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Revista Apólice #216

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Ano 21<br />

Número 216<br />

Novembro 2016


editorial<br />

Ano 21 - nº 216<br />

Novembro 2016<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente da<br />

Correcta Editora Ltda<br />

e de público dirigido<br />

Mais que especial<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretor Executivo:<br />

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francisco@revistaapolice.com.br<br />

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Executiva de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Diagramação e Arte:<br />

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Fotos Capa e Prêmio:<br />

Douglas Assarian (Antranik Fotos)<br />

Articulistas:<br />

J.B. Oliveira<br />

Tiragem:<br />

15.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

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Telefones (11) 5082-1472 / 5082-2158<br />

Os artigos assinados são de responsabilidade<br />

exclusiva de seus autores, não<br />

representando, necessariamente, a<br />

opinião desta revista.<br />

Esta edição da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> é muito especial para todo o<br />

setor de seguros: trazemos aqui a cobertura em texto e imagens<br />

da sétima edição do Prêmio Melhores do Seguro. Esta edição foi<br />

diferente porque, seguindo nossos princípios de sempre trazer<br />

novidades para os leitores, em 2016 optamos por mudar a fórmula<br />

do prêmio e reconhecer as histórias de sucesso dos corretores de<br />

seguros.<br />

Eles são o principal canal de distribuição do mercado, respondendo<br />

pela maior parte dos negócios realizados. Por isso, <strong>Apólice</strong><br />

reconheceu que era preciso que estes profissionais mostrassem o<br />

que estão fazendo para enfrentar estes tempos mais difíceis e para<br />

ampliar sua penetração no setor ou região onde atuam.<br />

Nas próximas páginas vocês terão a oportunidade de conhecer<br />

alguns destes casos de sucesso. Para o próximo ano, planejamos<br />

ainda mais novidades. Em nosso setor, mudanças nem sempre<br />

são bem-vindas. Neste caso, elas foram.<br />

Trazemos também nesta edição um especial sobre riscos diversos.<br />

Vocês poderão saber mais sobre a situação de vários riscos<br />

que dependem de apólices desenhadas de forma mais específica,<br />

como é o caso dos riscos climáticos ou do setor de óleo e gás.<br />

Mostramos ainda a cobertura de recall, com o exemplo da empresa<br />

Samsung, que passou por dois eventos globais do tipo nos<br />

últimos dois meses.<br />

Aproveite a leitura!<br />

Acesse nosso site<br />

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twitter.com/revistaapolice<br />

Diretora de Redação<br />

Curta nosso<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br<br />

3


sumário<br />

22<br />

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45<br />

6<br />

14<br />

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18<br />

22<br />

25<br />

28<br />

38<br />

42<br />

45<br />

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50<br />

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|<br />

painel<br />

gente<br />

prêmio<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> inova mais uma vez e recebe mais de 50 inscrições para<br />

