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editorial<br />
Ano 20 - nº 206<br />
Dezembro 2015<br />
Esta revista é uma<br />
publicação independente da<br />
Correcta Editora Ltda<br />
e de público dirigido<br />
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Os artigos assinados são de responsabilidade<br />
exclusiva de seus autores, não<br />
representando, necessariamente, a<br />
opinião desta revista.<br />
Alternativas para<br />
a crise econômica<br />
PIB negativo, retração da produção industrial, queda no nível<br />
de emprego. Estes indicativos mostram que a economia caminha<br />
para trás. Como o mercado de seguros demora algum tempo<br />
para vivenciar os efeitos da crise econômica, mas não muito, logo<br />
veremos a arrecadação no mercado cair.<br />
Os executivos do setor já se preparam para esta situação. Se há<br />
algum tempo a maioria das companhias de seguros tiveram que<br />
ajustar sua subscrição para melhorar o resultado das carteiras, agora,<br />
têm a opção de voltar aos ganhos financeiros para aumentar<br />
participação de mercado, ou manter uma subscrição rígida para<br />
ganhos sustentáveis.<br />
A receita para enfrentar esta crise ainda é uma incógnita. Alguns<br />
economistas sustentam que ela tem mais a ver com o humor<br />
do mercado do que com questões financeiras. Bastou o presidente<br />
da Câmara, Eduardo Cunha, anunciar a abertura do processo de<br />
impeachment da presidente Dilma para que o dólar baixasse.<br />
Vivemos uma crise de credibilidade. Ainda não é possível saber<br />
se, ao final dela, as instituições brasileiras sairão fortalecidas. Se as<br />
punições para crimes de corrupção (como na Lava Jato) ou ambientais<br />
(lama de Mariana) forem exemplares, talvez as empresas<br />
comecem a compreender que aqui não é mais terra de ninguém.<br />
Caso nada de mais rígido aconteça, voltaremos à estaca zero e,<br />
logo, cada um volta a fazer o que quer, dependendo apenas da<br />
força da sua conta bancária.<br />
Vamos aguardar.<br />
Boa leitura!<br />
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Diretora de Redação<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />
Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br<br />
3
sumário<br />
32 previdência<br />
Consumidores pensam no longo<br />
prazo e mantêm seus aportes nos<br />
planos de previdência privada<br />
Insurance Meeting discute a chegada<br />
do consumidor digital e ferramentas<br />
para auxiliar na integração<br />
de tendências<br />
34 evento<br />
16<br />
capa<br />
40 prêmios<br />
Após 35 anos no Brasil, Grupo Omint<br />
ingressa nas áreas de seguros de vida e<br />
viagem<br />
20 educacional Seguradoras buscam aprimorar seus produtos<br />
voltados para instituições de ensino<br />
41 congresso<br />
22 intercâmbio Número de brasileiros que viajam ao exterior<br />
para estudar cresce e abre espaço para<br />
o mercado de assistência viagem<br />
26 ambiental<br />
Seguro de Responsabilidade Civil ajuda a<br />
minimizar os danos causados por desastres<br />
naturais, como os de Mariana<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> conquista dois prêmios<br />
em evento promovido pelo<br />
Sincor-GO que também premiou<br />
seguradoras<br />
CIST promove em São Paulo III Congresso<br />
Latino Americano de Seguro<br />
de Transportes e Cascos<br />
42 comemoração<br />
SulAmérica faz 120 anos e colhe<br />
resultados, como o crescimento<br />
da participação dos corretores na<br />
venda de seguro-saúde<br />
28 vida<br />
Empresas precisam cumprir exigências de<br />
sindicatos e garantir seguro de Vida para<br />
seus funcionários<br />
31 cibernético<br />
À medida que mais ocorrências são identificadas,<br />
o seguro cyber torna-se imprescindível<br />
para as companhias<br />
6<br />
12<br />
14<br />
38<br />
|<br />
|<br />
|<br />
|<br />
painel<br />
gente<br />
direto de Londres<br />
eventos<br />
4
painel<br />
trânsito<br />
Jovens se envolvem<br />
em mais acidentes<br />
graves<br />
Um estudo realizado pela Liberty<br />
Seguros dentro de sua base de clientes<br />
revela que os motoristas de 18 a 25<br />
anos são responsáveis pela maior parte<br />
dos acidentes com indenização total no<br />
período da madrugada. Foram avaliados<br />
155.726 sinistros em todo o Brasil<br />
entre agosto de 2014 e julho de 2015.<br />
Considerando o conjunto de sinistros<br />
abertos, 88,3% resultam em indenização<br />
parcial e 8% em indenização<br />
total. Comparada às outras faixas horárias,<br />
a madrugada concentra a maior<br />
proporção (53,5%) de acidentes graves,<br />
que resultam em indenização total. O<br />
período da noite está em segundo lugar<br />
no ranking (18%), seguido pelos períodos<br />
da manhã (15%) e tarde (13,5%).<br />
Os jovens de 18 a 25 anos se<br />
envolveram em 10.935 dos acidentes<br />
avaliados, sendo que a maioria deles<br />
(33,7%) acontece no período da tarde,<br />
seguidos pela noite (31%), manhã<br />
(25%) e madrugada (10,3%). Deste<br />
conjunto, 14% resultam em indenização<br />
total, sendo que a madrugada<br />
concentra 34,7% das ocorrências com<br />
este tipo de indenização.<br />
O levantamento também mostra<br />
que os motoristas de 26 a 35 anos se envolveram<br />
em 24.206 acidentes (15,5%<br />
do total). Destes, a maioria aconteceu<br />
na parte da tarde (35,9%). Assim como<br />
no caso dos jovens, nesta faixa etária,<br />
a maioria dos acidentes graves, que<br />
resultam em indenização total, acontecem<br />
no período da madrugada (27,6%).<br />
A Ameplan Assistência<br />
Médica Planejada vai entrar<br />
em 2016 de visual novo. O<br />
projeto vem sendo preparado<br />
há alguns meses e finalmente<br />
está pronto para ser apresentado<br />
ao mercado.<br />
Trata-se de um novo<br />
visual institucional para a<br />
comunicação da operadora,<br />
baseado no conceito clean<br />
design, um princípio moderno<br />
que exclui elementos<br />
ornamentais ou supérfluos, no qual<br />
o destaque fica predominante para a<br />
marca e as cores que a empresa utiliza.<br />
Outro detalhe deste conceito é o aproveitamento<br />
do branco para valorizar e<br />
destacar a marca.<br />
José Silva dos Santos, diretor Administrativo<br />
Financeiro da Ameplan,<br />
explica que a idéia de adotar este<br />
conceito clean design na comunicação<br />
da operadora veio da sua observação<br />
particular nas tendências sofisticadas e<br />
minimalistas da decoração e arte contemporânea,<br />
que busca oferecer visuais<br />
limpos com predominância do branco,<br />
sem poluição visual e sem elementos que<br />
distraiam ou desfoquem do tema.<br />
Após estudo elaborado pelo departamento<br />
de marketing, a idéia tomou<br />
forma e foi obtido um resultado simples<br />
e requintado, aproveitando-se os recurmudanças<br />
Nova identidade visual<br />
sinistro<br />
Alta em acionamento de seguro<br />
A exemplo do ano passado, em 2015<br />
as fortes chuvas no Rio Grande do Sul<br />
voltaram a impactar a sociedade e a<br />
economia gaúchas. Dados comparativos<br />
da SulAmérica mostram que o número<br />
de sinistros registrados para os seguros<br />
residencial, condomínio e empresarial<br />
no mês de outubro deste ano foi 88%<br />
maior do que o total verificado em 2014.<br />
Os acionamentos registrados no<br />
Estado representam 70% do total de<br />
sinistros na região Sul neste período<br />
dentro da carteira de massificados da<br />
sos e técnicas que a indústria gráfica<br />
oferece.<br />
“Com este novo padrão”, explica<br />
Silva, “queremos transmitir ao mercado<br />
não apenas um estilo visual, mas um<br />
conceito enraizado de empresa séria<br />
e transparente, atuante num ramo delicado<br />
e complexo como a saúde, passando<br />
nossa mensagem de forma mais<br />
essencial e focada, sem muitos rodeios,<br />
exatamente como estamos trabalhando<br />
administrativamente”, finaliza.<br />
Todas as peças de comunicação<br />
visual da Ameplan já estão sendo<br />
alteradas para o novo conceito clean<br />
design, desde os materiais para uso<br />
dos beneficiários, como os manuais da<br />
rede credenciada e cartão do associado;<br />
materiais de vendas, folders, anúncios e<br />
até os cartões de visita da equipe. Tudo<br />
clean para começar 2016 a todo vapor!<br />
seguradora. Atenta a este cenário, a<br />
companhia acionou seu plano de contingência<br />
com o objetivo de agilizar os<br />
processos de indenização aos segurados<br />
e reforçar os canais de atendimento.<br />
6
painel<br />
fórum<br />
Desafios da Saúde Suplementar<br />
O 1º Fórum da<br />
Saúde Suplementar,<br />
promovido pela FenaSaúde,<br />
estabeleceu<br />
uma agenda para a<br />
transformação positiva<br />
do setor no Brasil.<br />
As propostas visam<br />
a conquista de mais<br />
equilíbrio e garantia de<br />
sustentabilidade para<br />
a Saúde Suplementar,<br />
envolvendo todos os entes da cadeia,<br />
como as operadoras de planos de saúde,<br />
os prestadores de serviços, os órgãos<br />
reguladores, o Governo, a sociedade, e<br />
beneficiando, principalmente, os consumidores<br />
de planos de saúde.<br />
“O Fórum da Saúde Suplementar<br />
superou em muito as expectativas que<br />
tínhamos. Os sentimentos que tenho,<br />
depois de produzirmos tantas ideias,<br />
são de pressa e de como proceder para<br />
colocar em prática todas as iniciativas<br />
indicadas”, afirmou Marcio Coriolano,<br />
presidente da FenaSaúde.<br />
Mas, destacou ele, nenhuma dessas<br />
propostas será implementada sem a participação<br />
de todos os agentes do setor,<br />
principalmente os consumidores. “Não<br />
pode ser uma ideia privada da FenaSaúde.<br />
Deve ser compartilhada com outros<br />
fóruns, entidades e representações, para<br />
acelerar o aprofundamento da discussão.<br />
Temos uma tarefa importante,<br />
que é convencer a<br />
sociedade de que a Saúde<br />
Suplementar precisa de<br />
ajustes profundos para que<br />
o segmento se mantenha<br />
sustentável e com perspectivas<br />
de crescimento”,<br />
observou.<br />
As propostas defendidas<br />
pela FenaSaúde e<br />
apresentadas no encerramento<br />
do Fórum da Saúde Suplementar<br />
estão distribuídas em três linhas de ação:<br />
informação como agente de mudança;<br />
organização da assistência e remuneração;<br />
preservando o acesso e diversidade<br />
de produtos. No total, foram elencadas<br />
11 ações concretas que podem começar<br />
a ser implementadas de imediato. A FenaSaúde<br />
criará grupos de trabalho para<br />
que as ações propostas para cada uma das<br />
linhas sejam postas em prática.<br />
inauguração<br />
Renovação é tema de Árvore de Natal<br />
A Bradesco Seguros inaugurou a<br />
20ª edição de sua Árvore de Natal, na<br />
Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ). O tema<br />
de 2015 foi “O Natal da Renovação” e a<br />
árvore foi apresentada ao público com a<br />
tradicional queima de fogos, sincronizada<br />
com efeitos especiais de luz.<br />
Após sofrer avarias por conta de<br />
fortes rajadas de vento, a estrutura foi<br />
redimensionada, ficando com 53 metros<br />
de altura. Já a cenografia foi adaptada e<br />
apresentou três fases.<br />
“Empenhamos todos os esforços<br />
para realizar a 20ª edição, que além de<br />
trazer o tema renovação, passou agora<br />
a ser um exemplo de superação”, diz<br />
Alexandre Nogueira, diretor do Grupo<br />
Bradesco Seguros. “Este ano, além de<br />
transmitir uma mensagem de esperança<br />
e harmonia, a árvore apresenta, em sua<br />
cenografia, uma importante referência<br />
aos Jogos Rio 2016, dos quais temos<br />
orgulho de ser a seguradora oficial e patrocinadora,<br />
ao lado do Banco Bradesco”,<br />
completa o executivo.<br />
Superação foi a palavra-chave de<br />
toda a equipe envolvida na remontagem<br />
da Árvore. “Este ano, o desafio que<br />
tivemos em nossas mãos foi o combustível<br />
para superar limites. Dedicamo-<br />
-nos integralmente para garantir que a<br />
Árvore estivesse pronta para o Natal”,<br />
afirma Nelson Drucker, diretor-geral de<br />
produção da Árvore de Natal da Bradesco<br />
Seguros e presidente da Backstage,<br />
empresa responsável pela montagem,<br />
planejamento e gerenciamento da Árvore<br />
desde a primeira edição.<br />
certificação<br />
Educação financeira<br />
com selo Enef<br />
Allianz, Brasilprev e Mongeral<br />
Aegon tiveram suas iniciativas de educação<br />
financeira selecionadas pelo selo<br />
Enef, programa que reconhece projetos<br />
na área. Para a diretora executiva da<br />
CNseg, Solange Beatriz Palheiro<br />
Mendes, “a educação financeira é um<br />
instrumento fundamental para que<br />
consumidores e investidores possam desenvolver<br />
habilidades e segurança para<br />
ter consciência dos riscos assumidos.”<br />
8
painel<br />
aquisição<br />
Transação entre<br />
corretoras<br />
A Willis Brasil anunciou a conclusão<br />
da aquisição da Miller do Brasil<br />
Corretora de Resseguros Ltda (Miller<br />
do Brasil).<br />
“A conclusão desta transação<br />
combina o talento e as capacidades<br />
de ambas, Willis e Miller do Brasil.<br />
A união de nossas empresas elevará<br />
nossa presença no segmento de resseguros”,<br />
diz Luis Maurette, CEO<br />
Regional da Willis na América Latina.<br />
prêmio<br />
Mobilidade Urbana no mercado de seguros<br />
A seguradora Liberty, em<br />
parceria com a Lynx Consultoria,<br />
realizou a entrega de<br />
troféus da 2ª edição do Projeto<br />
Sinal Livre, que premia as<br />
iniciativas que ajudam a aprimorar<br />
a mobilidade no País.<br />
Nessa edição, o aplicativo<br />
Zumpy – Caronas de Verdade<br />
foi o grande vencedor entre os<br />
59 projetos inscritos. O aplicativo<br />
tem o objetivo de diminuir<br />
o número de carros nas ruas<br />
facilitando o encontro de pessoas que<br />
realizam os mesmos trajetos e podem<br />
dividir o modal de locomoção.<br />
Para José Mello, superintendente de<br />
Inteligência de Marketing e Inovação, “o<br />
engajamento dos projetos na retomada<br />
dos espaços públicos e na apropriação<br />
das cidades, foi uma das características<br />
que mais nos chamou a atenção. Tanto o<br />
Zumpy, quanto os outros, quebram um<br />
paradigma, pois mostram que as pessoas<br />
estão dispostas a inovar e transformar as<br />
cidades de todo o Brasil”. O executivo<br />
afirmou que o Projeto une duas pontas<br />
muito importantes, pois a responsabilidade<br />
social está muito conectada com o<br />
futuro do negócio de seguros.<br />
auto<br />
Aposta no<br />
segmento de luxo<br />
O Porto Seguro Auto investe no<br />
segmento de luxo com o lançamento<br />
do Auto Premium. A novidade chega<br />
ao mercado oferecendo diferenciais<br />
para veículos a partir de R$ 200 mil,<br />
entre eles, o conceito de Concierge<br />
para o atendimento e acompanhamento<br />
do sinistro, a cobertura para<br />
objetos, como bolsas, carteiras, eletrônicos,<br />
entre outros, no interior dos<br />
veículos no caso de roubo e furto do<br />
mesmo e desconto na franquia na concessionária<br />
escolhida pelo segurado.<br />
comemoração<br />
Corretora completa 20 anos<br />
A assessoria Montenegro Seguros,<br />
fundada em 1995, acaba de completar<br />
20 anos. Ela iniciou suas operações<br />
representando a Generali e, posteriormente,<br />
firmou parcerias com outras<br />
seguradoras importantes do mercado,<br />
como SulAmérica, Chubb, Mitsui,<br />
Excelsior e Suhai, hoje suas principais<br />
parceiras.<br />
Ricardo Montenegro, seu fundador,<br />
atuou em diversas companhias desde<br />
1973, até chegar à sua própria empresa.<br />
É com este foco técnico que a Montenegro<br />
Seguros procura atender aos<br />
cerca de 500 corretores que fazem parte<br />
da grade da Assessoria.<br />
“Procuramos sempre estar sintonizados<br />
com os produtos das companhias<br />
parceiras para ajudarmos ao máximo<br />
nossos corretores”, ressalta Montenegro.<br />
A função da Assessoria é ajudar o<br />
corretor de seguros em suas tarefas diárias,<br />
para que ele tenha mais tempo para<br />
se dedicar aos clientes.<br />
10
segurança viária<br />
O papel do seguro no trânsito<br />
Autoridades do governo e executivos<br />
de empresas mundiais participaram da 2ª<br />
Conferência Global de Alto Nível sobre<br />
Segurança no Trânsito, realizada em<br />
Brasília (DF) de 18 a 19 de novembro.<br />
O evento teve como principal objetivo<br />
acelerar as discussões em torno da Década<br />
de Ação para Segurança no Trânsito<br />
2011-2020, promovida pela Organização<br />
das Nações Unidas (ONU).<br />
Em parceria com o IFC e o Banco<br />
Mundial, a Axa apresentou as ações que<br />
realiza em outros países na tentativa<br />
de reduzir as estatísticas dos acidentes<br />
de trânsito. No México, por exemplo, a<br />
companhia atua junto com a Organização<br />
Panamericana de Saúde, adotando<br />
e aplicando leis para punir infratores e<br />
oferecendo pacotes de seguros de terceiros<br />
para garantir a proteção financeira<br />
das vítimas de acidentes. “Temos um<br />
longo desempenho sobre a segurança de<br />
trânsito em outros países e não encontramos<br />
nenhuma resistência por parte das<br />
autoridades, da comunidade e do próprio<br />
mercado segurador para realizá-lo”,<br />
disse o membro do Comitê de Gestão<br />
e chefe global de P&C do Grupo Axa,<br />
Jean-Laurent Granier, em entrevista à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>.<br />
No Brasil, Granier acredita que a<br />
melhoria da infraestrutura e a criação<br />
de uma lei obrigatória de seguro de<br />
Responsabilidade Civil para automóveis<br />
(como proteção não só aos veículos, mas<br />
às vítimas) aparecem como os pontos a<br />
serem firmados com urgência.<br />
Quem também participou da Conferência<br />
foi o vice-presidente de Seguro<br />
Auto da SulAmérica, Eduardo Dal Ri,<br />
destacando que o Brasil tem caminhado<br />
junto a iniciativa pública para trazer maior<br />
segurança viária ao País por meio de pequenos<br />
exemplos, como o sistema eBRAT<br />
– em que qualquer cidadão cadastra seu<br />
acidente (caso não haja vítimas) e dispensa<br />
a autoridade policial para, de fato, lidar<br />
com a segurança viária – e os descontos<br />
concedido pelas seguradoras aos clientes<br />
sem pontos na carteira de habilitação.
