-metilumbeliferil-β-D glucoronídeo<br />
(MUG), que detecta simultaneamente<br />
as bactérias do grupo coliformes<br />
total e E. coli em amostras<br />
de água. Medonça CP e Ruff SD12<br />
este método apresenta várias vantagens<br />
sobre os métodos de fer-<br />
Tabela 1 – Presença ou Ausência de coliformes totais e fecais em água de<br />
piscinas de prédios residenciais localizados na cidade de Maceió, Alagoas.<br />
mentação e de tubos múltiplos por<br />
ser um método sensível e rápido.<br />
Durante a coleta das amostras foi<br />
observado que as piscinas analisadas<br />
por esta pesquisa apresentam-<br />
-se com falhas quanto a sua manutenção<br />
e higienização. A ausência<br />
de proteção quando as piscinas não<br />
estão sendo utilizadas facilitam a<br />
penetração de poluentes oriundos<br />
do ar e folhas das plantas que circundam<br />
a área das piscinas. Outra<br />
observação vista, foi à presença de<br />
aves que pousam e bebem a água,<br />
assim como também defecam ao<br />
redor das piscinas, pisos rachados<br />
e ferrugem nos ralos foram também<br />
encontrados durante esta pesquisa.<br />
Estas observações são importantes,<br />
pois falhas como estas aumentam<br />
os riscos de contaminação microbiológica<br />
e alteram o estado físicoquímico<br />
das piscinas.<br />
Segundo Signorelli14 a partir do<br />
momento que uma pessoa sadia<br />
entra numa piscina, são deixadas<br />
cerca de 4 mil bactérias diferentes<br />
provenientes de sua superfície corporal.<br />
Já Cavalcante15 diz que é<br />
estimado na superfície perianal de<br />
um indivíduo esteja presente, em<br />
média 0,14g de de fezes. Em uma<br />
criança, esse valor pode chegar<br />
a 10g. Um grama de fezes libera<br />
aproximadamente um bilhão de<br />
microorganismo na água e a amônia<br />
presente na urina, eleva o pH<br />
da água além de ser nutriente para<br />
microrganismo.<br />
A análise físico-química do pH<br />
foi determinada pelo kit de análise<br />
da marca Genko e pelo pHmetro<br />
da marca DigimedR modelo 20. Os<br />
valores de pH variaram 3,6 – 7,8<br />
(pHmetro) e < 6,8 – 7,8 (kit de<br />
análise). De acordo com a tabela<br />
2 das vinte piscinas analisadas,<br />
seis (30%) apresentaram conformidades<br />
e onze (55%) não conformidades<br />
com os parâmetros da<br />
legislação tanto pelo kit de análise<br />
como pelo pHmetro. Duas amostras<br />
apresentaram-se dentro dos<br />
padrões da legislação apenas pela<br />
analise do pHmetro e uma através<br />
da análise do kit.<br />
Um valor de pH abaixo do mínimo<br />
permitido pode causar irritação
na pele e nos olhos e corrosão nos<br />
equipamentos metálicos conforme<br />
descrito por Heitor AM13. O estudo<br />
realizado por Pimentel FC3 de<br />
um total de 32 piscinas analisadas<br />
obteve apenas uma amostra com o<br />
nível abaixo do mínimo.<br />
Na pesquisa realizada pode-se<br />
observar que onze piscinas apresentaram<br />
índices menores que o<br />
mínimo permitido pela legislação e<br />
apenas uma (5%), através do kit de<br />
analise apresentou valores maiores.<br />
Os resultados obtidos por Sueitt<br />
APE6 demonstraram que de 160<br />
amostras 83 (52 %) se apresentaram<br />
dentro dos padrões para pH.<br />
A análise estatística do pH realizada<br />
no kit de análise apresentou<br />
uma média de 6,8 ± 0,1, na estatística<br />
para o pHmetro apresentou<br />
uma média de 6,2 ± 0,1. O teste<br />
T das médias obteve o valor de<br />
0,7606, evidencia-se assim que<br />
não houve diferença entre as médias<br />
do kit de análise e o pHmetro,<br />
sendo assim os dois métodos são<br />
eficazes na determinação do pH.<br />
Nas análises de cloro foram utilizados<br />
o kit de análise da marca<br />
Genko e o método de análise de<br />
titulação no laboratório do Centro<br />
universitário Cesmac. Os valores<br />
de Cloro variaram de
artigo 2<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1, Lílian Márcia<br />
Dias dos Santos2, Patrícia Miranda<br />
Lima3, Eliane Costa Souza4, Nely Targino<br />
Do Valle Cerqueira5, Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
24<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
apresentaram conformidade com<br />
o padrão exigido. Destas, 16 apresentaram<br />
valores acima do máximo<br />
e 13 abaixo do mínimo desejado.<br />
Ainda segundo Pimentel FC3<br />
o cloro líquido quando estocado<br />
perde rapidamente o valor de cloro<br />
ativo. Esta redução pode alcançar<br />
até 25% em uma semana e para<br />
manter o efeito microbicida na piscina<br />
tem que ser feita uma dosagem<br />
muito alta.<br />
A análise estatística do cloro realizada<br />
no kit de análise apresentou<br />
uma média de 2,4 ± 5,3, na<br />
estatística para titulação apresentou<br />
uma média de 3,1 ± 17,8. O<br />
teste T das médias obteve o valor<br />
de 0,0401. Ocorreu uma diferença<br />
entre as médias de -0,7452, com<br />
estes resultados ficou evidenciado<br />
que há diferença entre as médias<br />
do kit de análise utilizado para a<br />
determinação do cloro e o método<br />
de titulação, sendo observado que<br />
o kit de análise é mais eficaz para<br />
a determinação do valor do cloro<br />
residual livre presente na água das<br />
piscinas analisadas.<br />
Conclusão<br />
Dos vinte prédios residenciais<br />
que participaram dessa pesquisa<br />
apenas dois apresentaram piscinas<br />
consideradas próprias para uso recreativo<br />
segundo os parâmetros da<br />
legislação. Dezessete piscinas tiveram<br />
falhas na sanitização realizada<br />
pelos funcionários responsáveis<br />
por apresentarem após o proce-<br />
Tabela 3 – Distribuição dos valores de cloro em amostras de água em piscinas de<br />
prédios residenciais localizados na cidade de Maceió, Alagoas.<br />
dimento a mesma contaminação<br />
microbiológica inicial.<br />
Os valores de pH e Cloro residual<br />
na maioria das piscinas apresentaram-se<br />
com valores fora do padrão<br />
exigido pela legislação. O kit analítico<br />
foi considerado mais eficiente<br />
para realização simultânea da leitura<br />
do pH e Cloro residual.<br />
Portanto com os resultados apresentados<br />
faz-se necessário uma<br />
conscientização por partes dos<br />
condôminos de realizar um programa<br />
efetivo para treinamento dos<br />
funcionários responsáveis pela sanitização,<br />
uma vez que piscinas com<br />
contaminação microbiológica é um<br />
perigo efetivo para ocorrências de<br />
doenças de veiculação hídrica.<br />
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respiratórias in IV Manual de<br />
otorrinolaringologia pediátrica da IAPO.<br />
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A RDC 166 descreve o uso de padrões farmacopeicos para os<br />
ensaios de validação de métodos analíticos. Além disso essa<br />
ensaios de validação de métodos analíticos. Além disso essa<br />
resolução uniformizou, através de critérios específicos e mais<br />
resolução uniformizou, através de critérios específicos e mais<br />
detalhados do processo, as documentações necessárias para<br />
detalhados do processo, as documentações necessárias para<br />
as substâncias químicas caracterizadas (SQC). Abaixo identificamos<br />
as 13 novas exigências regulatórias para a adoção de<br />
as substâncias químicas caracterizadas (SQC). Abaixo identificamos<br />
as 13 novas exigências regulatórias para a adoção de<br />
tais<br />
tais<br />
substâncias.<br />
substâncias.<br />
Uso Uso de de substância química de de<br />
referência farmacopeica (SQF) (SQF)<br />
1. 1. Apresentar relatório sivo sivo da da caracterização da da SQC SQC 1 1<br />
conclu-<br />
por por lote; lote;<br />
2. 2. Justificar tecnicamente a a<br />
escolha de de cada cada ensaio de de<br />
caracterização;<br />
3. 3. Apresentar dados dados brutos brutos<br />
pertinentes do do processo de de<br />
caracterização.<br />
4. 4. Manter Manter amostra amostra retém retém da da<br />
SQC<br />
SQC 1 ;<br />
1 ;<br />
5.<br />
5.<br />
Fornecer<br />
Fornecer<br />
SQC<br />
SQC 1 para 1 para<br />
análises<br />
análises<br />
fiscais.<br />
fiscais.<br />
6. Definir processo de caracterização<br />
6. Definir processo de caracterização<br />
suficiente;<br />
suficiente;<br />
RESOLUÇÃO RDC Nº 166,<br />
RESOLUÇÃO RDC Nº 166,<br />
DE 24 DE JULHO DE 2017<br />
DE 24 DE JULHO DE 2017<br />
Art. 14 Na validação de métodos<br />
Art. 14 Na validação de métodos<br />
analíticos, deverá ser utilizada<br />
analíticos, deverá ser utilizada<br />
Substância Química de Referência<br />
Substância Química de Referência<br />
Farmacopeica<br />
Farmacopeica<br />
(SQF)<br />
(SQF)<br />
oficializada<br />
oficializada<br />
pela<br />
pela<br />
Farmacopeia<br />
Farmacopeia<br />
Brasileira,<br />
Brasileira,<br />
preferencialmentemente,<br />
ou ou por por outros outros compêndios compêndios<br />
oficialmente reconhecidos pela pela Anvisa.<br />
preferencial-<br />
§§ 1º. 1º. Será Será admitido o uso de de cia cia Química de de Referência Caracterizada<br />
(SQC), mediante a apresenta-<br />
Substânçãção<br />
de de relatório de caracterização<br />
conclusivo para o lote em estudo,<br />
incluindo as as razões técnicas para<br />
escolha dos ensaios utilizados e os<br />
dados brutos pertinentes.<br />
§§ 2º. 2º. A Anvisa e os integrantes do<br />
Sistema Nacional de Vigilância ria ria poderão requerer amostras da<br />
Sanitá-<br />
SQC SQC 1 1 para fins de de avaliação do so so de de caracterização nas hipóteses do<br />
parágrafo anterior e, e, quando da<br />
necessidade de de realização de de análise<br />
proces-<br />
fiscal, fiscal, deverá deverá ser ser fornecida amostra<br />
da<br />
da<br />
SQC<br />
SQC 1 1 para<br />
para<br />
fins<br />
fins<br />
de<br />
de<br />
realização<br />
realização<br />
dos<br />
dos<br />
testes<br />
testes<br />
necessários.<br />
necessários.<br />
Art. 15 O relatório de caracterização,<br />
Art. 15 O relatório de caracterização,<br />
a depender do analito, deve conter os<br />
a depender do analito, deve conter os<br />
dados obtidos a partir de técnicas<br />
dados<br />
aplicáveis<br />
obtidos<br />
à caracterização<br />
a partir de técnicas<br />
de cada<br />
aplicáveis<br />
substância<br />
à caracterização<br />
química como,<br />
de cada<br />
por<br />
substância exemplo, termogravimetria, química como, ponto por de<br />
exemplo, fusão, calorimetria termogravimetria, exploratória ponto dife- de<br />
fusão, calorimetria exploratória dife-<br />
26<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18
7. Verificar cada item do relatório<br />
7. Verificar<br />
de caracterização;<br />
cada item do relatório<br />
de caracterização;<br />
8. Avaliar estudo de estabilidade;<br />
8. Avaliar estudo de estabilidade;<br />
rencial, espectroscopia no infravermelho,<br />
rencial, espectroscopia no infravermelho,<br />
espectrometria de massas, ressonância<br />
espectrometria de massas, ressonância<br />
magnética nuclear, análise elementar<br />
magnética nuclear, análise elementar<br />
(carbono<br />
(carbono<br />
/<br />
/<br />
hidrogênio<br />
hidrogênio<br />
/<br />
/<br />
nitrogênio),<br />
nitrogênio),<br />
difradifração<br />
ção<br />
de<br />
de<br />
raio<br />
raio<br />
X,<br />
X,<br />
rotação<br />
rotação<br />
óptica,<br />
óptica,<br />
métodos<br />
métodos<br />
cromatográficos, entre entre outras. outras.<br />
§ 1º. Além dos dos dados de de caracterização,<br />
devem ser incluídas no no relatório as as<br />
seguintes Informações:<br />
- número e validade do do lote da da substância<br />
utilizado na caracterização;<br />
- denominação comum brasileira ou ou<br />
denominação comum internacional;<br />
- n° CAS, nome químico, sinonímia,<br />
fórmula molecular e estrutural, peso<br />
molecular, propriedades físico-químicas;<br />
- perfil de impurezas;<br />
- cuidados de de manipulação e e conservação;<br />
- laudo<br />
laudo<br />
analítico<br />
analítico<br />
comprovando<br />
comprovando<br />
a<br />
a<br />
identidade,<br />
identidade,<br />
teor<br />
teor<br />
e validade<br />
validade<br />
da<br />
da<br />
SQC<br />
SQC 1 . 1 .<br />
Art. 18 Não é admitida a utilização Vde<br />
Art. 18 Não admitida a utilização Vde<br />
SQT<br />
SQT 2 para fins de validação de método<br />
2 para fins de validação de método<br />
analítico.<br />
analítico.<br />
Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/<br />
Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/<br />
9. 9. Obter Obter com com exatidão exatidão as as informaçõemações<br />
de de identificação identificação perti-<br />
perti-<br />
infornentenentes<br />
a SQC a SQC 1 ;<br />
1 ;<br />
10. 10. Estabelecer método para para<br />
perfil perfil de de impurezas;<br />
11. 11. Realizar ensaios para para estabelecer<br />
os os cuidados de de manipulaçãlação<br />
e estocagem; e 12. 12. Emitir Emitir laudo laudo analítico; analítico;<br />
esta-<br />
13. 13. Definir Definir cálculo cálculo da da potência potência<br />
da da SQC SQC 1 . 1 .<br />
Todos os requerimentos acima<br />
Todos os requerimentos acima<br />
devem ser cumpridos para o<br />
devem ser cumpridos para o<br />
estabelecimento de SQC<br />
estabelecimento de SQC 1 , não<br />
1 , não<br />
sendo possível a substituição<br />
desta<br />
sendo<br />
por<br />
possível<br />
SQT<br />
a substituição<br />
desta por SQT 2 .<br />
2 .<br />
1<br />
SQC - Substância Química Caracterizada<br />
1<br />
2<br />
SQT SQC - Substância - Substância Química Química de Caracterizada<br />
Trabalho<br />
2<br />
SQT - Substância Química de Trabalho
Há mais de uma década construindo<br />
parcerias de sucesso.<br />
A LAS do Brasil, desde sua fundação, tem o objetivo de oferecer ao mercado uma visão diferente da tradicional na<br />
comercialização de insumos analíticos. Por saber que seus clientes vivem momentos e realidades distintas, ela<br />
procura entender e apoiar o seu cliente em todo o processo de compra, estendendo sua atuação para: analisar suas<br />
necessidades, oferecer alternativas, atender em todos os aspectos a legislação de importação e entregar os produtos<br />
de maneira segura e ágil.<br />
2004<br />
A LAS do Brasil inicia suas<br />
atividades sendo o único<br />
distribuidor autorizado de<br />
padrões de referência USP<br />
no Brasil.<br />
2008<br />
Inauguração da nova sede<br />
da empresa e ampliação<br />
de seu estoque de<br />
químicos e padrões.<br />
2010<br />
Novas Marcas são<br />
inseridas no seu portfólio:<br />
Agilent e IKA.<br />
2006<br />
Amplia seu portfólio com a<br />
distribuição de substâncias<br />
químicas caracterizadas<br />
ultra puras.<br />
2009<br />
Conquista do Prêmio Sindusfarma<br />
de Qualidade, concedido aos<br />
melhores fornecedores e<br />
prestadores de serviço da<br />
Indústria Farmacêutica Nacional.<br />
r
5 6 5<br />
7<br />
2011<br />
Participação na 11º edição<br />
da tradicional Feira Analitica<br />
Latin America, ponto de<br />
encontro mundial da<br />
indústria química analítica.<br />
2015<br />
Eleita o melhor distribuidor<br />
Agilent da América Latina e<br />
o terceiro melhor do mundo.<br />
Inclui novas marcas no seu<br />
portfólio: Avantor e Lovibond.<br />
2018<br />
Prêmio AstraZeneca no<br />
Programa Supplier<br />
Relationship Manager 2017.<br />
Passa a representar as<br />
marcas Thermo, BD e Nasco.<br />
2014<br />
Participação no SIMCRO, a<br />
maior série de eventos<br />
envolvendo todas as<br />
modalidades de cromatografia<br />
e técnicas afins realizada<br />
no Brasil.<br />
Passa a ser distribuidor Pall.<br />
2017<br />
O GPTW a certifica, pelo terceiro<br />
ano consecutivo, como uma das<br />
melhores empresas para se<br />
trabalhar do centro-oeste.<br />
Segundo Prêmio Sindusfarma de<br />
Qualidade.<br />
Torna-se distribuidor Steris.<br />
GANHADORA DO PRÊMIO SINDUSFARMA DE QUALIDADE 2009 E 2017
Metrologia<br />
Objeto Educacional Digital para o ensino<br />
de Colorimetria em disciplina de Metrologia<br />
Óptica iluminação<br />
Luciana e Sá Alves, Juliana Freitas Santos Gomes, Elisama Melo da Silva Iakyra Borrakuens Couceiro<br />
Instituto Nacional de Metrologia,<br />
Qualidade e Tecnologia (Inmetro),<br />
Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia (Dimci),<br />
Divisão de Metrologia Óptica (Diopt);<br />
30<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
A metrologia é definida no item<br />
2.2 do Vocabulário Internacional de<br />
Metrologia (VIM/2012) como “Ciência<br />
da medição e suas aplicações”<br />
[1, p. 16]. Uma das finalidades do<br />
Instituto Nacional de Metrologia,<br />
Qualidade e Tecnologia (Inmetro),<br />