a primeira edição da premiação exclusiva para corretoras de seguros<br />

homenagens<br />

premiados<br />

flashes<br />

cases premiados<br />

»»<br />

Grupo YBA – Associação de Corretores<br />

»»<br />

Minuto Seguro – Treinamento para Qualidade<br />

»»<br />

CredRisk – Parceria Internacional<br />

»»<br />

Kijiro Corretora de Seguros – Longevidade do Negócio<br />

»»<br />

Mister Liber – Cobertura Profissional<br />

»»<br />

Rodobens Corretora de Seguros – Ação nas Revendedoras<br />

»»<br />

Madalozzo Corretora de Seguros – Aposta em Especialistas<br />

riscos diversos - clima<br />

riscos diversos -produtos<br />

riscos diversos -óleo e gás<br />

riscos diversos -estabelecimentos<br />

comunicação<br />

16<br />

À medida que a frequência dos eventos climáticos se intensifica, a procura<br />

por coberturas vinculadas à natureza tende a aumentar<br />

O seguro de recall ajuda as empresas a minimizar suas perdas, diminuir os<br />

transtornos causados aos clientes e gerenciar os danos à sua reputação<br />

A onda de retomada chega ao mercado de petróleo e seguradores e<br />

corretores especializados no setor se preparam para ajudar a impulsionar<br />

a carteira<br />

Além de amparar pequenas, médias e grandes empresas em caso de<br />

desabamentos e desmoronamentos, os riscos diversos têm relação<br />

direta com a expansão da construção civil no Brasil<br />

4


5


painel<br />

• nestudo<br />

Beneficiários querem mudar<br />

de plano de saúde<br />

A saída de aproximadamente dois milhões de<br />

usuários dos planos de saúde, em função da recessão e<br />

desemprego, descongestionou vários serviços e fez com<br />

que os consumidores passassem a avaliar um pouco melhor<br />

seus planos de saúde e a apontar menos problemas.<br />

Em relação a 2015, o número de pessoas que dizem<br />

não ter tido problemas com seus planos aumentou de<br />

36,6% para 42,9% e a nota do setor subiu de 6,67 para<br />

7,00. Mesmo assim, se fosse fácil e descomplicado,<br />

72,9% mudariam de operadora. Desses, 81% gostariam<br />

de ter um preço mais baixo e 19% um serviço melhor.<br />

Essas são algumas das conclusões do novo Estudo<br />

Planos de Saúde 2016, da CVA Solutions, que entrevistou<br />

7.090 usuários de todo o País.<br />

“Diferentemente de outros seguros, os planos de<br />

saúde são bastante usados pelos usuários. As pessoas<br />

têm contato com o plano e usam. E começam a crescer<br />

os serviços oferecidos, como descontos em medicamentos,<br />

clube de vantagens, programas de prevenção<br />

e promoção da saúde. Mas, falta comunicação. As<br />

empresas precisam comunicar a existência desses serviços,<br />

pois o usuário que conhece, avalia melhor o seu<br />

plano de saúde”, afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor<br />

da companhia.<br />

Outro problema detectado foi o uso do Pronto<br />

Atendimento como busca para problemas que poderiam<br />

ser resolvidos em uma consulta médica. Nos últimos<br />

12 meses, 64,8% dos entrevistados afirmaram que ele,<br />

ou alguém da sua família, foi ao Pronto Atendimento.<br />

“Se os planos fossem mais ágeis em marcar consultas,<br />

o uso do pronto atendimento seria menor”, explica<br />

Cimatti, lembrando que 20,7% dos entrevistados reclamam<br />

da demora ou burocracia para agendar consultas.<br />

• nmercado<br />

Brasil tem 104 mil corretores<br />

cadastrados<br />

Dados disponibilizados<br />

pelo site da Fenacor indicam que<br />

estão cadastrados para operar no<br />

mercado brasileiro 104.115 corretores<br />

de seguros. Desse total,<br />

38.644 são pessoas jurídicas e<br />

65.471, pessoas físicas.<br />

A região com o maior número<br />

de profissionais e empresas<br />

em atividade é o Sudeste, com<br />

66.565.<br />

São Paulo conta, no momento,<br />

com 43.773 corretores<br />

de seguros cadastrados.<br />

• ndistribuição<br />

Comissões convocam Youse para<br />

audiência na Câmara dos Deputados<br />

As Comissões de Finanças<br />

e Tributação e de Defesa<br />

do Consumidor aprovaram<br />

requerimentos do deputado<br />

Lucas Vergilio (SD-GO),<br />

vice-presidente Institucional e<br />

de Relações com o Corretor de<br />

Seguros, convocando a Youse<br />

Seguros para audiência pública<br />

na Câmara dos Deputados.<br />

A empresa terá de dar<br />

explicações sobre a venda de<br />

seguros pela internet, mesmo<br />

sem autorização da Superintendência<br />

de Seguros Privados<br />

(Susep), órgão regulador do mercado.<br />

O deputado afirma não ser contra a inovação e a modernidade.<br />

“Somos contrários, e jamais deixaremos de combater com todas as<br />

nossas forças, a marginalização e a ilegalidade. Uma seguradora<br />

online e sem registro é uma ilusão perigosa que pode afetar os<br />

consumidores”, disse.<br />

Trata-se de um desafio ao Código de Defesa do Consumidor,<br />

pelos riscos que acarreta para quem é enganado na compra de<br />

produtos, além de um desrespeito com a profissão de corretor de<br />

seguros, devido à propaganda desrespeitosa.<br />

Além da Youse, foram aprovados convites para que representantes<br />

da Caixa Seguridade Participações, da Caixa Econômica Federal<br />

e da Susep também participem das audiências.<br />

6


painel<br />

• naniversário<br />

Sincor-PR comemora 50 anos de atuação<br />

Para comemorar seus 50 anos de criação, o Sincor-PR<br />

reuniu cerca de 700 pessoas, em Curitiba, no dia 11 de outubro.<br />

Marcaram presença corretores, seguradores, personalidades<br />

do mercado e autoridades.<br />

Na ocasião, foi mostrado um vídeo sobre a evolução da<br />

entidade, destacando o embrião do Sindicato – a Associação<br />

Profissional dos Corretores de Seguros, em 1963. Destacou-<br />

-se também a obtenção da Carta Sindical, em 1966, que deu<br />

origem ao Sincor-PR.<br />

A cerimônia contou ainda com o lançamento do selo dos<br />

50 anos da entidade, produzido pelos Correios especialmente<br />

para a data. Todos os participantes também puderam escrever<br />

uma mensagem, que será incluída na Cápsula do Tempo e<br />

aberta na cerimônia de comemoração dos 70 anos do Sindicato.<br />

O evento contou com homenagens à diretoria atual, a ex-<br />

-dirigentes e a familiares dos que, já falecidos, contribuíram<br />

na construção da entidade. Foram homenageados ainda funcionários<br />

e fornecedores.<br />

• ndistribuição 2<br />

Venda de seguros chega ao shopping center<br />

Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Shopping<br />

Centers (Abrasce), em 2015, o setor de serviços cresceu<br />

6% dentro destes estabelecimentos. A expectativa da entidade<br />

é que em 2016 siga a mesma proporção de crescimento.<br />

De olho nessa tendência, a San Martin abriu uma corretora<br />

de seguros dentro deste estabelecimento. A loja foi inaugurada<br />

no dia 12 de outubro, no Plaza Avenida Shopping, em São José<br />

do Rio Preto.<br />

A empresa, que entrou para o franchising em 2014, aposta<br />

neste novo modelo de negócio e espera obter um aumento em<br />

vendas de seguros de aproximadamente 20%, devido ao grande<br />

fluxo de pessoas nos shoppings.<br />

“É uma aposta com expectativas muito positivas. Temos<br />

mais de 120 produtos para oferecer, conhecemos muito bem<br />

o mercado de seguros e nosso público consumidor. Por que<br />

não levar tudo isso para o shopping?” conta o diretor Carlos<br />

Alexandre Gomes.<br />

A proposta se deve à mudança de comportamento do<br />

público consumidor dos shoppings centers. Muito pela segurança,<br />

convivência e horário de funcionamento, as pessoas<br />

procuram por um número de serviços cada vez maior dentro<br />

destes estabelecimentos. O setor de serviços já conta com lavanderia,<br />

petshop, agência de viagem, academia e até mesmo<br />

consultas médicas e exames laboratoriais. A corretora vem<br />

para complementar essas opções e tornar a visita ao shopping<br />

ainda mais produtiva.<br />

“Para nós, é um ponto comercial muito interessante. No<br />

Brasil, são mais de 400 milhões de pessoas ao mês circulando<br />

por esse ambiente”, complementa Gomes.<br />

8


9


painel<br />

• nreconhecimento<br />

Jornalista vence novamente<br />

Prêmio Especialistas<br />

Com o objetivo de reconhecer os jornalistas que contribuem<br />

com a sociedade na escolha e multiplicação de informações<br />

setoriais com qualidade, o Prêmio Especialistas – Negócios da<br />

Comunicação 2016, promovido pelo CECOM – Centro de Estudos<br />