GENTE<br />
Mudanças na CNseg<br />
Marcio Coriolano, presidente da<br />
Bradesco Saúde e da FenaSaúde, deve<br />
assumir a presidência da CNseg no dia<br />
9 de fevereiro de 2016. De acordo com<br />
o edital divulgado pela Confederação,<br />
foi registrada a inscrição de uma única<br />
chapa para concorrer às eleições do<br />
Conselho Diretor e Conselho Fiscal da<br />
CNseg. O executivo deve permanecer<br />
em seu cargo até abril de 2019.<br />
Novo diretor de<br />
operações<br />
Dirigentes tomam posse<br />
Os novos diretores da Associação<br />
dos Corretores de Seguros de Sergipe<br />
(Ascorseg-SE) para o biênio 2016-2017<br />
tomaram posse em uma cerimônia que<br />
reuniu associados, corretores de seguros,<br />
lideranças do mercado segurador, além<br />
de colaboradores, prestadores de serviço<br />
e executivos de companhias seguradoras.<br />
Antonino Alcântara, eleito presidente<br />
por aclamação dos associados, assumiu o<br />
comando da instituição ao lado de Max<br />
Dósea e Igor Nunes, diretor secretário<br />
e diretor tesoureiro, respectivamente.<br />
“O mercado de seguros é carente de<br />
união, de parcerias sinceras, que falem a<br />
mesma língua, que as ideias de cada um<br />
sejam ditas, ouvidas, discutidas, aprovadas<br />
e comungadas por todos. O nosso projeto<br />
para a Ascorseg/SE é que o trabalho desenvolvido<br />
aqui tenha reflexo em todo o<br />
mercado segurador, onde todos temos a<br />
ganhar: seguradoras, corretores, colaboradores<br />
e sociedade”, disse Alcântara sobre a<br />
responsabilidade de comandar a entidade.<br />
Reginaldo Ferreira é o novo<br />
diretor de Operações da OpenTech. O<br />
executivo deve aprimorar a estratégia<br />
e reforçar a atuação da empresa nas<br />
atividades de campo e inteligência no<br />
combate ao roubo de carga.<br />
Profissionalização, metas e administração<br />
Roberto Ramos assume a diretoria<br />
executiva da consultoria Nunes & Grossi.<br />
Com experiência no mercado de saúde<br />
suplementar, o executivo tem agora,<br />
como principais objetivos, consolidar o<br />
processo de profissionalização, visando<br />
atingir a meta de 200 mil vidas na carteira<br />
de clientes nos próximos dois anos<br />
(que atualmente é de 100 mil), além de<br />
administrar os novos escritórios e ampliar<br />
as parcerias.<br />
Com mais de 25 anos de experiência<br />
no mercado de benefícios, Ramos atuou<br />
em grandes instituições, ocupando posições<br />
chaves em empresas como Avimed<br />
Saúde, Qualicorp e Admix.<br />
12
Reforço em<br />
multinacional<br />
A TransUnion anuncia Rafael<br />
Rolla como seu novo diretor de Operações<br />
e Tecnologia no Brasil, que<br />
chega para reforçar a equipe da multinacional<br />
americana. “Estou feliz em<br />
poder contribuir e fazer parte desse<br />
movimento e da liderança no País.”<br />
Atuação nas<br />
Américas<br />
Profissional de TI<br />
O diretor de Tecnologia da SulAmérica,<br />
Cristiano Barbieri, foi homenageado<br />
com o prêmio Profissional de Tecnologia<br />
da Informação 2015, oferecido pelo<br />
anuário Informática Hoje, na categoria<br />
Finanças.<br />
“É extremamente gratificante estar<br />
entre os profissionais de destaque em Tecnologia<br />
da Informação”, disse Barbieri.<br />
Seguindo o plano estratégico de<br />
reforçar a atuação nas Américas, principalmente<br />
no Brasil, a Generali Seguros<br />
alterou sua estrutura comercial.<br />
Com três anos na empresa atuando<br />
como diretora executiva Comercial,<br />
Cláudia Papa assume como head de<br />
Mass Consumer do escritório regional<br />
das Américas.
direto de londres<br />
por Luciano Máximo*<br />
Custos de sinistros de<br />
automóveis tem grande<br />
variação na Europa<br />
O segmento de seguro automotivo<br />
é o mais popular entre consumidores<br />
europeus e o que mais rende faturamento<br />
às seguradoras do Velho Continente. Em<br />
novembro, a Insurance Europe, a federação<br />
europeia de seguros e resseguros,<br />
divulgou um dos estudos mais abrangentes<br />
já feitos na Europa sobre seguro de<br />
veículos, levando em conta 2013 como<br />
ano-base para o levantamento de dados.<br />
O segmento responde por quase 30% de<br />
todo o faturamento da indústria seguradora<br />
europeia, sem levar em conta seguros<br />
do ramo vida. O faturamento anual em<br />
prêmios atinge mais de 120 bilhões de<br />
euros, numa atividade com 1.026 empresas<br />
brigando para dar cobertura a cerca<br />
de 350 milhões de motos, carros e caminhões.<br />
Um mercado realmente fascinante,<br />
tendo Reino Unido, Alemanha, França,<br />
Espanha e Itália abocanhando quase 70%<br />
de todas as apólices de veículos.<br />
Entre as centenas de informações<br />
do relatório, umas das que mais chamam<br />
atenção é que os custos com sinistros de<br />
seguro de veículos variam amplamente<br />
em toda a Europa. O documento elaborado<br />
pela Insurance Europe constatou,<br />
por exemplo, que a despesa média das<br />
seguradoras com sinistros de responsabilidade<br />
de terceiros em caso de batidas<br />
e acidentes variou de 1,2 mil euros em<br />
Portugal, o mais barato, a mais de 5 mil<br />
euros na Itália e Suécia, onde esses custos<br />
foram os mais elevados. Coberturas<br />
referentes a lesões corporais representam<br />
a maior parcela do custo total de sinistros<br />
do segmento automotivo na Europa. Assim<br />
como nas despesas com sinistros de<br />
responsabilidade de terceiros, os gastos<br />
14<br />
das seguradoras com esse tipo de sinistro<br />
também variam muito de país para país.<br />
Por exemplo, os custos médios das reivindicações<br />
por lesão corporal estão na casa<br />
dos 4,5 mil euros na Estônia, Turquia e<br />
República Checa, enquanto atingem, em<br />
média, mais de 20 mil euros na França<br />
e na Grécia, refletindo diferenças marcantes<br />
no custeio, público e privado,<br />
de tratamento médico e em práticas de<br />
remuneração da cadeia seguradora e de<br />
saúde (salários de corretores de seguros,<br />
especialistas das seguradoras, médicos,<br />
paramédicos, enfermeiros etc.). São essas<br />
diferenças de custos de sinistros, juntamente<br />
com uma série de outros fatores<br />
que afetam a frequência e a gravidade dos<br />
acidentes automobilísticos, que exigem<br />
que as seguradoras pratiquem preços de<br />
prêmios tão diferentes de um país para<br />
outro, como a variação das despesas<br />
com sinistros vistas acima. Torbjörn<br />
Torbjörn Magnusson, da Insurance<br />
❙❙Europ<br />
Magnusson, vice-presidente da Insurance<br />
Europe, comenta que seria desejável para<br />
o setor ter custos de coberturas e preços<br />
oferecidos aos clientes mais estáveis na<br />
Europa, mas ainda há muitos desafios a<br />
serem superados para a união monetária<br />
e de mercado na zona do euro alcançar<br />
um nível mais igualitário. “As diferenças<br />
de prêmios de seguro de automóvel entre<br />
os Estados membros da União Europeia<br />
são, muitas vezes, percebidas como sendo<br />
incompatível com o ideal de um mercado<br />
único, como o que vivemos hoje na Europa,<br />
com mais de 20 nações envolvidas.<br />
No entanto, essa diversidade em prêmios<br />
reflete os fatores que afetam custos com<br />
sinistros. A relação preço do prêmio custo<br />
do sinistro acaba ficando mais vinculada<br />
ao ambiente regulatório e de negócios, a<br />
questões sócio-cultural e econômica de<br />
cada Estado membro. As seguradoras<br />
devem responder por esses fatores com<br />
muito profissionalismo e eficiência no<br />
cálculo dos prêmios, a fim de reforçar<br />
sua capacidade financeira para adequá-<br />
-la à necessidade de cobertura dos riscos<br />
contratados”, explica Magnusson.<br />
Mesmo tendo em vista as diferenças<br />
regionais, que podem variar mais de<br />
500%, a Insurance Europe acredita que<br />
o nível de harmonização atualmente<br />
assegurada pela autoridades reguladoras<br />
da União Europeia em relação ao seguro<br />
de veículos é apropriado. As leis estabelecidas<br />
fornece aos Estados membros a<br />
autonomia necessária para definir regras<br />
de responsabilidade civil e calcular indenizações<br />
conforme a realidade e necessidade<br />
de cada país ou região europeia.<br />
Elas também dão às seguradoras que
atuam no segmento automotivo a flexibilidade<br />
necessária para desenhar produtos<br />
apropriados para os consumidores locais<br />
a um preço considerado adequado à realidade<br />
local.<br />
Mark Wendan, professor de finanças<br />
e especialista em seguros baseado em<br />
Londres, é crítico dessa disparidade de<br />
custos e preços e defende regras mais<br />
apertadas às seguradoras. “Obviamente<br />
que o mercado varia de país para país,<br />
que a demanda por seguros na Eslovênia<br />
é muito diferente da que conhecemos no<br />
Reino Unido, onde a cultura do seguro<br />
é muito arraigada. O que é importante<br />
salientar é que, embora o segmento de<br />
seguro automotivo seja muito competitivo,<br />
com mais de mil empresas, ainda<br />
são as grandes seguradoras que dão as<br />
cartas. Elas dominam o mercado em<br />
vários países da Europa. Então é comum<br />
ver duas práticas, que não vale para<br />
pequenas seguradoras: empresas não só<br />
se adequando às realidades locais, mas<br />
atuando com força para ampliar suas<br />
margens, tentando manter os preços dos<br />
prêmios padronizados com base no país<br />
onde o prêmio é mais caro. Além disso,<br />
como a Europa é um continente relativamente<br />
pequeno e com boa conexão e<br />
boa infraestrutura, é muito comum uma<br />
grande seguradora centralizar sua estrutura<br />
de cobertura de sinistros em países<br />
com custos mais baratos para baratear o<br />
custeio do sinistro, mas na maior parte<br />
das vezes a vantagem dessa operação<br />
significa só ganho para as seguradoras<br />
e nada de redução de preços de prêmios<br />
para os consumidores. Portanto, a disparidade<br />
de preços e custos também sofre<br />
influência da ação das grandes seguradoras<br />
em toda a cadeia, independentemente<br />
Número de seguradoras europeias atuando<br />
no ramo automotivo<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
1.075<br />
1.075<br />
1.052<br />
1.040<br />
1.003<br />
1.015<br />
1.026<br />
1.227<br />
1.204<br />
Número de veículos licenciados na Europa -<br />
Em milhões<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
280<br />
291<br />
305<br />
312<br />
307<br />
318<br />
324<br />
329<br />
334<br />
Fonte: Insurance Europe<br />
de regulação oficial”, analisa Wendan.<br />
Segundo Magnusson, a autonomia<br />
dos Estados nesse caso é essencial. “Um<br />
produto de seguro automotivo projetado<br />
para acomodar todas as leis de responsabilidade<br />
e fatores de custo regionais especificamente<br />
colocadas pelos reguladores<br />
da União Europeia não iria atender às necessidades<br />
dos consumidores a um preço<br />
competitivo em cada país ou localidade,<br />
por isso é importante que exista uma autoridade<br />
reguladora em nível local, ou no<br />
máximo regional, para modular melhor a<br />
realidade de mercado. De outra forma, seria<br />
impossível para uma seguradora atuar<br />
em mais de um país levando em conta<br />
apenas o preço, sem falar que regras impostas<br />
muito de cima para baixo podem<br />
interferir com o fluxo normal das leis de<br />
oferta e demanda do mercado”, opina o<br />
executivo da Insurance Europe. O relatório<br />
conclui que o acesso aos dados no veículo<br />
previamente ao fechamento de uma<br />
apólice é a melhor maneira de atender às<br />
necessidades dos consumidores, já que<br />
as informações podem ser usadas para<br />
projetar produtos de seguro automotivo<br />
competitivos não importa o país em que<br />
a apólice seja comercializada. O aumento<br />
da quantidade de dados produzidos com<br />
a implantação de novas tecnologias nos<br />
carros de hoje em dia e na documentação<br />
de propriedade pode facilitar o desenvolvimento<br />
de seguros de veículos mais<br />
sofisticados e inovadores. “Do ponto de<br />
vista da Insurance Europe, é vital que<br />
os consumidores controlem a quem seus<br />
dados e os do veículos sejam transferido<br />
e para qual finalidade, permitindo que os<br />
próprios clientes tenham acesso a uma<br />
ampla variedade de prestadoras de serviços.<br />
As seguradoras europeias devem<br />
assegurar que os consumidores tenham<br />
esse controle no momento da assinatura<br />
da apólice ou na renovação do contrato.<br />
Por isso é importante que a transmissão<br />
de dados seja feita por meio de tecnologia<br />
aberta, padronizada, segura e facilmente<br />
usada entre seguradoras e órgãos oficiais.<br />
Isso é essencial para a formação de preços<br />
por parte das seguradoras e também para<br />
evitar fraudes”, completa Magnusson.<br />
* Luciano Máximo, jornalista, é repórter licenciado do jornal Valor Econômico, cobriu o setor de<br />
seguros e resseguros na Gazeta Mercantil<br />
15
capa | seguradora<br />
Novo padrão para seguro<br />
de vida empresarial<br />
Grupo Omint traz para<br />
o mercado de seguros o<br />
mesmo padrão de qualidade<br />
de suas operações na área<br />
da saúde<br />
16
Ao completar 35 anos de atuação<br />
no mercado brasileiro<br />
de planos de saúde, a Omint<br />
decidiu enveredar pela trilha<br />
dos seguros. Em 2015, o Grupo Omint<br />
lançou a Omint Seguros para ajustar<br />
suas operações de viagem às normas<br />
da resolução 315 da SUSEP, e também<br />
começou a comercializar seguro de vida<br />
empresarial.<br />
A Omint entra no setor de seguros<br />
depois de se consolidar como uma das<br />
mais bem sucedidas empresas de planos<br />
de saúde do país. A experiência em um<br />
setor altamente regulado como o mercado<br />
de saúde suplementar foi decisiva<br />
para a Omint avançar no mercado de<br />
seguros. A companhia conta hoje com<br />
mais de 123 mil associados em carteira<br />
