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II Seminário de Flauta Doce da UFRJ - Caderno de Programação

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ecitativo, que se <strong>de</strong>senvolve apenas na região agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> flauta e faz uso <strong>de</strong> quartos <strong>de</strong><br />

tom. E por fim, o quinto e último movimento, Fuga, é baseado em três temas <strong>de</strong> origem<br />

indígena. O primeiro provavelmente é uma <strong>da</strong>nça dos Coroado (informação ain<strong>da</strong> a ser<br />

confirma<strong>da</strong>); o segundo é Cani<strong>de</strong> Ioune, dos Tupinambá, coletado por Jean <strong>de</strong> Léry, na Baía<br />

<strong>de</strong> Guanabara, em 1553, e o terceiro tema é Nozani-na, dos Pareci, recolhido por Roquete<br />

Pinto.<br />

Moacaretá é a palavra indígena que <strong>de</strong>signa o conselho dos anciãos <strong>de</strong> uma tribo,<br />

formado pelo cacique, o pajé, e mais três idosos <strong>da</strong> tribo. Sua principal tarefa é manter<br />

vivas as tradições e costumes dos antigos por meio <strong>de</strong> narrativas orais, feitas aos mais<br />

moços, tal qual Mnemòsine tropical. A orali<strong>da</strong><strong>de</strong> é, por <strong>de</strong>finição, sonora, assim como é<br />

a música, e Vasconcellos Corrêa nos proporciona em sua Moacaretá a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contato com elementos <strong>da</strong> cultura indígena brasileira, nos faz lembrar dos povos originais<br />

do Brasil, <strong>de</strong> sua importância para a construção <strong>de</strong> nossa i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> como povo, como<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

21<br />

Fontes:<br />

BARROS, Daniele Cruz. A flauta doce no século XX: o exemplo do Brasil. Recife: Editora<br />

Universitária <strong>da</strong> UFPE, 2010. p.170.<br />

CARPENA, Lucia Becker. Dez obras essenciais para flauta doce: valha-me, Euterpe! lab.flauta,<br />

2018. Disponível em: <br />

* Obras inéditas<br />

FLUSTRES ENSEMBLE<br />

David Castelo & Patricia Michelini - Direção<br />

Alcimar do Lago, Alfredo Zaine, David Castelo, Patricia Michelini - flautas doces<br />

Fábio Adour - violão<br />

O Duo Flustres iniciou suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em 1996 tendo como objetivo pesquisar e<br />

divulgar o repertório para flauta doce <strong>de</strong> diversos períodos e estilos. O forte entrosamento<br />

musical e pessoal entre David Castelo e Patricia Michelini expandiu-se para uma frutífera<br />

parceria profissional, <strong>da</strong>s mais expressivas no país para a promoção <strong>da</strong> flauta doce como<br />

instrumento <strong>de</strong> excelência artística. Sempre mantendo o duo como núcleo <strong>da</strong> formação do<br />

grupo, o Duo Flustres po<strong>de</strong> agregar instrumentos outros, em número e formações diversas<br />

<strong>de</strong> acordo com o repertório trabalhado. Nessa circunstância é chamado <strong>de</strong> Flustres Ensemble.

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