da Comunicação e pela revista Negócios da Comunicação,<br />

chegou a sua segunda edição e anunciou os vencedores em 33<br />

segmentos da economia.<br />

Ele valoriza o papel dos profissionais da imprensa que<br />

atuam em uma determinada área ou setor da economia e que<br />

são reconhecidos pelo conhecimento e propriedade com que<br />

tratam os assuntos de sua especialidade.<br />

“Esse reconhecimento<br />

contribui e valoriza quem está<br />

lidando com as empresas no<br />

seu dia a dia, levando informações<br />

setoriais para a sociedade”,<br />

diz Márcio Cardial,<br />

publisher da revista Negócios<br />

da Comunicação.<br />

A escolha dos ganhadores<br />

foi realizada por meio de voto<br />

livre e direto dos jornalistas e<br />

profissionais de comunicação<br />

que indicaram espontaneamente<br />

até três jornalistas por<br />

categoria.<br />

Na categoria Seguros, pela segunda vez a editora Kelly<br />

Lubiato foi uma das vencedoras, junto com Boris Ber, do<br />

Programa Seguro, e Antonio Penteado Mendonça, do jornal O<br />

Estado de São Paulo.<br />

• nreconhecimento 2<br />

Autoglass conquista<br />

Prêmio Época Reclame Aqui<br />

A Autoglass foi uma das vencedoras do Prêmio Época<br />

Reclame Aqui – Melhores Empresas para o Consumidor<br />

2016. A empresa foi destaque na categoria Peças e Acessórios<br />

Automotivos.<br />

A premiação aconteceu no Espaço das Américas, em<br />

São Paulo, no dia 7 de novembro. A Autoglass concorreu<br />

pela primeira vez, recebendo quase 26 mil votos (49,51%)<br />

populares na categoria indicada.<br />

Além da premiação, o evento contou com a presença<br />

do maestro João Carlos Martins.<br />

• nconquista<br />

<strong>Apólice</strong> é destaque no 2º Prêmio<br />

Sincor-GO de Jornalismo<br />

Três matérias da <strong>Apólice</strong> conquistaram o 2º Prêmio<br />

Sincor-GO Jornalismo. O primeiro lugar na categoria Webjornalismo<br />

ficou com a jornalista Lívia Sousa, que assina a<br />

matéria “Goianos despertam para o seguro”, publicada no<br />

Portal da <strong>Revista</strong>.<br />

Já na categoria Mídia Especializada, a <strong>Apólice</strong> levou<br />

dois prêmios. O primeiro lugar, com “As oportunidades do<br />

Cerrado”, de Amanda Cruz; e a segunda colocação para a<br />

editora Kelly Lubiato, com a reportagem “Uma alternativa<br />

para a proteção veicular”. Seguindo o tema “Viver (com)<br />

Seguro”, as matérias abordaram a importância do desenvolvimento<br />

do mercado de seguros na região Centro-Oeste<br />

e a valorização do corretor de seguros.<br />

Esta não é a primeira vez que a publicação recebe o<br />

reconhecimento do Sindicato. Na primeira edição do Prêmio,<br />

em 2015, a <strong>Apólice</strong> também conquistou o primeiro lugar<br />

nas duas categorias.<br />

Donaldo Oliveira, gerente<br />

da Central de Atendimento<br />

Autoglass, recebe o prêmio<br />

10


painel<br />

• nsaúde<br />

Caribe: a nova onda da Ameplan<br />

Lançada em janeiro deste ano, em evento para mais<br />

de 500 convidados especiais, a campanha tem seu término<br />

previsto para o mês de novembro e contemplará vendedores,<br />

supervisores, gerentes, funcionários administrativos e<br />

empresários das corretoras parceiras da operadora, com um<br />

cruzeiro de oito dias em águas caribenhas, já reservado para<br />

abril de 2017.<br />

Além dos campeões de vendas dos produtos PME da<br />

Ameplan, também serão contemplados os campeões de<br />

vendas das administradoras de benefícios parceiras da operadora,<br />

Corpore, Divicom e Quântica e a Dentalpar, parceira<br />

de odontologia.<br />

Além deste cruzeiro, com direito a acompanhante e tudo<br />

incluído, um valor estimado de R$ 200.000,00 em dinheiro<br />

será entregue aos vencedores, de acordo com o ranking dos<br />

campeões de vendas confirmadas em planos PME Ameplan.<br />

Marcelo Belber, gerente de Vendas da operadora e idealizador<br />

da campanha “Caribe, a nova onda da Ameplan”,<br />

informa que no início de novembro foi divulgado um ranking<br />

parcial dos possíveis contemplados, para que todos já deixem<br />

sua documentação preparada, inclusive os passaportes em<br />

dia. Na ocasião, também foi anunciada a data do evento de<br />

premiação, prevista para a terceira semana de janeiro de 2017.<br />

Ele comenta também que ainda há dois meses de campanha<br />

e pode haver mudanças no ranking de vendas. Ele faz<br />

um convite aos corretores para que acreditem em si mesmos<br />

e corram atrás de seus objetivos, sempre contando com a<br />

Ameplan Saúde. Belber comenta que estas campanhas são<br />

uma forma da Ameplan Saúde mostrar o reconhecimento e<br />

o merecido valor para estes profissionais que contribuem e<br />

perseveram em um mercado tão competitivo quanto este,<br />

e aproveita para deixar registrado que o departamento comercial<br />

da Ameplan Saúde estará sempre à disposição para<br />

alavancar os negócios das suas corretoras parceiras.<br />

A campanha atingiu todos objetivos da operadora, que<br />

já está preparando uma nova ação para 2017, que promete<br />

ser muito mais ousada e emocionante.<br />

• njoint venture<br />

Nasce nova seguradora de<br />

grandes riscos<br />

A Swiss Re e a Bradesco Seguros assinaram um acordo<br />

para a criação da Swiss Re Corporate Solutions Brasil Seguros.<br />

Desta forma, a empresa recebeu a carteira de grandes riscos<br />

da Bradesco. Os contratos incluem o acesso exclusivo da<br />

SRCSB à rede de distribuição da Bradesco Seguros. Com o<br />

fechamento da transação, a Bradesco Seguros assumirá 40%<br />

da participação acionária na SRCSB, enquanto a Swiss Re<br />

Corporate Solutions Ltd reterá 60% de participação. Como<br />

resultado da integração,<br />

a SRCSB se<br />

tornará uma das líderes<br />

no mercado de<br />

seguros comerciais<br />

de grandes riscos<br />

no Brasil.<br />

A rede de distribuição<br />

da Bradesco<br />

Seguros é<br />

composta por mais<br />

de 4.600 agências<br />

do Banco Bradesco<br />

em todo o Brasil e cerca de 40 mil corretores e agentes de<br />

seguros cadastrados na Bradesco Seguros. Como parte da<br />

transação, a equipe de profissionais da Bradesco Seguros,<br />

responsável pelo negócio de grandes riscos em São Paulo e<br />

no Rio de Janeiro, irá integrar a SRCSB.<br />

Agostino Galvagni, CEO da Swiss Re Corporate Solutions<br />

e membro do Comitê Executivo do Grupo Swiss Re,<br />

comenta: “Temos grande satisfação em unir forças com a<br />

Bradesco Seguros para criar uma das cinco maiores seguradoras<br />

comercial de grandes riscos no mercado brasileiro.<br />

O contrato contribui para a execução da nossa estratégia<br />

de expandir nossa plataforma e fortalecer nossa posição<br />

de mercado na América Latina. O conhecimento local e<br />

os canais de distribuição da Bradesco Seguros, somados<br />

à nossa capacidade e expertise global de subscrição, nos<br />

permitirão entregar produtos de primeira linha aos nossos<br />

clientes brasileiros e internacionais.”<br />

Randal Luiz Zanetti, presidente do Grupo Bradesco<br />

Seguros, afirma: “Esta transação confirma a visão estratégica<br />

do Grupo de proporcionar a seus clientes o maior e<br />

melhor leque de produtos em todas as linhas de seguros. A<br />

escolha da parceria com a Swiss Re Corporate Solutions<br />

está alinhada com a nossa estratégia na medida em que nos<br />

agrega ainda mais expertise e amplitude. Nossa participação<br />

relevante na joint venture reforça nossa convicção de que o<br />

seguro de grandes riscos é um negócio promissor no Brasil.”<br />

A conclusão da transação está sujeita à aprovação<br />

das autoridades competentes e demais condições precedentes<br />

usuais.<br />

12


• negócios<br />

Corretora adquire<br />

empresa de gestão de<br />

riscos cibernéticos<br />

A Aon adquiriu a Stroz Friedberg Inc., empresa<br />

de gestão de riscos cibernéticos. A união<br />

ampliará a posição global da Aon na área de<br />

consultoria e corretagem de riscos cibernéticos.<br />

“Esta aquisição permitirá que nossos clientes<br />

tenham acesso a soluções e perspectivas<br />

mais avançadas na indústria, melhorando a<br />

postura proativa de cada um deles em enfrentar<br />

o risco virtual e responder de forma mais eficaz<br />

em caso de ataque”, explica John Bruno, CIO<br />

e vice-presidente executivo da Aon inovação<br />

empresarial.<br />

Dentre os setores mais afetados pelo risco<br />