conforme o seu regimento interno<br />
[2] , é “planejar e executar atividades<br />
de pesquisa, ensino e desenvolvimento<br />
científico e tecnológico em<br />
metrologia, avaliação da conformidade<br />
e áreas afins”. [2, p. 2 ] Para<br />
tanto, na estrutura organizacional há<br />
a Diretoria de Metrologia Científica e<br />
Tecnologia (Dimci) que atua, entre<br />
outras competências, para<br />
realizar ou reproduzir as unidades<br />
de medida, bem como manter e<br />
conservar os padrões metrológicos<br />
nacionais e disseminar as unidades<br />
do Sistema Internacional de Unidades<br />
- SI, os seus múltiplos e submúltiplos,<br />
por intermédio de metodologias<br />
metrológicas adequadas; [2, p. 28]<br />
Uma das divisões da Dimci é a<br />
Divisão de Metrologia Óptica (Diopt),<br />
competente para realizar as unidades<br />
de base do Sistema Internacional<br />
de Unidades (SI) candela, metro<br />
e suas derivadas, bem como manter<br />
e conservar os padrões metrológicos<br />
relacionados. [2, p. 30]<br />
Para atender outra das competências<br />
regimentais da Dimci de<br />
“disseminar conhecimentos de<br />
metrologia para a sociedade por<br />
meio de cursos, publicações de<br />
material instrucional, metodologias<br />
e apresentações de trabalhos em<br />
eventos técnicos e científicos” [2,<br />
p. 29], foi instituído no ano de 1998<br />
o Curso Técnico em Metrologia do<br />
Inmetro, em convênio com a Secretaria<br />
de Estado de Educação do<br />
Rio de Janeiro. O curso é oferecido<br />
na modalidade integrada, com uma<br />
única matrícula para cada aluno<br />
que confere, ao mesmo tempo, o<br />
acesso ao nível médio de escolaridade<br />
e à habilitação profissional<br />
técnica. [3] A Metrologia Óptica<br />
é uma das disciplinas oferecidas<br />
na matriz curricular do 3o ano do<br />
curso técnico e é organizada em 5<br />
módulos: Radiometria, Fotometria,<br />
Espectrofotometria, Colorimetria e<br />
Interferometria.<br />
Colorimetria é definida como “a<br />
ciência e a tecnologia usadas para<br />
quantificar e descrever fisicamente<br />
a percepção humana da cor” [4, p.<br />
52] . O tema Colorimetria no curso<br />
técnico em Metrologia trata dos<br />
conteúdos Teoria e Modelos de cor,<br />
Classificação das cores, Aplicação<br />
da Colorimetria, Sistema CIE, Sistema<br />
colorimétrico, Instrumentação,<br />
Colorimetria de fontes de luz: Índice<br />
de reprodução de cor e Temperatura<br />
de Cor Correlata.<br />
A pesquisa de novos materiais<br />
para a disciplina Metrologia Óptica<br />
resultou no encontro do livreto “As<br />
Cores do Céu - Coleção Observatório<br />
Nacional Apresenta” com<br />
conteúdos próximos àqueles do<br />
tema Colorimetria.<br />
A coleção “Observatório Nacional<br />
Apresenta. . . " foi desenvolvida<br />
pela Divisão de Atividades<br />
Educacionais do Observatório<br />
Nacional (DAED/ON) e tem o objetivo<br />
de ampliar a divulgação da<br />
Ciência Astronômica e Geofísica<br />
ao disponibilizar um material de<br />
divulgação científica por meio físico<br />
e eletrônico sob a forma de<br />
Livretos e Revistas em quadrinho.<br />
A coleção é formada por 9 Revistas<br />
em quadrinho para o público<br />
infanto-juvenil e 11 Livretos para<br />
o público jovem e adulto. O Livreto<br />
“As Cores do Céu” responde, em<br />
30 páginas, a duas perguntas: Por<br />
que olhamos para o céu, em um<br />
Figura 1: capa do livreto “As Cores do<br />
Céu – Coleção Observatório Nacional<br />
Apresenta”. Disponível em http://<br />
www.on.br/daed/pequeno_cientista/<br />
conteudo/revista/pdf/cores_ceu.pdf
Quadro 1 - Atividades sobre "As Cores do Céu"<br />
dia sem nuvens, e ele nos parece<br />
azul? E por que ao entardecer o<br />
azul é substituído por tons vermelhos<br />
ou alaranjados? [5]<br />
A partir da leitura do livreto, foram<br />
desenvolvidas oito atividades<br />
digitais, descritas no quadro 1.<br />
O conjunto formado pelo livreto<br />
e as atividades digitais resultou em<br />
um objeto educacional digital que<br />
pode ser acessado no Banco de<br />
Objetos em Metrologia (BOM).<br />
O principal resultado obtido com<br />
a produção desse objeto educacional<br />
digital foi a aproximação interinstitucional<br />
entre o Inmetro e o<br />
Observatório Nacional (ON), duas<br />
instituições que participam da infraestrutura<br />
da qualidade do Brasil<br />
[6], por meio da utilização de um<br />
material de divulgação científica<br />
do ON como um material didático<br />
do curso técnico em Metrologia do<br />
Inmetro. A produção do objeto educacional<br />
possibilita ampliar o acesso<br />
da sociedade a conhecimentos<br />
científicos relacionados às duas<br />
intituições.<br />
Referências<br />
[1] Vocabulário Internacional de<br />
Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais<br />
e termos associados (VIM 2012). Duque de<br />
Caxias, RJ : INMETRO, 2012. Disponível em<br />
<br />
[2] BRASIL. Ministério do Desenvolvimento,<br />
Inbdústria e Comércio Exterior e Serviços. Portaria<br />
no 2 de 04 de janeiro de 2017. Disponível<br />
em <br />
[3] BRASIL. Presidência da República. Casa<br />
Civil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação<br />
Nacional: Lei nº 9.3<strong>94</strong>, de 20 de dezembro de<br />
1996, que estabelece as diretrizes e bases da<br />
educação nacional. –Disponível em <br />
[4] Ohno Y.. CIE Fundamental for Color<br />
Measurements. IS&T NIP16 Conference,<br />
Vancouver, Canadá, 2000. Apud Gomes, J.<br />
F.S.Padronização de metodologia para caracterização<br />
de cor por imagem aplicada à<br />
seleção de frutas. Niterói, RJ : [s.n.], 2013. 278<br />
f. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) -<br />
Universidade Federal Fluminense, 2013. Disponível<br />
em http://www.mec.uff.br/pdfteses/<br />
JulianaFreitasSantosGomes2013.pdf<br />
[5] BRASIL. Ministério da Ciência e<br />
da Tecnologia. Observatório Nacional. Divisão<br />
de Atividades Educacionais. MATERIAL DE DI-<br />
VULGAÇÃO – DAED. http://www.<br />
on.br/index.php/pt-br/conteudo-do-menu-<br />
-superior/34-acessibilidade/114-materialdivulgacao-daed.html<br />
[6] FRANCE. Bureau International<br />
des Poids et Mesures (BIPM). The Federative<br />
Republic of Brazil/Quality<br />
infrastructure.<br />
Disponível em <br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
31
Instrumentação e normalização<br />
O comportamento dos materiais<br />
metálicos em relação à tração<br />
Normalmente, os ensaios mecânicos de materiais metálicos envolvem vários tipos sendo capazes<br />
de demonstrar todo o perfil de funcionamento do que está sendo ensaiado: o de tração, dobramento,<br />
estampabilidade, compreensão, impacto e dureza.<br />
Por Mauricio Ferraz de Paiva<br />
32<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Para os projetos ou para a fabricação<br />
de dispositivos ou componentes,<br />
é essencial conhecer o<br />
comportamento do material com o<br />
qual se vai trabalhar. Isso significa<br />
saber quais são suas propriedades<br />
em diversas condições de uso e é<br />
isso que os ensaios mecânicos de<br />
materiais metálicos realizam.<br />
Assim, os ensaios mecânicos de<br />
materiais metálicos são importantes<br />
justamente porque através deles se<br />
pode conhecer e analisar as propriedades<br />
mecânicas de um material ou<br />
dispositivo e ainda testá-lo em condições<br />
diferentes. Isso proporciona<br />
muito mais segurança e eficácia na<br />
hora de utilizá-lo na indústria, por<br />
exemplo. Essas propriedades mecânicas<br />
geralmente abrangem fatores<br />
como tipos de cargas e sua frequência<br />
de aplicação, temperaturas,<br />
desgaste, entre outros.<br />
Conhecer e prever o comportamento<br />
do material ou dispositivo<br />
utilizado sobre variadas condições<br />
de trabalho, força e temperatura é<br />
fundamental para que um projetista<br />
saiba como ele vai funcionar<br />
em determinadas situações e o<br />
que esperar dele. É possível obter<br />
todas essas informações com a realização<br />
dos ensaios mecânicos de<br />
materiais metálicos.<br />
Normalmente, os ensaios mecânicos<br />
de materiais metálicos<br />
envolvem vários tipos sendo capazes<br />
de demonstrar todo o perfil de<br />
funcionamento do que está sendo<br />
ensaiado: o de tração, dobramento,<br />
estampabilidade, compreensão,<br />
impacto e dureza. Eles devem ser<br />
feitos em conformidade com uma<br />
série de normas técnicas, respeitando<br />
sua metodologia para garantir<br />
a eficácia e segurança dos resultados.<br />
Isso é essencial para que<br />
o material possa obter certificados<br />
que irão aumentar o seu valor e<br />
atestar seu funcionamento.<br />
A NBR ISO 6892-1 de 04/2013<br />
- Materiais metálicos - Ensaio<br />
de Tração - Parte 1: Método de<br />
ensaio à temperatura ambiente<br />
especifica o método de ensaio<br />
de tração de materiais metálicos<br />
e define as propriedades mecânicas<br />
que podem ser determinadas<br />
à temperatura ambiente. O Anexo<br />
A apresenta recomendações complementares<br />
para máquinas de ensaio<br />
controladas por computador.<br />
A NBR ISO 6892-2 de 10/2013<br />
- Materiais metálicos - Ensaio<br />
de tração - Parte 2: Método de<br />
ensaio à temperatura elevada<br />
especifica um método de ensaio<br />
de tração de materiais metálicos<br />
a temperaturas mais altas que à<br />
temperatura ambiente.<br />
Durante as discussões acerca da<br />
velocidade de ensaio na preparação<br />
da NBR ISO 6892, decidiu-se<br />
recomendar o emprego do controle<br />
da taxa de deformação nas futuras<br />
revisões da norma. Na parte 1 da<br />
NBR ISO 6892, há disponíveis dois<br />
métodos de velocidades de ensaio.<br />
O primeiro, método A, é baseado<br />
nas taxas de deformação (inclusive<br />
a velocidade de separação do travessão)<br />
e o segundo, método B, é<br />
baseado em taxas de tensão.<br />
O Método A tem por objetivo minimizar<br />
a variação das velocidades<br />
de ensaio no momento em que<br />
são determinados os parâmetros<br />
sensíveis à taxa de deformação e,<br />
também, minimizar a incerteza de<br />
medição dos resultados do ensaio.<br />
Na parte 2 da NBR ISO 6892 são<br />
descritos dois métodos de velocidade<br />
de ensaio. O primeiro, o<br />
Método A, é baseado em taxas de<br />
deformação (incluindo a taxa de<br />
separação do travessão) com tolerâncias<br />
apertadas (+- 20%), ao
passo que o segundo, o Método B,<br />
é baseado em faixas e tolerâncias<br />
de taxa de deformação.<br />
O Método A tem por objetivo minimizar<br />
a variação das taxas de ensaio<br />
no momento em que são determinados<br />
os parâmetros sensíveis à<br />
taxa de deformação e, também, minimizar<br />
a incerteza de medição dos<br />
resultados do ensaio. A influência da<br />
velocidade de ensaio nas propriedades<br />
mecânicas, determinada pelo<br />
ensaio de tração, é normalmente<br />
maior em uma temperatura elevada<br />
que à temperatura ambiente.<br />
Tradicionalmente, as propriedades<br />
mecânicas determinadas por<br />
ensaios de tração em temperaturas<br />
elevadas têm sido determinadas a<br />
uma taxa de deformação ou tensão<br />
menor do que à temperatura ambiente.<br />
A parte 1 recomenda o uso<br />
de taxas de deformação pequenas,<br />
mas, além disso, são permitidas<br />
taxas de deformação maiores para<br />
aplicações específicas, como comparação<br />
com propriedades à temperatura<br />
ambiente na mesma taxa<br />
de deformação.<br />
Na preparação da parte 2, houve<br />
decisão, durante as discussões<br />
relativas à velocidade de ensaio, de<br />
se considerar a eliminação do método<br />
de taxa de tensão em revisões<br />
futuras. O ensaio consiste em deformar<br />
um corpo de prova por força<br />
de tração, geralmente até a fratura,<br />
para a determinação de uma ou<br />
mais propriedades mecânicas definidas<br />
no item 3. O ensaio deve ser<br />
realizado à temperatura ambiente,<br />
entre 10°C e 35°C, salvo se especificado<br />
de outra maneira.<br />
Os ensaios realizados sob condições<br />
controladas devem ser realizados<br />
à temperatura de 23 °C +- 5<br />
°C. A forma e as dimensões dos<br />
corpos de prova podem ser condicionadas<br />
pela forma e dimensões<br />
dos produtos metálicos dos quais<br />
são extraídos esses corpos de prova.<br />
Em geral, o corpo de prova é<br />
obtido por usinagem de uma amostra<br />
do produto, por estampagem,<br />
ou ainda por fundição.<br />
Produtos de seção transversal<br />
uniforme (perfis, barras, fios etc.),<br />
bem como os corpos de prova fundidos<br />
(por exemplo, de ferro fundido<br />
ou de ferros-ligas), podem ser<br />
ensaiados sem serem usinados.<br />
A seção transversal do corpo de<br />
prova pode ser circular, quadrada,<br />
retangular, anular, ou, em casos<br />
especiais, o corpo de prova pode<br />
apresentar outro tipo de seção<br />
transversal uniforme.<br />
Os corpos de prova devem, preferencialmente,<br />
apresentar relação<br />
entre o comprimento de medida inicial,<br />
Lo, e a área da seção transversal<br />
inicial do comprimento paralelo,<br />
So, tal que Lo = k So, em que k é<br />
um coeficiente de proporcionalidade.<br />
Esses são os denominados corpos<br />
de prova proporcionais. O valor<br />
internacionalmente adotado para k é<br />
5,65. O comprimento de medida inicial<br />
não pode ser inferior a 15 mm.<br />
Quando a seção transversal do<br />
corpo de prova for muito pequena<br />
para que este requisito se aplique<br />
com k = 5,65, um valor mais alto<br />
(preferencialmente 11,3) ou um<br />
corpo de prova não proporcional<br />
pode ser usado. Os corpos de prova<br />
usinados devem incorporar um<br />
raio de transição entre as cabeças<br />
e o comprimento paralelo, se esses<br />
elementos apresentarem dimensões<br />
diferentes.<br />
As dimensões do raio de transição<br />
são importantes e é recomendado<br />
que sejam definidas na<br />
especificação do material, desde<br />
que não estejam dadas no anexo<br />
apropriado (ver. 6.2). As cabeças<br />
podem ser de qualquer tipo, para<br />
se adaptarem às garras da máquina<br />
de ensaio. O eixo do corpo de<br />
prova deve coincidir com o eixo de<br />
aplicação da força.<br />
O comprimento paralelo, Lc, ou,<br />
no caso de o corpo de prova não<br />
apresentar raios de transição, o<br />
comprimento livre entre garras<br />
deve ser sempre maior que o comprimento<br />
de medida inicial, Lo. Nos<br />
casos em que o corpo de prova<br />
consista de um segmento não usinado<br />
do produto ou de uma barra<br />
de ensaio não usinada, o comprimento<br />
livre entre garras deve ser<br />
suficiente para que as marcações<br />
do comprimento de medida estejam<br />
a uma distância razoável das<br />
garras (ver Anexos B a E).<br />
Os corpos de prova fundidos devem<br />
incorporar um raio de transição<br />
entre as cabeças e o comprimento<br />
paralelo. As dimensões desse raio<br />
de transição são importantes e é<br />
recomendado que sejam definidas<br />
na especificação do produto. As<br />
Principais tipos de corpos de prova conforme o tipo de produto<br />
Dimensões em milímetros<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
33
Instrumentação e normalização<br />
34<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
cabeças podem ser de qualquer<br />
tipo, para se adaptarem às garras<br />
da máquina de ensaio.<br />
O comprimento paralelo, Lc,<br />
deve ser sempre maior que o comprimento<br />
de medida inicial, Lo. Os<br />
principais tipos de corpos de prova<br />
estão definidos nos Anexos B a E,<br />
de acordo com a forma e o tipo do<br />
produto, conforme a tabela abaixo.<br />
Outros tipos de corpos de prova<br />
podem ser especificados nas normas<br />
de produto.<br />
As dimensões relevantes do corpo<br />
de prova devem ser medidas em<br />
um número suficiente de seções<br />
transversais, perpendicularmente<br />
ao eixo longitudinal, na porção<br />
central do comprimento paralelo<br />
do corpo de prova. Recomenda-se<br />
um número mínimo de três seções<br />
transversais. A área da seção<br />
transversal inicial, So, é a área média<br />
da seção transversal, que deve<br />
ser calculada a partir das medições<br />
das dimensões apropriadas.<br />
A exatidão deste cálculo depende<br />
da natureza e do tipo de corpo de<br />
prova. Os Anexos B a E descrevem<br />
métodos para a determinação de<br />
So para diferentes tipos de corpos<br />
de prova e contêm especificações<br />
relativas à exatidão da medição.<br />
Para a marcação do comprimento<br />
