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___Swami Vivekananda (PT) __ PALESTRAS INSPIRADAS ()

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Sábado, 6 de julho de 1895<br />

(Hoje, lemos os comentários de Shankaracharya sobre os sutras vedantas de Vyasa.)<br />

OM TAT SAT !<br />

Segundo Shankara, existem duas fases no universo: uma é o “eu” e a outra é o “tu”.<br />

Elas são tão contrárias como luz e sombra, assim podemos ver que nenhuma delas<br />

pode ser derivada da outra.<br />

Sobre o sujeito, foi superposto o objeto; o sujeito é a única realidade, o outro é uma<br />

mera aparência. Qualquer opinião contrária é insustentável.<br />

A matéria e o mundo externo, não são mais do que a alma, num certo estado. Na<br />

verdade só ela existe. Todo o nosso mundo procede da verdade e da mentira juntas.<br />

Samsara (vida) é o resultado das forças contraditórias que atuam sobre nós, como a<br />

linha diagonal de uma bola em seu paralelogramo de força.<br />

O mundo é Deus e é real, porém, esse não é o mundo que vemos; assim como vemos<br />

prata na madrepérola, onde ela não existe.<br />

Isso é o que se chama adhyasa, ou superposição. Quer dizer, uma existência relativa<br />

que depende de outra existência real, como quando recordamos uma cena que vimos.<br />

Naquele momento aquilo existe para nós, porém essa existência não é real.<br />

Ou, como dizem alguns, é imaginar calor na água, sem que ele pertença a ela,<br />

pois realmente é algo que foi posto aonde não pertence, é tomar uma coisa pelo que<br />

não é. Vemos a realidade, porém falseada pelo meio através do qual a vemos.<br />

Nunca poderão conhecer a vocês mesmos, a não ser objetivados.<br />

Quando confundimos uma coisa com outra, sempre tomamos o que esta diante de<br />

nós, como real, nunca ao invisível; desse modo, tomamos o objeto pelo sujeito.<br />

O Atman nunca chega a ser objeto.<br />

A mente é o sentido interno,<br />

os sentidos externos são seus instrumentos.<br />

Num sujeito existe uma ínfima proporção do poder objetivador, que o permite saber eu<br />

sou; mas o sujeito é o objeto do seu próprio eu, nunca da mente nem dos sentidos.<br />

Podemos, naturalmente, sobrepor uma idéia a outra, como quando dizemos - o céu é<br />

azul - embora o mesmo céu seja apenas uma idéia. A ciência e a nesciência são<br />

tudo quanto existe, porém o EU nunca é afetado por nesciência alguma.<br />

O conhecimento relativo é bom, porque conduz ao conhecimento absoluto;<br />

porém nem o conhecimento dos sentidos nem o da mente, nem mesmo o dos Vedas é<br />

verdadeiro, já que todos estão incluídos no conhecimento relativo.<br />

Livremo-nos, primeiramente, da ilusão de que eu sou o corpo só então, sentiremos<br />

necessidade do conhecimento real. O conhecimento do homem, é só o conhecimento<br />

da besta, num grau mais elevado.

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