cibernético estão saúde, instituições financeiras,<br />

empresas de tecnologia, atacado e varejo,<br />

indústrias e setor de energia elétrica. No ano<br />

passado, o setor industrial sofreu globalmente<br />

perdas de 21% em propriedade intelectual,<br />

e estima-se que o ramo seja um dos maiores<br />

alvos com a probabilidade de uma empresa ser<br />

afetada a cada 3,2 ataques virtuais.<br />

Hoje, praticamente todas as empresas<br />

trabalham com dados pessoais e corporativos,<br />

como número de cartão de crédito, identidade,<br />

endereço, registros médicos, passaportes,<br />

entre outros. Na área de varejo eletrônico, por<br />

exemplo, o ataque cibernético pode provocar<br />

a interrupção da rede, causando a perda ou<br />

atrasos na prestação de serviços e nas vendas,<br />

além de gastos para restaurar a informação<br />

perdida ou aplicações danificadas decorrentes<br />

de ataques maliciosos.<br />

• nmotivação<br />

Seguradora anuncia mudanças em<br />

campanhas de incentivo<br />

A Liberty Seguros apresenta novidades em suas campanhas de<br />

incentivo. As principais mudanças são no Conexão Mundo e Conexão<br />

Brasil, que premiam corretores de todo o País com viagens nacionais e<br />

internacionais.<br />

As ações fazem parte do Programa Conexão, iniciativa de relacionamento<br />

entre a seguradora e corretores. O programa é baseado em<br />

cinco pilares que mantém os profissionais bem informados, treinados,<br />

incentivados, encantados e motivados a inovar.<br />

A campanha Conexão Mundo, que premiará corretores com viagens<br />

para Los Cabos, no México, acontece entre outubro de 2016 e fevereiro<br />

de 2017. Já a Conexão Brasil, que acontece entre outubro de 2016 e janeiro<br />

de 2017, além de levar os vencedores para Cabo de Santo Agostinho,<br />

em Pernambuco, vai premiar corretores com vouchers de R$ 1.500 para<br />

o resgate de prêmios no catálogo de produtos.<br />

13


GENTE<br />

Novo líder para a América Latina<br />

O Lloyd’s nomeou Daniel Revilla como Líder Regional<br />

para América Latina. O executivo será responsável por ampliar<br />

as relações comerciais em toda a região. Ele também assume a<br />

posição de diretor-presidente para o México e ficará baseado na<br />

Cidade do México.<br />

“Estou entusiasmado com a oportunidade de apoiar o<br />

desenvolvimento do Lloyd’s na América Latina, um mercado<br />

diversificado e dinâmico. Com<br />

o crescimento econômico da<br />

região, o valor dos ativos que<br />

necessitam de cobertura também<br />

aumenta e enxergamos<br />

um potencial significativo<br />

para o desenvolvimento do<br />

mercado de seguros e resseguros<br />

especializados. O<br />

Lloyd’s pode contribuir para<br />

apoiar a expansão da penetração<br />

de seguros em toda a<br />

América Latina e proteger as<br />

economias nas fases críticas<br />

de crescimento”, diz Revilla.<br />

Susep anuncia mudanças<br />

Funcionário aposentado do Banco Central, ex-diretor e ex-superintendente<br />

da Susep, Paulo dos Santos está de volta à autarquia.<br />

Ele foi nomeado pelo presidente da República, Michel Temer,<br />

para ocupar uma das diretorias do órgão regulador e fiscalizador<br />

do mercado de seguros, resseguros, capitalização e previdência<br />

complementar aberta.<br />

Até o dia 26 de outubro, Paulo dos Santos ocupava o cargo de<br />

presidente do Ibracor, a autorreguladora da corretagem de seguros,<br />

cargo que deixou para assumir uma nova missão, agora na Susep.<br />

O advogado Marcelo<br />

Rocha foi nomeado para o<br />

cargo de Chefe de Gabinete<br />

da Superintendência de Seguros<br />

Privados (Susep).<br />

Rocha foi assessor Jurídico<br />

da Federação Nacional<br />

dos Corretores de Seguros<br />

(Fenacor) e membro do Conselho<br />

de Recursos do Sistema<br />

Nacional de Seguros Privados,<br />

de Previdência Privada<br />

Aberta e de Capitalização<br />

(CRSNSP). A nomeação<br />

foi publicada no início de<br />

novembro, no Diário Oficial<br />

da União (DOU).<br />

Mulheres no marketing<br />

A Global Travel Assistance anunciou Leila Vieira<br />

como nova gerente de marketing. A executiva traz na<br />

bagagem experiência em empresas como Grupo Fiat,<br />

Grupo Pão de Açúcar, Drogão, Drogaria São Paulo e<br />

epay Brasil, atuando nas áreas comercial, marketing e<br />

trade marketing.<br />

Leila será responsável<br />

por desenhar<br />

os próximos<br />

planejamentos estratégicos<br />

da empresa,<br />

reportando-<br />

-se ao diretor comercial<br />

Gelson<br />

Popazoglo. Além<br />

da formação em administração<br />

de empresas,<br />

com habilitação<br />

em Comércio<br />

Exterior, ela tem<br />

MBA pela Escola<br />

Superior de Propaganda<br />

e Marketing.<br />

Troca de comando<br />

O atual presidente e CEO da Prudential do Brasil,<br />

Fabio Lins, comunicou sua intenção de deixar a empresa<br />

no final de março de 2017, com o objetivo de dedicar-se<br />

a projetos pessoais.<br />

Como resultado do anúncio, a companhia nomeou<br />

Marcelo Mancini Peixoto, atual vice-presidente executivo,<br />

como presidente e CEO adjunto.<br />

Mancini e Lins<br />

trabalharão juntos<br />

nos próximos meses<br />

e Mancini assumirá a<br />

posição de presidente<br />

e CEO. Mancini está<br />

na empresa há mais<br />

de dez anos, envolvido<br />

em todos os aspectos<br />

do negócio. Ele lidera<br />

a aquisição (ainda<br />

pendente) da empresa<br />

de seguro de vida em<br />

grupo do Itaú. Antes<br />

disto,era o CFO da empresa.<br />

A liderança para<br />

o negócio de vida em<br />

grupo será anunciada<br />

em algumas semanas.<br />

14


Diretor de resseguros<br />

A Chubb nomeou Oliver Hills como Reinsurance<br />

Regional Director para a América Latina. O executivo<br />

se reportará a Marcos Gunn, COO e Regional President<br />

North Latin America, e a Neil Bennet, EVP,<br />

Global Reinsurance Chubb Overseas General.<br />

Nesta função, Hills fará a supervisão matricial<br />

das equipes locais de resseguro e será responsável pela<br />

redefinição e execução da estratégia de resseguro para<br />

a região, com foco no México e Brasil.<br />

Origem italiana<br />

A Generali anunciou Andrea Crisanaz como seu novo CEO<br />

no Brasil. O executivo é o responsável pelo segmento de mercados<br />

individuais nas Américas. Atuário e italiano de Trieste, o executivo<br />

está no Grupo Generali desde 1990. Ele iniciou a sua carreira na<br />

Área de Vida no Head Office<br />

(Matriz Trieste).<br />

Crisanaz terá papel<br />

preponderante na expansão<br />

dos negócios da empresa,<br />

que acaba de fechar um<br />

contrato de 20 anos com o<br />

Banco BMG para vender<br />

seguros massificados numa<br />

rede que compreende 17<br />

agências, cerca de 3.000<br />

correspondentes e mais<br />

de 400 lojas de crédito<br />

da rede Help!. A parceria<br />

prevê trabalhar o mercado<br />

de servidores públicos,<br />

aposentados e pensionistas,<br />

que tem grande potencial.<br />

15


prêmio | resumo<br />

Corretoras reconhecidas<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> inova<br />

mais uma vez e recebe<br />

mais de 50 inscrições<br />

para a primeira edição<br />

da premiação exclusiva<br />

para corretoras de<br />

seguros<br />

Kelly Lubiato<br />

Esqueça tudo com o que você estava<br />

acostumado. Depois de seis<br />

edições do Prêmio Melhores<br />

do Seguro convencional, que<br />

jogava luzes sobre empresas de diversos<br />

setores, a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> resolveu que<br />

era o momento de inovar. Ficou decidido<br />

que a fórmula seria mudada, para um<br />

modelo que privilegiasse os principais<br />

atores deste setor: os canais de distribuição/<br />

corretores de seguros.<br />

A inscrição de cerca de 50 cases,<br />

com a premiação de 18 deles, mostrou<br />

que a iniciativa foi acertada. Marcelo<br />

Blay, diretor da Minuto Seguros e um dos<br />

premiados, disse que a importância do<br />

prêmio está no fato dele ser direcionado<br />

aos corretores de seguros, porque há muitas<br />

ideias que podem ser compartilhadas<br />

neste meio.<br />

Carlos Ronaldo Ferreira, diretor<br />

da Rodobens, achou genial a idéia de<br />

premiar as corretoras, porque o mercado<br />

tem um histórico de reconhecimento do<br />

trabalho das seguradoras, “mas havia<br />

uma lacuna muito bem reconhecida pela<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, de buscar identificar<br />