de medida inicial, as extremidades<br />
do comprimento de medida inicial,<br />
Lo, devem ser levemente marcadas<br />
com traços ou linhas, mas não<br />
com riscos que possam resultar em<br />
uma ruptura prematura.<br />
Para corpos de prova proporcionais,<br />
o valor calculado do comprimento<br />
de medida inicial pode ser arredondado<br />
para o múltiplo de 5 mm<br />
mais próximo, desde que a diferença<br />
entre o comprimento marcado e<br />
o calculado seja menor que 10% de<br />
Lo. O comprimento de medida inicial<br />
deve ser marcado com exatidão de<br />
+-1%. Se o comprimento paralelo,<br />
Lc, for muito maior que o comprimento<br />
de medida inicial, como por<br />
exemplo, em corpos de prova não<br />
usinados, podem ser marcados vários<br />
comprimentos de medida originais<br />
parcialmente sobrepostos.<br />
Em alguns casos, pode ser útil<br />
traçar, na superfície do corpo de<br />
prova, uma linha paralela ao eixo<br />
longitudinal, ao longo da qual se<br />
marcam os comprimentos de medida<br />
originais. Para a determinação<br />
da resistência de prova (extensão<br />
plástica ou total), o extensômetro<br />
utilizado deve estar de acordo com<br />
a NBR ISO 9513, classe 1 ou melhor,<br />
na faixa pertinente.<br />
Para outras propriedades (com<br />
maior extensão), pode ser utilizado<br />
na faixa pertinente um extensômetro<br />
classe 2 pela NBR ISO 9513. O<br />
comprimento de medida extensométrica<br />
não pode ser menor que 10<br />
mm e deve corresponder à porção<br />
central do comprimento paralelo.<br />
Qualquer parte do extensômetro<br />
que se projete além do forno deve<br />
ser projetada ou protegida de correntes<br />
de ar, de modo que as flutuações<br />
na temperatura ambiente<br />
tenham apenas efeito mínimo nas<br />
leituras. É aconselhável a manutenção<br />
de estabilidade térmica razoável<br />
da temperatura e da velocidade do<br />
ar ao redor da máquina de ensaio.<br />
O dispositivo de aquecimento para<br />
o corpo de prova deve ser tal que o<br />
corpo de prova possa ser aquecido<br />
à temperatura especificada T. As<br />
temperaturas indicadas Ti são as<br />
temperaturas medidas na superfície<br />
do comprimento paralelo do corpo<br />
de prova, com correções aplicadas<br />
para quaisquer erros sistemáticos<br />
conhecidos, mas sem consideração<br />
da incerteza do equipamento de<br />
medição da temperatura.<br />
Os desvios admitidos entre a<br />
temperatura especificada T e as<br />
temperaturas indicadas Ti, e a<br />
variação de temperatura admissível<br />
máxima ao longo do corpo de<br />
prova, são dados na tabela abaixo.<br />
Para temperaturas especificadas<br />
maiores que 1.100 °C, os desvios<br />
admitidos devem ser definidos por<br />
meio de acordo prévio entre as partes<br />
envolvidas.<br />
Quando o comprimento de medida<br />
é menor que 50 mm, um sensor<br />
de temperatura deve medir a temperatura<br />
em cada extremidade do<br />
comprimento paralelo diretamente.<br />
Quando o comprimento de medida<br />
é igual ou maior que 50 mm,<br />
um terceiro sensor de temperatura<br />
deve medir próximo ao centro do<br />
comprimento paralelo. Este número<br />
pode ser reduzido se o arranjo geral<br />
do forno e do corpo de prova for<br />
Desvios admitidos entre Ti e T e variações de temperatura admissíveis<br />
ao longo do corpo de prova
tal que, a partir da experiência, sabe-se que a variação na<br />
temperatura do corpo de prova não excede o desvio admitido<br />
especificado em 9.3.1.<br />
Contudo, ao menos um sensor deve estar medindo a<br />
temperatura do corpo de prova diretamente. As junções do<br />
sensor de temperatura devem fazer contato térmico com<br />
a superfície do corpo de prova e estar convenientemente<br />
abrigadas da radiação direta da parede do forno.<br />
O sistema de medição de temperatura deve ter uma resolução<br />
igual ou melhor que 1°C e uma exatidão de +- 0,004<br />
T °C ou +- 2 °C, o que for maior. O sistema de medição<br />
de temperatura inclui todos os componentes da cadeia de<br />
medição (sensor, cabos, dispositivo indicador e junção de<br />
referência).<br />
Todos os componentes do sistema de medição de temperatura<br />
devem ser verificados e calibrados sobre a faixa de<br />
trabalho em intervalos que não excedam um ano. Os erros<br />
devem ser registrados no relatório de verificação. Os componentes<br />
do sistema de medição de temperatura devem ser<br />
verificados por métodos rastreáveis à unidade internacional<br />
(unidade SI) de temperatura.<br />
O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes<br />
informações, salvo acordo em contrário das partes interessadas:<br />
referência a esta norma NBR ISO 6892 estendida<br />
com as informações das condições de ensaio especificadas,<br />
por exemplo, NBR ISO 6892-2 A113; identificação do corpo<br />
de prova; material especificado, se conhecido; tipo de corpo<br />
de prova; localização e direção de amostragem dos corpos<br />
de prova, se conhecidas; modos de controle do ensaio e<br />
taxas de ensaio ou faixas de taxas de ensaio, respectivamente,<br />
se diferente dos métodos recomendados e valores<br />
descritos na norma; tempo de encharque; temperatura do<br />
ensaio; método para estabelecer o comprimento de medida<br />
extensométrica Le; e resultados do ensaio.<br />
Convém que os resultados sejam arredondados com as<br />
precisões seguintes (de acordo com a NBR ISO 80000-1)<br />
ou melhores, se não estiverem especificadas em normas de<br />
produtos: valores de resistência, em megapascals, para o<br />
número inteiro mais próximo; valores de extensão percentual<br />
no ponto de escoamento, Ae, até 0,1 %; todos os outros<br />
valores de alongamento percentual até 0,5 %; e redução de<br />
área percentual, Z, até 1 %.<br />
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista,<br />
especialista em desenvolvimento em sistemas,<br />
presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a<br />
Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e<br />
presidente da Target Engenharia e Consultoria<br />
mauricio.paiva@target.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
35
Microbiologia<br />
Pseudomonas<br />
Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />
36<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
As espécies do gênero Pseudomonas<br />
são bacilos gram-negativos<br />
não fermentadores, aeróbios,<br />
móveis e geralmente encontram-<br />
-se aos pares. Vivem em ambientes<br />
variados, principalmente no<br />
solo, matéria orgânica em decomposição,<br />
vegetação e água, sendo<br />
também encontrada no ambiente<br />
hospitalar, distribuída em muitos<br />
reservatórios (alimentos, banheiros,<br />
pias, equipamentos de terapia,<br />
soluções desinfetantes, água<br />
destilada com micronutrientes,<br />
etc.) e têm necessidades nutricionais<br />
mínimas para sobrevivência,<br />
utilizando matéria orgânica como<br />
fonte de carbono e nitrogênio e<br />
carboidratos para seu metabolismo<br />
respiratório, sendo o oxigênio<br />
o aceptor terminal de elétrons.<br />
Dificilmente o estado de portador<br />
da bactéria é estabelecido<br />
como microbiota normal no ser<br />
humano, com raras exceções. Pacientes<br />
imunocomprometidos por<br />
doenças de base ou por procedi-<br />
mentos cirúrgicos são mais suscetíveis<br />
a estes microrganismos<br />
As Pseudomonas possuem citocromo<br />
oxidase, o que a diferencia<br />
das Enterobactérias (pelo teste da<br />
oxidase). A aparência em alguns<br />
casos, de cepas mucoides devem-<br />
-se a presença de cápsula polissacarídica.<br />
Outras cepas produzem<br />
pigmento difusíveis (ex. piocianina<br />
[azul], piorrubina [vermelho-marrom]<br />
e fluoresceína [amarelo]).<br />
Essas bactérias são responsáveis<br />
por um importante problema<br />
de saúde pública, pela sua morbidade,<br />
frequência, mortalidade e<br />
custo de tratamento. São reconhecidas<br />
pela alta resistência a todas<br />
as classes de antibióticos e a<br />
capacidade de desenvolver novos<br />
mecanismos de defesa, principalmente<br />
por mutação.<br />
Devido a estes fatores, possui<br />
alta resistência a terapias antibióticas.<br />
É considerado patógeno<br />
oportunista, haja vista que em<br />
condições normais, nosso organismo<br />
consegue combatê-lo.<br />
O gênero Pseudomonas é composto<br />
por 10 espécies, sendo a<br />
Pseudomonas aeruginosa de<br />
maior importância clínica, por<br />
apresentarem vários fatores estruturais<br />
e toxinas que estimulam<br />
o potencial de virulência do microrganismo.<br />
O período de incubação<br />
de Pseudomonas aeruginosa<br />
é apenas 1-3 dias.<br />
A piocianina é um pigmento<br />
azul que catalisa a produção de<br />
radicais tóxicos de oxigênio (ex.:<br />
peróxido de hidrogênio) causando<br />
dano tissular, além de aumentar a<br />
liberação de IL-8, aumentando a<br />
resposta inflamatória pela atração<br />
de neutrófilos.<br />
Resistência bacteriana é muito<br />
importante nessa espécie de<br />
Pseudomonas, já que pode sofrer<br />
mutações durante ao tratamento,<br />
desenvolvendo cepas mais resistentes<br />
ao antibiótico. A mutação<br />
das porinas é o mecanismo mais<br />
importante, impedindo assim a<br />
entrada de antibióticos para dentro<br />
da célula, evitando o efeito do<br />
fármaco.<br />
No Brasil, a P. aeruginosa é uma<br />
das principais causas de infecção<br />
hospitalar, principalmente em pacientes<br />
imunocomprometidos.<br />
Considerando as poucas exigências<br />
nutricionais das Pseudomonas,<br />
estas crescem facilmente em<br />
meios de cultura simples, como<br />
ágar sangue e MacConkey. Precisam<br />
de incubação em aerobiose<br />
(exceto quando há nitrato disponível),<br />
apresentando crescimento na<br />
superfície da placa, onde há maior<br />
concentração de O2.<br />
Para identificação, observa-se<br />
crescimento rápido, colônias planas<br />
com borda em difusão, β-hemólise,<br />
pigmentação esverdeada devido a<br />
produção de pigmentos piocianina<br />
(azul) e fluoresceina (amarelo), odor<br />
doce (semelhante a uva). Existem<br />
muitos testes fisiológicos que podem<br />
ser necessários para identificação<br />
de outras pseudomonas.<br />
Eliminação das pseudomonas<br />
do ambiente é quase impossível,<br />
devido a sua presença em todos<br />
os lugares. Prevenção de contaminação<br />
de materiais estéreis e<br />
cuidados com a contaminação<br />
cruzada (entre pacientes e equipe<br />
de profissionais de saúde) podem<br />
ser práticas efetivas para o controle<br />
da infecção, além de evitar o<br />
uso inapropriado e descontrolado<br />
de antibióticos para impedir que<br />
se desenvolvam mais cepas resistentes<br />
de pseudomonas e evitar a<br />
supressão da microbiota normal.
Burkholderia<br />
Este gênero de bacilos gram<br />
negativos não fermentadores são<br />
aeróbios estritos. São resistentes<br />
a polimixina, porém sensíveis a<br />
tetraciclinas, cloranfenicol, amoxicilina<br />
e cefalosporinas. As duas<br />
espécies mais frequentes como<br />
patógenos em humanos são:<br />
B. pseudomallei B. cepacea<br />
Estas podem causar infecções<br />
oportunistas no trato respiratório,<br />
infecção no trato urinário (com uso<br />
de cateteres) e sepse (coagulação<br />
intravascular disseminada).<br />
As espécies B. Mallei e B. gladioli<br />
raramente são associadas a<br />
doenças do ser humano.<br />
Assim como as Pseudomonas, a<br />
B. cepacea (que é um complexo de<br />
9 espécies) tem facilidade de multiplicação<br />
em superfícies úmidas,<br />
podendo estar associadas a infecções<br />
nasocromiais, dentre outras,<br />
principalmente quando o indivíduo<br />
se apresentar imunocomprometido.<br />
Apresenta lisina descarboxilase<br />
positivo, motilidade e oxidase pouco<br />
positiva. O teste de oxidação/<br />
fermentação de glicose e redução<br />
de nitratos são positivos.<br />
B. pseudomallei é um saprófito<br />
encontrado no solo, água e plantas.<br />
Provoca infecção oportunista<br />
chamada de milioidose, que pode<br />
ocorrer em pessoas previamente<br />
sadias de forma aguda e supurativa<br />
ou como uma infecção crônica<br />
pulmonar.<br />
Stenotrophomonas<br />
maltophilia<br />
Esta bactéria é responsável<br />
pelas infecções em pacientes debilitados<br />
e com mecanismos de<br />
defesa comprometidos. É um ba-<br />
cilo gram negativo aeróbio estrito,<br />
sendo a única espécie do gênero.<br />
Possui pigmentos amarelo pálido<br />
ou esverdeado lavanda. Patógeno<br />
importante na infecção hospitalar,<br />
causador de várias doenças como<br />
pneumonia, bacteremia, endocardite,<br />
colangite, ITU, meningite, infecções<br />
de feridas (principalmente<br />
em pacientes com câncer). Pode<br />
ser isolado em sangue, lesões<br />
pele e secreções de vias aéreas.<br />
Podem ser distinguidas de pseudomonas<br />
pelos testes de Lisina<br />
descarboxilase e DNase positivas e<br />
oxidase negativa. Reação de oxidação<br />
de glicose fraca, e maltose e<br />
lactose fortemente positivas.<br />
Moraxella catarrhalis<br />
São diplococos Gram negativos<br />
aeróbios estritos, oxidase positivos,<br />
que fazem parte da microbiota<br />
normal do trato respiratório<br />
superior. São em oito espécies,<br />
possuem meio de cultura específicos,<br />
colônias rosas opacas e<br />
imóveis não saprofíticos. Podem<br />
causar bacteremia, conjuntivite,<br />
meningite e endocardite, sendo<br />
causa comum de bonquite e broncopneumonia.<br />
Acinetobacter baumannii<br />
Cocobacilo gram-negativo (geralmente<br />
em forma diplocóica)<br />
aeróbio estrito. Estão presentes<br />
na água, solo úmido, microbiota<br />
normal humana (pele - raro em<br />
gram-negativos -, conjuntiva, nariz,<br />
faringe) e também no ambiente<br />
hospitalar. São microrganismos<br />
oportunistas que podem ser causadores<br />
de infecções no trato respiratório,<br />
urinário e feridas, além<br />
de causarem também a sepse.<br />
A. Baumannii é resistente a<br />
penicilina, ampicilina, cefalotina,<br />
cloranfenicol e minoglicosideos.<br />
Mostra-se sensível a quinolonas,<br />
amoxilina e a sulfametoxonazol-<br />
-trimetoprima. Pode ser cultivado<br />
em ágar MacConkey. Caracteriza-<br />
-se como sacarolítica por apresentar-se<br />
negativamente para as<br />
reações de oxidade, motilidade,<br />
indol, lisina descarboxilase, esculina,<br />
urease e redução de nitrato.<br />
*Claudio Kiyoshi Hirai é farmacêutico<br />
bioquímico, diretor científico da BCQ<br />
consultoria e qualidade, membro da<br />
American Society of Microbiology e<br />
membro do CTT de microbiologia da<br />
Farmacopeia Brasileira.<br />
Telefone: 11 5539 6719<br />
E-mail: técnica@bcq.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
37
Análise de Minerais<br />
Autores<br />
Marília Rocha1; Bruno Castro2;<br />
Luiz Paulo Serrano3; Eduardo Melo4.<br />
1- Analista de Garantia da Qualidade, CSN; 2- Analista de Garantia da Qualidade, CSN, Secretário da ABNT CB41/CE01; 3- Membro da ABNT CB41/CE01. Consultor Especializado em Métodos<br />
Estatísticos para Mineração. 4- Gerente de Laboratório, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN); Coordenador do Comissão de Estudos em Amostragem e Preparação de Amostras do Comitê<br />
Brasileiro de Minério de Ferro da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT CB41/CE01);<br />
Minério de Ferro<br />
Avaliação Comparativa para Determinação de Umidade em Minério de<br />
Ferro entre o Método por Radiação Infravermelho e o método de referência descrito<br />
na ABNT NBR ISO 3087:2011[1]<br />
38<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Resumo<br />
A determinação da umidade é de extrema importância<br />
na caracterização da qualidade de minérios de ferro<br />
tanto no âmbito operacional quanto comercial, uma<br />
vez que quase todos os produtos são comercializados<br />
em base seca. A metodologia de referência para esse<br />
procedimento (método A) é detalhada na norma técnica<br />
ABNT NBR ISO 3087:2011 - Minérios de ferro – Determinação<br />
do teor de umidade de um lote[1], que é o<br />
método aprovado pela ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA<br />
DE NORMAS TÉCNICAS em nível nacional; e pela ISO -<br />
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION<br />
em nível internacional, no caso de produtos comercializados<br />
no mercado externo.<br />
O método apresentado na norma ABNT NBR ISO<br />
3087:2011[1]tem como princípio a secagem do minério<br />
de ferro à 105ºC na presença de ar. Este método apresenta<br />
