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Revista Curinga Edição 21

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

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Comum<br />

Para as crianças, os signos e as palavras são<br />

um meio de contato social com outras pessoas.<br />

Segundo a psicóloga Angela Biaggio, na obra<br />

“Desenvolvimento e Personalidade da Criança”<br />

(2002), para adquirir pensamento em linguagem,<br />

o indivíduo deve passar por várias fases<br />

de desenvolvimento psicológico, partindo<br />

do individual para o social.<br />

A psicóloga Lamir diz que se recebermos um<br />

texto com as letras trocadas e com números, o cérebro<br />

é pré-ativado no início da leitura. O cérebro<br />

ativa o contexto de adivinhar, então não é preciso<br />

identificar cada palavra, porque a compreensão do<br />

contexto faz pular algumas palavras, e mesmo assim,<br />

entender a situação. Desta forma, as línguas<br />

contam com um processo de simbiose, relacionando<br />

o sinal com um determinado significado.<br />

As cidades, por exemplo, possuem importante<br />

papel como um dos primeiros estímulos visuais dos<br />

seres humanos, e isso transforma a interação que<br />

temos com as palavras e sua organização.<br />

O nosso cérebro, ao longo da vida, se acostuma<br />

às palavras. Mesmo que algumas estejam trocadas,<br />

associadas a símbolos, ou fora da ordem usual, o<br />

cérebro humano as decifra e compreende.<br />

Quando o urbano fala<br />

Para o arquiteto e mestre pela Universidade Federal<br />

de Minas Gerais (UFMG), Rafael Lemieszek<br />

Pinheiro, as cidades só são possíveis por conta da<br />

comunicação verbal, que possibilitou socializar<br />

e negociar a produção e uso do espaço comum.<br />

“Quanto mais populosas as aglomerações urbanas,<br />

maior o número de desafios práticos que só a comunicação<br />

consegue resolver.” Pinheiro complementa<br />

que manifestações arquitetônicas e urbanísticas<br />

no espaço construído das cidades também são<br />

uma forma de comunicação.<br />

Algumas cidades têm sua marca no excesso de<br />

palavras. Tóquio, Nova York e até mesmo São Paulo<br />

são metrópoles famosas pela grande quantidade de<br />

letreiros luminosos e outdoors que são característicos.<br />

Só na cidade brasileira, de acordo com a Prefeitura<br />

de São Paulo, em 2006 havia cerca de 20 mil<br />

outdoors, sendo que 15 mil eram irregulares. Esses

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