e estimular os corretores a falarem de<br />

suas experiências, principalmente num<br />

momento tão difícil”.<br />

Outro reconhecimento importante<br />

foi para a Madalozzo Corretora de Seguros.<br />

“Para nós é uma honra, depois<br />

de 84 anos de atuação e quatro gerações<br />

trabalhando, receber um prêmio que<br />

16<br />

escolhe poucas corretoras de seguros em<br />

nível nacional. As seguradoras têm grande<br />

prestígio e nós sempre as apoiamos.<br />

Agora, a iniciativa da <strong>Apólice</strong> nos deixa<br />

emocionados por sermos reconhecidos<br />

em São Paulo, em nível nacional”, disse<br />

Daniel Madalozzo.<br />

Felipe Sousa, diretor da Mister Liber,<br />

comemorou o prêmio porque é a única<br />

premiação feita para os corretores, que<br />

são a elite do mercado segurador. “O que<br />

é o seguro no Brasil sem o corretor de<br />

seguros? A base é o corretor, porque sem<br />

ele o mercado não existe”, sentenciou.<br />

O diretor da Propay, Ricardo Lopes<br />

ressaltou que a mudança feita pela<br />

<strong>Apólice</strong> qualifica ainda mais um grupo<br />

de empresas que procuram, através do<br />

investimento em tecnologia, pessoas e<br />

estrutura, oferecer uma proposta melhor<br />

de serviços para os clientes.<br />

A conexão da <strong>Apólice</strong> com os corretores<br />

de seguros foi essencial para que<br />

a premiação tivesse êxito. Um dos corretores<br />

que nos sugeriu a mudança foi o<br />

presidente da JLT Re, Rodrigo Protasio,<br />

que já havia participado de outras edições.<br />

“A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> é um ícone do<br />

nosso mercado, ela tem um informativo<br />

muito importante e competente online<br />

e impresso. Eu sempre senti falta da<br />

premiação do corretor nos eventos da<br />

<strong>Apólice</strong>, porque os corretores têm fator<br />

predominante neste mercado, como<br />

representantes dos consumidores. Em<br />

resseguro, é muito importante a figura<br />

do broker, opcional, e nós tentamos ser<br />

escolhidos na operação, através de um<br />

trabalho atencioso, atuarial, técnico, de<br />

avaliação de mercado e cenários econômicos<br />

para a seguradora comprar o<br />

melhor programa”, completou Protásio,<br />

lembrando que resseguro é uma atividade<br />

importante, cuja abertura comemora 10<br />

anos em 2017.<br />

Nesta linha de estímulo às atividades<br />

dos corretores, o diretor da Willis Towers<br />

Watson, Marcio Correa, declarou que<br />

este evento trouxe um alento para a classe<br />

e um desafio maior para manter o compromisso<br />

relevante de oferecer serviço de<br />

alto valor agregado aos clientes.<br />

Gabriel Fernando Barbosa, diretor da<br />

Bonaeres do Rio de Janeiro, disse que este<br />

prêmio possui caráter especial para quem<br />

tem o papel árduo de conectar o consumidor<br />

à seguradora. “O corretor não é um<br />

mero entregador de apólice. Ele tem que<br />

agregar valor à contratação de seguro. Este<br />

evento premia justamente quem consegue<br />

trazer inovação, mais eficiência e soluções<br />

criativas para o mercado”.<br />

Aderbal Humberto Amaro, diretor<br />

da Áthina Corretora, de Blumenau, disse


que “as seguradoras são a razão de existir<br />

dos corretores e é importante estar aqui<br />

com tantos representantes. As corretoras<br />

estão investindo para se preparar para o<br />

momento da retomada, por isso é preciso<br />

incentivá-las a mostrar o que estão fazendo<br />

para vencer, em sua região, a crise<br />

que teima em derrubar nosso mercado e<br />

o país”, conclamou.<br />

Mesmo um veterano das premiações<br />

da <strong>Apólice</strong>, o vice-presidente da Rede<br />

Lojacorr, Diogo Arndt, elogiou a iniciativa<br />

e parabenizou a publicação pelos 21<br />

anos de empreendedorismo e inovação,<br />

com novidades neste prêmio e reconhecimento<br />

aos corretores de seguros.<br />

Repercussão<br />

“É raro o trabalho do CVG ser<br />

reconhecido tão abertamente no<br />

mercado. Esta é uma mídia que<br />

tanto repercute os cursos, eventos<br />

etc e que reconhece o trabalho<br />

de 35 anos de existência. O Prêmio<br />

Melhores do Seguro muito<br />

nos honra e nos orgulha e, ainda,<br />

impulsiona a trilhar mais 35 anos<br />

agregando os players, melhorando<br />

produtos do mercado e permitindo<br />

o livre intercâmbio de ideias<br />

entre corretores, seguradoras e<br />

consumidores.”<br />

Dilmo Bantim Moreira,<br />

presidente do Clube Vida em<br />

Grupo de São Paulo<br />

“Parabenizo a <strong>Apólice</strong> por esta<br />

premiação, que se voltou para os<br />

corretores de seguros e suas atividades<br />

de inovação. É uma edição<br />

que reconhece a grande mola<br />

propulsora do mercado. Estamos<br />

muito felizes pela deferência à<br />

minha pessoa e à instituição que<br />

eu dirijo.”<br />

Robert Bittar, presidente da<br />

Escola Nacional de Seguros.<br />

“Este é um momento de renovação,<br />

de comemoração e de confraternização.<br />

Eu parabenizo a <strong>Apólice</strong>, em<br />

nome do Sincor-DF, por este evento<br />

que comemora uma conquista do<br />

mercado nacional. Eu vejo hoje, com<br />

bastante emoção, esta mudança e<br />

congratulo-me por entender que os<br />

corretores são figuras de destaque<br />

no cenário nacional. Sentimo-nos<br />

lisonjeados e envaidecidos pelo reconhecimento<br />

do mérito e do trabalho<br />

dos corretores de seguros.”<br />

Dorival Alves de Sousa,<br />

presidente do Sincor-DF<br />

“É louvável a iniciativa de reconhecer<br />

o trabalho dos corretores de<br />

seguros de todo o Brasil, que mostram<br />

que a categoria é importante<br />

e fundamental para que o mercado<br />

de seguros atinja um novo patamar.”<br />

Érico Mello,<br />

presidente do Sincor-SE<br />

“Esta é uma significativa mudança<br />

para melhor no Prêmio,<br />

porque é preciso valorizar os corretores<br />

de seguros. O Sincor-SC sempre<br />

trabalha pela valorização do<br />

profissional corretor de seguros.”<br />

Auri Bertelli,<br />

presidente do Sincor-SC<br />

17


homenagem | Escola Nacional de Seguros<br />

O seguro cresce na Escola<br />

Fundamentar<br />

a educação<br />

financeira e<br />

em seguros é a<br />

meta da Escola,<br />

que educa e<br />

promove ações<br />

sociais levando<br />

à qualificação do<br />

setor<br />

A<br />

história de centenas de corretores<br />

de seguros passa pela Escola<br />

Nacional de Seguros. Por isso, o<br />

ano no qual a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

decide premiar o desempenho desses profissionais,<br />

a Escola se destaca como um das<br />

homenageadas do ano.<br />

Fundada em 1971, a entidade chega<br />

aos seus 45 anos de existência contribuindo<br />

efetivamente em espalhar o conhecimento<br />

sobre seguros, administração, além de<br />

oferecer programas educacionais que dialogam<br />

com outras instituições brasileiras<br />

e do exterior.<br />

Com sede no Rio de Janeiro, e mais 12<br />

regionais, em 2016 a Escola ampliou as suas<br />

instalações em São Paulo com intuito de estar<br />

mais perto daqueles que querem aprender.<br />

Para os locais que ainda não têm espaço<br />

físico da instituição, o ensino a distância<br />

conta com os mesmos métodos utilizados<br />

nas aulas presenciais.<br />

A responsabilidade social, portanto, está<br />

presente no cotidiano da Escola Nacional de<br />

Seguros por meio de seus cursos, mas, indo<br />

um pouco além, outros projetos ampliam a<br />

sua participação no fomento da cultura do<br />

seguro junto a toda a sociedade.<br />

Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, recebe homenagem pelos 45 anos da entidade,<br />

❙❙dos diretores da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> Kelly Lubiato e Francisco Pantoja<br />

18


19


homenagem | Clube Vida em Grupo - SP<br />

35 anos de qualificação em<br />

seguros de pessoas<br />

Entidade é reconhecida por estimular o debate<br />

sobre a cultura do seguro e a busca por<br />

soluções para o mercado<br />

Os 35 anos de existência do<br />

Clube Vida em Grupo de<br />

São Paulo – CVG-SP – são<br />

marcados pela participação<br />

no mercado de seguros com atividades<br />

orientadas ao mercado segurador de pessoas,<br />

saúde, odontológico, capitalização<br />

e previdência complementar, como a<br />

realização de cursos e palestras realizados<br />

em encontros mensais, para debater<br />

o mercado de Benefícios.<br />

São 22 seguradoras filiadas, 3 resseguradoras,<br />

2 corretoras e 3 empresas<br />

prestadoras de serviços que, juntamente<br />

com 1,5 mil sócios, ajudam a encontrar<br />

soluções e promover o estudo técnico<br />

sobre os desafios do mercado.<br />

A relação que a entidade tem com os<br />

demais players do setor vem do reconhecimento<br />

das companhias que acompanham<br />

o trabalho da entidade. Com isso,<br />

o CVG-SP conquistou o credenciamento<br />

pela Susep para promover a Certificação<br />

Técnica de profissionais em 2005.<br />

Os cursos ministrados na área de Benefícios<br />

já atendeu milhares de profissionais,<br />

formando-os e especializando-os.<br />

Sem fins lucrativos, a arrecadação que a<br />

entidade faz das associadas beneméritas<br />

é revertida para a manutenção dessas<br />

iniciativas de capacitação. Outra ação<br />

que deverá se concretizar em breve, após<br />

a reformulação do site da entidade, é a<br />

plataforma de serviços, que contará com<br />

inclusão de currículos e vagas para quem<br />

busca colocação no mercado.<br />

O CVG-SP também conta com diversas<br />

parcerias, como com o Sindicato dos<br />

Securitários desde 2002; convênio com<br />

instituições de ensino como o Mackenzie,<br />

oferecendo descontos em cursos de<br />

graduação e pós-graduação.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> homenageia o<br />