resultados precisos, porém seu tempo de análise de, no<br />
mínimo, 5 horas, dificulta seu uso para acompanhamento<br />
e controle dos processos produtivos que, na maioria dos<br />
casos, necessita de informações para tomada de decisões<br />
em tempos menores. Assim, em virtude da necessidade<br />
de métodos mais rápidos para determinação de teor de<br />
umidade, uma série de novos equipamentos tem sido desenvolvidos<br />
por fornecedores de equipamentos para laboratório.<br />
Um destes equipamentos possui como princípio de<br />
funcionamento o aquecimento das amostras de minério<br />
de ferro por meio de lâmpadas de infravermelho e vem<br />
apresentando boa aceitação do mercado em geral, uma<br />
vez que possui tempo de análise médio de 45 minutos.<br />
Este estudo tem como objetivo verificar se o método<br />
rápido de determinação de umidade por infravermelho<br />
possui precisão compatível com o método apresentado na<br />
norma ABNT NBR ISO 3087:2011[1]e se apresenta vício<br />
em relação ao mesmo. Foram empregadas as ferramentas<br />
estatísticas: Igualdade de Médias Emparelhadas; Controle<br />
Estatístico de Qualidade; Teste de “Outliers”; Teste de<br />
Distribuição Normal; Intervalo de Confiança; e Análise Não<br />
Paramétrica.<br />
Palavras chave: umidade, minério de ferro, infravermelho.<br />
Abstract<br />
Determination of the iron ore moisture is of extreme<br />
importance for its quality assessment, both at operating and<br />
commercial level, since almost all products are traded on a dry<br />
basis. The reference methodology for this procedure (method<br />
A) is detailed in the ABNT NBR ISO 3087:2011[1], Iron Ores -<br />
Determination of moisture content of a lot, which is the method<br />
approved by ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS<br />
TÉCNICAS for the national market and by ISO- INTERNATIONAL<br />
ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION for internationally<br />
traded products.<br />
The method presented in ABNT NBR ISO 3087:2011[1]<br />
has as working principle drying of iron ore to 105 ° C in the<br />
presence of air. This method provides accurate results, but the<br />
time of analysis is at least 5 hours and its difficult the use of<br />
information to monitoring and control production processes,<br />
that, in general, needs information to take decisions in<br />
less time. Thus, due to the need for faster methods for<br />
determination of moisture content, many new equipment has<br />
been developed by suppliers of laboratory equipment. One<br />
of this equipment has as a working principle the heating of<br />
samples of iron ore by means of infrared lamps and has been<br />
showing good acceptance of the market in general and the<br />
average of time of analysis is 45 minutes.<br />
The objective of this study is check if the Rapid Method of<br />
Moisture Determination by Infrared has compatible precision<br />
in relation to standard ABNT NBR ISO 3087:2011[1]and that<br />
should also not present vies in relation between the both<br />
methods. Used statistical methods: T-Paired Test; Statistical<br />
Process Control; Outliers Test; Normal Distribution Test;<br />
Confidence Intervals; and Non-Parametric Analysis.<br />
Keywords: moisture, iron ore, infrared<br />
1. Introdução<br />
O transporte de cargas a granel através do mercado<br />
transoceânico representa parte importante do total de<br />
mercadorias transportadas em embarcações em todo<br />
o mundo. As cargas a granel têm propriedades particulares<br />
que podem influenciar o transporte a bordo da<br />
embarcação, de acordo com características específicas<br />
de cada tipo de embarcação e da rota utilizada para<br />
deslocamento. [9]
Além das propriedades já conhecidas,<br />
como autoignição ou explosão,<br />
parte das cargas a granel são<br />
susceptíveis à liquefação. De acordo<br />
com o grau de movimentação da<br />
carga, com base nas dimensões de<br />
partículas internas e teor de umidade,<br />
as cargas a granel que são<br />
transportadas a bordo dos navios<br />
podem se liquefazer causando instabilidade<br />
para o navio e tendo impacto<br />
sobre a segurança do mesmo.<br />
Para legislar a respeito da segurança<br />
dos transportes marítimos,<br />
estabeleceu-se o International Maritime<br />
Solid Bulk Cargoes Code (IMS-<br />
BC Code) emitido pela International<br />
Maritime Organization (IMO) e reconhecido<br />
pelos países signatários<br />
dos tratados da ONU (Organização<br />
das Nações Unidas). [10]<br />
Com o objetivo de estabelecer<br />
um limite de segurança para que<br />
o fenômeno da liquefação não venha<br />
a ocorrer e, por conseguinte,<br />
aconteça um acidente com alguma<br />
embarcação, a IMO fez vigorar<br />
através do IMSBC Code uma<br />
série de controles de processo e<br />
por consequência determinações<br />
analíticas do teor de umidade que<br />
garantissem a segurança durante<br />
o transporte da carga[9].<br />
Os ensaios de determinação<br />
do teor de umidade, seguindo a<br />
metodologia pela ABNT NBR ISO<br />
3087:2011[1] (método A), consistem<br />
em secar uma porção de<br />
ensaio, de massa conhecida, na<br />
presença de ar, a 105ºC, até massa<br />
constante, expressando a perda<br />
de massa como um percentual da<br />
massa original, tecnicamente denominado<br />
como teor de umidade.<br />
Este método é voltado para o<br />
uso na interface comercial sendo,<br />
então, preciso e não viciado, porém,<br />
trata-se de uma metodologia<br />
lenta que dificulta o uso da informação<br />
para avaliações de rotina e<br />
alterações nas rotas de processo.<br />
Ensaios utilizando esta metodologia<br />
demoram, no mínimo, 5 horas por<br />
ensaio e não permitem o adequado<br />
controle do teor de umidade do<br />
lote, e por consequência, a entrega<br />
do mesmo dentro dos limites de<br />
segurança da carga.<br />
Por este motivo, os fornecedores<br />
de equipamentos para laboratórios<br />
vêm empreendendo consideráveis<br />
esforços no sentido de desenvolver<br />
equipamentos que possam garantir<br />
resultados analíticos confiáveis e<br />
precisos no menor tempo possível<br />
garantindo a tomada de decisão<br />
em tempo adequado.<br />
Entre os equipamentos recentemente<br />
disponibilizados ao mercado,<br />
os fornos de determinação<br />
de umidade baseados em aquecimento<br />
por radiação infravermelho<br />
(método B) vem sendo utilizados<br />
por empresas mineradoras ao redor<br />
do mundo, tendo apresentado,<br />
em muitos casos, resultados bastante<br />
satisfatórios quando comparados<br />
ao método de referência.<br />
Tal tipo de equipamento possui<br />
lâmpadas de radiação por infravermelho<br />
que aquecem a amostra<br />
submetida à análise e permitem a<br />
evaporação da água presente na<br />
mesma. A partir da massa inicial<br />
e final, ambas conhecidas, estabelece-se<br />
por diferença o teor de<br />
umidade da amostra.<br />
A grande vantagem deste equipamento<br />
se deve ao seu tempo<br />
médio de análise que é de aproximadamente<br />
45 minutos, podendo<br />
ser otimizado de acordo com o tipo<br />
de minério analisado bem como o<br />
teor de umidade do mesmo. A diferença<br />
técnica entre os tempos<br />
de análise entre os dois métodos<br />
consiste basicamente na rampa<br />
de aquecimento de cada um deles.<br />
Como pode ser visto no gráfi-<br />
co 1, abaixo, para o equipamento<br />
definido pelo método A (SV 105º<br />
C – HP PV), o aquecimento ocorre<br />
de modo gradual e lento, sendo<br />
necessários até 7 minutos apenas<br />
para que a temperatura de 105º C<br />
seja atingida. Vale observar ainda<br />
que a temperatura neste equipamento<br />
possui grande oscilação,<br />
atingindo valores muito superiores<br />
e inferiores ao “set point” estabelecido<br />
de 105ºC +/- 5ºC.<br />
Ao observarmos o método B, representado<br />
pela curva SV 105º C –<br />
Lamps PV, podemos perceber que<br />
a temperatura é atingida de forma<br />
muito mais rápida e estável, sendo<br />
esta a principal vantagem do equipamento,<br />
uma vez por este motivo<br />
o tempo de secagem das amostras<br />
é muito inferior ao método A.<br />
A partir das observações acima<br />
mencionadas, este trabalho tem por<br />
objetivo avaliar o método baseado<br />
na radiação infravermelho (método<br />
4<br />
B) em relação ao método de referência<br />
descrito na ABNT NBR ISO<br />
3087:2011[1] (método A), de forma<br />
a verificar a inexistência de vício e<br />
determinar se o mesmo possui precisão<br />
compatível com o método A<br />
para ser aplicado em amostras coletadas<br />
dos processos produtivos.<br />
método de referência. Tal tipo de equipamento possui lâmpadas de radiação por<br />
infravermelho que aquecem a amostra submetida à análise e permitem a evaporação da<br />
água presente na mesma. A partir da massa inicial e final, ambas conhecidas,<br />
estabelece-se por diferença o teor de umidade da amostra.<br />
A grande vantagem deste equipamento se deve ao seu tempo médio de análise que é de<br />
aproximadamente 45 minutos, podendo ser otimizado de acordo com o tipo de minério<br />
analisado bem como o teor de umidade do mesmo. A diferença técnica entre os tempos<br />
de análise entre os dois métodos consiste basicamente 2. Metodologia<br />
na rampa de aquecimento de cada<br />
um deles. Como pode ser visto no gráfico 1, abaixo, 2.1- para Seleção o equipamento das definido amostras pelo<br />
método A (SV 105º C – HP PV), o aquecimento para ocorre ensaio de modo gradual e lento, sendo<br />
necessários até 7 minutos apenas para que a temperatura Em geral, de 105º os minérios C seja atingida. de ferro Vale<br />
observar ainda que a temperatura neste equipamento<br />
comercializados<br />
possui grande<br />
no<br />
oscilação,<br />
Brasil<br />
atingindo<br />
enconvalores<br />
muito superiores e inferiores ao “set point” estabelecido de 105ºC +/- 5ºC.<br />
Figura Figura 1: 1: Tempo Tempo de de Atingimento Atingimento da da Temperatura Temperatura de de Ensaio Ensaio para para os os métodos métodos A e A B. e<br />
A B. curva em vermelho mostra que o forno de infravermelho atinge a temperatura<br />
de ensaio em tempo menor do que a estufa convencional, curva em azul, além de<br />
demonstrar A curva uma vermelho menor mostra oscilação que o em forno relação de infravermelho a temperatura atinge de realização a temperatura do ensaio. de<br />
ensaio em tempo menor do que a estufa convencional, curva em azul, além de<br />
demonstrar uma menor oscilação em relação a temperatura de realização do ensaio.<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
39<br />
Ao observarmos o método B, representado pela curva SV 105º C – Lamps PV, podemos<br />
perceber que a temperatura é atingida de forma muito mais rápida e estável, sendo esta a
finalizado e emitiu o teor de umidade como<br />
40<br />
Análise de Minerais<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
tram-se entre 8 e 12% de teor<br />
de umidade. Assim, este trabalho<br />
buscou avaliar toda a ampla gama<br />
de minérios comercializados pelo<br />
Brasil como forma de verificar o<br />
atendimento da mencionada metodologia<br />
alternativa nas mais diversas<br />
situações.<br />
Além disso, outra característica<br />
importante são os tipos de produtos<br />
comercializados, em geral,<br />
denominados sínter feed fines,<br />
concentrado ou pellet feed fines.<br />
Adicionalmente ao teor de umidade,<br />
buscou-se então amostras<br />
que variassem entre si pelo tipo de<br />
produto e de minas diferentes, contemplando,<br />
portanto, uma ampla<br />
gama de produtos e mineralogias.<br />
2.2- Preparação das amostras<br />
e ensaios de umidade<br />
A preparação das amostras foi<br />
realizada seguindo a norma ABNT<br />
NBR ISO 3082:2011[8], obtendo,<br />
assim, a massa necessária à realização<br />
dos testes tanto pelo método<br />
A quanto pelo método B.<br />
Resumidamente, uma massa<br />
total de 2,5kg de amostra foi adequadamente<br />
espalhada em uma<br />
bancada não absorvente de umidade<br />
e posteriormente submetida<br />
ao procedimento de divisão manual<br />
por incrementos, de forma alternada<br />
entre as porções teste até que<br />
se obtivesse 2 porções de aproximadamente<br />
1kg. Estas amostras,<br />
após divisão, foram imediatamente<br />
encaminhadas aos ensaios de forma<br />
a minimizar qualquer perda de<br />
água por evaporação.<br />
De forma independente, cada<br />
uma das amostras foi submetida a<br />
ensaio a saber:<br />
Método A: a amostra com massa<br />
inicial conhecida foi colocada em<br />
estufa à 105+/-ºC por 4 horas, em<br />
seguida, retirada da estufa e pesada<br />
novamente, retornando à estufa por<br />
mais 30 minutos. Após este tempo,<br />
a mesma foi, novamente, retirada e<br />
pesada. Caso a diferença entre as<br />
duas últimas pesagens tenha sido<br />
menor do que 0,05% da massa inicial,<br />
o ensaio foi finalizado; em caso<br />
negativo, a amostra foi novamente<br />
colocada na estufa por mais 30 minutos,<br />
repetindo este ciclo até que<br />
O teste estatístico utilizado para comparação en<br />
realizado seguindo o que normatiza a ABNT NBR<br />
avaliar o vício de um método de análise padr<br />
alternativo, e uma premissa necessária à sua a<br />
a diferença entre as duas últimas [7 diferenças e 8] e Anderson-Darling(AD)[7 entre os métodos seja normal e (BUSSAB<br />
pesagens seja menor do que 0,05% 8], software que avaliam estatístico se R a [7 hipótese e 8] . da<br />
da massa inicial.<br />
distribuição de DAB é normal contra<br />
Método B: a amostra foi colocada<br />
no forno de infravermelho e nível de Shapiro-Wilk(SW) de significância de [7 e 5%, 8] [7 e 8]<br />
a Para hipótese avaliação de não da ser distribuição normal. Num das diferenças DAB<br />
, Jarque-Bera(JB) se o<br />
o mesmo colocado em operação. Valor-p avaliam (BUSSAB[6]) se a hipótese encontrado da distribuição for de DAB é n<br />
Este equipamento mensurou a maior normal. que Num 0,05 nível para de pelo significância menos de 5%, se o V<br />
massa inicial e as massas intermediárias<br />
durante o processo a cada 5 dados considerada pode ser aproximadamente considerada aproxi-<br />
normal.<br />
dois maior destes que testes 0,05 para a distribuição pelo menos dos dois destes 6 teste<br />
minutos. Quando a diferença entre madamente normal.<br />
as pesagens repetida subsequentes por três vezes foi menor<br />
do que finalizado 0,5% e da emitiu massa o teor inicial de umidade foi na definido como ABNT variável como NBR 0,50% ISO resultante. 3086:2008 de acordo<br />
[5] associado a estu<br />
consecutivas, O vício o aceitável equipamento (δδ)( ) neste considerou estudo foi o definido ensaio com<br />
e esta diferença repetida por três o que não apresentados. o sugerido na ABNT NBR ISO<br />
3.3- Análise estatística<br />
vezes consecutivas, o equipamento<br />
considerou o ensaio finalizado anteriores 4- Resultados<br />
3086:2008[5] associado a estudos<br />
O teste estatístico utilizado para comparação entre desenvolvidos o método A e e o aqui método B foi<br />
e realizado emitiu o seguindo teor de o umidade que normatiza como a ABNT não apresentados.<br />
4.1- NBR Ensaios ISO de 3086:2008 umidade:<br />
[5] . Este teste permite<br />
variável avaliar resultante. o vício de um método de análise padronizado em relação a um método<br />
2.3- Análise estatística 3. Resultados<br />
alternativo, e uma premissa necessária à Tabela sua aplicação 1: Valores é do que teor a de distribuição umidade, em das %, para a<br />
O teste estatístico utilizado para 3.1- Ensaios de umidade:<br />
diferenças entre os métodos seja normal (BUSSAB<br />
comparação entre o método A e o Vide [6] ). Para essa avaliação utilizou-se A e o B.<br />
Tabela 1<br />
software estatístico R<br />
método B foi realizado [7 e 8] .<br />
seguindo Teste Mina Produto A<br />
o Para que avaliação normatiza da a distribuição ABNT NBR das ISO diferenças 3.2 Análise 1 Estatística:<br />
DAB foram aplicados<br />
A<br />
os testes<br />
1<br />
estatísticos<br />
7,50<br />
3086:2008[5]. Este teste permite Para avaliação da existência de<br />
de Shapiro-Wilk(SW) [7 e 8] , Jarque-Bera(JB)<br />
avaliar o vício de um método de análise<br />
padronizado em relação a um pelo Teste 4 de Grubbs, A esses valores<br />
outliers [7 e 2 8] A 1<br />
e Anderson-Darling(AD)<br />
entre as diferenças DAB<br />
[7 e 8] 8,60<br />
, que<br />
3 A 2 10,40<br />
avaliam se a hipótese da distribuição de DAB é normal contra a hipótese de não ser<br />