e deve fechar 2015 com faturamento<br />
de R$1.175 milhões, que representa um<br />
crescimento 20,4% frente a 2014.<br />
Com investimento de R$ 30 milhões,<br />
a Omint Seguros já tem seu plano<br />
de negócios aprovado pela autarquia<br />
reguladora. Cícero Barreto, diretor<br />
comercial do Grupo, afirma que para a<br />
seguradora como um todo, é estimado<br />
um faturamento de R$ 60 milhões para<br />
os próximos três anos.<br />
Apesar do momento de crise econômica<br />
que o País enfrenta, Barreto afirma<br />
que é possível encontrar oportunidades.<br />
“Já cuidamos de uma operação delicada,<br />
que é a gestão da saúde das pessoas.<br />
Agora, vamos aplicar todo nosso conhecimento<br />
para tocar a operação de seguro de<br />
vida empresarial e seguro viagem com os<br />
mesmos padrões de qualidade”, explica.<br />
Nestes primeiros movimentos da<br />
nova seguradora, o foco está na formatação<br />
de produtos de vida empresarial<br />
sob medida, com coberturas diferenciadas<br />
entre os níveis hierárquicos e com<br />
valores de cobertura acima da média de<br />
mercado. Segundo Barreto, a companhia<br />
vai utilizar sua expertise no mercado<br />
de saúde para a subscrição dos seguros<br />
de vida empresarial e, futuramente, no<br />
seguro de vida individual. “Carregamos<br />
nosso know-how para dentro da seguradora,<br />
com produtos bastante competitivos”,<br />
reforça Barreto. A operação com o<br />
seguro de vida individual deve acontecer<br />
em 2016.<br />
“ O principal<br />
diferencial dos<br />
seguros de vida<br />
empresarial,<br />
individual e viagem<br />
da Omint Seguros<br />
será a facilidade<br />
para quem está na<br />
ponta do processo ”<br />
CÍCERO BARRETO<br />
O gerente comercial da Omint Seguros,<br />
Fabiano Vidal, diz que é possível ser<br />
inovador neste ramo de seguro de vida<br />
corporativo. “Vamos oferecer à PMEs<br />
uma grande possibilidade de customização.<br />
Nosso portfólio conta com produtos<br />
que vão desde as opções clássicas de mercado<br />
até as mais sofisticadas e com altos<br />
valores de capital segurado. Isso faz da<br />
Omint Seguros uma excelente opção para<br />
atender diferentes perfis de empresas.”<br />
A inovação fica por conta da operação<br />
da companhia. O seguro de vida<br />
é visto como uma commodity. A Omint<br />
está direcionando um novo foco para o<br />
setor, oferecendo o padrão de qualidade<br />
da marca aos corretores e aos clientes do<br />
segmento PME.<br />
Para quem ainda não teve experiência<br />
com a Omint, o seguro viagem é uma<br />
oportunidade de mostrar como é ter um<br />
17
capa | seguradora<br />
18<br />
“ Uma forma de<br />
democratizar o<br />
acesso à marca<br />
Omint ”<br />
FABIANO VIDAL<br />
produto da marca, ainda que temporário.<br />
Quando o cliente tem oportunidade de<br />
utilizar, pode experimentar a qualidade<br />
dos serviços prestados pela Omint, tanto<br />
no Brasil quanto no exterior.<br />
A operação de seguros, tanto de vida<br />
quanto viagem, atualmente precisa ser<br />
real time. Através de pesquisas junto à<br />
cadeia de valor, a seguradora identificou<br />
a necessidade de rapidez e eficiência em<br />
todos os processos do negócio. “Investimos<br />
para que isso seja o alicerce para o<br />
lançamento da Omint Seguros”, ressalta<br />
Barreto. Este é mais um diferencial para o<br />
corretor, sob a chancela da marca Omint.<br />
Pensando nisso, a Omint Seguros<br />
desenvolveu diversos serviços para os<br />
seus corretores de seguros parceiros. Várias<br />
funcionalidades estarão disponíveis<br />
no site da companhia, como endossos,<br />
movimentações, 2ª via de certificado,<br />
entre outras. Enfim, tudo para facilitar a<br />
vida de quem vende. O cliente também<br />
terá acesso a serviços no site para que a<br />
velocidade da informação facilite o seu<br />
cotidiano.<br />
Entre as possibilidades de angariar<br />
novos clientes, Barreto destaca o potencial<br />
de vendas de seguros no Brasil,<br />
apresentando a penetração do setor na<br />
economia, que não ultrapassa a casa de<br />
3,5% do PIB. “A capacidade ainda é muito<br />
grande. É um setor importante para a<br />
economia do Brasil e o brasileiro está<br />
cada vez mais aculturado no sentido de<br />
prover proteção para a sua família, tanto<br />
por meio do seguro individual quanto do<br />
empresarial”, revela Barreto.<br />
Fabiano destaca que, como a companhia<br />
não quer tratar o seguro de vida<br />
como commodity, seja no empresarial<br />
ou no individual, a empresa vai contar<br />
com profissionais altamente capacitados<br />
para atender clientes e corretores. “Há<br />
no País cerca de 6 milhões de empresas<br />
pequenas e médias, que representam<br />
cerca de 27% do PIB e que podem ser<br />
exploradas pelo setor”, esclarece Vidal.<br />
Assim como no mercado de saúde, a<br />
Omint Seguros dará atenção especial às<br />
pequenas e médias empresas, de 4 a 200<br />
vidas, nicho menos explorado e que gera<br />
rentabilidade. “Também trabalharemos<br />
com oportunidades acima de 200 vidas<br />
mantendo o mesmo padrão de qualidade<br />
e entrega”, acrescenta.<br />
Um índice que indica o longo caminho<br />
que a nova seguradora tem a trilhar<br />
com seus parceiros é a quantidade de<br />
clientes da operadora dispostos a ouvir a<br />
oferta de novos produtos: 95%, de acordo<br />
com pesquisas internas realizadas pela<br />
Omint. “Isso mostra a aceitação da marca,<br />
seja em vida em grupo, viagem ou individual.<br />
Temos muito campo para crescer<br />
de maneira orgânica”, conclui Barreto.<br />
Seguro-viagem<br />
A Omint foi uma das primeiras empresas<br />
a ter aprovado o seguro viagem,<br />
atendendo às normas da circular 315<br />
da Susep, que estabeleceu que todos os<br />
produtos de assistência viagem deveriam<br />
ser convertidos em seguros viagem, com<br />
o componente de cobertura para riscos<br />
com importância segurada determinada.<br />
Este produto pode ser adquirido de<br />
forma individual ou coletiva, através de<br />
representantes, corretores e B2C. “O<br />
seguro viagem é visto como uma oportunidade<br />
de complementar a receita dos<br />
nossos parceiros”, afirma Fabio Pessoa,<br />
gerente comercial.
A Omint é a única seguradora<br />
especializada em viagem do mercado<br />
brasileiro associada ao sistema IAG<br />
(International Assistance Group), um<br />
conglomerado de empresas especializadas<br />
em Assistência em Viagem que conta<br />
com mais de 6 mil profissionais, 2 mil<br />
hospitais, 46 centros de atendimento ao<br />
usuário espalhados pelos 5 continentes e<br />
atendimento telefônico em até 5 idiomas.<br />
São ainda mais de 79 milhões de usuários<br />
em mais de 180 países. “Temos uma<br />
rede de atendimento estruturada, capaz<br />
de atender nossos segurados do jeito<br />
Omint, como se estivesse em seu local<br />
de origem”, afirma Pessoa.<br />
Canais de distribuição<br />
A seguradora concentrará esforços<br />
de comercialização na base de clientes<br />
já atendidos pelo Grupo no segmento de<br />
planos de saúde e também fora da base do<br />
grupo, com foco nos mercados de São Paulo,<br />
interior de São Paulo e Rio de Janeiro.<br />
Para reforçar a distribuição, a Omint<br />
ampliará a parceria com corretores especializados.<br />
Atualmente a companhia<br />
opera com 1100 corretores cadastrados,<br />
que comercializam os planos de<br />
saúde empresa. “Vamos utilizar nossa<br />
estrutura para realizar eventos com os<br />
parceiros”, adianta Cícero Barreto. Há<br />
um público das classes A e B que sempre<br />
se destacou na carteira dos corretores.<br />
Estes clientes devem ser abordados em<br />
primeira mão.<br />
A divulgação dos novos produtos<br />
será feita de várias formas, com os<br />
veículos de comunicação que falam<br />
diretamente com os brokers. A seguradora<br />
também realizará roadshows nas<br />
corretoras de seguros parceiras, para<br />
apresentar a estrutura do Grupo, todo o<br />
seu portfólio e seus produtos.<br />
19
produto | escolas<br />
Educação protegida<br />
Manter as despesas<br />
com educação privada<br />
é um desafio para os<br />
brasileiros. Por isso,<br />
seguradoras buscam<br />
aprimorar seus<br />
produtos voltados para<br />
instituições de ensino<br />
20<br />
Amanda Cruz<br />
Dezembro é época de férias escolares,<br />
mas antes disso é tempo<br />
de pensar nas rematrículas<br />
e no impacto que as despesas<br />
com estudos terão no próximo ano.<br />
O mercado de seguros escolares<br />
e educacionais ganham espaço com o<br />
passar do tempo, principalmente por<br />
conta das apólices voltadas para garantir<br />
o pagamento das mensalidades.<br />
A Fenep – Federação Nacional<br />
das Escolas Particulares realizou uma<br />
pesquisa que demonstra que as escolas<br />
particulares poderão perder de 10% a<br />
12% das matrículas em 2016, devido à<br />
crise econômica que gerou dificuldades<br />
para pais e responsáveis arcarem com os<br />
custos das mensalidades. A inadimplência<br />
dos alunos destas instituições nos três<br />
níveis, fundamental, médio e superior,<br />
aumentou 22,6% no primeiro semestre<br />
de 2015 em comparação com o período<br />
anterior, de acordo com levantamento da<br />
Serasa Experian.<br />
Esses dados reforçam a necessidade<br />
de proteção aos clientes e o Seguro Educacional<br />
é a alternativa do mercado para<br />
melhorar esses índices. O produto existe<br />
para conceber o benefício do pagamento<br />
das mensalidades em caso de morte, invalidez<br />
permanente total por acidente ou<br />
desemprego involuntário do responsável<br />
pelo pagamento. Entre os planos, estão<br />
os que podem cobrir o ano letivo, o ciclo<br />
atual do curso ou até mesmo o ciclo completo,<br />
até a universidade. “Normalmente,<br />
as instituições de ensino firmam negociações<br />
junto às corretoras e seguradoras,<br />
através de planos coletivos, e apresentam<br />
aos pais e alunos no momento da matrícula.<br />
Com isso, os pais garantem o estudo<br />
e o futuro profissional dos filhos, ficando<br />
tranquilos, assim como a instituição se<br />
respalda também de eventuais inadimplências,<br />
considerando as coberturas<br />
apresentadas”, explica Eliane Escudero,<br />
gerente de Massificados da corretora de<br />
seguro Willis. “É importante ressaltar<br />
que o seguro cobre estas ocorrências e<br />
não a inadimplência de modo geral, mas<br />
sim aquela que foi originada por um<br />
evento coberto, como o desemprego”,<br />
completa a executiva.<br />
Paulo Umeki, vice-presidente de Riscos<br />
Corporativos da Liberty, explica que<br />
há duas maneiras de garantir o seguro:<br />
na primeira, a escola é que contrata esse<br />
seguro como estipulante e os pais dos<br />
alunos já arcam com ele de forma compulsória;<br />
a outra opção é deixar que os<br />
responsáveis decidam se querem ou não<br />
aderir. “É importante lembrar que quando<br />
a aceitação do seguro é compulsória o<br />
❙❙Eliane Escudero, da Willis
❙❙Paulo Umeki, da Liberty<br />
preço a ser pago cai muito, pois é uma<br />
garantia de contratação que otimiza as<br />
despesas”, ressalta.<br />
Outros detalhes também podem ser<br />
contemplados nessas apólices, como<br />
destaca Karina Massimoto, superintendente<br />
executiva de Seguros Individuais<br />
e Coletivos do Grupo BB e Mapfre. Os<br />
gastos adicionais para matrícula, repetência,<br />
formatura e pré-vestibular, que<br />
constam na lista de coberturas adicionais,<br />
além de um serviço específico para os<br />
responsáveis financeiros que é um serviço<br />
de apoio para atualização e divulgação<br />
de currículos, por exemplo. “Se a escola<br />
optar por contratar também o seguro de<br />
‘Proteção Escolar’, além das coberturas<br />
de acidentes pessoais, o aluno conta<br />
com serviços como Assistência Escolar,<br />
Carteirinha Personalizada e Assistência<br />
Funeral”, completa Karina.<br />
A segurança das escolas<br />
Para além das mensalidades, outros<br />
riscos também estão presentes nas instituições<br />
de ensino, como os patrimoniais<br />
e aqueles que causam danos a terceiros.<br />
“O nicho de patrimônio é muito importante<br />
para as escolas, que contam com as<br />
coberturas tradicionais de roubo, danos<br />
elétricos, vendavais, guarda de veículos<br />
e equipamentos”, lembra Umeki.<br />
As instituições devem sempre ter<br />
um seguro de RC com uma importância<br />
segurada que preveja todas as atividades<br />
desenvolvidas em seu ambiente, sua estrutura<br />
e seus profissionais, garantindo<br />
a indenização no caso de haver alguma<br />
situação de acidente com terceiros, que<br />
no caso são os alunos.<br />
Bullying, por exemplo, é uma prática<br />
que vem sendo combatida e que encontra<br />
em algumas seguradoras a cobertura, mas<br />
deixa outras em alerta, pois há risco de<br />
exploração excessiva em cima do assunto,<br />
dificultando a confirmação dos fatos que<br />
levem à indenização adequada. É o sinal<br />
amarelo para as seguradoras, já que o<br />
risco existe e tem demandado essa cobertura,<br />
mas o desenho ainda precisa de<br />
ajustes. Tanto, que algumas não utilizam<br />
o termo, mas já disponibilizam, dentro<br />
da apólice de RC, coberturas para danos<br />
morais que possam ser causados pela ou<br />
❙❙Karina Massimoto, do BB e Mapfre<br />
dentro da instituição de ensino. “Essa<br />
cobertura de Responsabilidade Civil<br />
cobre eventuais reclamações na esfera<br />
civil de danos corporais ou materiais<br />
contra a escola causados involuntários<br />
a terceiros”, esclarece Eliane, da Willis.<br />
Karina lembra também que “já há<br />
no mercado seguradoras que oferecem<br />
especificamente este produto e, como<br />
cada vez mais é um tema recorrente nas<br />
escolas, a cobertura se faz muito presente,<br />
cobrindo danos físicos e morais, além de<br />
fisioterapia, apoio psicológico, transporte<br />
para freqüência de aulas e aulas domiciliares,<br />