Clube Vida em Grupo de São Paulo na<br />

figura do atual presidente, Dilmo Bantim<br />

Moreira, pelo empenho em estimular a<br />

compreensão da importância da cultura<br />

do seguro na sociedade e da incansável<br />

proposta de trazer à tona o que precisa<br />

ser discutido no mercado.<br />

❙❙Dilmo Bantim Moreira, presidente do CVG-SP, e seus diretores recebem homenagem pelos 35 anos da entidade<br />

20


21


premiados<br />

Leandro Dantas, Maurício Bandeiras (Executivo e Gerente de<br />

Produtos Financeiros) e Maurício Masferrer (VP Riscos e<br />

Seguros Corporativos) da Aon recebem o prêmio de<br />

José Marcelino Risden, presidente da Berkley, pelo case<br />

❙ ❙“Expansão do seguro de D&O”<br />

❙ Hélio Kinoshita, presidente e Flavio Zopello (à direita) diretor<br />

Alberto da Silva (presidente) e Francisco Sesquini Jr. (vice) do<br />

❙❙Grupo Yba, pelo case ”Unificação de processos internos”<br />

❙ comercial da Mitsui Sumitomo, entregam o troféu para Carlos<br />

❙ Gustavo Toledo, diretor Comercial da Metlife, entrega<br />

❙ ❙Corretora, pelo case “Crescimento vertical”<br />

❙ o troféu para Aderbal Humberto Amaro, diretor da Áthina<br />

❙ Gabriel Fernando Barbosa, diretor da Bonae Res, recebe o<br />

❙ ❙pelo case “Soluções em seguros”<br />

❙ troféu das mãos de Érico Melo, presidente do Sincor Alagoas,<br />

❙ Cláudio Macedo, diretor comercial da CredRisk, recebe<br />

❙ ❙Hollanda, presidente do CVG-RJ<br />

❙ o prêmio pelo case “Parceria internacional” de Marcello de<br />

Alvaro Angelo de Lima, presidente da GC do Brasil, recebe<br />

o prêmio de Tércio Polli da Sompo Seguros, pelo case<br />

❙ ❙“Plataforma de treinamento e desenvolvimento”<br />

22


Carlos Nardone, diretor da It’sSeg, recebe troféu pelo case<br />

“Gestão integrada de saúde” das mãos de Paulo Lima,<br />

❙❙diretor da Icatu Seguros<br />

Rodrigo Protásio, CEO da JLT Re, recebe o troféu da diretora<br />

redação da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, pelo case “Colocação<br />

❙❙de riscos declináveis”<br />

❙ Kijiro Fujii, da Kijiro Corretora, recebe o troféu pelo<br />

❙ ❙superintendente Comercial da Bradesco Seguros<br />

❙ case ”Longevidade do negócio” de Leonardo Freitas,<br />

Leonardo Freitas entrega também o troféu para os diretores<br />

da Madalozzo Corretora, Lucas, Alcides e Daniel Madalozzo,<br />

❙❙pelo case “Aposta em especialistas”<br />

Francisco Pantoja, diretor executivo da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />

entrega o prêmio para os diretores da Marsh, Eduardo<br />

Marchiori, Eduardo Marques e Raul Nechar pelo case<br />

❙ ❙“Excelência operacional”<br />

Marcelo Blay, CEO da Minuto Seguros, recebe o troféu das<br />

❙ mãos de Wilson Lima, diretor comercial regional SP da<br />

❙<br />

❙ Sompo Seguros, pelo case “Treinamento para a qualidade”<br />

23


premiados<br />

❙ Silas Kasahaya, diretor comercial da Icatu Seguros, entrega<br />

❙ ❙Mister Liber Brasil, pelo case “Cobertura profissional”<br />

❙ o troféu para Felipe Eduardo Rodrigues de Sousa, diretor da<br />

❙ Diogo Arndt, vice-presidente da Rede Lojacorr, recebe o<br />

❙ ❙superintendente comercial da Bradesco Seguros<br />

❙ troféu pelo case “Expansão de negócios” de Leonardo Freitas,<br />

❙ Osmar Bertacini, presidente da Associação Paulista<br />

❙ ❙pelo case “Trabalho para vencer desafios”<br />

de Técnicos de Seguros, entrega o prêmio para Denise<br />

❙ Castrogiovane, da Sodexo e Ricardo Lopes, diretor da Propay<br />

❙ Auri Berteli (terno cinza), presidente do Sincor SC, entrega<br />

Ronaldo Paes Ferreira e Olcimar Zerbato da Rodobens<br />

❙❙Corretora, pelo case “Ação nas revendedoras”<br />

❙ o prêmio para Rogerio Pagotto, Vanessa de Oliveira, Carlos<br />

❙ Dorival Alves de Souza, presidente do Sincor DF, entrega<br />

❙ ❙Seguros, pelo case “Corretora cativa”<br />

❙ o troféu para Jackson Prata, diretor da Terraço Corretora de<br />

Marcio Correa, head of Client Management da Willis Towers<br />

Watson, recebe o prêmio de José Marcelino Risden,<br />

❙❙presidente da Berkley, pelo case “Uma nova marca”<br />

24


flashes<br />

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26<br />

flashes


27


case premiado | Grupo Yba<br />

Diretoria do Grupo Yba recebe o prêmio da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, com o case de Unificação de Processos Internos<br />

