___As-1000-Perguntas-Alyss-Thomas
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<strong>As</strong> <strong>1000</strong> perguntas mais importantes que você deveria fazer a si mesmo 119<br />
Steve, que acabou de colocar as baterias no controle remoto, olha para ela.<br />
Não consegue entender direito o que ela disse, nem por que ela ficou tão hostil de<br />
repente, e pede-lhe que repita o que disse.<br />
“Você escutou” , ela diz, "eu já cansei de ouvir você me dizendo o que eu<br />
tenho que fazer. Eu ponho o lixo para fora toda sem ana, e você nunca me ajuda.<br />
Não é preciso você me dizer quando eu tenho que fazer isso! Você fica aí sentado<br />
a noite toda, assistindo a essa porcaria de futebol. Sou eu que faço as com pras e<br />
cozinho e arrum o tudo, e você nem me pergunta se eu quero a ju d a.”<br />
“ Ei” , diz Steve, pegue leve. Eu só lem brei você de levar o lixo para fora porque<br />
você me pediu para lem brar. Eu consertei o controle remoto - só foi preciso trocar<br />
as pilhas. Pensei que íamos assistir àquele film e que você q uer ver.”<br />
Ele ficou pálido; sem pre se sente m uito mal quando Joanne o acusa assim, e<br />
não consegue entender o que deu errado. Acha tudo isso m uito estressante; seus<br />
pais brigavam m uito e acabaram se separando.<br />
Se Jo an n e e Steve tiverem suficiente bom-senso, irão procurar<br />
ajuda a essa altura, porque o conflito em que estão é grande demais<br />
para qualquer um deles en ten d er direito. Steve está sentindo<br />
algo parecido com a sensação de catástrofe que sentiu quando sua<br />
m ãe exigiu que o pai dele saísse de casa. Jo anne está vivenciando<br />
novam ente a raiva adolescente que sentia contra o pai p o r tiranizar<br />
a mãe dela - com o ela vivenciava isso na época. A essa altura,<br />
as reações de ambos podem acabar com o relacionam ento se eles<br />
não forem capazes de olhar para trás e com preender que seus sentim<br />
entos de hostilidade não têm nada a ver com o presente. Estão<br />
ambos presos ao passado e nem o percebem - ambos pensam que<br />
a “culpa” é do outro.<br />
Não é m uito fácil esquecer o passado e enxergar as coisas de<br />
m aneira diferente. Todos nós temos histórias diversas de relacionam<br />
entos, experiências e interações que contribuíram para form ar e<br />
condicionar nossa personalidade. E ntretanto, o passado nos im pede<br />
de apreciar o presente e de aproveitar o que temos agora. Ficar<br />
preso ao passado é um hábito persistente, difícil de mudar. Existem<br />
muitos program as de autoajuda que sugerem desligar-se e seguir<br />
em frente. Mas com o se desligar? Não é tão fácil quanto parece,