se necessário”.<br />
Além do Educacional, há também<br />
um seguro intitulado Escolar, que guarda<br />
algumas diferenças. É o caso do Pepper,<br />
seguro promovido pela Metlife que não<br />
arca com as parcelas pendentes dos bene-<br />
ficiários, mas funciona como um seguro<br />
para acidentes pessoais com assistência<br />
para estudantes, professores e funcionários.<br />
Entre suas ofertas, estão assegurados<br />
acidentes ocorridos nas escolas, trajeto de<br />
ida e volta dos alunos e uma proteção 24<br />
horas, que garante cobertura de acidentes<br />
dentro e fora das dependências da escola<br />
durante todos os dias, inclusive finais de<br />
semana e feriados no Brasil e no exterior.<br />
“O objetivo é garantir cobertura securitária<br />
e assistências médico-hospitalar<br />
e odontológica especializada em caso<br />
de acidentes”, diz Cássia Gil, diretora<br />
executiva de Planos Odontológicos e<br />
Benefícios Corporativos da MetLife.<br />
Quem contrata esse seguro é a própria<br />
instituição de ensino, que deve arcar<br />
com todos os custos.<br />
Momento oportuno<br />
O aumento da inadimplência não<br />
assustou o mercado e não deverá assustar.<br />
O aumento do desemprego servirá como<br />
motor para aquelas que querem investir<br />
nesse nicho. A mudança de mentalidade<br />
do brasileiro em relação à educação começa<br />
a acontecer. Mesmo em momentos<br />
difíceis, a prioridade ainda é fazer com<br />
que os filhos possam ter acesso a boas<br />
instituições de ensino que, infelizmente,<br />
são escassas na educação pública. “Esse<br />
cenário não nos prejudica porque o mercado<br />
se prepara para isso. É claro que isso<br />
será refletido no valor do prêmio cobrado<br />
para o próximo ano, mas nada atinge a<br />
vigência atual”, finaliza Umeki.<br />
❙❙Cássia Gil, da MetLife<br />
21
produto | seguro viagem<br />
Em solo desconhecido,<br />
vá prevenido<br />
Número de brasileiros que fazem intercâmbio no exterior cresce<br />
mais de 580% em 11 anos e alta abre espaço para o mercado de<br />
assistência viagem<br />
Lívia Souza<br />
22
Passar uma temporada no exterior<br />
deixou de ser privilégio<br />
para poucos brasileiros. Segundo<br />
a Brazilian Educational &<br />
Language Travel Association (Belta), entidade<br />
que reúne as principais instituições<br />
brasileiras das áreas de cursos, estágios e<br />
intercâmbio, o número de intercambistas<br />
aumentou mais de 580% em 11 anos e<br />
passou de 34 mil, em 2003, para mais<br />
de 232 mil, em 2014. Além dos Estados<br />
Unidos e do Reino Unido, eles procuram<br />
agora por destinos alternativos como<br />
Canadá, África do Sul, Austrália e Nova<br />
Zelândia. “Os pais se preocupam mais<br />
com a educação dos filhos no exterior e<br />
os próprios adultos com a formação de<br />
idioma diretamente no país”, diz o diretor<br />
comercial da April, Agnaldo Abrahão,<br />
ao justificar a crescente procura por este<br />
tipo de viagem.<br />
A preocupação deve se estender ao<br />
seguro, seja pelo longo período que os<br />
viajantes passam em outro país, pelos<br />
altos custos no exterior ou pela exigência<br />
de governos estrangeiros e das instituições<br />
de ensino para que já desembarquem assegurados<br />
– Alemanha, Áustria, Bélgica<br />
e Dinamarca, por exemplo, assinaram o<br />
Tratado de Schengen e exigem a contratação<br />
de assistências com cobertura mínima<br />
de 30 mil euros, que garantem os gastos<br />
com despesas médicas básicas.<br />
“Nas viagens internacionais, a atenção<br />
precisa ser redobrada, pois muitas<br />
vezes o viajante não conhece hábitos e<br />
culturas do país que visitará e pode ter<br />
❙❙Agnaldo Abrahão, da April<br />
dificuldade de acesso rápido a atendimentos<br />
médicos”, lembra Almir Fernandes,<br />
presidente da Brasil Assistência.<br />
Para o estudante, a proteção funciona<br />
basicamente como um seguro voltado<br />
ao turismo ou aos negócios, com poucas<br />
diferenças. Enquanto o seguro viagem<br />
tradicional é contratado por estadia diária,<br />
limitado a 120 dias, o seguro para<br />
intercâmbio pode ser adquirido de sete a<br />
540 dias consecutivos para uma mesma<br />
viagem. A longa permanência também<br />
deixa o intercambista mais exposto a<br />
eventualidades e, neste caso, torna o valor<br />
da cobertura mais alto. “Para intercâmbios<br />
longos, aconselhamos um produto<br />
com cobertura entre US$ 100 mil e US$<br />
150 mil”, diz Daniel Prieto, Country<br />
Manager da Assist Card Brasil.<br />
Como foi desenvolvido exclusivamente<br />
para estudantes, este tipo de seguro<br />
dispensa algumas coberturas. “Não fazem<br />
parte das coberturas o seguro de acidentes<br />
pessoais e cancelamento sênior (para<br />
clientes entre 71 e 85 anos), já que o produto<br />
é restrito para clientes de até 70 anos;<br />
e a hospedagem de animais” explica Eluza<br />
Gomes, coordenadora de marketing de<br />
Viagem e Saúde da Mondial Assistance.<br />
Também são excluídos o acompanhamento<br />
de menores e o retorno de familiares em<br />
caso de falecimento do cliente.<br />
É preciso ficar atento na hora de<br />
adquirir a proteção, considerando que<br />
na viagem tradicional as coberturas são<br />
por evento (ou seja, o capital é contratado<br />
para cada acionamento médico, por enfermidade,<br />
acidente, assistência farmácia<br />
ou odontológica). No caso do seguro para<br />
intercâmbio, o contratante tem um valor<br />
pré-acordado para utilizar durante o período.<br />
Assim, cada uso será abatido do valor e<br />
o saldo remanescente fica disponível para<br />
próximas ocorrências.<br />
Como se trata de uma viagem em que<br />
o estudante permanece muito tempo fora<br />
de seu país de origem, o seguro contratado<br />
pode ser pago em parcelas e o preço é<br />
reduzido por conta do longo período de<br />
vigência. “Isso acontece mesmo sendo o<br />
seguro viagem tradicional uma modalidade<br />
bastante acessível”, garante Samy<br />
Hazan, diretor técnico de Affinity da<br />
Yasuda Marítima – empresa que comercializa<br />
seguro viagem em parceria com a<br />
Travel Ace Assistance.<br />
❙❙Almir Fernandes, da Brasil Assistência<br />
❙❙Daniel Prieto, da Assist Card Brasil<br />
❙❙Samy Hazan, da Yasuda Marítima<br />
23
produto | seguro viagem<br />
Mas atenção: contratar o seguro às<br />
vésperas do intercâmbio é uma postura<br />
equivocada. O ideal é que o viajante<br />
adquira o produto já no momento de<br />
fechar o pacote. “Se acontecer algum<br />
imprevisto que o impossibilite de viajar,<br />
o seguro cobre as despesas de cancelamento”,<br />
atenta o gerente comercial de<br />
Vida da Porto Seguro, Jaime Prazeres.<br />
Intercâmbio no exterior: veja quais<br />
coberturas podem ser contratadas<br />
√ Morte acidental e traslado do corpo;<br />
√ Translado de profissional médico;<br />
√ Indenização à família em caso de morte acidental durante a viagem;<br />
√ Despesas médicas, hospitalares e odontológicas;<br />
√ Ressarcimento de despesas farmacêuticas e de gastos em caso de atraso<br />
de bagagem;<br />
√ Coberturas nos casos de invalidez permanente total ou parcial por acidente<br />
em viagem;<br />
√ Passagem aérea de ida e volta para um familiar acompanhar o viajante em<br />
caso de acidente;<br />
√ Traslado de menor de idade;<br />
√ Cancelamento ou interrupção de viagem e perda ou dano de bagagem;<br />
√ Recuperação médica no hotel;<br />
√ Compensação por atraso ou cancelamento de vôo;<br />
√ Assistência jurídica;<br />
√ Adiantamento de fiança ou financeiro;<br />
√ Serviços de conveniência como auxílio por perda de documentos, informações<br />
de viagem, pré check-in aéreo, serviços de concierge (com reservas<br />
em restaurantes e shows) e help desk em tecnologia<br />
A voz dos segurados<br />
Dados da Superintendência de Seguros<br />
Privados (Susep) demonstram que<br />
o mercado de seguro viagem cresceu<br />
no País. Entre janeiro e setembro deste<br />
ano, a modalidade movimentou mais<br />
de R$ 157,7 milhões, aproximadamente<br />
52% a mais do que os R$ 103,8 milhões<br />
observados no mesmo período de 2014.<br />
Só em São Paulo, estado responsável por<br />
73% do total contratado, o aumento no<br />
período foi de 50% e atingiu R$ 115,1<br />
milhões; seguido do Rio Grande do Sul,<br />
com alta de 4% (R$ 9,6 milhões); Rio<br />
de Janeiro, com 38% (R$ 9 milhões) e<br />
Paraná, com 248% (R$ 6,5 milhões).<br />
Apesar dos números animadores,<br />
Daniel Prieto, da Assist Card Brasil,<br />
declara que os brasileiros ainda não têm<br />
total consciência sobre a importância do<br />
produto. Por aqui, somente uma em cada<br />
três pessoas contrata a proteção. “Temos<br />
oportunidade para difundi-lo tanto no<br />
segmento de intercâmbio quanto para<br />
viagens tradicionais e corporativas”.<br />
Quem permaneceu no exterior por<br />
um longo período ressalta a importância<br />
de viajar assegurado, mesmo que a<br />
assistência não seja acionada. A gerente<br />
comercial Suellen Mota ficou 35 dias<br />
em Vancouver (Canadá) junto com a<br />
irmã, para aprimorar o inglês. Após a<br />
proposta da agência de viagem, ela pesquisou<br />
sobre as coberturas e os valores<br />
do produto de maneira independente.<br />
“Contratar um seguro viagem não parece<br />
ser tão importante, mas realmente é, e<br />
foi pesquisando que entendi o seu custo/<br />
benefício. Se acontecesse qualquer coisa<br />
durante nossa estadia, teríamos que<br />
arcar com todas as despesas”, comenta.<br />
Na companhia do marido, a administradora<br />
Fabiana Soares viajou para<br />
a Ásia, onde visitou Tailândia, Vietnã<br />
e Camboja, e adquiriu o produto por<br />
risco de intoxicação alimentar. “Nesses<br />
locais, a alimentação é muito diferente<br />
da nossa. Li relatos sobre a precariedade<br />
da higiene e de muitos turistas que<br />
passavam mal com a comida por isso”,<br />
afirma ela, que contratou ainda o seguro<br />
viagem para um intercâmbio na Africa<br />
do Sul e um tour pela Europa.<br />
❙❙Jaime Prazeres, da Porto Seguro<br />
24<br />
❙❙Suellen Mota, gerente comercial<br />
❙❙Fabiana Soares, administradora
produto | RC ambiental<br />
Complexo e necessário<br />
Saiba como este seguro ajuda a minimizar os<br />
danos causados por desastres naturais, como<br />
o rompimento das barragens em Mariana<br />
O<br />
maior desastre ambiental<br />
do País. Assim é definido o<br />
rompimento das barragens<br />
de Fundão e Santarém, administradas<br />
pela mineradora Samarco (joint<br />
venture da Vale com a anglo-australiana<br />
BHP Billiton) e localizadas entre os municípios<br />
de Mariana e Ouro Preto. Apontada<br />
como anunciada, a tragédia provocou<br />
uma enxurrada de lama tóxica na zona<br />
rural do distrito de Bento Rodrigues, e<br />
soma mortos, desaparecidos, centenas<br />
de desabrigados, a devastação do Vale<br />
do Rio Doce, além de refletir no Estado<br />
do Espírito Santo onde, além de praias,<br />
afetou áreas de preservação ambiental.<br />
Em situações de desastre, o seguro de<br />
Responsabilidade Civil Ambiental ganha<br />
destaque sobre suas funcionalidades e<br />
coberturas que envolvem, por exemplo,<br />
riscos operacionais, perda de receita,<br />
Lívia Sousa<br />
responsabilidade civil geral (incluindo<br />
a responsabilidade civil por danos ambientais)<br />
responsabilidade dos dirigentes<br />
empresariais (seguro D&O). “Sempre<br />
que surge uma tragédia, o fato e suas<br />
consequências criam uma necessidade<br />
de avaliar o que aconteceria conosco”,<br />
declara Jacques Goldenberg, diretor internacional<br />
da MDS Insure.<br />
Pela proporção que tomou o caso de<br />
Mariana, no entanto, este destaque foi<br />
ainda maior. “Com a ruptura da represa,<br />
a empresa ficou sem saber o que fazer.<br />
Não devia ter um plano de gerenciamento<br />
de crise ou, se tinha, certamente não funcionou”,<br />
analisa o especialista em Energy<br />
da resseguradoras Cooper Gay do Brasil,<br />
Daniel Menezes.<br />
É importante lembrar que, ao contrário<br />
dos seguros de frota, de riscos<br />
operacionais e de benefícios, nos quais<br />
as informações dos riscos são mais fáceis<br />
de serem parametrizadas, o seguro<br />
de riscos ambientais é mais complexo<br />
e exige, em sua análise e avaliação, um<br />
conhecimento profundo da atividade da<br />
empresa proponente, de seus sistemas de<br />
prevenção e segurança, de sua proximidade<br />
em relação a núcleos populacionais e<br />
a cursos de água ou mananciais.<br />
Plano de contingência<br />
Consequência do gerenciamento<br />
de risco adotado na empresa, o plano de<br />
contingência avalia e estuda todas as situações<br />
acidentais ou incidentais que possam<br />
afetar direta e indiretamente a companhia<br />
e suas consequências. São definidas ações<br />
gerais e específicas a serem adotadas em<br />
função da ocorrência surgida.<br />
Goldenberg explica que o plano tem<br />
uma função socioeconômica por não se<br />
limitar a danos materiais e financeiros<br />
que impactam a empresa, mas por considerar,<br />
entre outros danos pessoais, sua<br />
responsabilidade civil, imagem, danos<br />
ao meio ambiente e reflexos no mercado<br />
onde atua.<br />
“No plano de contingência, são definidas<br />
as responsabilidades e as ações<br />
26
que devem ser adotadas pelos diretores<br />
e funcionários da área de comunicação.<br />
Situações de desastre devem seguir os<br />
procedimentos do plano e não se pode,<br />
em hipótese alguma, improvisar soluções<br />
sob risco de piora no controle da situação”,<br />
acrescenta.<br />
Já Menezes chama a atenção para<br />
o fato de que o plano de gerenciamento<br />
deve funcionar antes da crise. “Não é<br />
quando a asa delta está despencando que<br />
se deve pensar em paraquedas”, frisa. Se<br />
o plano não for pensado e treinado antes,<br />
no momento do desastre haverá urgência<br />
nas soluções que, na pressa, serão necessariamente<br />
tardias.<br />