Associação de corretores<br />

Com o objetivo de se tornar referência<br />

no setor, corretores de<br />

seguros do interior paulista se<br />

uniram para formar o Grupo<br />

Yba. Estas empresas estão estrategicamente<br />

posicionadas no estado de São<br />

Paulo, que apresenta o maior PIB do País.<br />

15 corretores fazem parte do Grupo,<br />

que foi oficialmente fundado em 2013,<br />

mas que há mais de 20 anos já fazia<br />

parte do ideário do seu atual presidente,<br />

Carlos Alberto da Silva, e do atual vice-<br />

-presidente, Francisco Sesquini Junior.<br />

Mesmo antes da fundação, as corretoras<br />

de seguros atuavam em parceria.<br />

Desta forma, foi possível unir a Abens<br />

em Tupã, Centro Oeste em Presidente<br />

Prudente, Precisa em Promissão, Karseg<br />

em Avaré, Lemecor em Leme, Mogiana<br />

em São Joaquim da Barra, Resseguros<br />

em Marília, MS Solssia em Araraquara,<br />

Valor em Ourinhos, Viotto em Franca,<br />

Sesquini em Bauru, Atoprime em Fernandópolis,<br />

Noiva da Colina em Piracicaba,<br />

Santa Cruz em Santa Cruz do Rio<br />

28<br />

Pardo, e MM em Igarapava. “Buscamos<br />

fortalecer nossos vínculos, qualificar os<br />

nossos processos e ampliar o relacionamento<br />

comercial com os nossos públicos.<br />

Acreditamos que o papel do corretor de<br />

seguros, desempenhado com excelência,<br />

contribui para a garantia do bem estar de<br />

toda a sociedade”, afirma Carlos Alberto<br />

da Silva, no site do Grupo. Em um cenário<br />

de mercado promissor, é sempre importante<br />

incentivar a união das corretoras<br />

para promover o desenvolvimento sustentável,<br />

com o objetivo de acompanhar<br />

as tendências de crescimento econômico<br />

e constante necessidade de aperfeiçoamento.<br />

A consolidação do Grupo Yba<br />

aconteceu em duas fases distintas. Primeiro,<br />

onze corretores, indicadas pelos<br />

parceiros seguradores que identificaram<br />

as mesmas necessidades, fecharam um


acordo com missão, visão e valores<br />

convergentes. Neste ponto se destacou o<br />

perfil empreendedor dos envolvidos. “Os<br />

quatro corretores que se juntaram posteriormente,<br />

vieram ao Grupo e passaram<br />

por diversas entrevistas e entendimento<br />

do compromisso de se unir a um Grupo<br />

já em andamento”, explica Silva. A opção<br />

pelo interior de São Paulo veio de<br />

uma estratégia de estar sob uma única<br />

diretoria das seguradoras, o que fortalece<br />

as negociações comerciais. “O mix de<br />

carteira do Yba é bastante diversificado,<br />

mas ainda tem a predominância do seguro<br />

de automóvel individual”, conta Silva.<br />

O foco no seguro de automóvel é natural<br />

para a maioria das corretoras de seguros.<br />

Há bastante tempo o veículo é o<br />

sonho de consumo dos brasileiros<br />

e a proteção deste bem já está<br />

arraigada na sociedade.<br />

Esta mentalidade<br />

é ainda bastante forte<br />

no interior do estado de<br />

São Paulo, principalmente nas regiões<br />

onde a agroindústria é forte e o Índice<br />

de Desenvolvimento Humano é alto.<br />

Para enfrentar a grave crise que o setor<br />

de seguros de automóveis enfrentou em<br />

2016, o Grupo Yba investiu no desenvolvimento<br />

de processos, principalmente<br />

daqueles que envolvem diretamente o<br />

relacionamento com os clientes. “Buscamos<br />

a aproximação com os consumidores<br />

de diversas formas: seja por mensagem<br />

de texto, e-mail, aplicativo, redes sociais<br />

etc. Por outro lado, também investimos<br />

em processos capazes de melhorar a<br />

nossa performance e o resultado final<br />

dos negócios”, esclarece o presidente.<br />

Os sérios problemas do seguro de auto<br />

❙ Corretoras de seguros<br />

❙<br />

parceiras do Grupo Yba<br />

ocupam todo o interior<br />

❙ do estado de São Paulo<br />

❙❙Escritório do Grupo Yba em Bauru (SP)<br />

individual também foram sentidos no<br />

auto-frota, pois houve uma significativa<br />

queda das margens de lucro. Mesmo<br />

assim, os prêmios emitidos pelo Grupo,<br />

em 2016, devem alcançar crescimento<br />

na ordem de 13,33%. Este valor esta<br />

muito acima da média de crescimento do<br />

mercado de seguros como um todo, que<br />

deve ficar em torno dos 6,5%. Para 2017,<br />

o Grupo Yba pretende focar seus esforços<br />

em fortalecer ainda mais o apoio aos<br />

corretores na promoção<br />

do cross-seling, com o<br />

intuito de impulsionar<br />

as vendas de produtos<br />

de benefícios e seguros<br />

patrimoniais.<br />

29


case premiado | Minuto Seguros<br />

Treinamento para qualidade<br />

A<br />

Minuto Seguros tem uma premissa:<br />

o atendimento como<br />

diferencial para atrair e manter<br />

clientes. No entanto, a<br />

empresa entende que o bom atendimento<br />

precisa ser praticado todos os dias, por<br />

todas as áreas. Somente desta forma<br />

receberá a confiança necessária dos<br />

clientes, que buscam por um parceiro<br />

com credibilidade quando o assunto é<br />

o seguro de um bem. Este foi o tema do<br />

case premiado pelo “Prêmio Melhores do<br />

Seguro – Corretoras”.<br />

“Apesar de sermos uma corretora<br />

online, aprendemos que os clientes não<br />

fecham os negócios totalmente online. Em<br />

100% das vendas de seguro de automóvel<br />

que concretizamos até agora, tivemos a<br />

participação fundamental de um consultor<br />

de seguros, do elemento humano. O prêmio<br />

é o reconhecimento deste trabalho”,<br />

alega Marcelo Blay, CEO da empresa.<br />

A corretora, que já investia em uma<br />

área dedicada ao treinamento de seus<br />

consultores, intensificou o feito entre o<br />

final de 2015 e o início deste ano, quando<br />

desenvolveu internamente 17 módulos<br />

voltados ao atendimento, vendas, postura<br />

em ligação com o segurado e cultura da<br />

empresa. Os módulos apresentam conteúdo<br />

lúdico, exemplos práticos, vídeos,<br />

imagens e sons. “Optamos pela produção<br />

de slides com empresas especializadas<br />

em apresentações animadas”, comenta<br />

o executivo. Na confecção do material, a<br />

empresa pode refletir sobre seus valores,<br />

sua essência e transportar estes princípios<br />

para o discurso de vendas.<br />

Para a elaboração dos módulos,<br />

foram unificados os discursos de mais<br />

de 150 consultores. A empresa também<br />

agregou seu conhecimento específico de<br />

seguros, produzindo um livro sobre o<br />

tema. Desde então, os novos funcionários<br />

passam por treinamentos assim que<br />

chegam à companhia. Colaboradores<br />

veteranos da equipe de vendas também<br />

foram treinados. “Tivemos um ótimo<br />

feedback de nossos colaboradores, que<br />

puderam incorporar novas ferramentas<br />

em seu repertório”, alega o CEO.<br />

Foram buscadas ainda fontes de vendas<br />

por telefone e pela internet – um desafio,<br />

considerando que há pouca literatura<br />

e referência nacional ou internacional<br />

específicas sobre o assunto. A solução?<br />

“Devorar” mais de seis livros correlatos<br />

e agregar o conhecimento em seguros.<br />

Um passo importante<br />

Pela primeira vez desde a sua fundação,<br />

há seis anos, a Minuto Seguros<br />

contratou um grupo de pessoas sem experiência<br />

em seguros. Para esta preparação,<br />

lançou recentemente a Escola Minuto.<br />

“Contratamos a Escola Nacional de<br />

Seguros para ministrar módulos in company<br />

de treinamento em seguros. Passaremos<br />

nosso módulo de vendas, citado<br />

anteriormente, além de aulas específicas<br />

de seguro de automóvel dadas pessoalmente<br />

por Manes Erlichman, sócio da<br />

Minuto. É um belo desafio”, diz Blay.<br />

Para os consultores experientes, a<br />

corretora busca constantemente aprimorar<br />

suas técnicas e conhecimento, além<br />

do processo de coaching com empresas<br />

especializadas.<br />

30


case premiado | CredRisk Seguros<br />

Em pé, da esquerda para direita: Carolina Rodrigues, Wagner Justino, Ricardo Eminente, Antonio Delbianco, Claudio Macedo e<br />

Eliana Batistella. Sentados, da esquerda para direita: Cristina Dias, Flavio Barros, Philip Krinker e Leiko Kusaba<br />

