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#DR GOOGLE<br />
Pawel Kuczynski<br />
#66<br />
Existem realidades que doem. E é por isso que preferimos<br />
olhar para o outro lado. Fingir que eles não<br />
existem, com a secreta esperança de que elas desapareçam<br />
enquanto preenchemos nossa mente<br />
com outras coisas, menos importantes, mas também<br />
menos desconfortáveis.<br />
Pawel Kuczynski, um ilustrador de origem polonesa que ganhou<br />
92 prêmios nacionais e internacionais por seu trabalho, é uma<br />
daquelas pessoas que não olham para o outro lado. Neste passo,<br />
ele desenvolveu 15 ilustrações que nos sensibilizam. Seus traços<br />
são extremamente reveladores, eles trazem os mesmos demônios<br />
internos dos quais não queremos tomar nota de que as relações<br />
líquidas que não contribuem para nada, a dependência da tecnologia<br />
e as formas sutis, mas terríveis de manipulação social a que<br />
estamos sujeitos, às vezes sem perceber.<br />
Nesta edição, o Dr. Google tras algumas de suas ilustrações, sendo<br />
que o resto delas você poderá encontrar no link abaixo.<br />
Pense sozinho. Pesquise, investigue, leia… Se<br />
você não o fizer, alguém o fará em seu lugar,<br />
ensinando o que pensar, dizer e até mesmo sentir.<br />
Lembre-se de que educar não é encher a mente,<br />
mas libertá-la de seus vínculos e que, muitas<br />
vezes, o aprendizado mais duradouro e profundo<br />
são aqueles que fazemos sozinhos.<br />
Ser a ovelha negra não é ruim, apenas implica<br />
pensar ou agir de forma diferente. De fato,<br />
Marc Twain nos alertou: “Toda vez que você se<br />
encontra do lado da maioria, é hora de parar e<br />
refletir.” E Albert Einstein disse: “A pessoa que<br />
acompanha a multidão normalmente não vai além<br />
da multidão, a pessoa que anda sozinha provavelmente<br />
chegará a lugares onde ninguém esteve<br />
antes.” Você decide.<br />
Mais e mais conectados, mas também mais sozinhos.<br />
As redes sociais “satisfazem” nossa imperiosa<br />
necessidade de escapar da solidão, mas,<br />
contraditoriamente, fazem de nós uma ilha trancada<br />
em nós mesmos. Enquanto elas nos encorajam<br />
a nos conectar, elas tiram nossas habilidades<br />
sociais. Enquanto espantam o fantasma da marginalização,<br />
isolam-nos dos que nos rodeiam.<br />
FONTE: https://www.pensarcontemporaneo.com/3201-2/ (Adaptação|Reprodução)