Para o executivo, não houve gerenciamento<br />
no caso de Mariana e, mesmo<br />
após o rompimento, pouco foi feito. “Não<br />
se pensou, por exemplo, em formas efetivas<br />
de impedir que a lama fosse para<br />
o mar. Além disso, as barreiras sequer<br />
protegeram as ilhas, porque eram feitas<br />
para conter petróleo, não lama. Ou seja,<br />
foi uma grande improvisação”.<br />
Exclusão da indenização<br />
Um laudo técnico elaborado em 2013<br />
a pedido do Ministério Público de Minas<br />
Gerais já havia alertado sobre os riscos<br />
de ruptura da barragem de Fundão. Irregularidades<br />
foram apontadas ainda na<br />
barragem de Santarém, que estava com<br />
licença de operação vencida desde julho<br />
de 2013 – assim como a de Germano, com<br />
autorização de operação vencida desde<br />
maio do mesmo ano.<br />
Daniel Menezes, da Cooper Gay<br />
❙❙do Brasil<br />
O aumento da quantidade de rejeitos<br />
acumulados pela mineradora, decorrente<br />
da construção de um concentrador de<br />
minérios na unidade de Germano, também<br />
chama atenção: no ano passado, foram<br />
produzidos 21,9 milhões de toneladas de<br />
materiais arenosos e lamas (volume 15%<br />
maior, ou seja, 3 milhões de toneladas a<br />
mais que o produzido em 2013).<br />
Em caso de irregularidades, a indenização<br />
pode ser excluída? “A recusa<br />
em indenizar é uma situação complexa e<br />
somente será consistente se houver dolo ou<br />
negligência flagrante, e ainda dependerá<br />
das cláusulas das apólices envolvidas”,<br />
declara Jacques Goldenberg, da MDS Insure.<br />
“A priori, o vencimento das licenças<br />
pode ser causa de aplicação de multas ou<br />
❙❙Jacques Goldenberg, da MDS Insure<br />
suspensão das atividades industriais. Já<br />
o aumento da produção com utilização<br />
maior da capacidade da barragem é uma<br />
questão delicada por envolver possível<br />
negligencia e deverá ser apurada”.<br />
RC Ambiental no transporte<br />
A procura pelo seguro de Responsabilidade<br />
Civil Ambiental também cresce no<br />
ramo de transporte rodoviário de mercadorias<br />
perigosas. Para as transportadoras,<br />
esse tipo de produto já funciona como um<br />
diferencial no atendimento e facilita a<br />
prospecção de novos clientes e a entrada<br />
de grandes embarcadoras, garante Iramil<br />
Araujo, gerente geral da área de seguros e<br />
gerenciamento de transportes de riscos da<br />
Rodobens Corretora de Seguros.<br />
❙❙Iramil Araujo, da Rodobens<br />
“Quando pensamos em riscos de impacto<br />
ambiental na gestão de uma empresa,<br />
seja com maior ou menor incidência,<br />
é possível imaginar problemas ambientais<br />
que podem causar sérios danos à sociedade.<br />
Considerando isso, a contratação de<br />
um seguro RC Ambiental é acima de tudo<br />
uma atitude responsável, não apenas para a<br />
condução de um negócio ou a preservação<br />
de uma marca, e sim, para a manutenção<br />
do compromisso social e ambiental que<br />
uma companhia tem com o seu entorno”,<br />
completa Araujo.<br />
Para transportadoras, o RC Ambiental<br />
garante o pagamento ou o reembolso em<br />
caso de ação para neutralização dos danos<br />
causados ao ambiente por vazamento<br />
de produtos perigosos, lucros cessantes<br />
e perdas financeiras provocadas pelos<br />
terceiros reclamantes e custos judiciais<br />
e honorários de advogados para defesa<br />
judicial no foro cível.<br />
Desastres<br />
ambientais<br />
segurados<br />
O estudo Sigma, divulgado pela<br />
Swiss Re em março deste ano, apontou<br />
que na última década o total de perdas<br />
globais seguradas decorrentes de catástrofes<br />
naturais e desastres provocados<br />
pelo homem somou US$ 64 bilhões. Já<br />
em 2014, o valor chegou a US$ 35 bilhões<br />
e, no ano anterior, a US$ 44 bilhões.<br />
27
vida | benefício<br />
Obrigatoriedade<br />
reforça o seguro<br />
Empresas precisam<br />
garantir o seguro<br />
de vida de seus<br />
funcionários e cumprir<br />
com exigências de<br />
sindicatos<br />
Amanda Cruz<br />
A<br />
presença do seguro de vida no<br />
cotidiano do brasileiro começa<br />
a crescer. A tendência de<br />
se preocupar com o futuro e<br />
o patrimônio deixado para entes queridos<br />
são considerações cada vez mais levadas<br />
em conta. Um dos entraves para a comercialização<br />
do seguro de vida é falar sobre<br />
ele. Todos os produtos de seguro estão<br />
vinculados a um sinistro que pode ir além<br />
dos danos materiais. Quando as questões<br />
estão ligadas à morte e à invalidez esse<br />
28<br />
tabu é ainda maior. Como transpor essa<br />
barreira?<br />
As empresas e os sindicatos de trabalhadores<br />
podem ser grandes aliados<br />
do mercado nesse caso. Isso porque<br />
muitas convenções coletivas exigem que<br />
as empresas contratem seguro de vida<br />
para seus funcionários (veja na tabela).<br />
Com especificação por lei, a empresa<br />
que não cumprir essa obrigação poderá<br />
ser autuada. Cada sindicato tem sua<br />
particularidade, pois esses tratados não<br />
são nacionais. Alguns atuam apenas em<br />
esfera estadual, outros, municipal.<br />
As empresas procuram seus corretores,<br />
que, consequentemente, procuram<br />
as seguradoras para verificar o que elas<br />
têm a oferecer para seus clientes. Prova<br />
disso é o que afirma Manes Erlichman, da<br />
Minuto Seguro: “é raro nos depararmos<br />
com uma renovação quando a empresa<br />
tem essa obrigação. As empresas sempre<br />
chegam com seguros novos. Muitas<br />
não sabem ou não estão cumprindo essa
exigência”, afirma. As empresas buscam<br />
a consultoria de um corretor de seguros<br />
apenas quando passam por algum tipo<br />
de fiscalização.<br />
Atento a esse movimento, Priscila<br />
Mackenzie, da PAN Seguros, afirma que<br />
o mercado está trabalhando para ter este<br />
serviço sob medida. “Existem diversas<br />
empresas que já exigem a consultoria.<br />
O mercado, cada vez, mais está olhando<br />
para as convenções e fazendo produtos.<br />
Por exemplo, existe uma lei que torna<br />
Convenção coletiva de trabalho,<br />
ou CCT, é um ato jurídico pactuado<br />
entre sindicatos de empregadores<br />
e de empregados para o estabelecimento<br />
de regras nas relações<br />
de trabalho em todo o âmbito das<br />
respectivas categorias (econômica<br />
e profissional).<br />
Veja alguns ramos que normalmente<br />
exigem a contratação do<br />
Seguro de Vida<br />
• Contadores;<br />
• Estagiários;<br />
• Frentistas;<br />
• Hoteis, motéis, flats e similares;<br />
• Casas Lotéricas<br />
• Bares e Restaurantes<br />
• Buffet<br />
• Construção Civil<br />
• Cyber Lan House<br />
• Mão de Obra<br />
• Motoboy – Motofretes<br />
• Padarias e Confeitarias<br />
• Pizzaria e Esfiharias<br />
• Sorveterias e Docerias<br />
• Quadras esportivas<br />
* Sempre importante consultar cada Convenção Coletiva<br />
de acordo com área de atuação e Estado<br />
o seguro de vida obrigatório para motoristas,<br />
independente do sindicato da<br />
empresa”, conta.<br />
Por que importa?<br />
Para o corretor essa é uma venda<br />
tranqüila, porque, de maneira geral, quando<br />
alguém decide fazer o seguro de vida,<br />
já tomou a decisão. A obrigatoriedade faz<br />
com que elas já estejam mais preocupadas<br />
em fazer com que tudo saia da maneira<br />
correta. “A pessoa sabe que precisa seguir<br />
a legislação. Mas há também as empresas<br />
que usam o seguro de vida como ferramenta<br />
de retenção. Essas já têm uma<br />
preocupação diferente com o benefício,<br />
é outro enfoque do contratante”, destaca<br />
Erlichman.<br />
Via de regra, estas condições são<br />
respeitadas pela maioria das empresas,<br />
pois os sindicatos laborais fiscalizam<br />
muito de perto a política de benefícios<br />
estipulada nestes acordos. É o que acredita<br />
o superintendente Comercial da<br />
Capemisa, Fábio Lessa. “Os seguros de<br />
vida, planos de saúde e odontológicos são<br />
utilizados pelos sindicatos patronais nas<br />
negociações coletivas como alternativa<br />
aos aumentos nominais de salário, que<br />
possuem grande impacto financeiro no<br />
orçamento das empresas em função da<br />
tributação incidente”, explica. Em época<br />
de instabilidade econômica, como a atual,<br />
esse movimento ganha mais força, uma<br />
vez que as empresas precisam minimizar<br />
o aumento de despesas na folha de<br />
pagamento.<br />
As seguradoras que se dispõem a<br />
operar neste segmento estão munidas de<br />
bons conhecimentos sobre as Convenções<br />
Coletivas de trabalho, pois é preciso cobrir<br />
todas as exigências feitas.<br />
A experiência de Erlichman como<br />
corretor é bastante positiva nesse aspecto,<br />
pois as seguradoras têm ajudado a compilar<br />
essas convenções coletivas e saber<br />
o que cada segmento exige. “Se estou<br />
com determinada demanda, a seguradora<br />
já sabe o que o sindicato indica. Presta<br />
um serviço para nós. Por isso, quem<br />
trabalha nessa área geralmente encontra<br />
tudo customizado”, conta. Essas cotações<br />
geralmente vêm com o básico exigido.<br />
Cabe ao corretor estudar o caso e tentar<br />
oferecer mais do que o estipulado.<br />
❙❙Manes Erlichman, da Minuto Seguros<br />
Com essas exigências dentro da mesma<br />
atividade laboral, as seguradoras têm<br />
uma capacidade aumentada de precificar<br />
os riscos de acordo com a exposição de<br />
cada atividade. “O seguro pode ter como<br />
estipulante o sindicato (laboral ou patronal),<br />
entretanto as empresas sempre terão<br />
que aderir individualmente ao produto ou<br />
apólice”, esclarece Lessa.<br />
Democratização<br />
A obrigatoriedade nesse caso é benéfica?<br />
Os entrevistados acreditam que<br />
sim. Embora as empresas possam ficar<br />
contrariadas com a obrigação inicialmen-<br />
❙❙Priscila Mackenzie, da Pan Seguros<br />
29
vida | benefício<br />
te, e que esse não seja o intuito dos sindicatos,<br />
esta é uma forma de disseminar a<br />
cultura do seguro, de que tanto se fala no<br />
mercado. Fazendo com que os benefícios<br />
sejam vistos não como uma obrigação,<br />
mas conscientizando pessoas da sua<br />
importância. “Acredito que a obrigatoriedade<br />
ajuda, e muito, a disseminação. Se<br />
não fosse por essas convenções, muitas<br />
vezes, o beneficiário não chegaria nem a<br />
ter acesso”, comenta Priscila.<br />
Dentre os seguros, talvez o ramo<br />
Vida seja o mais delicado para abordar,<br />
afinal, o sinistro envolve uma perda muito<br />
grande que pode impactar diversas pessoas.<br />
Mas há também o viés de proteção e<br />
manutenção para quem o recebe e parece<br />
ser nele que o mercado vem se apoiando<br />
para crescer de 10 a 15% nos últimos<br />
anos. “O mercado está crescendo muito,<br />
também porque estava muito retraído no<br />
passado. Cresce hoje em um ritmo razoável.<br />
É difícil querer tirar esses anos de<br />
atraso no crescimento de uma vez só, mas<br />
está no caminho”, ressalta o executivo da<br />
Minuto Seguros.<br />
O ramo de vida em grupo é beneficiado<br />
porque atrai as empresas, especialmente<br />
PME’s, por possuir taxas muito<br />
mais vantajosas que as individuais e uma<br />
vez que elas começam a contratar visando<br />
uma política de benefícios e acabam<br />
criando fidelidade dos funcionários, que<br />
percebem o benefício. Para além da obrigação,<br />
todos acabam ganhando.<br />
Exigências dos sindicatos<br />
O que pedem as coberturas básicas:<br />
• Morte Qualquer Causa;<br />
• Morte Acidental;<br />
• Invalidez permanente, total ou parcial por acidente, doença;<br />
• Invalidez laborativa funcional por doença;<br />
❙❙Fábio Lessa, da Capemisa<br />
Existem ainda os benefícios em vida, que podem constar em algumas apólices:<br />
• Cesta natalidade<br />
• Cesta Básica<br />
• Diária de Incapcidade temporária<br />
• Diária de Internação Hospitalar<br />
*Essas coberturas são as mais estipulada, porém podem trazer outras exigências de acordo com o sindicato. Sempre importante consultar<br />
cada Convenção Coletiva.<br />
30
produto | cyber<br />
Crescendo com os sinistros<br />
À medida que mais<br />
ocorrências são<br />
identificadas, o seguro<br />
para riscos cibernéticos<br />
torna-se ainda mais<br />
necessário<br />
Amanda Cruz<br />
Empresas que gerenciam dados<br />
de cartões de créditos e clientes<br />
que confiam nelas vivem sob<br />
uma ameaça: a exposição de<br />
dados pessoais que podem ser vazados<br />
e usados para ações fraudulentas e criminosas.<br />
Em 2014, mais de 10 milhões<br />
de identidades foram expostas em quatro<br />
mega incidentes, o que acarretou num<br />
crescimento de 23% de vazamentos em<br />
comparação com 2013. Cinco em cada<br />
seis grandes empresas sofrem ataques<br />
por meio de e-mails recebidos contendo<br />
links ou downloads suspeitos para obtenção<br />
de dados pessoais. Também são<br />
crescentes os ataques por meio de redes<br />
sociais e aplicativos de celulares. Por<br />
isso, as apólices de cyber risk são cada<br />
vez mais importantes e contratadas por<br />
companhias como instituições financeiras,<br />
prestadoras de serviços hoteleiros e<br />
alimentícios e comércio varejista, que<br />
são os principais afetados com essas<br />
práticas. Belén Navarro, gerente Regional<br />
de RC Profissional & Cyber da AIG para<br />
América Latina e Caribe, veio à sede da<br />
seguradora em São Paulo falar com corretores<br />
e subscritores sobre a importância<br />
de analisar e oferecer as apólices aos<br />
segurados que estão vulneráveis.<br />
Durante a apresentação, Belén afirmou<br />
que 80% dos clientes creem que é<br />
difícil se manter atualizado das ameaças<br />
cibernéticas, devido à velocidade com<br />
que elas evoluem. Além disso, 82% deles<br />
temem a ação de hackers, que acreditam<br />
ser a principal fonte dessas ameaças.<br />
A apólice de cyber risk é a responsável<br />
por mitigar esses danos, quase<br />
certos. Ela garante uma solução não só<br />