normal. Num nível de significância de 5%, se o Valor-p (BUSSAB<br />
método alternativo, e uma premissa foram primeiramente ordenados [6] 2 10,20<br />
) encontrado for<br />
5 A 3 de 12,90<br />
maior que 0,05 para pelo menos dois destes testes a distribuição dos dados pode ser<br />
necessária à sua aplicação é que a forma 6 crescente (Vide B Tabela 3 2). 11,91<br />
considerada aproximadamente normal.<br />
distribuição das diferenças entre os Em seguida, 7 a partir B dos valores 3 de 12,00<br />
métodos O vício aceitável seja normal (δδ) neste (BUSSAB[6]). estudo foi definido média como<br />
8 e desvio 0,50% padrão C<br />
de acordo das diferenças<br />
DAB, calculou-se os valores de<br />
o<br />
1<br />
que o sugerido<br />
8,80<br />
Para essa avaliação utilizou-se o<br />
na ABNT NBR ISO 3086:2008 [5] 9 C 1 9,50<br />
associado a estudos anteriores desenvolvidos e aqui<br />
software estatístico R[7 e 8]. G1e G18. 10 C 1 9,50<br />
não apresentados.<br />
Para avaliação da distribuição Os valores 11 encontrados B para 3 G1 6,60<br />
das 4- Resultados diferenças DAB foram aplicados<br />
os testes estatísticos de Shapi-<br />
ABNT 13 NBR ISO 3086:2008[5], A 1 de-<br />
9,50<br />
= 2,040 12 e G18 = B 1,773 segundo 3 a 11,00<br />
ro-Wilk(SW)[7 4.1- Ensaios de e umidade: 8], Jarque-Bera(JB) vem ser 14 comparados A com o 1 valor 9,05<br />
15 B 1 8,78<br />
Tabela Tabela 1: Valores 1: Valores do teor do de teor umidade, de umidade, em %, em para 16 %, para as amostras as amostras B utilizando-se utilizando-se 1 os métodos os 8,84<br />
métodos A e B.<br />
A e B. 17 C 1 8,71<br />
Teste Mina Produto A B D AB D 2 AB<br />
1 A 1 7,50 7,06 0,44 0,1936<br />
2 A 1 8,60 9,58 -0,98 0,9604<br />
3 A 2 10,40 9,59 0,81 0,6561<br />
4 A 2 10,20 9,26 0,<strong>94</strong> 0,8836<br />
5 A 3 12,90 10,70 2,20 4,8400<br />
6 B 3 11,91 10,61 1,30 1,6900<br />
7 B 3 12,00 10,88 1,12 1,2544<br />
8 C 1 8,80 6,<strong>94</strong> 1,86 3,4596<br />
9 C 1 9,50 7,<strong>94</strong> 1,56 2,4336<br />
10 C 1 9,50 8,01 1,49 2,2201<br />
11 B 3 6,60 5,89 0,71 0,5041<br />
12 B 3 11,00 10,64 0,36 0,1296<br />
13 A 1 9,50 10,47 -0,97 0,<strong>94</strong>09<br />
14 A 1 9,05 8,37 0,68 0,4624<br />
15 B 1 8,78 8,36 0,42 0,1764<br />
16 B 1 8,84 8,57 0,27 0,0729<br />
7<br />
17 C 1 8,71 8,34 0,37 0,1369<br />
18 C 1 9,30 8,91 0,39 0,1521<br />
6<br />
Nota: DAB são as diferenças entre A e B e D 2 AB é o quadrado de DAB, onde A e B são os<br />
respectivos índices dos métodos A e B.<br />
Nota: DAB são as diferenças entre A e B e D2AB é o quadrado de DAB, onde A e B são os respectivos índices dos métodos A e B.<br />
4.2 Análise Estatística:<br />
3.3- Análise estatística<br />
Para avaliação da existência de outliers entre as diferenças DAB pelo Teste de Grubbs,
18 C 1 9,30 8,91 0,39 0,1521<br />
respectivos índices dos métodos A e B.<br />
4.2 Análise Nota: DAB Estatística: são as diferenças entre A e B e D 2 AB é o quadrado de DAB, onde A e B são os<br />
respectivos 4.2 Análise índices dos Estatística: métodos A e B.<br />
Para avaliação da existência de outliers entre as diferenças DAB pelo Teste de Grubbs,<br />
4.2 Análise Estatística:<br />
esses valores Para foram avaliação primeiramente da existência ordenados outliers de entre forma as diferenças crescente DAB (Tabela pelo Teste 2). Em de Grubbs,<br />
seguida, Para a avaliação partir esses dos valores da valores existência foram de de média primeiramente outliers e desvio entre as ordenados padrão diferenças das DAB<br />
de diferenças forma pelo Teste crescente DAB, de Grubbs, calculou-se (Tabela 2). Em<br />
os valores esses de valores seguida, GG 1 e GGforam a 18 . partir primeiramente dos valores ordenados média e de desvio forma padrão crescente das (Tabela diferenças 2). Em DAB, calculou-se<br />
seguida, os a valores partir dos de valores GG 1 e GG 18 de . média e desvio padrão das diferenças DAB, calculou-se<br />
os valores de GG 1 e GG 18 .<br />
Tabela 2: Diferenças DAB em ordem crescente<br />
crítico Gc1(5%) = 2,652 (tabelado[5]).Como<br />
Gc1 é maior que G1e<br />
Tabela 2: Diferenças Tabela 2: DAB Diferenças em ordem DAB crescente em ordem crescente<br />
Tabela 2: Diferenças DAB em ordem crescente<br />
G18,não há, portanto, indicação da<br />
existência de outliers ao nível de<br />
8<br />
significância de 5%.<br />
Os Valores-p encontrados foram<br />
respectivamente de: 0,2718, Avaliação da Normalidade de DAB<br />
Avaliação da Normalidade de DAB<br />
0,7686 e 0,2248 para os testes de<br />
Cálculo da média e desvio padrão das diferenças DAB:<br />
SW, JB e AD, logo a distribuição de<br />
DAB se aproxima da normal e os<br />
18<br />
demais testes estatísticos podem<br />
DD̅AAAA = ∑ DD 18<br />
Avaliação da Normalidade de DAB<br />
18<br />
AAAA<br />
SS<br />
18<br />
(DD AAAA − DD̅AAAA ) 2<br />
DD̅AAAA = ∑ DD 18<br />
18<br />
AAAA<br />
= 0,721; SS = 0,834<br />
18<br />
DDAAAA = √∑ (DD AAAA − DD̅AAAA ) 2<br />
= 0,834<br />
DD̅AAAA = ∑ DD 18<br />
AAAA<br />
= 0,721; SS 17<br />
ser aplicados.<br />
ii=1 ii=1 18<br />
DDAAAA = √∑ (DD AAAA − DD̅AAAA ) 2<br />
17<br />
= 0,834<br />
Avaliação da Normalidade de DAB<br />
ii=1<br />
17<br />
ii=1<br />
ii=1<br />
Face a importância da avaliação<br />
Cálculo de G1e G18:<br />
da normalidade da distribuição de<br />
DAB, complementarmente, foi realizada<br />
também uma análise gráfica<br />
AAAA − dd 1 0,721 − (−0,98)<br />
0,721 = − (−0,98) = 2,040 ee GG<br />
= = 2,040 ee GG<br />
0,834<br />
18 = dd 18 − dd̅<br />
AAAA 2,20 − (0,721)<br />
SS DDAAAA<br />
0,834<br />
18 = dd 18 − dd̅<br />
AAAA 2,20 − (0,721)<br />
=<br />
GG SS DDAAAA = 0,834<br />
1 = dd̅ AAAA − dd 1 0,721 − (−0,98)<br />
= = 2,040 ee GG<br />
= SS DDAAAA 1,773 0,834<br />
SS 18 = dd 18 − dd̅<br />
AAAA 2,20 − (0,721)<br />
=<br />
DDAAAA SS DDAAAA<br />
0,834 0,834<br />
(Vide Figura 2) demonstrando que<br />
= 1,773<br />
realmente a distribuição -2de DAB -1 é 0 1 2<br />
= 1,773<br />
Figura 2: Análise Gráfica da Normalidade de DAB. A grande maioria pontos aproximadamente normal, ou seja, Quantis<br />
encontram-se dentro da faixa os demais testes estatísticos podem ser utilizados. 8 pode-se observar que quase todos<br />
os pontos se encontram dentro -2 da -1 0 1 2<br />
-2 -1 0 1 2<br />
faixa pontilhada de controle. -2 -1 0 Quantis1 os demais testes estatísticos podem ser utilizados.<br />
8 2<br />
Quantis<br />
Avaliação da Normalidade de DAB<br />
Quantis<br />
A partir da avaliação dos resultados<br />
dos pares Avaliação de amostras de DAB é<br />
Figura 2: Análise<br />
possível<br />
Gráfica Figura<br />
calcular<br />
da Normalidade 2: Análise Gráfica<br />
forma simplificada<br />
de da DAB. Normalidade de DAB.<br />
A grande maioria pontos encontram-se dentro da faixa<br />
A grande maioria pontos<br />
o valor<br />
encontram-se<br />
de os demais testes através<br />
dentro estatísticos da podem faixa ser utilizados.<br />
os demais testes do Teste estatísticos t de Studente podem ser por utilizados. consequência<br />
idênticos ou se<br />
avaliar<br />
produzem<br />
se<br />
resultados<br />
os métodos<br />
incompatíveis.<br />
analisados são capazes de produzir<br />
resultados pares<br />
A partir da avaliação dos resultados<br />
√kk ∗ iguais, de amostras ou seja, é são possível calcular de forma<br />
DD̅AAAA √18 ∗ 0,721<br />
7<br />
|TT| idênticos ccccítttttttt = ou<br />
SS DDAAAA<br />
se =<br />
0,834resulta-<br />
dos incompatíveis.<br />
= 3,668<br />
simplificada o valor de |TT| ccccítttttttt idênticos<br />
através idênticos<br />
ou<br />
do ou<br />
se<br />
Teste se produzem<br />
produzem<br />
t de<br />
resultados<br />
Studente resultados<br />
incompatíveis.<br />
por incompatíveis. consequência avaliar<br />
-2 -1 0 1 2<br />
se os métodos analisados são capazes de produzir Quantisresultados iguais, ou seja, são<br />
Testes 2 13 16 12 17 18 15 1 14<br />
Diferenças<br />
Testes<br />
-0,98 -0,97<br />
2<br />
0,27<br />
13<br />
0,36<br />
16<br />
0,37<br />
12<br />
0,39<br />
17<br />
0,42<br />
18<br />
0,44<br />
15<br />
0,68<br />
1 14<br />
Testes 2 13 16 12 17 18 15 1 14<br />
Diferenças -0,98 -0,97 0,27 0,36 0,37 0,39 0,42 0,44 0,68<br />
Testes Diferenças 11 -0,98 3 -0,97 40,27 0,36 7 0,37 6 0,39 10 0,42 9 0,44 8 0,68 5<br />
Diferenças Testes<br />
Testes<br />
0,71 11<br />
11<br />
0,813 3<br />
0,<strong>94</strong>4 1,12 7<br />
4<br />
1,3 6<br />
7<br />
10<br />
6<br />
1,49 9<br />
10<br />
1,56 8<br />
9<br />
1,86 5<br />
8 5<br />
2,20<br />
Diferenças Diferenças 0,71 0,71 0,81 0,81 0,<strong>94</strong> 1,12 0,<strong>94</strong> 1,3 1,12 1,49 1,3 1,561,49 1,861,56 2,20 1,86 2,20<br />
Cálculo da média e desvio padrão das diferenças DAB:<br />
Cálculo Cálculo da média da e média desvio e padrão desvio das padrão diferenças das diferenças DAB: DAB:<br />
Cálculo<br />
Cálculo<br />
de GG<br />
de 1 e<br />
GG<br />
GG 1 e 18 :<br />
GG 18 :<br />
Cálculo de GG 1 e GG 18 :<br />
GG<br />
GG 1 = dd̅ 1 AAAA = − dd̅<br />
dd 1<br />
SS DDAAAA<br />
Os valores encontrados para G1 = 2,040 e G18 = 1,773 segundo a ABNT NBR ISO<br />
Os valores 3086:2008 Os encontrados [5] valores , devem encontrados para ser G1 comparados = 2,040 G1 e com = G18 2,040 o = valor 1,773 e G18 crítico segundo = 1,773 Gc1(5%) segundo a ABNT = a NBR 2,652 ABNT ISO NBR ISO<br />
3086:2008 (tabelado [5] 3086:2008 , [5] devem ).Como [5] Gc1 , ser devem é maior comparados que ser G1e comparados G18,não há, o portanto, valor com o crítico indicação valor Gc1(5%) crítico da existência Gc1(5%) = de 2,652 = 2,652<br />
outliers<br />
(tabelado [5] (tabelado<br />
ao nível<br />
).Como Gc1 [5] de<br />
).Como<br />
significância de 5%.<br />
é maior Gc1 que é maior G1e G18,não que G1e há, G18,não portanto, há, portanto, indicação indicação da existência da existência de de<br />
outliers Os ao Valores-p nível outliers de encontrados ao significância nível de foram significância de respectivamente 5%. de 5%. de: 0,2718, 0,7686 e 0,2248 para os<br />
testes de SW, JB e AD, logo a distribuição de DAB se aproxima da normal e os demais<br />
Os Valores-p Os encontrados Valores-p encontrados foram respectivamente foram respectivamente de: 0,2718, de: 0,7686 0,2718, e 0,7686 0,2248 e para 0,2248 os para os<br />
testes estatísticos podem ser aplicados.<br />
testes de SW, testes JB de e AD, SW, logo JB e a AD, distribuição logo a distribuição de DAB se de aproxima DAB se aproxima da normal da e normal os demais e os demais<br />
Face a importância da avaliação da normalidade da distribuição de DAB,<br />
testes estatísticos testes estatísticos podem ser podem aplicados. ser aplicados.<br />
complementarmente, foi realizada também uma análise gráfica (figura 2) demonstrando<br />
Face que a realmente importância Face a a importância distribuição da avaliação de da DAB avaliação da é aproximadamente normalidade normalidade normal, distribuição ou da seja, distribuição pode-se<br />
DAB,<br />
de DAB,<br />
observar que quase todos os pontos se encontram dentro da faixa pontilhada de controle.<br />
complementarmente, complementarmente, foi realizada foi também realizada uma também análise uma gráfica análise (figura gráfica 2) (figura demonstrando 2) demonstrando<br />
que realmente<br />
que realmente<br />
a distribuição<br />
a distribuição<br />
de DAB é<br />
de DAB<br />
aproximadamente<br />
é aproximadamente<br />
normal, ou<br />
normal,<br />
seja,<br />
ou<br />
pode-se<br />
seja, pode-se<br />
observar que quase todos os pontos se encontram dentro da faixa pontilhada de controle.<br />
observar que quase todos os pontos se encontram dentro da faixa pontilhada de controle.<br />
Figura 2: Análise Gráfica da Normalidade de DAB.<br />
7<br />
7<br />
9<br />
A grande maioria pontos encontram-se dentro da faixa √kk ∗ DD̅AAAA √18 A partir ∗resultados da 0,721<br />
9<br />
avaliação dos idênticos. resultados dos Para pares confirmar de amostras é esse possível resultado, calcular de realizou-se forma ainda<br />
Figura 3: Análise os demais Gráfica testes estatísticos de Tendência. podem Observa-se |TT|<br />
utilizados. ccccítttttttt deslocamento =<br />
SS<br />
dos = pontos = 3,668<br />
simplificada intervalos Como o valor |TT| de de confiança > através tt (αα=10%,kk=18) para do Teste as t diferenças de os Studente dois os métodos por DAB consequência (ICAB) a priori ao avaliar são nível estatisticament<br />
DDAAAA 0,834 Como |TT| ccccítttttttt > tt (αα=10%,kk=18) os dois métodos a priori de são significâ<br />
para um valor de DAB maior do que “zero”, o que caracteriza que o método A apresenta<br />
valores sistematicamente maiores do que o método B.<br />
DDAAAA<br />
0,834<br />
Análise gráfica de DAB(%) Análise gráfica de DAB(%) se os métodos<br />
dois a 10% a analisados<br />
métodos 10% de nível de são nível a de capazes<br />
priori de de significância, são<br />
produzir<br />
estatisticamente<br />
resultados ou seja, ou iguais, os seja, mesmos ou seja, mesmos não são são não capazes são cad<br />
SS<br />
9 idênticos ou resultados se<br />
IIIIproduzem AAAA<br />
resultados (10%) diferentes<br />
idênticos. resultados<br />
= idênticos. incompatíveis. Para DD̅AAAA ± a tt (αα=10%,kk=18) 10% Para confirmar confirmar de nível<br />
esse resultado, esse = 0,721 resultado, realizou-se ± 1,740 realizou-se ainda<br />
√kk √18 ≅ o ai [0 c<br />
tt (αα=10%,kk=18) = 1,740<br />
intervalos de confiança para as diferenças DAB (ICAB) ao nível de significânci<br />
de significância,<br />
intervalos de confiança<br />
ou seja,<br />
para<br />
os mesmos<br />
diferenças DAB (ICAB) ao nível de √kk ∗ DD̅AAAA √18 ∗ 0,721<br />
|TT| ccccítttttttt = = = 3,668<br />
Uma não SS DDAAAA vez são que capazes 0,834 o intervalo de produzir de confiança resultados<br />
AAAA (10%) = DD̅AAAA ± tt<br />
SS DDAAAA IIIISS AAAA (10%) não inclui 0,834o “zero<br />
IIII<br />
concluir idênticos. a existência Para de vício confirmar<br />
(αα=10%,kk=18) = DDAAAA<br />
0,721 ± 1,740<br />
significativo esse √kk entre as metodologias √18A ≅ 0,834<br />
Análise gráfica de DAB(%)<br />
Como |TT| e [0,3<br />
ccccítttttttt > tt (αα=10%,kk=18) dois IIII AAAA métodos (10%) = a<br />
DD̅AAAA priori ± tt (αα=10%,kk=18) são estatisticamente = 0,721 ± diferentes 1,740 B a<br />
tt (αα=10%,kk=18) = 1,740<br />
√kk √18<br />
de resultado, significância.<br />
a 10% de nível de significância, realizou-se ainda o cálculo<br />
dos intervalos de confiança para<br />
Uma ou vez seja, que o os intervalo mesmos de confiança não são IIII AAAA<br />
capazes (10%) não de inclui produzir o “zero”,<br />
Como |TT| ccccítttttttt<br />
Uma > tt (αα=10%,kk=18)<br />
vez que dois o intervalo métodos a priori de são confiança estatisticamente IIII AAAA diferentes (10%) não inclui o<br />
As concluir figuras a 3 existência a 5 representam de vício graficamente significativo entre o teste as metodologias estatístico de A vício e B a de 10<br />
√18 ∗ 0,721<br />
resultados idênticos. Para a 10% confirmar de nível de significância, esse resultado, ou seja, os mesmos realizou-se não são capazes ainda de produzir o cálculo dos<br />
as diferenças<br />
concluir a existência<br />
DAB (ICAB)<br />
de vício<br />
ao nível<br />
significativo<br />
de<br />
entre as metodologias A e<br />
= 3,668<br />
resultados ABNT de idênticos. significância. NBR Para ISO confirmar 3086:2008 esse resultado,<br />
0,834<br />
significância de 10%.<br />
[5] . realizou-se ainda o cálculo dos<br />
intervalos de confiança para as diferenças de significância.<br />
intervalos de confiança para<br />
DAB (ICAB) ao nível de significância de 10%.<br />
as diferenças DAB (ICAB) ao nível de significância de 10%.<br />
Análise gráfica de DAB(%)<br />
A partir da avaliação dos resultados dos pares de amostras é possível calcular de forma<br />
simplificada o valor de |TT| ccccítttttttt através do Teste t de Studente por consequência avaliar<br />
se os métodos analisados são capazes de produzir resultados iguais, ou seja, são<br />
idênticos ou se produzem resultados incompatíveis.<br />
√kk ∗ DD̅AAAA<br />
|TT| ccccítttttttt = =<br />
SS DDAAAA<br />
DAB(%)<br />
tt (αα=10%,kk=18) = 1,740<br />
DAB(%)<br />
-4 -2 0 2 4<br />
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
DAB(%)<br />
-2 -1 0 1 2<br />
-4 -2 0 2 4<br />
Como |TT| ccccítttttttt > tt (αα=10%,kk=18) os dois métodos 5 a priori 10são estatisticamente 15 diferentes<br />
5 a 10% de nível 15de significância, ou seja, os mesmos<br />
Amostras<br />
não são capazes de produzir<br />
resultados Amostras idênticos. Para confirmar esse resultado, realizou-se ainda o cálculo dos<br />
Figura 3: Análise Gráfica Figura de 3: Tendência. Análise Gráfica Observa-se de Tendência. Observa-se<br />
