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___Swami Vivekananda (PT) __ PALESTRAS INSPIRADAS ()

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Terça feira, 16 de julho de 1895<br />

(Shankara)<br />

Adrishtan, a causa invisível, nos leva ao sacrifício e a adoração, o que, por sua vez,<br />

produz resultados visíveis; por conseguinte, primeiro devemos ouvir, depois pensar ou<br />

raciocinar e depois meditar sobre Brahman. O resultado das obras e o resultado do<br />

conhecimento, são duas coisas diferentes.<br />

O “faz isto”, “não faz aquilo”, são a base de toda a moralidade, porém, em realidade,<br />

só pertencem ao corpo e à mente. Toda a felicidade e todo o sofrimento estão,<br />

intrinsecamente, ligados aos sentidos, e o corpo é necessário para experimentá-los.<br />

Quanto mais refinado é o corpo, tanto mais elevado o standart de virtude. Isto é<br />

verdade, até para Brahman, porque todos têm corpos.<br />

Enquanto houver um corpo haverá prazer e dor; só podemos nos livrar deles, livrandonos<br />

do corpo. O Atman é incorpóreo, diz Sankara. Ninguém pode fazer-nos livre; já o<br />

somos.<br />

Nada pode dar-nos liberdade, se já não a temos. O Atman é auto-luminoso.<br />

Causa e efeito não chegam até ele, e esta ausência de corpo, é liberdade.<br />

Mais além do que foi, do que é e do que será, está Brahman. Como efeito, a liberdade<br />

não teria valor, seria um composto e como tal, conteria as sementes da escravidão.<br />

É o único fator real, não algo que possa ser adquirido; é a natureza real da alma. Sem<br />

dúvida, o trabalho e a adoração são necessários para rasgar o véu e eliminar a<br />

escravidão e a ilusão. Não nos dão liberdade, apesar disso, sem esforço da nossa<br />

parte, não podemos abrir os olhos e ver o que somos.<br />

Shankara diz, mais adiante que a advaita-vedanta é a glória máxima dos Vedas;<br />

porém os Vedas elementais são também necessários, pois ensinam a trabalhar e a<br />

adorar, mediante o que, muitos podem chegar ao Senhor.<br />

Outros podem chegar sem mais ajuda que a advaita. O trabalho e a adoração,<br />

levam ao mesmo resultado que a advaita. Os livros não podem nos ensinar sobre<br />

Deus, porém podem destruir a ignorância; sua ação é negativa.<br />

Ater-se aos livros e, ao mesmo tempo trilhar o caminho a liberdade, é a grande<br />

conquista de Shankara.<br />

Dê a um homem, primeiro o concreto, depois, levanta-o até o grau mais elevado,<br />

lentamente. Tal é o esforço das distintas religiões e explica sua existência e o porquê<br />

cada uma está ajustada a uma etapa de desenvolvimento.<br />

Os mesmos livros formam parte da ignorância que pretendem dissipar. Seu dever é<br />

tirar a ignorância que se acumulou sobre o conhecimento.<br />

A verdade destruirá o falso.<br />

Nós somos livres e não podemos ser tornados livres. Não encontraremos Deus,<br />

enquanto tivermos um credo.<br />

“O que sabe que sabe, não sabe nada”.

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