de indenizações, mas também de geren-<br />
ciamento por sistemas de monitoramento,<br />
garantindo a segurança da empresa e<br />
também de terceiros, que permitem à<br />
companhia arcar com as reclamações de<br />
pessoas que tiveram seus dados vazados<br />
em tudo o que for cabível e que causar<br />
despesas a eles por esses vazamentos,<br />
como utilização indevida de seus dados<br />
para realização de fraudes, gastos exorbitantes<br />
no cartão de crédito etc.<br />
Para a companhia, a apólice garante<br />
a contratação de especialistas para a<br />
investigação de origem e tamanho do<br />
dano, vulnerabilidade de sistemas que<br />
precisam ser reparadas e as notificações<br />
que deverão ser feitas aos usuários que<br />
tiveram seus dados expostos. “Isso pode<br />
ter um custo muito alto. A companhia tem<br />
❙❙Belén Navarro, da AIG<br />
que contratar uma empresa de mailing<br />
para enviar cartas. Parece pouco, mas se<br />
falarmos, por exemplo, de um banco com<br />
quatro milhões de dados vazados, esse<br />
custo pode ser milionário”, explica Belén.<br />
Embora existam projetos de lei em<br />
tramitação tentando garantir a reparação,<br />
a lei brasileira não exige, ainda, que essa<br />
notificação seja feita, como é exigido nos<br />
EUA, por exemplo, mas o seguro já faz<br />
esse tipo de cobertura. Mesmo sem a<br />
obrigatoriedade, essa iniciativa de contatar<br />
clientes pode ser levada em conta em eventuais<br />
processos que a companhia sofra,<br />
chegando a garantir valores mais brandos<br />
de indenização. “Também é importante<br />
se a companhia for multinacional e tiver<br />
clientes em diferentes jurisdições, que<br />
podem exigir essa notificação. Em países<br />
como a Espanha, por exemplo, isso tem<br />
que ser feito em até 24 horas”, alerta a executiva.<br />
Gastos com empresas de relações<br />
públicas para diminuir os efeitos nocivos<br />
à reputação também estão inseridos na<br />
apólice, assim como o monitoramento,<br />
durante um ano, dos dados expostos, para<br />
garantir que o vazamento foi liquidado e<br />
os lucros cessantes para o caso da companhia<br />
ter que parar suas atividades por um<br />
período para se recompor desses ataques.<br />
A apólice pode ser acionada, ao mesmo<br />
tempo, tanto para terceiros quanto para a<br />
própria empresa.<br />
Belén afirma que acha “muito impressionante<br />
o crescimento desses sinistros,<br />
mas vamos começar a ter ainda mais”.<br />
31
produto | previdência privada<br />
Mercado resiste à crise<br />
Consumidores pensam no longo prazo e mantêm seus aportes nos<br />
planos de previdência privada<br />
Amanda Cruz<br />
O<br />
mercado de Previdência Privada<br />
se desenvolveu muito e<br />
muito bem nos últimos anos.<br />
Crescimentos de dois dígitos<br />
levaram um mercado muito jovem a ser<br />
uma alternativa confiável para as necessidades<br />
que a Previdência Social não<br />
consegue suprir. Mais pessoas, a cada<br />
ano, ingressam nessa medida que poupa<br />
e prepara as pessoas para que estejam<br />
amparadas no futuro.<br />
De repente, a crise. A primeira<br />
impressão que se tem, quando o País<br />
entra em uma crise econômica, é que<br />
as pessoas passando por dificuldades<br />
disponibilizarão de suas economias para<br />
conseguir vencer o período. Mas isso não<br />
se tornou realidade no caso dos planos<br />
de previdência. “Não podemos reclamar,<br />
32<br />
principalmente esse ano, por incrível<br />
que pareça. 2013 foi um ano muito mais<br />
complicado, mesmo com a economia mais<br />
estável”, conta Maristela Gorayb, diretora<br />
de Vida e Previdência da Mapfre. Entre os<br />
fatores que contribuíram para esse avanço,<br />
a executiva cita o fato de a sociedade ter<br />
discutido bastante sobre previdência social,<br />
o que chama atenção das pessoas para<br />
o longo prazo e faz com que elas reflitam<br />
sobre o tema. Em segundo, há a questão<br />
dos juros elevados, que agora estão em<br />
3%. Isso faz com que as pessoas pensem<br />
mais em poupar e, sentindo a instabilidade<br />
do momento, precisem gastar menos e<br />
guardar o que sobra de alguma maneira.<br />
Fabiano Lima, diretor de Vida e<br />
Previdência da SulAmérica, afirma que,<br />
ao contrário do que muitos pensam, embora<br />
não esteja imune à instabilidade, a<br />
previdência não é a primeira fonte a qual<br />
as pessoas recorrem na hora do aperto.<br />
“Quem faz sabe que esse é um investimento<br />
de longo prazo, não são acessados<br />
primeiramente. Cientes disso, as<br />
pessoas não fazem esses saques porque<br />
percebem que não estão suficientemente<br />
protegidos pela previdência social”,<br />
alerta. Quem depende de renda de oito<br />
a dez salários mínimos, por exemplo,<br />
terão redução na aposentadoria por<br />
conta do novo teto do INSS e precisará<br />
desse complemento. “Com todas essas<br />
discussões vindo à tona, as pessoas<br />
param para pensar, de verdade, nessas<br />
necessidades”, aponta Lima.<br />
Na Mapfre, os planos VGBL continuam<br />
sendo o produto com a maior
parcela de aportes, 87,7% de toda receita.<br />
Isso acontece porque a maioria da<br />
população faz sua declaração de IR pelo<br />
formulário simplificado, que contempla<br />
a modalidade. Além disso, quase 87%<br />
dos planos são individuais, apenas 11%<br />
são empresariais.<br />
Longevidade<br />
A pesquisa realizada pelo censo de<br />
1991 apontou uma mudança importante<br />
no perfil etário brasileiro: o País começou<br />
a envelhecer mais rápido. A taxa<br />
de natalidade caiu enquanto as pessoas<br />
passaram a viver mais e o mercado<br />
teve que acompanhar essa mudança<br />
enquanto começava a se estruturar melhor<br />
no Brasil, mas Lima acredita que<br />
isso foi benéfico e que o mercado hoje<br />
já é bem preparado para enfrentar essa<br />
questão. “A empresa sempre tem uma<br />
reserva. O cálculo do benefício previa<br />
certo período de sobrevivência médio,<br />
se essa longevidade aumenta, é preciso<br />
aportar recursos”, afirma o executivo da<br />
SulAmérica. A Susep faz uma rigorosa<br />
fiscalização para manter essa solidez,<br />
com simulações que conseguem identificar<br />
se faltará reserva já levando em<br />
consideração esse tipo de mudança. Há<br />
também as chamadas tábuas de mortalidade,<br />
que a partir de 2010 ganharam<br />
sua versão brasileira por acadêmicos da<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
– UFRJ – que levam a sigla BR-EMS.<br />
Com elas, é possível que a empresa possa<br />
❙❙Maristela Gorayb, da Mapfre<br />
estipular a sobrevida que um beneficiário<br />
poderá ter a partir de certa idade e com<br />
a estimativa fará aportes que cubram<br />
esse tempo, bem como adequando as<br />
contribuições. “Quando você adquire o<br />
plano de previdência, ele já prevê isso.<br />
As empresas estão preparadas para esse<br />
volume”, aponta Lima.<br />
O chamado risco de viver mais é<br />
cada vez maior. Executivos apontam<br />
dois riscos importantes: morrer e deixar<br />
entes queridos desassistidos e o de viver<br />
demais e sobreviver às próprias reservas<br />
financeiras, ficando dependente de outros<br />
membros da família. Marystela lembra<br />
ainda que é preciso lançar um olhar diferente<br />
sobre a necessidade de pensar no<br />
longo prazo. “Ainda há muita dificuldade<br />
de planejamento financeiro. Mas quando<br />
as pessoas conseguem fazer esse planejamento,<br />
deparam-se com a realização<br />
de seus sonhos, fazem as ideias saírem<br />
do papel”, diz.<br />
O perfil do brasileiro<br />
Por conta dessa cultura menos abrangente,<br />
mesmo os brasileiros que já fazem<br />
algum tipo de investimento tendem a ser<br />
bastante conservadores e se arriscarem<br />
pouco, ficando na zona de conforto. Em<br />
outros países, como os EUA, o perfil<br />
englobava modelos mais arriscados, mas<br />
essa tendência vem mudando, mesmo lá,<br />
depois da crise de 2008. “Após essa crise<br />
houve um período de muita recessão no<br />
mercado de renda variável. Se o consumidor<br />
não quer tomar riscos, não adianta.<br />
Às vezes, investimentos mais ousados<br />
podem trazer bons retornos, mas não há<br />
como trabalhar em cima dessa teoria se<br />
o perfil não absorve o risco envolvido”,<br />
acredita Marystela.<br />
A SulAmérica atesta isso. Fabiano<br />
Lima afirma que 90% dos clientes da<br />
companhia estão em fundos conservadores<br />
de renda fixa, muito também por<br />
causa dessa turbulência. “As pessoas que<br />
têm um período de acumulação maior<br />
têm mais espaço para arriscar e ter mais<br />
rentabilidade, porque têm também um<br />
período maior para se recuperar e diversificar<br />
mais”, aponta.<br />
Por essas razões, além de ser uma<br />
garantia para o futuro, a previdência<br />
também é uma maneira de ensinar as<br />
❙❙Fabiano Lima, da SulAmérica<br />
pessoas a começarem a administrar seu<br />
orçamento e serem capazes de reservar<br />
recursos. Junto com os planos vêm também<br />
os benefícios fiscais na declaração.<br />
Os descontos de impostos apenas no<br />
momento do resgate são características<br />
importantes de lembrar.<br />
Não é preciso fazer sozinho<br />
O medo do desemprego tem crescido.<br />
Enquanto as empresas dispõem de menos<br />
recursos para reter funcionários por meio<br />
de pagamento de salários maiores, a<br />
previdência, especialmente entre funcionários<br />
mais especializados, é um diferencial,<br />
mas é um dos últimos benefícios que<br />
as empresas praticam. “Esse movimento<br />
gerou bastante demanda para a nossa<br />
carteira. O aumento do desemprego ao<br />
invés de frear o nosso crescimento nos<br />
deu oportunidade. Acredito que deverá<br />
ter algum impacto nesse segmento, mas<br />
as crises são cíclicas”, destaca a executiva<br />
da Mapfre<br />
A previdência como benefício tem<br />
o valor de contribuição definido pelo<br />
funcionário, que estipula o limite de<br />
seu pagamento e a empresa entra com<br />
o mesmo valor complementando. Se o<br />
vínculo empregatício acabar, o trabalhador<br />
poderá resgatar sua parcela e manter<br />
no plano por conta própria ou fazer a<br />
portabilidade para outro.<br />
A previdência é um seguro que pode<br />
proteger as pessoas do risco de viver demais.<br />
É possibilidade de dar à nova fase<br />
da vida qualidade e conforto.<br />
33
Insurance meeting | evento<br />
Tecnologia avança em seguros<br />
Mercado precisa agir<br />
rápido para atender novos<br />
consumidores<br />
A<br />
chamada geração Y ou do<br />
milênio, formada por jovens<br />
que estão conectados a maior<br />
parte do tempo, são muito<br />
bem informados, descartam ligações<br />
telefônicas e não ligam para mensagens<br />
publicitárias, está exigindo de todos os<br />
segmentos econômicos um esforço maior<br />
de adaptação. Essa necessidade é ainda<br />
mais evidente nos setores com tradições<br />
arraigadas, como o mercado de seguros,<br />
que precisa correr contra o tempo para<br />
não perder o bonde (melhor seria nave?)<br />
da história.<br />
Não por acaso, esse foi o foco central<br />
dos debates durante a edição 2015 do<br />
Insurance Service Meeting, que a CNSeg<br />
realizou em Angra dos Reis, em uma das<br />
mais belas regiões do Rio de Janeiro.<br />
“Vocês não estão mais competindo uns<br />
com os outros. Mas, com o desconhecido”,<br />
alertou, logo no primeiro painel do<br />
evento, o consultor Duarte Carvalho, da<br />
Ernest Young.<br />
Segundo ele, a geração que já nasceu<br />
com um celular nas mãos será a metade<br />
da população já em 2017, o que provocará<br />
mudanças significativas nos negócios. “A<br />
próxima onda de transformações atingirá<br />
34<br />
bancos e seguradoras”, sentenciou Carvalho,<br />
para quem seguradoras e corretores<br />
não estão sendo mais perseguidos por<br />
um coiote (menção ao antigo desenho<br />
animado), mas por vários “enxames de<br />
abelhas” (alusão às inúmeras startups que<br />
surgem rapidamente em todos os cantos<br />
do mundo).<br />
No mesmo painel, o executivo de<br />
negócios da Capgemini Brasil, Joel Oliveira,<br />
advertiu que os corretores de seguros,<br />
por exemplo, já estão enfrentando<br />
algumas difíceis batalhas, praticamente<br />
impossíveis de vencer, contra conglomerados<br />
gigantes. “O Google já trabalha<br />
como um corretor, sendo uma fonte de<br />
consulta para consumidores, e com uma<br />
penetração enorme”, citou o consultor.<br />
Preços<br />
Segundo ele, o consumidor pode<br />
sair ganhando nesse novo cenário, pois<br />
o mercado será obrigado a adotar novas<br />
práticas, o que acabará provocando<br />
uma redução de preços. “No seguro<br />
de automóvel, o preço deverá variar de<br />
acordo com o uso efetivo do veículo,<br />
medido por novas tecnologias”, exemplificou<br />
Oliveira.<br />
Antes disso, na abertura do encontro,<br />
o presidente da FenaSaúde e vice-<br />
-presidente da CNSeg, Márcio Coriolano,<br />
admitiu que o mercado de seguros está<br />
sofrendo os reflexos da forma acelerada<br />
com que novas tecnologias, aplicativos e<br />
sistemas são desenvolvidos.<br />
Na visão dele, não há mais como<br />
negar que os “paradigmas estão sendo<br />
quebrados por consumidores mais<br />
exigentes”. Nesse cenário, Coriolano<br />
acredita que ser ágil e eficaz no processo<br />
de adaptação será uma vantagem competitiva<br />
considerável.<br />
A dificuldade em se adaptar ao novo<br />
cenário também foi mencionada pelo<br />
mentor do Insurance Meeting, Eugênio<br />
Velasques. Na visão dele, está cada vez<br />
mais difícil realizar o que o cliente deseja.<br />
Futuro<br />
Em todos os debates, o que se viu<br />
foi uma repetição de alertas dos consultores<br />
presentes sobre a indispensável e<br />
inadiável adoção de todas as ferramentas<br />
tecnológicas possíveis para acompanhar<br />
as novas tendências de consumo e ampliar<br />
os canais de relacionamento com<br />
o público.