Análise Gráfica intervalos de Tendência. de confiança Observa-se para deslocamento as diferenças dos DAB pontos (ICAB) deslocamento para ao um nível valor dos de de pontos significância para um de valor 10%. de DAB maior do<br />
DAB maior do<br />
5 10 15<br />
nto dos pontos para um valor de que “zero”, que caracteriza que o método A apresenta<br />
DAB maior do que “zero”, o que caracteriza que o método A apresenta<br />
, o que caracteriza SS DDAAAA<br />
0,834<br />
Amostras<br />
IIII<br />
que AAAA (10%)<br />
o método<br />
=<br />
A apresenta valores sistematicamente valores maiores sistematicamente do que o método maiores B. do que o método B.<br />
DD̅AAAA ± tt (αα=10%,kk=18) = 0,721 ± 1,740<br />
tematicamente maiores do que o método B.<br />
Figura 3: Análise Gráfica<br />
√kk<br />
Legenda:<br />
de Legenda: Tendência. Observa-se<br />
Legenda:<br />
deslocamento Azul – dos Limites pontos de para Controle Azul um valor (LC), – Limites onde de DAB maior Controle do (LC), onde DAB (10%) representa<br />
DAB (10%) representa<br />
Uma Azul vez – Limites que de o Controle intervalo de confiança IIII AAAA (10%) não inclui o “zero”, é possível<br />
ites de Controle (LC), onde que (LC), “zero”, onde DAB o que (10%) caracteriza representa que IIII AAAA (10%); o método Preto–Diferença A apresenta<br />
Nula; Vermelha –IIII δδ ; Linha Horizontal<br />
DAB (10%) representa IIII AAAA (10%); Preto–Diferença Nula; Vermelha –IIII δδ ; Linha Horizontal<br />
Preto–Diferença Nula; concluir Vermelha a existência –IIII valores de vício sistematicamente significativo maiores entre Pontilhada do metodologias que em o método Preto–Média<br />
( A B. e das B Diferenças a 10% de (DD̅AAAA nível ).<br />
δδ ; Linha Horizontal Pontilhada Preto–Média das Diferenças (DD̅AAAA ).<br />
Preto–Média das de Diferenças significância. (DD̅AAAA ).<br />
Quantis<br />
Legenda:<br />
Azul – Limites de Controle (LC), onde DAB (10%) representa<br />
As figuras 3 a 5 representam graficamente o teste estatístico de vício de acordo com a<br />
IIII AAAA (10%);<br />
ABNT NBR ISO 3086:2008 [5] Preto–Diferença Nula; Vermelha –IIII δδ ; Linha Horizontal<br />
.<br />
DAB(%)<br />
-4 -2 0 2 4<br />
Pontilhada em Preto–Média das Diferenças (DD̅AAAA ).<br />
DAB(%)<br />
idênticos ou se produzem resultados incompatíveis.<br />
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
Figura 2: Análise Gráfica da Normalidade de DAB.<br />
A grande maioria pontos encontram-se dentro da faixa<br />
Figura 2: Análise Gráfica da Normalidade de<br />
A partir da avaliação dos A resultados grande maioria dos pares pontos de encontram-se amostras é possível dentro calc da f<br />
os demais testes estatísticos podem ser utilizados.<br />
simplificada o valor de |TT| ccccítttttttt através do Teste t de Studente por conseq<br />
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
se os métodos analisados são capazes de produzir resultados iguais,<br />
A partir da avaliação dos resultados dos pares de amostras é possíve<br />
A partir da avaliação dos resultados dos pares de amostras é possível calcula<br />
simplificada o valor de |TT| ccccítttttttt através do Teste t de Studente por co<br />
simplificada o valor de |TT| ccccítttttttt através do Teste t de Studente por consequên<br />
se os métodos analisados são capazes de produzir resultados ig<br />
se os métodos analisados são capazes de produzir resultados iguais, ou<br />
DAB(%)<br />
tt (αα=10%,kk=18) √kk ∗1,740<br />
√kk ∗ DD̅AAAA DD̅AAAA √18 ∗√18 0,721<br />
∗ 0,721<br />
|TT| |TT|<br />
ccccítttttttt Figura ccccítttttttt = = = = = 3,668 = 3,668<br />
2: Análise<br />
SS SS DDAAAA Gráfica da Normalidade<br />
DDAAAA 0,834 0,834 de DAB.<br />
A grande maioria pontos encontram-se dentro da faixa<br />
Como |TT| os ccccítttttttt demais testes > tt (αα=10%,kk=18) estatísticos podem os ser dois utilizados. métodos a priori são estatisticame<br />
a 10% tt (αα=10%,kk=18)<br />
tt (αα=10%,kk=18) de nível = de 1,740 = significância, 1,740<br />
9<br />
ou seja, os mesmos não são capaze<br />
SS<br />
IIII ABNT NBR ISO 3086:2008 [5] AAAA (10%) = DD̅AAAA SS<br />
DDAAAA<br />
± DDAAAA tt (αα=10%,kk=18) . 0,834 ≅ [0,38; 1,06]<br />
√kk √18<br />
IIII AAAA (10%) = DD̅AAAA ± tt (αα=10%,kk=18)<br />
ABNT NBR = ISO 0,721 3086:2008 ± 1,740 [5] . ≅ [0,38; 1,06]<br />
Uma vez que o intervalo √kk de confiança IIII AAAA (10%) não inclui √18 o “zero”, é possível<br />
5 10 15 concluir a existência<br />
Uma<br />
de<br />
vez<br />
vício significativo<br />
que o<br />
entre<br />
intervalo<br />
as metodologias<br />
de<br />
A e B a 10% de nível<br />
de significância.<br />
Uma vez que Amostras o intervalo de confiança IIII AAAA (10%) não não inclui inclui o o “zero”, é possível<br />
As figuras 3 a 5 representam graficamente o teste estatístico de vício de acordo com a<br />
concluir a existência de vício “zero”, é possível concluir a existência<br />
de vício [5] .<br />
ABNT<br />
significativo<br />
NBR ISO 3086:2008<br />
entre as metodologias A e B a 10% de nível<br />
de significância.<br />
significativo entre as<br />
metodologias A e B a 10% de nível<br />
8<br />
≅ [0,38; 1,06]<br />
As figuras √18 3 a 5 representam graficamente de significância. o teste estatístico de vício de acordo com a<br />
As figuras 3 a 5 representam graficamente<br />
o teste estatístico de vício<br />
ABNT NBR ISO 3086:2008 [5] .<br />
de acordo com a ABNT NBR ISO<br />
3086:2008[5].<br />
8<br />
DAB(%)<br />
DAB(%)<br />
-1.0 -0.5 0.0 0.5 -1.0 1.0 -0.5 1.5 0.0 2.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
DAB(%)<br />
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
As figuras 3 a 5 representam graficamente o teste estatístico de vício de ac<br />
As figuras 3 a 5 representam graficamente 0,834 o teste estatístico de víci<br />
= 0,721 ± 1,740<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
41
Análise de Minerais<br />
42<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
4. Discussão dos Resultados<br />
e Conclusão<br />
Dentre os itens mais frequentemente<br />
analisados em minérios<br />
de ferro, o teor de umidade é um<br />
importante dado de análise, sendo<br />
além um indicador da qualidade do<br />
produto, um forte interferente nos<br />
custos de transporte do produto. A<br />
determinação é normalmente feita<br />
através da diferença de massa entre<br />
o minério úmido e o seco até<br />
peso constante; estes métodos são<br />
indiretos, e determinam a umidade<br />
do material.<br />
Baseado na avaliação da figura 3,<br />
pode-se observar que as diferenças<br />
DAB apresentam uma tendência a<br />
valores positivos, ou seja, os valores<br />
encontrados por meio do método A<br />
são consistentemente maiores do<br />
que os obtidos através do método B.<br />
Este comportamento também pode<br />
ser observado ao compararmos os<br />
valores individuais obtidos pelos<br />
métodos através da figura 4.Tal<br />
tendência pode ser confirmada ao<br />
observarmos que Teste t de Student,<br />
onde o valor de T crítico é maior do<br />
que o valor de t ao nível de significância<br />
de 10%.<br />
Esta tendência representa que<br />
o método B não consegue obter<br />
valores similares ao método normatizado,<br />
sendo determinado o vício<br />
intrínseco entre os métodos de<br />
0,72+/-0,34%. Uma vez que o vício<br />
determinado é superior ao valor estabelecido,<br />
o método B não pode ser<br />
utilizado em transações comerciais,<br />
uma vez que uma das partes será<br />
penalizada em relação à variável<br />
controle do produto. Além disso,<br />
este método não deve ser utilizado<br />
para controle final da umidade embarcada<br />
em navios pois pode levar<br />
a interpretações incorretas em relação<br />
ao valor de TML podendo, inclusive,<br />
oferecer risco à embarcação.<br />
Assim, o método B deve ficar limitado<br />
ao controle de processo e<br />
produção onde o tempo de resposta<br />
é imperativo. Ainda assim, uma<br />
apropriada análise de custo benefício<br />
deve ser realizada de forma a<br />
verificar se a significativa redução<br />
do tempo de análise é vantajosa em<br />
Figura 4: Análise de Variância entre os Métodos. Os métodos apresentam curvas<br />
com características similares, o que demonstra a existência de vício sistemático<br />
entre os métodos.<br />
Figura 5: Análise Gráfica de Vício. O intervalo de confiança LC DAB(10%), em<br />
azul, não inclui o zero (verde), o que demonstra a existência de vício sistemático<br />
entre os métodos. Além disso, este mesmo intervalo de confiança não contém, de<br />
forma completa, o intervalo teórico para o vício, em vermelho, o que confirma tal<br />
10<br />
vício sistemático.<br />
Teor(%)<br />
6 8 10 12<br />
Comparativos entre resultados A e B<br />
A: Referência B: Alternativa<br />
Método A<br />
Método B<br />
5 10 15<br />
Amostras<br />
Figura 4: Análise de Variância entre os<br />
Métodos. Os métodos apresentam curvas com<br />
características similares, o que demonstra a<br />
existência de vício sistemático entre os<br />
relação à tendência a valores mais<br />
baixos. De forma compensatória,<br />
estudos métodos. podem ser estabelecidos<br />
individualmente, de forma a determinar<br />
o erro sistemático do método<br />
B em cada situação, podendo, assim,<br />
o mesmo ser compensado. Isto<br />
5- Discussão dos Resultados e Conclusão<br />
é possível uma vez que as variâncias<br />
verificadas para os dois métodos<br />
são semelhantes conforme pode<br />
ser observado na figura 4; então, é<br />
possível a adição de fator compensador<br />
garantindo, assim, resultados<br />
satisfatórios pelo método B.<br />
Um ponto interessante a ser considerado<br />
para trabalhos futuros é o<br />
uso de amostras com quantidade de<br />
água conhecida previamente, sendo<br />
submetidas aos dois métodos<br />
de t ao forma nível de a significância verificar se de 10%. a exatidão<br />
individual de ambos, garantindo<br />
assim que ao invés de se comparar<br />
os métodos, eles possam ser confrontados<br />
com o padrão de forma a<br />
não haver a atribuição de vícios da<br />
metodologia normatizada à metodologia<br />
em estudo.<br />
-2 -1 0 1 2<br />
Figura 5: Análise Gráfica de Vício. O intervalo<br />
de confiança LC DAB(10%), em azul, não inclui<br />
o zero (verde), o que demonstra a existência de<br />
vício sistemático entre os métodos. Além disso,<br />
este mesmo intervalo de confiança não contém,<br />
de forma completa, o intervalo teórico para o<br />
vício, em vermelho, o que confirma tal vício<br />
Referências<br />
bibliográficas<br />
1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS<br />
TÉCNICAS - ABNT NBR ISO 3087:2011 - Minérios<br />
de ferro –Determinação do teor de umidade<br />
de um lote;<br />
2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-<br />
NICAS - ABNT NBR ISO 3085:2003 - Minérios de<br />
ferro - Métodos experimentais para verificação<br />
da precisão de amostragem, preparação de<br />
amostras sistemático. e medida;<br />
3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-<br />
NICAS - ABNT NBR ISO 3086:2008 - Minérios de<br />
ferro - Métodos experimentais para verificação<br />
do vício de amostragem;<br />
4 BUSSAB, Wilton de O.; MORETTIN, Pedro<br />
A. – Estatística Básica – Editora Saraiva – 2011;<br />
5 R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: A language<br />
and environment for statistical computing. R<br />
Foundation for Statistical Computing, Vienna,<br />
Austria, 2013. Disponível em: www.R-project.<br />
org. Acessado em março/2016;<br />
6 PETERNELLI, L. A.; MELLO, M. P. – Conhecendo<br />
o R. Uma visão estatística – Editora Universidade<br />
Federal de Viçosa (UFV) – 2011;<br />
7 INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR<br />
STANDARDIZATION - ISO/TC 102/SC 1 - N1057E<br />
Report Infrared drying investigation to high LOI<br />
iron ore;<br />
8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-<br />
NICAS - ABNT NBR ISO 3082:2011 - Minérios de<br />
ferro – Procedimento de amostragem e preparação<br />
de amostra;<br />
9 Serrano et al. Avaliação de método alternativo<br />
para determinação de umidade. 10 XII<br />
Semana de Estatística UFES, Centro de Ciências<br />
Exatas- Agosto 8, 2016 – Agosto 12, 2016.<br />
10 IMO – International Maritime Organization.<br />
International Maritime Solid Bulk Cargoes<br />
(IMSBC) Code – 2017 Edition<br />
Dentre os itens mais frequentemente analisados em minérios de ferro, o teor de umidade<br />
é um importante dado de análise, sendo além um indicador da qualidade do produto, um<br />
forte interferente nos custos de transporte do produto. A determinação é normalmente<br />
feita através da diferença de massa entre o minério úmido e o seco até peso constante;<br />
estes métodos são indiretos, e determinam a umidade do material.<br />
Baseado na avaliação da figura 3, pode-se observar que as diferenças DAB apresentam<br />
uma tendência a valores positivos, ou seja, os valores encontrados por meio do método<br />
A são consistentemente maiores do que os obtidos através do método B. Este<br />
comportamento também pode ser observado ao compararmos os valores individuais<br />
obtidos pelos métodos através da figura 4.Tal tendência pode ser confirmada ao<br />
observarmos que Teste t de Student, onde o valor de T crítico é maior do que o valor de<br />
Esta tendência representa que o método B não consegue obter valores similares ao<br />
método normatizado, sendo determinado o vício intrínseco entre os métodos de 0,72+/-<br />
0,34%. Uma vez que o vício determinado é superior ao valor estabelecido, o método B<br />
não pode ser utilizado em transações comerciais, uma vez que uma das partes será<br />
penalizada em relação à variável controle do produto. Além disso, este método não deve<br />
-2 -1 0 1 2<br />
Vício entre metodologias<br />
A: Referência B: Alternativa<br />
LC DAB(10%)<br />
Zero<br />
Vício<br />
Diferença Média: - - - - -<br />
Limites
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
43
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LE DAS ETAPAS E PRAZOS<br />
- Desenvolvimento de Metodologias<br />
Indicativas de Estabilidade conforme<br />
RDC 53 de 4 de Dezembro de<br />
2015.<br />
- Desenvolvimento de Metodologias<br />
de Dissolução conforme Nota<br />
Técnica nº003/CEFAR/GTFAR/GG-<br />
MED/ANVISA e RDC 31 de 11 de<br />
Agosto de 2010.<br />
- Validação de Metodologias Analíticas<br />
conforme RDC 166 de 24 de<br />
Julho de 2017 ou Guia MAPA de<br />
Validação e Controle de Qualidade<br />
Analítica, CGAL/DAS.<br />
- Estudos de Estabilidade Acelerada<br />
e Longa Duração em Cosméticos,<br />
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46<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18
em foco<br />
em foco<br />
VANTAGENS DO MÉTODO RÁPIDO NA MICROBIOLOGIA<br />
VANTAGENS DO MÉTODO RÁPIDO NA MICROBIOLOGIA<br />
48<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Uma tecnologia criada originalmente<br />
para de detectar microrganismos o crescimento em detecção ao sistema limitada. Por de outro cultura lado, manual. estão disponí-<br />
O<br />
em limite de detecção, em relação<br />
Uma tecnologia criada originalmente para nhecidos, mas consomem muito tempo e têm<br />
detectar o crescimento<br />
amostras de de sangue microrganismos está ganhando em terreno amostras no veis diversas reflexo disso tecnologias é o aumento alternativas, de que se-sãgurança<br />
e têm maior para poder os consumidores de detecção. Como e<br />
Brasil, porém de com sangue outra está finalidade: ganhando reduzir terreno o rápidas<br />
tempo de quarentena no Brasil, no porém controle com de qualidade outra finalidade:<br />
reduzir estéreis. o tempo de quaren-performance “Os métodos de algumas tradicionais metodologias são alternati-<br />
ba-<br />
de estatístico, pacientes. tive a oportunidade de acompanhar a<br />
produtos farmacêuticos<br />
A utilização tena desse no sistema, controle embora de qualidade ainda seja de vas versus ratos a e metodologia bem conhecidos, tradicional. mas Principalmentsomem<br />
níveis muito baixos tempo de e contaminação, têm detec-<br />
a<br />
con-<br />
considerado produtos um método farmacêuticos alternativo*, está estéreis. atraindo<br />
a atenção dos farmacêuticos A utilização visto desse que, sistema, ao automatizar<br />
o processo bora manual ainda e seja retirar considerado a interferência um melhor disponíveis que a performance diversas dos métodos tecnologias tradicio-<br />
em-performancção limitada. dos métodos Por outro alternativos lado, estão é bem<br />
humana de leitura método dos testes, alternativo*, praticamente está diminui atraindo nais”, alternativas, disse o estatístico que Dorival são rápidas Leão proprietário e têm<br />