❙❙Roberto Meir, do Grupo Padrão<br />
Tendo como tema central “Desafio da<br />
transformação: repensar, reagir e recriar”,<br />
o Insurance Meeting deste ano reforçou<br />
a importância do foco na inovação e na<br />
gestão de processos.<br />
Mas, sempre tendo como objetivo<br />
final atender aos novos e impacientes<br />
clientes, que querem mais agilidade para<br />
adoção dos novos conceitos, valores e<br />
desejos. “Nada mais será como antes”,<br />
alertou o C&O do grupo Padrão, Roberto<br />
Meir, escritor e especialista internacional<br />
de relações de consumo.<br />
Apresentando uma visão alarmante<br />
sobre o futuro do Brasil, que assustou a<br />
plateia, ele frisou que o mercado de seguros<br />
enfrenta “gargalos” importantes,<br />
incluindo o fato de ter sido “concebido<br />
para vender para a velha economia, que<br />
está saindo de cena junto com os “baby<br />
boomers” (nascidos entre 1943 e 1960)<br />
e a “geração X” (entre 1960 e 1980)”.<br />
Para ele, o setor precisa aprender a<br />
falar com uma nova geração, que é “muito<br />
mais unida e engajada”.<br />
❙❙Julio Guedes, da Serasa Experian<br />
Evento ficou quatro vezes maior<br />
Na avaliação de Roberto Meir, se<br />
tivesse uma postura mais proativa no<br />
sentido de acompanhar ou se antecipar às<br />
necessidades do consumidor, o setor de<br />
seguros seria responsável por algumas novidades<br />
tecnológicas relevantes. “O Waze<br />
(aplicativo para o trânsito) deveria ter sido<br />
desenvolvido por este mercado”, disparou.<br />
Roberto Meir criticou também o fato<br />
de o setor de seguros ser “totalmente<br />
off-line”, com um modelo de vendas<br />
“arcaico”. Na opinião dele, dessa forma,<br />
será cada vez mais difícil atingir o jovem<br />
que “não vê tv ou propaganda, nem fala<br />
ao telefone”.<br />
Menos pessimista, o cientista de<br />
dados Julio Guedes, do Serasa Experian,<br />
acentuou que o mercado de seguros, embora<br />
tenha vindo depois dos bancos no<br />
processo que visa a adotar ferramentas<br />
tecnológicas inovadoras para ganhar eficiência,<br />
está avançando rápido nesse processo.<br />
“Novos programas transformam<br />
dados em informação. E é precisou ouvir<br />
o que o cliente está dizendo”, observou.<br />
O Insurance Meeting ganha cada vez mais relevância, na medida em<br />
que consolida sua condição de “termômetro” para medir a capacidade de<br />
adaptação do mercado de seguros ao novo cenário criado pelas novidades<br />
tecnológicas.<br />
Os números confirmam essa tendência. Segundo a diretora executiva<br />
da CNseg, Solange Beatriz Mendes Palheiros, a 9ª edição do evento atraiu 41<br />
patrocinadores e 350 pessoas.<br />
Em 2005, o primeiro encontro contou com 17 patrocinadores e pouco<br />
menos de 100 congressistas, a grande maioria formada por especialistas em<br />
TI. “Agora, este não é mais apenas um encontro de tecnologia. É um evento<br />
de negócios, de conhecimento, de promoção”, observou Solange Beatriz.<br />
❙❙Marcio Coriolano, da Fenasaúde<br />
Novidade<br />
Na exposição realizada paralelamente<br />
ao Insurance Meeting, prestadores de<br />
serviços para área de TI e gigantes da<br />
área tecnológica apresentaram novidades.<br />
Foi o caso da Wdev, que vai utilizar<br />
drones para auxiliar na regulação de sinistros<br />
e cotação de seguros na área rural,<br />
dentro de uma ferramenta desenvolvida<br />
para as seguradoras.<br />
Segundo o gerente de produtos da<br />
empresa, Daniel Assis, os drones e a internet<br />
das coisas, com o uso de sensores<br />
em maquinários e veículos, “serão muito<br />
importantes nesse processo”.<br />
Já a I4PRO apresentou, entre outras<br />
novidades, o “Portal do Corretor”, uma<br />
ferramenta eficiente de gestão de portais<br />
para seguradoras, criada para atender<br />
corretores de seguros e seus parceiros<br />
com serviços como cotação, emissão<br />
de apólice, consultas de recebimento de<br />
comissão, entre outros.<br />
Pesquisa<br />
Essa afirmação foi corroborada, em<br />
parte, por pesquisa realizada pela CNSeg<br />
durante o evento. Perguntados sobre<br />
quais áreas de uma empresa de seguros<br />
as questões ambientais, sociais e de governança<br />
têm maior impacto e relevância,<br />
37% responderam “inclusão financeira e<br />
acesso ao seguro”. Em seguida, foram<br />
citados o “envelhecimento da população”<br />
(20%) e a “tecnologia, logística e cadeia<br />
de suprimento” (19%).<br />
Sugestiva também foi a resposta da<br />
maioria dos entrevistados sobre o que a<br />
CNseg deve oferecer ao mercado: 46%<br />
responderam “compartilhamento de pesquisas,<br />
modelos, análises, ferramentas e<br />
sistemas de quantificação”.<br />
35
Insurance meeting | Indra<br />
A tecnologia como<br />
aliada<br />
Chegada do<br />
consumidor digital<br />
faz com que<br />
companhias de<br />
seguros procurem<br />
ferramentas para<br />
auxiliar na integração<br />
de novas tendências<br />
36<br />
Há 20 anos atuando no mercado<br />
segurador, a Indra oferece soluções<br />
e serviços que cobrem<br />
toda a cadeia de valor do<br />
negócio de seguros e que abarcam desde<br />
serviços de consultoria, passando pelo<br />
desenho e implantação de soluções, até a<br />
externalização completa de processos de<br />
negócio e serviços de gestão tecnológica.<br />
Mais uma vez, a companhia esteve<br />
presente no Insurance Service Meeting<br />
como patrocinadora do encontro e apresentou<br />
suas capacidades tecnológicas.<br />
“Participar deste evento é sempre uma<br />
oportunidade para estreitar o relacionamento<br />
com clientes e parceiros e apresentar<br />
as novidades da companhia. Além<br />
disso, consideramos muito relevantes os<br />
esforços da CNseg em propor temáticas<br />
atuais e promover a discussão de questões<br />
estratégicas para as companhias do<br />
setor”, afirma Juliano Fiorussi Davoli,<br />
gerente executivo do mercado de seguros<br />
da Indra no Brasil.
Na ocasião, a empresa discutiu soluções<br />
que estarão na pauta dos CIOs das<br />
seguradoras nos próximos anos. Segundo<br />
Davoli, há a necessidade das seguradoras<br />
se adequarem ao consumidor digital e,<br />
para tanto, deverão preparar seu parque<br />
tecnológico e de soluções de forma a se<br />
adequar a nova realidade. “Neste sentido,<br />
contamos com tecnologias inovadoras e<br />
de vanguarda que ajudarão as companhias<br />
a integrarem essas novas tendências<br />
com mais facilidade e flexibilidade”,<br />
completa ele.<br />
Soluções<br />
No contexto de um mercado competitivo,<br />
com um grande nível de<br />
concorrência entre as seguradoras<br />
para conseguir serviços adaptados aos<br />
distintos segmentos de clientes, a oferta<br />
da companhia permite incrementar a<br />
eficiência dos canais de distribuição.<br />
Neste sentido, ela desenvolve soluções<br />
que permitem aos clientes gerir campanhas<br />
através de ferramenta de CRM,<br />
aumentar a eficiência comercial pela<br />
implementação de solução de Business<br />
Analytics (BA), e programas de fidelização<br />
centrados em políticas de incentivo<br />
para maximizar a eficiência do canal.<br />
A companhia também foca sua<br />
oferta na mobilidade, que inclui um<br />
conjunto de funcionalidades a serem<br />
utilizadas como base para desenvolver<br />
adaptações e particularidades conforme<br />
❙❙Juliano Fiorussi Davoli<br />
os requerimentos de cada companhia de<br />
seguros, além de apoiar as seguradoras<br />
a reterem clientes.<br />
“O mercado de seguros, cada vez<br />
mais dinâmico e globalizado, está sofrendo<br />
uma clara reorientação baseado<br />
em um modelo de mobilidade, que<br />
facilita e acelera o acesso dos clientes<br />
à informação e serviços oferecidos a<br />
eles pelas seguradoras. Graças à vertiginosa<br />
evolução que as tecnologias<br />
impulsionam neste mercado, apostamos<br />
numa clara orientação ao cliente como<br />
centro de qualquer negócio. E isto sim<br />
se aplica especialmente ao negócio de<br />
seguros”, declara Davoli, acrescentando<br />
que, no Brasil, a companhia está pronta<br />
para apoiar as empresas seguradoras<br />
em todas as necessidades de modernização,<br />
como a transformação digital,<br />
por exemplo.<br />
A Indra também desenvolve soluções<br />
próprias, como a plataforma iONE.<br />
Com valores diferenciados no âmbito<br />
da operação do negócio, a ferramenta<br />
preza pela simplicidade na definição e<br />
lançamento de produtos, o que proporciona<br />
às seguradoras um competitivo<br />
time-to-market. Ao mesmo tempo, é<br />
uma solução flexível e permite configurar<br />
uma das carteiras de produtos mais<br />
amplas do mercado. Seu desenho foca<br />
na integração de módulos e ramos, oferece<br />
visão global do negócio e eficiência<br />
nas operações.<br />
Do ponto de vista tecnológico, a<br />
empresa destaca-se pela orientação a<br />
processos, assim como pela construção<br />
sobre os standards do Business Process<br />
Management (BPM) e arquitetura orientada<br />
a serviços (SOA), o que oferece<br />
a capacidade de controlar a situação<br />
de qualquer processo de negócio da<br />
companhia. Além disso, facilita a integração<br />
com qualquer outro sistema ou<br />
solução do mercado e permite evoluir a<br />
plataforma com rapidez para adaptá-la<br />
às mudanças do entorno competitivo.<br />
Expectativas<br />
O Brasil tem sido uma geografia de<br />
alto potencial para a empresa e, hoje, a<br />
estrutura local do mercado de seguros<br />
conta com mais de 350 profissionais,<br />
entre eles executivos com passagem<br />
por grandes consultorias especializadas<br />
e companhias de seguros. A aposta na<br />
formação e na capacitação interna dos<br />
profissionais que compõem esta área<br />
para que sejam conhecedores do negócio<br />
de seguros, suas regulamentações e<br />
legislações, gera um grande diferencial<br />
competitivo, conferindo valor agregado<br />
aos serviços prestados e gerando maior<br />
sinergia com os clientes.<br />
Ainda neste âmbito, a Indra investe<br />
na certificação, como é o caso dos doze<br />
profissionais em processo da Certificação<br />
Nacional CNseg (CPC), que visa<br />
reconhecer o nível de conhecimento<br />
técnico sobre o setor segurador e contribuir<br />
para o aprimoramento dos recursos<br />
humanos do mercado. A multinacional<br />
conta ainda com vasta experiência em<br />
gerenciamento de grandes projetos de<br />
transformação destinados a melhorar o<br />
negócio dos clientes, colocando à disposição<br />
recursos tecnológicos avançados.<br />
Responsável por 6% do Produto Interno<br />
Bruto (PIB), o mercado de seguros<br />
vai na contramão do atual cenário da<br />
economia brasileira. Diversos estudos<br />
sobre o setor apontam para um crescimento<br />
estável. No primeiro trimestre<br />
de 2015, foi registrado um aumento<br />
de 22,4% em comparação ao mesmo<br />
período do ano passado, segundo dados<br />
divulgados pela Superintendência de<br />
Seguros Privados (Susep).<br />
A Indra acredita que o crescimento<br />
deste mercado está associado a questões<br />
como o aumento da expectativa de vida,<br />
as problemáticas da previdência social<br />
e a insuficiência do sistema público de<br />
saúde – que abre espaço para os seguros<br />
de vida, de previdência complementar e<br />
de saúde. Com a expansão contínua da<br />
frota de veículos e urbanização, também<br />
vê a ocorrência de mais acidentes, roubos<br />
ou furtos, que acabam por aumentar<br />
a procura por seguros automotivos e<br />
residenciais.<br />
“Como consequência do crescimento<br />
contínuo do setor, entendemos que as seguradoras<br />
buscarão na tecnologia o apoio<br />
para melhorar sua oferta de produtos, a<br />
qualidade dos serviços prestados, bem<br />
como gerar maior rentabilidade e crescimento<br />
sustentável”, finaliza o gerente<br />
executivo de seguros.<br />
37
eventos<br />
comemoração<br />
Noite de festa<br />
Cerca de 300 pessoas se<br />
reuniram no Circolo Italiano,<br />
em São Paulo, para a confraternização<br />
do Clube dos Corretores<br />
de Seguros de São<br />
Paulo (CCS-SP). Em breve<br />
pronunciamento no início do<br />
evento, o mentor Adevaldo<br />
Calegari agradeceu aos patrocinadores<br />
e, em seguida,<br />
solicitou um minuto de silêncio<br />
em memória de Marco<br />
Antonio Rossi e Lucio Flavio<br />
Condurú de Oliveira, executivos<br />
do Bradesco. “Certamente suas<br />
obras, alegria e companheirismo ficarão<br />
para sempre conosco”, disse Calegari.<br />
Com toda a diretoria do Clube reunida,<br />
grande parte dos associados, além<br />
Diretoria do CCS-SP<br />
de autoridades e convidados, a confraternização<br />
teve seu ponto alto logo após o<br />
jantar, com a entrada do cantor Fernando<br />
Rios. Acompanhado de sua banda, o<br />
artista apresentou um repertório com<br />
sucessos da MPB.<br />
reconhecimento<br />
Sincor-DF promove XV Troféu Alvorada<br />
Mais de 1.100 pessoas participaram<br />
da XV edição do Troféu Alvorada, que<br />
premiou as melhores companhias seguradoras,<br />
por ramo, respectivos profissionais<br />
atuantes no Distrito Federal, assessoria<br />
de seguros, profissionais corretores de<br />
seguros e empresas corretoras de seguros.<br />
Realizado em 21 de novembro, o<br />
evento comemorou também os 27 anos do<br />
Sincor-DF e, para a categoria, significou<br />
uma oportunidade para celebração de<br />
conquistas e confraternização: a entidade<br />
ofereceu aos convidados um momento de<br />
integração dos profissionais que têm a<br />
missão de levar a cultura do seguro para<br />
a sociedade, sendo a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> uma<br />
das homenageadas da noite.<br />
Além do presidente do Sincor-DF,<br />
Dorival Alves de Sousa, e do presidente<br />
da Fenacor, Armando Vergilio, a festa<br />
contou com a participação de Joaquim<br />
Mendanha (Sincor-GO); José Cristóvão<br />
Martins (Sincor-MT); Érico Melo (Sincor-SE)<br />
e Maria Filomena Branquinho<br />
(Sincor-MG).<br />
posse<br />
Novo comando<br />
reconhecimento 2<br />
Premiação em<br />
Alagoas<br />
Corretores, jornalistas, autoridades<br />
e convidados se reuniram em Maceió<br />
no dia 26 de novembro para a entrega do<br />
6º Prêmio Sincor de Jornalismo Alberto<br />
Marinho, promovido pelo Sincor-AL.<br />
Competiram nesta edição trabalhos<br />
inscritos em quatro categorias (Impresso,<br />
Telejornalismo, Webjornalismo e<br />