pela metade a quarentena atenção dos para farmacêuticos liberação de lotes vis-da Estatcamp, maior poder uma empresa de detecção. consultoria Como que<br />
de seus produtos. que, Com ao automatizar isso, as companhias o processo suporta estatístico, projetos de tive validação a oportunidade nesta área. de<br />
ganham eficiência manual em seus e retirar trâmites a logísticos. interferência Uma das acompanhar companhias a a performance se beneficiar do de método algumas<br />
foi metodologias uma multinacional alternativas alemã que<br />
No Brasil, a humana Anvisa exige de leitura validação dos do testes, método pra-automatizadticamente de qualidade diminui de pela cada produto, metade a produz versus soluções a parenterais metodologia e atende tradicional. hospitais e<br />
rápido no controle<br />
assim como quarentena em outros países. para Porém, liberação em mercados<br />
desenvolvidos, seus como produtos. os EUA Com e Europa, isso, o as<br />
de lotes farmácias Principalmente em todo território em níveis nacional. baixos Pioneira de em<br />
validar<br />
contaminação,<br />
e utilizar o método<br />
a performance<br />
alternativo, libera<br />
dos<br />
seus<br />
método rápido companhias já é usado ganham a mais tempo, eficiência sendo produtos com registros aprovados pela ANVISA<br />
em métodos alternativos é bem melhor<br />
habituais e mais seus frequentes trâmites essas logísticos. validações para desde 2016. “Inicialmente, optamos por validar<br />
que a performance dos métodos<br />
o uso.<br />
um método alternativo pela necessidade de<br />
No Brasil, a Anvisa exige validação<br />
do os método projetos rápido já avaliados no controle e<br />
continuar<br />
tradicionais”,<br />
liberando nossos<br />
disse<br />
produtos<br />
o estatístico<br />
em um prazo<br />
Além da rapidez,<br />
de 7 Dorival dias. Após Leão a publicação proprietário da da RDC-17, Estat-ecamp,<br />
obrigando uma a empresa extensão do de prazo consultoria de testes<br />
autorizados de pela qualidade ANVISA, demonstraram cada dados produto, 2010,<br />
estatísticos que assim comprovam como em ainda, outros a superioridade<br />
dos métodos rém, em alternativos, mercados em desenvolvidos,<br />
limite desafio nesta logístico, área. de armazenagem e prazos de<br />
países. Po-microbiológicos que suporta para projetos 14 dias, de enfrentamos validação um<br />
detecção, em como relação os EUA ao sistema e Europa, de o cultura método entrega, Uma que nos das forçou companhias a buscar alternativas a se bene-quficiar<br />
do a velocidade método automatizado dos ensaios microbio-<br />
foi<br />
manual. O reflexo disso é o aumento de segurança<br />
para os consumidores e pacientes.<br />
rápido já usado a mais tempo, aumentassem<br />
sendo habituais e mais frequentes lógicos. uma Consultamos multinacional quais alemã eram as que tecnologias produz<br />
disponíveis, soluções e parenterais optamos por iniciar e atende a vali-<br />
“Os métodos essas tradicionais validações são baratos para e o bem uso. co- rápidas<br />
Além da rapidez, os projetos já hospitais e farmácias em todo território<br />
nacional. Pioneira em validar e<br />
avaliados e autorizados pela ANVI-<br />
SA, demonstraram dados estatísticos<br />
que comprovam ainda, a supe-<br />
seus produtos com registros apro-<br />
utilizar o método alternativo, libera<br />
rioridade dos métodos alternativos, vados pela ANVISA desde 2016.<br />
“Inicialmente, optamos por validar<br />
dação com o sistema baseado em cultivo. Para<br />
um nossa método surpresa, alternativo após finalizada pela a necessidade<br />
analisar os dados de continuar estatísticos, liberando além ganho de<br />
validação, ao<br />
nossos velocidade produtos em nosso em ensaio, um prazo houve de expressivo<br />
7 ganho dias. Após de precisão, a publicação comparado da RDC- ao método<br />
17, anterior, em 2010, tradicionalmente obrigando a utilizado extensão no mercado<br />
do farmacêutico. prazo de testes Visto microbiológicos<br />
a eficiência deste novo<br />
para método, 14 dias, e o rápido enfrentamos retorno de um investimento desafio<br />
projeto, logístico, prosseguimos de armazenagem para registrar e nossos<br />
do<br />
prazos produtos de com entrega, sua utilização”, que nos aponta forçou os líderes<br />
a técnicos buscar do alternativas projeto. que aumentassem<br />
A gerente a de velocidade qualidade, responsável dos ensaios pelo projeto<br />
microbiológicos.<br />
se orgulha em ter assumido este desafio e poder<br />
ter Consultamos contribuído com quais sua eram empresa as tec-parnologias processo rápidas de melhoria, disponíveis, e ainda acrescenta e op-<br />
que a<br />
esse<br />
tamos escolha por pelo iniciar método a foi validação sustentada com pela o facilidade<br />
sistema de operação baseado sistema e cultivo. pela análise Para de payback<br />
nossa do projeto, surpresa, visto que o após custo total finalizada do investimento<br />
gerou um balanço significantemente positivo.<br />
a validação, ao analisar os dados<br />
estatísticos, Com um sistema além do óptico ganho ultrassensível de velocidade<br />
algoritmos em otimizados nosso ensaio, para alertar houve qualquer<br />
e<br />
expressivo presença de ganho microrganismos de precisão, de comparado<br />
ao método anterior, tradicio-<br />
forma rápida e<br />
definitiva, o sistema proporcionou ao setor de<br />
qualidade atuar ativamente, na realidade e na<br />
nalmente utilizado no mercado farmacêutico.<br />
Visto a eficiência deste<br />
dinâmica de atendimento do mercado, contribuindo<br />
para linearizar a distribuição de produtos,<br />
novo resultando método, em ganho e o rápido de eficiência retorno operacional. de<br />
investimento do projeto, prosseguimos<br />
para registrar nossos produtos<br />
*Método Alternativo = Método Rápido<br />
com sua utilização”, aponta os líderes<br />
técnicos do projeto.<br />
A gerente de qualidade, responsável<br />
pelo projeto se orgulha +55 em 62 ter 3085 1900<br />
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alternativo, libera seus<br />
em foco<br />
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cação da RDC-17, em<br />
são do prazo de testes<br />
dias, enfrentamos um<br />
azenagem e prazos de<br />
buscar alternativas que<br />
e dos ensaios microbiois<br />
eram as tecnologias<br />
amos por iniciar a vali-<br />
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processo de melhoria, No Brasil, e a ainda Anvisa acrescenta exige validação que a do método automatizado foi uma multinacional alemã que<br />
escolha pelo método rápido foi no sustentada controle de pela qualidade facilidade de cada produto, produz soluções parenterais e atende hospitais e<br />
de operação do assim sistema como e pela em outros análise países. de payback Porém, em mercados<br />
que desenvolvidos, o custo total do como investimento os EUA e Europa, o validar e utilizar o método alternativo, libera seus<br />
farmácias em todo território nacional. Pioneira em<br />
do projeto, visto<br />
gerou um balanço método significantemente rápido já é usado positivo. a mais tempo, sendo produtos com registros aprovados pela ANVISA<br />
Com um sistema habituais óptico e mais frequentes ultrassensível essas e validações para desde 2016. “Inicialmente, optamos por validar<br />
algoritmos otimizados o uso. para alertar qualquer<br />
um método alternativo pela necessidade de<br />
presença de microrganismos Além da rapidez, forma os projetos rápida já e<br />
continuar liberando nossos produtos em um prazo<br />
avaliados e<br />
definitiva, esse processo o sistema de melhoria, e ainda ao setor de qualidade atuar ativamente,<br />
autorizados proporcionou pela ANVISA, ao setor demonstraram de 7 dias. Após a publicação da RDC-17, em<br />
dados<br />
qualidade acrescenta atuar estatísticos<br />
que ativamente, a escolha<br />
que na comprovam<br />
pelo realidade método<br />
foi de atendimento sustentada de dos métodos pela mercado, facilidade alternativos, contribuin-em de atendimento microbiológicos<br />
ainda, e na a superiorida-<br />
na realidade 2010, e obrigando na dinâmica a extensão do prazo de testes<br />
dinâmica limite de do mercado, para con-1tribuindo de cultura para desafio linearizar logístico, a distri-<br />
de armazenagem e prazos de<br />
dias, enfrentamos um<br />
do de para operação linearizar detecção, a do distribuição sistema relação e de ao pela produtos, sistema<br />
resultando análise em de manual. ganho payback de O eficiência reflexo do projeto, disso operacional. é visto o aumento buição de segurança<br />
para total os consumidores investimento e pacientes. ganho de eficiência<br />
de produtos, entrega, resultando que nos forçou em a buscar alternativas que<br />
que o custo<br />
aumentassem<br />
operacional.<br />
a velocidade dos ensaios microbiológicos.<br />
Consultamos quais eram as tecnologias<br />
*Método<br />
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Alternativo<br />
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= métodos Método<br />
significantemente<br />
positivo.<br />
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2010,<br />
estatísticos que comprovam ter contribuído ainda, a superioridade<br />
dos métodos alternativos, processo de em melhoria, limite de e ainda acr<br />
com sua empre<br />
microbi<br />
desafio<br />
detecção, em relação escolha ao sistema pelo método de cultura foi sustentada entrega<br />
manual. O reflexo disso de é operação o aumento do de sistema segurança<br />
para os consumidores projeto, e pacientes. visto que o custo lógicos total d<br />
e pela aument anál<br />
“Os métodos tradicionais gerou são um baratos balanço e bem significantement<br />
co- rápidas<br />
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definitiva, o sistema proporcionou<br />
qualidade atuar ativamente, na r<br />
dinâmica de atendimento do merca<br />
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Espectrômetro FT-NIR MPA II<br />
50<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
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em foco<br />
O que é a Eletrodeionização (EDI)?<br />
A EDI é uma tecnologia que<br />
combina resinas de troca iônica e<br />
membranas de seleção iônica com<br />
corrente contínua para remover os<br />
íons da água.<br />
O seu desenvolvimento e utilização<br />
na purificação da água combateu<br />
algumas das limitações da<br />
resina de troca iônica, em particular,<br />
a liberação de íons à medida que a<br />
resina se esgota e a necessidade<br />
associada de substituir ou regenerar<br />
as resinas.<br />
Como a EDI remove os íons<br />
da água<br />
O processo de troca iônica remove<br />
eficazmente os íons da água,<br />
trocando-os por íons H+ e OH-. A<br />
água passa por uma ou mais câmaras<br />
cheias com resinas de troca<br />
iônica entre as membranas seletivas<br />
de cátions ou aníons.<br />
Os íons que se ligaram às resinas<br />
de troca iônica migram para uma<br />
câmara distinta sob a influência de<br />
um campo elétrico de aplicação<br />
externa. Este processo também produzem<br />
os íons H+ e OH- necessários<br />
para manter as resinas no seu<br />
estado regenerado. Os íons na câmara<br />
distinta são eliminados como<br />
desperdício.<br />
A resina de troca iônica nos sistemas<br />
EDI são regeneradas continuamente,<br />
por isso não se esgotam da<br />
mesma forma que a resina de troca<br />
iônica, que são utilizadas no modo<br />
de lote.<br />
Vantagens e restrições<br />
Vantagens:<br />
• Remove íons dissolvidos, 5-17<br />
MΩ-cm, TOC
em foco<br />
Manifold de Pressão Positiva ASPEC<br />
A mesma qualidade obtida com a tecnologia de extração em fase sólida usando pressão positiva, agora<br />
disponível em uma versão manual.<br />
O manifold de pressão positiva ASPEC® para extração de fase sólida (SPE) fornece um controle consistente da taxa<br />
de fluxo para o clean-up de amostras de baixa ou alta viscosidade, melhorando a reprodutibilidade e a recuperação.<br />
Utilizando a pressão positiva através de um gás inerte o sistema permite uma SPE muito mais precisa quando comparado<br />
aos sistemas que utilizam vácuo. O ASPEC Manifold quando utilizado em seu laboratório, fornece uma maneira<br />
rápida e simples de preparar amostras para posterior análise.<br />
Módulo único compatível com cartuchos 1 mL, 3 mL e 6mL e placas de 96 poços, o Manifold ASPEC irá atender<br />
todas às suas necessidades de SPE.<br />
O ASPEC Manifold oferece um maior controle das amostras quando comparado com os manifolds a vácuo tradicionais,<br />
proporcionando maior confiança nos dados gerados e extrações reproduzíveis através dos reguladores finos de<br />
pressão positiva que melhoram o controle do fluxo e a reprodutibilidade.<br />
Bomba Verity 3011<br />
54<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
A mesma qualidade na precisão do movimento de líquidos para aplicações cromatográficas agora<br />
disponível em uma versão mais moderna.<br />
A bomba isocrática para HPLC Verity 3011 é uma solução inovadora para o movimento de líquidos, para monitorar as<br />
reações químicas em aplicações de petróleo e para cromatografia de permeação de gel (GPC) em análises ambientais,<br />
de alimentos e bebidas. Com alta precisão a bomba oferece um fluxo de solventes praticamente livre de pulso e estável<br />
para uma grande variedade de líquidos, incluindo solventes de alta viscosidade e permite taxas de fluxo que vão desde<br />
0,01 a 10,0 mL/min, dependendo do cabeçote escolhido, e pressões de até 600 bar (8702 psi).<br />
A tela sensível ao toque pode ser usada para controlar a bomba Verity 3011, incluindo configuração e operação. Oferecendo<br />
três modos de operação: Fluxo, Dispensa e Programação, a bomba pode ser iniciada através da tela sensível ao toque ou<br />
através de contatos de entrada remotos.<br />
A reprodutibilidade e a precisão nas reações ao usar esta bomba, juntamente com seus baixos custos de operação<br />
e manutenção, fazem da bomba Verity 3011 uma escolha ideal para muitos laboratórios que buscam excelentes resultados<br />
e estão tentando minimizar os custos e o tempo de inatividade.<br />
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em foco<br />
Aplicações da Cultura Celular 3D<br />
Destaque no segmento, Greiner Bio-One palestrará na 47ª Reunião Anual da SBBq<br />
56<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
Com um amplo portfólio especialmente<br />
desenvolvido para o cultivo e<br />
a análise de células, a Greiner Bio-<br />
-One destaca-se no segmento Life<br />
Science. Os produtos são aplicados<br />
na pesquisa básica, contemplando<br />
diferentes áreas da biologia e medicina,<br />
além de serem utilizados em<br />
processos biotecnológicos e industriais.<br />
“A cultura celular é caracterizada<br />
por permitir a manutenção de células<br />
vivas em laboratório (in vitro)<br />
independente do organismo que<br />
as originou, sendo que a utilização<br />
dessa técnica possibilitou a melhor<br />
compreensão de diversos mecanismos<br />
moleculares de diferentes tipos<br />
celulares permitindo importantes<br />
avanços científicos. Geralmente as<br />
pesquisas são realizadas cultivando-se<br />
células em monocamadas, o<br />
que também chamamos de cultivo<br />
celular em 2D, no entanto, um novo<br />
método vem ganhando destaque<br />
nas pesquisas científicas: a Cultura<br />
de Células em 3D”, explica a Especialista<br />
de Produtos da Greiner Bio-<br />
-One, Dra Angélica Silveira.<br />
As aplicações e essa nova tecnologia<br />
para realização de Cultura<br />
Celular em 3D será o foco das palestras<br />
oferecidas pela Greiner Bio-<br />
-One Brasil na 47ª Reunião Anual da<br />
Sociedade Brasileira de Bioquímica<br />
e Biologia Molecular (SBBq), que<br />
acontecerá em Joinville-SC, de 26 a<br />
29 de maio. As três palestras acontecerão<br />
no dia 28, na sala 14. O<br />
tema “Cell organoids for drug screening<br />
and disease modelling” será<br />
explanado às 9h30 e também às<br />
16h30. Já o assunto “Cell organoids<br />
applied to cancer research” será<br />
abordado às 14h.<br />
A cultura de células em 3D deriva-se<br />
inicialmente da cultura de<br />
células em monocamada. Entretanto,<br />
o diferencial da cultura 3D<br />
é permitir que as células explorem<br />
as 3 dimensões do espaço, aumentando,<br />
assim, as interações entre<br />
o ambiente e as células. Quando<br />
cultivadas nesse sistema, as células<br />
formam estruturas tridimensionais<br />
denominadas esferoides.<br />