Estudante), que seguiram ao tema “O<br />
mundo do Seguro e a Importância do<br />
Corretor de Seguros habilitado”.<br />
Os vencedores foram Abdias Martins,<br />
da Ufal, com “Desmanche Legal é<br />
mais seguro” (Estudante); Láyra Santa<br />
Rosa, do O Dia, com “Esquecido nas<br />
profundezas: seguro Dpem deixa de<br />
ser acionado por falta de informação”<br />
(Impresso); Gilson Monteiro, do TNH1,<br />
com “Responsável por 6% do PIB,<br />
mercado de seguros ganha atenção do<br />
congresso nacional” (Web) e “Assumindo<br />
Riscos: 45% dos alagoanos que<br />
compram um carro novo não fazem<br />
seguros”, de Edson Moura, da TV Pajuçara<br />
(Telejornalismo).<br />
Diretoria da Aconseg SP toma posse para o biênio 2016-2018: Ricardo Montenegro,<br />
Milton Ferreira, Helio Opipari Junior, Margaret Freitas, Marcos Colantonio, Aparecida<br />
Garrido, Roberto Oliveira, Jairo Christ e Arsênio Lelis<br />
38
econhecimento 3<br />
Homenagens e<br />
comemoração<br />
celebração<br />
Um brinde às conquistas<br />
Almoço de confraternização da Associação dos Corretores de Planos de Saúde e Odontológicos<br />
do Estado de São Paulo (Acoplan), realizado no dia 2 de dezembro no salão<br />
nobre do Circolo Italiano, em São Paulo. Mais de 300 pessoas estiveram presentes para<br />
brindar as conquistas de 2015<br />
A cidade de Belo Horizonte (MG)<br />
foi palco para a festa de confraternização<br />
do Sindseg MG/GO/MT/DF,<br />
no dia 20 de novembro. Na ocasião<br />
foi entregue a Medalha do Mérito<br />
Segurador, que reconhece personalidades<br />
do mercado e da sociedade.<br />
Jayme Garfinkel, presidente interino<br />
da CNseg e presidente do Conselho de<br />
Administração da Porto Seguro; Maria<br />
Filomena Branquinho, presidente<br />
do Sincor-MG; e Marcos de Mourão<br />
Motta, presidente da Associação Asas<br />
e Amigos da Serra de Minas, foram os<br />
homenageados desta edição.O então<br />
presidente da CNseg e da Bradesco<br />
Seguros, Marco Antonio Rossi, que<br />
faleceu em um acidente aéreo, também<br />
recebeu uma homenagem.<br />
Além da entrega das condecorações<br />
feita pelo presidente do Sindseg,<br />
Augusto Frederico Costa Rosa de<br />
Matos, foram prestadas homenagens<br />
aos membros das comissões técnicas<br />
e especiais do Sindicato e aos representantes<br />
que atuam nas regiões de<br />
abrangência do Sindseg.<br />
festa<br />
Confraternização<br />
Representantes de seguradoras, autoridades do setor e corretores de seguros sócios e<br />
convidados participaram da festa de confraternização da União dos Corretores de Seguros<br />
(UCS), no bairro do Ipiranga (SP). Na ocasião, a entidade realizou sorteios aos associados e,<br />
ao final do evento, robôs motivaram os convidados a dançarem ao som do DJ<br />
expectativa<br />
Projeções para 2016<br />
Em sua 31ª Tribuna Livre, a Câmara<br />
dos Corretores de Seguro de São<br />
Paulo (Camaracor) recebeu Alon<br />
Lederman (à esqueda) e Roberto<br />
Posternak (à direita), diretor e gerente<br />
comercial da Ituran Brasil, que<br />
apresentaram as expectativas para<br />
o próximo ano. O evento foi comandado<br />
pelo presidente da entidade,<br />
Pedro Barbato (centro)
econhecimento | Sincor-GO<br />
Prêmio duplo<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />
conquista o primeiro<br />
lugar nas categorias<br />
Webjornalismo e Mídia<br />
Especializada do 1º<br />
Prêmio Sincor-GO de<br />
Jornalismo<br />
Lívia Sousa<br />
Fotos: Luciana Lombardi<br />
A<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, que em 2015<br />
foi destaque no Prêmio Especialistas,<br />
encerra o ano com<br />
mais um reconhecimento:<br />
o 1º Prêmio Sincor-GO de Jornalismo,<br />
promovido pelo Sincor-GO, em que alcançou<br />
o primeiro lugar nas categorias<br />
Webjornalismo e Mídia Especializada. O<br />
anúncio dos vencedores e a entrega dos<br />
troféus ocorreram em almoço realizado<br />
em Goiânia (GO), no dia 25 de novembro.<br />
“Acredito que ao jornalismo cabe<br />
mais do que reportar os fatos da vida.<br />
Com seus conhecimentos podem interpretar,<br />
traduzir e formar opinião. Os<br />
profissionais que aqui estão colaboraram<br />
com sua inteligência para transformar os<br />
dados em informações relevantes para<br />
a sociedade”, destacou o presidente da<br />
entidade, Joaquim Mendanha, durante a<br />
abertura do evento, adiantando que em<br />
2016 haverá a segunda edição do Prêmio.<br />
Seguindo o tema “Seguro é Proteção”,<br />
as matérias vencedoras (“De<br />
olho nas oportunidades”, assinada pela<br />
jornalista Lívia Sousa e publicada no<br />
portal da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>; e “Especial<br />
Centro-Oeste”, publicado na edição 187<br />
e de autoria da editora Kelly Lubiato e<br />
da jornalista Amanda Cruz) abordam a<br />
importância do desenvolvimento do mercado<br />
de seguros na região Centro-Oeste<br />
e a valorização do corretor de seguros. O<br />
reconhecimento da mídia especializada<br />
é de extrema importância para que a<br />
cultura do seguro seja expandida no País<br />
e que, juntamente com as seguradoras e<br />
40<br />
❙❙Kelly Lubiato e Lívia Souza<br />
corretoras, o trabalho de informar seja<br />
feito com credibilidade e transparência.<br />
XVI Prêmio Bandeirante<br />
Na mesma data, o Sincor-GO anunciou<br />
os vencedores do XVI Prêmio<br />
Bandeirante, que destaca as melhores<br />
seguradoras com atuação no Estado de<br />
Goiás nos ramos Automóvel, Elementares<br />
e Benefícios. Porto Seguro, Tokio<br />
Marine e Liberty Seguros figuraram entre<br />
as companhias mais reconhecidas pelos<br />
corretores de seguros, que em pesquisa<br />
avaliaram o atendimento das empresas nas<br />
áreas operacional, comercial e de sinistros.<br />
Mendanha destacou mudanças no<br />
Prêmio Bandeirante a partir da próxima<br />
edição, em 2016. “O prêmio chegou<br />
em sua maturidade para que possamos<br />
avançar, principalmente separando as<br />
companhias de seguros segmentadas em<br />
determinados ramos. Assim, elas serão<br />
premiadas por um trabalho exclusivo”.<br />
Foram anunciados ainda os homenageados<br />
pelo troféu Ouro Especial: Marco<br />
Antonio Rossi e Lucio Flavio Condurú,<br />
executivos do Grupo Bradesco, que<br />
faleceram em um acidente aéreo no dia<br />
10 de novembro; além de José Jerônimo<br />
Celestino, ex-presidente do Sincor-GO;<br />
e Lucas Vergilio, deputado federal – os<br />
dois últimos homenageados na confraternização<br />
anual dos corretores de seguros de<br />
Goiás, realizada em 5 de dezembro.
evento | cargas<br />
Gerenciamento<br />
para transportes<br />
CIST promove em São<br />
Paulo III Congresso<br />
Sulamericano de<br />
Seguro de Transportes<br />
e Cascos<br />
Amanda Cruz<br />
A<br />
logística dos sistemas de<br />
transportes, seja por via terrestre,<br />
marítima ou aérea,<br />
exige a contratação do seguro.<br />
Essa obrigatoriedade reforça a importância<br />
do III Congresso Latino Americano<br />
de Seguros de Transportes e Cascos realizado<br />
pelo CIST – Clube Internacional<br />
de Seguros de Transporte, entre os dias<br />
16 e 19 de novembro, na capital paulista,<br />
que discutiu as melhores práticas no<br />
gerenciamento dos riscos de logística.<br />
Uma das palestras abordou um<br />
produto sobre o qual pouco se ouve<br />
falar: o seguro de Cash in Transit. Essa<br />
modalidade protege todos os valores,<br />
como dinheiro ou jóias, que possam ficar<br />
expostos enquanto estão sob custódia<br />
de alguma empresa ou no momento em<br />
que é preciso transportá-lo. Antelmo<br />
Terrades, presidente da Secrisk International,<br />
afirma que em todos os lugares do<br />
mundo é preciso ficar atento, não há onde<br />
exista mais ou menos risco, e sempre há<br />
a possibilidade de sabotagem. “O crime<br />
organizado cria vínculos com criminosos<br />
do mundo inteiro. Isso realmente impacta<br />
nosso trabalho”, afirmou. Em sua apresentação,<br />
Terrades destacou que para<br />
evitar fraudes é preciso que sejam realizadas<br />
auditorias surpresas nas empresas<br />
que têm a custódia desses bens.<br />
E quando o risco não vem de um lugar<br />
específico, mas de uma rede? O assunto<br />
está mesmo em voga e, assim como abordado<br />
nessa edição, na página 31, o seguro<br />
contra riscos cibernéticos esteve presente<br />
também no evento do CIST. Jai Sharma,<br />
advogado especializado em Marine da<br />
Clyde & Co, da Inglaterra, falou sobre<br />
a evolução do conceito desses desafios.<br />
“Tudo está conectado à internet e, ainda<br />
assim, há problemas de segurança”.<br />
Novas tecnologias, de fato, trazem<br />
novos riscos. “Padrões de privacidade não<br />
são tão elevados quanto deveriam. Esse<br />
descuido leva à perda de dinheiro, crédito<br />
e de reputação”, destacou Sharma. Estar<br />
vulnerável significa ter que negar serviços<br />
até que tudo se normalize, arcar com as<br />
conseqüências de e-mails com vírus que<br />
possam ser enviados em nome da empresa<br />
e outras práticas ainda mais nocivas, como<br />
a descoberta de segredos de negócios<br />
pelos concorrentes e arruinar a relação<br />
com clientes.<br />
O entrave é: menos de 10% das companhias<br />
ao redor do mundo estão pensando<br />
sobre seguros cibernéticos, principalmente<br />
por esse ser um risco complexo.<br />
Os transportes marítimos também<br />
passam por essa insegurança, conforme<br />
conta Anthony Cowie, vice-presidente<br />
sênior da Swiss Re. Há a constante ameaça<br />
de roubo de dados do espaço digital, seja<br />
nas companhias em terra ou nas próprias<br />
embarcações, como plataformas, navios<br />
etc. É uma nova maneira de praticar a<br />
pirataria. “Com ataque cibernético é possível<br />
roubar mais e de maneira muito mais<br />
rápida”, destacou Cowie.<br />
Os ataques estão acontecendo em todas<br />
as indústrias e os executivos afirmam<br />
que, nesse caso, a pergunta que deve ser<br />
feita dentro das companhias não é se um<br />
sinistro cibernético ocorrerá, mas quando<br />
ocorrerá e se a empresa terá resiliência e<br />
proteção suficientes para responder a esses<br />
acontecimentos.<br />
Controle de perdas<br />
Cristiane França Alves, da Companhia<br />
Siderurgica Nacional – CSN – e<br />
também presidente da ABGR, trouxe<br />
alguns fatos que demonstram porque as<br />
perdas ainda são tão grandes e os riscos<br />
mal gerenciados.<br />
A primeira resposta que Cristiane<br />
tem a essa questão é: otimismo demais.<br />
Para ela, jargões conhecidos como “Deus<br />
é brasileiro” fazem parte de uma mentalidade<br />
nacional que falha em avaliar<br />
perigos. O povo pacífico, muitas vezes<br />
padece de sua própria crença de que tudo<br />
ficará bem, tudo se resolverá. “Ninguém<br />
quer a perda e é preciso tentar evitar sinistros<br />
com o gerenciamento de riscos”,<br />
ressaltou a executiva.<br />
41
comemoração | SulAmérica<br />
120 anos: renovada e pronta<br />
para novos desafios<br />
Companhia apostou<br />
na venda cruzada<br />
de seus produtos e<br />
já colhe resultados,<br />
como o crescimento<br />
da participação dos<br />
corretores multlinhas<br />
na venda de segurosaúde<br />
Kelly Lubiato<br />
Este já é o terceiro século em que<br />
a SulAmérica atua. Nascida em<br />
1895, a seguradora acompanhou<br />
o desenvolvimento do País e foi<br />
pioneira em vários setores, como capitalização,<br />
seguro de vida e seguro saúde.<br />
São cinco gerações da família Larragoiti.<br />
A receita do sucesso, de acordo com<br />
o presidente da companhia, Gabriel Portella,<br />
é “manter a estratégia e subscrição<br />
disciplinada com foco na rentabilidade”.<br />
Nos primeiros nove meses de 2015, o<br />
faturamento da companhia já atingiu a<br />
marca de R$ 11,4 bilhões.<br />
Para melhorar seu resultado, a seguradora<br />
apostou no conceito de multilinha,<br />
investindo no treinamento de sua força<br />
de vendas e na internalização de alguns<br />
processos, como callcenter, por exemplo.<br />
A coroação da festa de 120 anos foi<br />
a mudança da SulAmérica para o novo<br />
prédio em São Paulo, localizado na Avenida<br />
Faria Lima, bem próximo à estação<br />
de mesmo nome do metrô. Portella conta<br />
que a nova casa foi construída especialmente<br />
para a companhia, obedecendo a<br />
rígidos critérios de sustentabilidade.<br />
O novo prédio da companhia possui<br />
ampla estrutura, que inclui 13 andares<br />
e uma cobertura, vasta área verde e<br />
sistemas inteligentes que possibilitam<br />
um consumo consciente dos recursos.<br />
Sua localização estratégica, servida por<br />
42<br />
❙❙Patrick Larragoiti e Gabriel Portella<br />
diversas linhas de ônibus e conectada<br />
ao sistema de ciclovias, visa oferecer<br />
comodidade a funcionários, parceiros<br />
comerciais e clientes. O projeto pretende<br />
interferir positivamente na paisagem<br />
da região, marcada por intenso fluxo de<br />
pessoas e veículos, contribuindo para as<br />
iniciativas da administração municipal<br />
voltadas à valorização e revitalização<br />
da área.<br />
A diversificação dos negócios da<br />
companhia foi a chave para o crescimento<br />
neste período, de acordo com vários<br />
executivos da SulAmérica. Matias Ávila,<br />
vice-presidente comercial, explicou que,<br />
somente no seguro saúde, 65% das vendas<br />
foram feitas por corretores de seguros<br />
que atuavam primordialmente em outras<br />
carteiras, como automóvel. “Isso só foi<br />
possível graças ao amplo processo de<br />
treinamento. Somente em 2015, mais de<br />
37 mil colaboradores de corretoras de seguros<br />
receberam aulas sobre os produtos<br />
da companhia”, comemora.<br />
No setor em que é líder, no seguro<br />
saúde, a SulAmérica está investindo<br />
na mudança dos hábitos das pessoas,<br />
incentivando-as a terem atitudes mais<br />
saudáveis, com gestão integrada da saúde,<br />
apoio aos doentes crônicos e prevenção.<br />
O projeto Saúde Ativa já atingiu mais de<br />
500 empresas.<br />
Para esta importante data, uma<br />
campanha na mídia também está sendo<br />
lançada para homenagear esse grande<br />
marco. Com o mote “A vida é imprevisível<br />
e, acredite, isso é muito bom”, as peças<br />
publicitárias trazem invenções e fatos<br />
imprevistos que assinalaram a história do<br />
Brasil e do mundo nos últimos 120 anos e<br />
circulam em TV aberta, TV paga, rádios,<br />
sites e redes sociais.