“O sistema para cultura celular<br />
3D da Greiner Bio-One, o n3D, é<br />
uma plataforma baseada na magnetização<br />
das células e com formação<br />
de esferoides ou anéis em tempo<br />
recorde, podendo ocorrer em até<br />
18h dependendo do tipo celular”,<br />
esclarece a Dra. Angélica, que completa:<br />
“o kit possibilita várias aplicações,<br />
tais como em pesquisas relacionadas<br />
ao microambiente tumoral,<br />
high-throughput screening para<br />
prospecção de novos fármacos,<br />
co-cultivo, invasão e diferenciação<br />
celular, entre<br />
outras, permitindo sempre condições<br />
de cultivo mais próximas do in<br />
vivo e com grande<br />
reprodutibilidade”, finaliza.<br />
As palestras da Greiner Bio-One<br />
na 47ª Reunião Anual da SBBq serão<br />
ministradas<br />
pela Dra. Angélica Silveira, graduada<br />
em farmácia pela Universidade<br />
São Francisco e<br />
mestre e doutora pela Faculdade<br />
de Ciências Médicas da Unicamp.<br />
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58<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
As vestimentas Tyvek® Isoclean® serão apresentadas na próxima edição da FCE Pharma, maior<br />
feira da indústria farmacêutica da América Latina<br />
O Grupo Polar, maior fabricante<br />
do País no segmento de produtos<br />
refrigerantes para transporte de insumos<br />
que requerem tempo e temperatura<br />
controlados, anuncia ampliação<br />
da parceria com a DuPont<br />
e passa a ser um distribuidor oficial<br />
das vestimentas Tyvek® Isoclean®<br />
para o setor farmacêutico/hospitalar<br />
no Brasil.<br />
A Tyvek® Isoclean® é produzida<br />
em Dupont Tyvek®, um tecido<br />
com baixíssima emissão de partículas,<br />
que reduz os riscos de contaminação<br />
cruzada e proporciona proteção<br />
química e biológica ao usuário.<br />
Com portfólio completo de acessórios<br />
e macacões – como capuzes,<br />
aventais, magotes e cobre-botas<br />
antiderrapantes - é a paramentação<br />
ideal para a indústria farmacêutica,<br />
de biotecnologia, laboratórios,<br />
hospitais, produção de eletrônicos,<br />
equipamentos médicos e outros<br />
setores que lidam com produção<br />
controlada.<br />
“A ampliação dessa parceria que<br />
teve início em 2015 com a distribuição<br />
da manta para pallet DuPont<br />
Tyvek® Cargo Covers é mais uma<br />
demonstração de reconhecimento<br />
da seriedade e qualidade do trabalho<br />
que temos desenvolvido junto<br />
à indústria farmacêutica no Brasil”,<br />
explica o fundador e diretor comercial<br />
do Grupo, Paulo Vitor de Andrade.<br />
O grande diferencial da Tyvek®<br />
Isoclean® para as demais vestimentas<br />
encontradas no mercado é<br />
o fato de ser esterilizada por meio<br />
de irradiação gama validada, um<br />
processo que faz com que tenham<br />
o mais eficiente nível de esterilização.<br />
Além disso, é uma solução<br />
descartável e limpa, o que assegura<br />
facilidade no controle do uso das<br />
vestimentas e garante trajes sempre<br />
prontos para utilização. Sem contar<br />
que as roupas oferecem um design<br />
confortável e foram desenvolvidas<br />
para permitir um maior raio de movimentação<br />
dos operários, além de<br />
oferecer maior durabilidade em uso.<br />
O lançamento da parceria com a<br />
DuPont e apresentação ao vivo<br />
das vestimentas Tyvek® Isoclean®<br />
para o mercado farmacêutico nacional,<br />
acontecerá no stand do Grupo<br />
Polar na próxima edição da FCE<br />
Pharma, de 22 a 24 de maio no São<br />
Paulo Expo.<br />
FCE Pharma<br />
Data: 22 a 24 de maio<br />
Horário: 13h às 20h<br />
Local: São Paulo Expo<br />
Endereço: Rodovia dos Imigrantes,<br />
KM 1,5 - São Paulo, SP | Brasil<br />
Sobre o Grupo Polar<br />
O Grupo Polar tem como objetivo<br />
oferecer aos clientes soluções completas<br />
em todos os elos da cadeia<br />
fria, por isso integrou verticalmente<br />
todas as atividades desenvolvidas<br />
pelas empresas Polar Técnica, Cibragel,<br />
Valida e Polar Store. Com<br />
experiência e competência técnica<br />
há mais de 17 anos, o Grupo foi pioneiro<br />
no segmento de fabricação de<br />
elementos refrigerantes e atua também<br />
com a fabricação de embalagens<br />
térmicas, equipamentos para<br />
monitoramento de temperatura e<br />
serviços de qualificação e validação.<br />
É a única empresa do setor a ter a<br />
certificação ISO 9001:2015.<br />
Informações à imprensa:<br />
RS Press<br />
(11) 3875-6296<br />
Laís Cavassana:<br />
laiscavassana@rspress.com.br<br />
Giulianna Muneratto:<br />
giuliannamuneratto@<br />
rspress.com.br
Você já ouviu falar do arium®mini? O único sistema de água<br />
ultrapura sem tanque.<br />
Sim! O arium® mini é um sistema<br />
para produção de água ultrapura<br />
que armazena a água produto em<br />
uma bolsa plástica, que garante sua<br />
qualidade e pureza.<br />
Originalmente desenvolvida para<br />
a indústria farmacêutica, esta bolsa<br />
é ideal para o armazenamento de<br />
água purificada. O sistema fechado<br />
bagtank evita a contaminação secundária,<br />
assegurando a qualidade<br />
consistente de água a longo prazo.<br />
A troca da bolsa é bastante simples,<br />
reduzindo consideravelmente o<br />
tempo de manutenção em comparação<br />
com os sistemas de tanques<br />
convencionais. O compartimento da<br />
bolsa não necessita de quaisquer<br />
produtos químicos de limpeza perigosos,<br />
tendo como resultado um<br />
aumento na segurança do usuário e<br />
economizando tempo.<br />
Se você tem uma necessidade<br />
de água ultrapura de até 10 litros<br />
por dia e não tem muito espaço<br />
para o equipamento mais o tanque,<br />
o arium®mini é ideal para você.<br />
Com capacidade de fornecer água<br />
ultrapura a uma taxa de 1 L / min. e<br />
uma largura de apenas 28 cm, esta<br />
unidade economiza espaço e se integra<br />
facilmente em quase qualquer<br />
ambiente de laboratório.<br />
Para aplicações analíticas e especialmente<br />
críticas, tais como HPLC<br />
/ UHPLC, o arium® mini pode ser<br />
equipado com uma lâmpada UV integrada<br />
como opcional. Isso garante<br />
a produção confiável de água ultrapura<br />
que é praticamente livre de<br />
componentes orgânicos.<br />
Compacto, preciso e sem limpeza<br />
de tanque...seu sistema é o arium®<br />
mini.<br />
Sartorius do Brasil<br />
Tel: 11 4362-8900<br />
leadsbr@sartorius.com<br />
Bolsa plástica – tecnologia bagtank exclusiva Sartorius
em foco<br />
Analítica: Uma Ótima Opção para Terceirização de Rotinas, Estudos e P&D<br />
A Analítica é um Centro analítico<br />
e de P&D acreditado segundo os<br />
requisitos da ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025:2005, habilitado pela ANVI-<br />
SA (Reblas 131 e EQFAR048), bem<br />
como, Licenciado MAPA (Licença<br />
SP000545-2) para estudos e ensaios<br />
em medicamentos, matérias-<br />
-primas, cosméticos, correlatos,<br />
produtos de higiene e meio ambiente<br />
(águas e solos).<br />
A crescente demanda de qualidade<br />
exigida pelas agências reguladoras<br />
brasileiras e estrangeiras<br />
fez com que a Analítica se desenvolvesse<br />
não só na área de serviços<br />
analíticos, mas também como<br />
Centro de Estudos e Pesquisa &<br />
Desenvolvimento, nas áreas Farmacêuticas,<br />
Cosmética, Alimentícia,<br />
Ambiental e Toxicológica, todos<br />
distribuídos em uma estrutura de<br />
laboratórios com mais de 1.600m²<br />
de área, divididos em células físico-químicas<br />
e microbiológicas,<br />
inclusive com Área limpa e de análises<br />
em produtos Oncológicos e de<br />
alta toxidade.<br />
Nossos principais serviços são:<br />
- Estudos de Degradação Forçada<br />
conforme RDC-53 de 04 de<br />
dezembro de 2015.<br />
- Estudos de Estabilidade de Fármacos,<br />
Cosméticos e Medicamentos<br />
de uso Humano e Veterinário.<br />
- Estudos de Equivalência Farmacêutica<br />
em medicamentos sólidos,<br />
semi-sólidos e líquidos, estéreis e<br />
não estéreis, inclusive oncológicos.<br />
- Desenvolvimentos e Validações<br />
de Metodologias Analíticas, inclusive<br />
de Dissolução de Medicamentos<br />
com Estudos de Solubilidade.<br />
- Análises Físico-químicas em<br />
Águas, Solos, Combustíveis, Óleos,<br />
Cosméticos, Hemodiálise, Domissanitários,<br />
Matérias-primas e<br />
Medicamentos de Uso Humano e<br />
Veterinário.<br />
- Análises Microbiológicas em<br />
Águas, Hemodiálise, Cosméticos,<br />
Matérias-primas, Correlatos, Embalagens,<br />
Produtos de Higiene<br />
(Absorventes, Fraldas, Papel Higiênico),<br />
Domissanitários e Medicamentos<br />
de Uso Humano e Veterinário,<br />
inclusive ensaios de Esterilidade<br />
e Endotoxinas Bacterianas (Gel clot,<br />
colorimétricas e Turbidimétricas).<br />
A Analítica tem como objetivo a<br />
satisfação de seus Parceiros, portanto<br />
oferecemos flexibilidade de<br />
contratos, adequando forma de<br />
trabalho e/ou prazos as suas necessidades.<br />
Seja nosso Parceiro!<br />
Contato Analitica Lab<br />
Tel: 11 4748-2730 / 4747-7485<br />
analitica@analiticalab.com.br<br />
60<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18
Tecnologia “sem banho” Distek agora em um equipamento de baixo custo<br />
Após o sucesso do dissolutor<br />
Symphony 7100 nos laboratórios<br />
de pesquisa e desenvolvimento,<br />
a Distek lança agora o Dissolutor<br />
“2500 Select” um equipamento<br />
com todas as vantagens da tecnologia<br />
“sem-banho” voltado para<br />
a pesada rotina dos laboratórios<br />
de controle de qualidade. Essa<br />
tecnologia não utiliza o antiquado<br />
banho hidrostático, atingindo<br />
em até 15 minutos a temperatura<br />
programada por meio de jaquetas<br />
térmicas, economizando tempo,<br />
água e energia elétrica. Sensores<br />
“wireless” monitoram e registram<br />
continuamente a temperatura<br />
dentro de cada cuba onde está<br />
ocorrendo a dissolução, eliminando<br />
a necessidade de leituras<br />
adicionais.<br />
Todos os recursos dos equipamentos<br />
são operados a partir de<br />
uma tela “soft-touch” colorida,<br />
por meio de uma interface intuitiva<br />
e de fácil operação, onde<br />
é possível acessar o manual do<br />
equipamento, armazenar e editar<br />
até 100 métodos, guardar dados<br />
de qualificação, imprimir resultados<br />
na sua impressora de rede e<br />
muito mais, tudo isso com níveis<br />
diferenciados de acesso e protegidos<br />
por senhas. Há mais de 15<br />
anos a Distek se preocupa com<br />
o meio ambiente e com o uso da<br />
água do nosso planeta, e a tecnologia<br />
“bathless” comprova que a<br />
dissolução de comprimidos pode<br />
ser mais rápida, prática, limpa,<br />
econômica além de ecológica.<br />
A Chemetric é a responsável<br />
pela Distek no Brasil.<br />
Conheça a linha completa da<br />
empresa que mais apresenta<br />
inovações associadas a dissolução<br />
de comprimidos em:<br />
www.chemetric.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 17<br />
61
em foco<br />
Waters - Família Acquity<br />
Prepare o seu laboratório para futuro com a família Acquity.<br />
A família Acquity é composta<br />
por UPLC quaternário e binário, H-<br />
-Class Plus e I-Class Plus, respectivamente,<br />
UPC2, H-Class Plus Bio<br />
e Acquity ARC.<br />
Com dispersão inferior a 10 μL,<br />
o Sistema ACQUITY UPLC H-Class<br />
Plus fornece a mais alta resolução<br />
quando comparado a qualquer sistema<br />
LC quaternário do mercado.<br />
Para obter o verdadeiro desempenho<br />
do UPLC, é necessário que a<br />
dispersão do sistema corresponda<br />
a larguras de pico associadas a colunas<br />
de pequeno diâmetro recheadas<br />
com partículas sub-2-μm. Embora<br />
outros sistemas possam ser<br />
projetados para alta pressão, isso<br />
não significa que foram concebidos<br />
para fornecer os picos de alta resolução<br />
associados ao desempenho<br />
do UPLC que o Sistema ACQUITY<br />
UPLC H-Class Plus e I-Class Plus<br />
são capazes de oferecer.<br />
Melhore os resultados do seu<br />
laboratório transferindo os seus<br />
métodos atuais de HPLC e UHPLC<br />
para a plataforma UPLC, possuimos<br />
ferramentas para auxilia-lo na<br />
etapa de transferência que vão deixar<br />
esta etapa mais amigável.<br />
Mais informações acesse:<br />
www.waters.com/acquityfamily<br />
FCE Pharma - Visite nosso<br />
stand na FCE Pharma e conheça<br />
nossos sistemas LC e MS além de<br />
itens para preparo de amostras e<br />
colunas cromatográficas! - Stand<br />
n° G55.<br />
Processador de SPE - Auto Extra D10<br />
Processador de SPE - Auto Extra D10<br />
62<br />
Sistema automático para Extração em Fase Sólida Auto Extra D10 – SPE usando discos<br />
indicado para análises de água bruta, efluente e amostras ambientais onde o fluxo é<br />
preciso e controlado por uma bomba de vácuo.<br />
REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 18<br />
O AutoExtra D10 é uma plataforma multifuncional de extração automatizada em fase<br />
sólida, capaz de trabalhar com diferentes formas de água. Tanto o cartucho como o disco<br />
podem ser acoplados ao sistema. A conexão Wi-Fi possibilita controlar até 10 unidades.<br />
No protocolo de SPE uma seringa de 10 mL é utilizada para medir o solvente com<br />
exatidão. No Auto Extra D10 é possível automatizar completamente o processo de<br />
extração em fase sólida (condicionamento, carregamento da amostra, lavagem, secagem<br />
e eluição). Ganhe na economia de tempo, solvente, garantia de alta reprodutibilidade e<br />
produtividade para laboratórios analíticos, além de melhorar a segurança do laboratório<br />
minimizando a possibilidade de amostras perigosas e produtos químicos entrarem em<br />
contato com o operador.<br />
Especificações:<br />
<br />
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<br />
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Saiba Mais :<br />
Trabalha com discos: 47 mm, 50 mm ou 90 mm e cartuchos de 6mL;<br />
O software controla até 10 sistemas com conexão Wi-Fi;<br />
Volume de amostras: 20 mL até 4 L / fluxo: até 200mL/min;<br />
Discos on-line para amostras sujas e águas residuais;<br />
Sensor do nível do líquido para controlar o fluxo;<br />
Válvula de 12 portas e bomba de seringa para solventes;<br />
8 solventes disponíveis;<br />
Programa para rinse automático da garrafa;<br />
Cartucho de sulfato de sódio anidro em linha para remover a umidade;<br />
www.analiticaweb.com.br<br />
marketing@novanalitica.com.br<br />
Tel : (11) 2162-8080<br />
Sistema automático para Extração<br />
em Fase Sólida Auto Extra D10<br />
– SPE usando discos indicado para<br />
análises de água bruta, efluente e<br />
amostras ambientais onde o fluxo é<br />
preciso e controlado por uma bomba<br />
de vácuo.<br />
O AutoExtra D10 é uma plataforma<br />
multifuncional de extração automatizada<br />
em fase sólida, capaz de<br />
trabalhar com diferentes formas de<br />
água. Tanto o cartucho como o disco<br />
podem ser acoplados ao sistema. A<br />
conexão Wi-Fi possibilita controlar<br />
até 10 unidades. No protocolo de<br />
SPE uma seringa de 10 mL é utilizada<br />
para medir o solvente com<br />
exatidão. No Auto Extra D10 é possível<br />
automatizar completamente o<br />
processo de extração em fase sólida<br />
(condicionamento, carregamento da<br />
amostra, lavagem, secagem e eluição).<br />
Ganhe na economia de tempo,<br />
solvente, garantia de alta reprodutibilidade<br />
e produtividade para laboratórios<br />
analíticos, além de melhorar<br />
a segurança do laboratório minimizando<br />
a possibilidade de amostras<br />
perigosas e produtos químicos entrarem<br />
em contato com o operador.<br />
Especificações:<br />
• Trabalha com discos: 47 mm,<br />
50 mm ou 90 mm e cartuchos de<br />
6mL;<br />
• O software controla até 10 sistemas<br />
com conexão Wi-Fi;<br />
• Volume de amostras: 20 mL até<br />
4 L / fluxo: até 200mL/min;<br />
• Discos on-line para amostras<br />
sujas e águas residuais;<br />
• Sensor do nível do líquido para<br />
controlar o fluxo;<br />
• Válvula de 12 portas e bomba<br />
de seringa para solventes;<br />
• 8 solventes disponíveis;<br />
• Programa para rinse automático<br />
da garrafa;<br />
• Cartucho de sulfato de sódio<br />
anidro em linha para remover a<br />
umidade;<br />
Saiba Mais :<br />
www.analiticaweb.com.br<br />
marketing@novanalitica.com.br<br />
Tel : (11) 2162-8080
DESDE 2000<br />
Conceito de qualidade em Microbiologia<br />
Novas e modernas instalações<br />
Equipe capacitada e comprometida<br />
Acreditações: REBLAS / INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />
comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444