Parceria internacional<br />

A<br />

CredRisk Seguros abriu recentemente<br />

uma corretora de<br />

seguro de crédito em Londres,<br />

em parceria com três corretoras<br />

europeias. A inauguração da empresa,<br />

chamada Keystone Trade Credit, se deveu<br />

à necessidade de atendimento adequado<br />

ao perfil dos clientes, fato igualmente<br />

verdadeiro para os parceiros que também<br />

são empresas nacionais, com alto nível<br />

de especialização e conhecimento de<br />

seus mercados locais de atuação. Através<br />

destes parceiros, a companhia busca dar<br />

continuidade à qualidade dos serviços nos<br />

outros locais em que seus clientes atuam.<br />

“Focamos no atendimento ao segmento<br />

industrial e comercial, o que inclui as<br />

multinacionais brasileiras que possuem<br />

escritórios e fábricas em diferentes países.<br />

A necessidade de parcerias com empresas<br />

estrangeiras nasceu como resposta à<br />

demanda de nossos clientes”, explica o<br />

diretor comercial, Claudio Macedo Pinto.<br />

Para o executivo, o “Prêmio Melhores<br />

do Seguro 2016 – Corretoras” não só<br />

indica o reconhecimento pelo mercado<br />

como motiva a corretora na busca pela<br />

melhoria contínua. Entre os diferenciais<br />

que permitiram a conquista, ele lista a<br />

qualidade no atendimento – o que inclui<br />

a agilidade na regulação e liquidação de<br />

sinistros e o gerenciamento adequado dos<br />

seguros e suas condições – e o investimento<br />

na área de consultoria em Crédito<br />

e Cobrança, hoje integrada à parte de<br />

corretagem.<br />

Vale destacar que a atuação local<br />

também foi ampliada com a abertura da<br />

CredRisk Marine, corretora voltada aos<br />

seguros de transportes nacionais e internacionais.<br />

A CredRisk Seguros acredita<br />

na sinergia entre os ramos que tradicionalmente<br />

atende e a área internacional<br />

representada pelos seguros de transporte<br />

internacional, importação, exportação e<br />

demais ramos. “Nossa proposta de valor<br />

é atuar no comércio internacional, onde<br />

conseguimos trazer soluções para as<br />

empresas desde a importação de uma<br />

matéria prima até a venda, à prazo, onde<br />

entra o nosso expertise no seguro de<br />

crédito”, diz Macedo.<br />

Panorama do mercado<br />

O ano de 2016 foi especialmente<br />

difícil para o seguro de crédito em razão<br />

do panorama econômico como um todo.<br />

A inadimplência crescente fez com que as<br />

seguradoras se tornassem mais restritivas<br />

quanto à concessão de limites de crédito<br />

e que as taxas utilizadas para cálculo dos<br />

prêmios tivessem ligeira piora, apresentando<br />

patamares mais elevados.<br />

Números recém-publicados a respeito<br />

deste segmento indicam um<br />

crescimento positivo. Entretanto, uma<br />

análise mais criteriosa revela que, para<br />

o segmento específico de atuação da<br />

corretora, o crescimento foi praticamente<br />

inexistente e a sinistralidade foi<br />

crescente. Ainda assim, a CredRisk<br />

Seguros conseguiu manter o ritmo de<br />

evolução com um índice de renovação<br />

próximo dos 95%.<br />

Apesar das dificuldades, a companhia<br />

demonstra otimismo quanto à 2017. Afinal,<br />

em um ambiente econômico árduo, o<br />

seguro de crédito representa proteção e<br />

garantia para as empresas.<br />

31


case premiado | Kijiro Corretora de Seguros<br />

Longevidade do negócio<br />

Em tempos de crise e concorrência<br />

acirrada, dar longevidade<br />

ao negócio se torna uma tarefa<br />

ainda mais complexa. A Kijiro<br />

Corretora de Seguros, no entanto, prova<br />

que é possível alcançar bons resultados<br />

mesmo quando o cenário se mostra extremamente<br />

desafiador. Por esta razão,<br />

conquistou lugar de destaque no “Prêmio<br />

Melhores do Seguro 2016 – Corretoras”.<br />

Administrador da corretora, Kijiro<br />

Fujii afirma que o reconhecimento só foi<br />

possível graças ao envolvimento de todos<br />

os colaboradores e parceiros. “Recebemos<br />

o prêmio com honra. Ele é resultado<br />

de muito trabalho, disciplina e dedicação<br />

32<br />

Nova fachada (acima)<br />

e antiga fachada<br />

(à direita) da Kijiro<br />

Corretora de Seguros<br />

na construção da reputação da empresa<br />

e a ratificação do propósito de sermos<br />

referência na prestação de serviços de<br />

seguros”, argumenta.<br />

Tornar um negócio longevo significa<br />

fidelizar clientes. Presente em Mogi das<br />

Cruzes e região desde 1998, a corretora<br />

conta com uma carteira de quatro mil<br />

segurados pessoas físicas e 250 pessoas<br />

jurídicas. Mantê-la, porém, exige total<br />

atenção e cuidados especiais. Conhecer<br />

o público consumidor, atender as suas<br />

demandas, estar constantemente em<br />

contato com os segurados e fazer com


que permaneçam satisfeitos são fatores<br />

indispensáveis neste sentido. “É necessário<br />

estar sempre um passo à frente da<br />

expectativa do cliente. Isso só é possível<br />

inovando em produtos e serviços para<br />

atender os desejos e as necessidades do<br />

consumidor de maneira cada vez mais<br />

surpreendente”, salienta o executivo.<br />

Na busca pela inovação, a Kijiro<br />

ampliou serviços e agora promove no<br />

mínimo três produtos por cliente (entre<br />

seguros de vida, residencial, saúde,<br />

automóvel e previdência privada). Para<br />

isso, selecionou poucas seguradoras do<br />

mercado, mas com expertise em determinados<br />

ramos. Um grande desafio, pois<br />

algumas dessas companhias ainda não<br />

aceitam produtos além do seguro auto,<br />

o que obrigou a corretora a buscar por<br />

outras seguradoras que atendessem a um<br />

mesmo cliente.<br />

A contribuição à comunidade nos<br />

setores de esporte, cultura, meio ambiente<br />

e responsabilidade social também entra<br />

como uma estratégia neste processo.<br />

“Percebe-se que a experiência de atendimento<br />

é um fator chave para fidelizar<br />

os consumidores. É preciso tratá-los<br />

com zelo e empatia. O engajamento e a<br />

motivação da equipe são fundamentais e<br />

consistem no principal ponto de contato<br />

entre a empresa e seu público-alvo”, declara<br />

Fujii, pontuando ainda a oferta de<br />

produtos e serviços de qualidade e com<br />

preço justo.<br />

Longevidade e fidelização:<br />

qual o segredo?<br />

A Kijiro acredita que a sobrevivência<br />

do negócio está atrelada a pilares específicos.<br />

Um deles é a sucessão empresarial,<br />

processo já em andamento na corretora.<br />

“Promover colaborador a sócio: concedemos<br />

parte da sociedade a dois corretores<br />

em 2010, oficializamos em contrato social<br />

a cláusula de sucessão, onde o sócio majoritário<br />

define a compra da cota através<br />

do recebimento da indenização. Assim,<br />

os familiares que não entendem de seguro<br />

ficam fora da gestão”, explica Fujii.<br />

Se destacam ainda o marketing e o<br />

patrocínio nos principais eventos da cidade,<br />

além da qualificação da equipe através<br />

da atualização e do aperfeiçoamento e a<br />

busca por novas formas de aprendizagem,<br />

❙❙Kijiro Fujii ao lado dos diretores da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

que possibilitem o exercício da atividade<br />

em sintonia com as exigências do mercado.<br />

Também é necessário manter-se<br />

competitivo com sistemas de Gestão<br />

(Otimização).<br />

Tão importante quanto reconhecer<br />

habilidades e dificuldades é a capacidade<br />

de administrar e gerir o negócio. Para<br />

manter a estabilidade, um maior conhecimento<br />

sobre ferramentas e técnicas de<br />

gestão é necessário. Portanto, a empresa<br />

continuará investindo na capacitação dos<br />

gestores através de cursos e participações<br />

em seminários e congressos.<br />

Aberta a firmar novas parcerias<br />

para otimizar e alavancar os negócios, a<br />

corretora aposta na contratação de uma<br />

empresa de marketing e publicidade para<br />

estudar o mercado e obter processos<br />

bem definidos. A ideia é que isso seja<br />

feito com a padronização de documentos,<br />

automatização de processos, atualização<br />

de ferramentas e equipamentos. Entre<br />

os planos futuros, estuda potencializar<br />

formas de fidelizar os clientes por meio<br />

de cartão de relacionamento moderno.<br />

Solidez<br />

Kijiro Fujii avalia que o crescimento<br />

superior a 8% nos últimos 12 meses é<br />

uma conquista, considerando a retração<br />

do mercado. Com medidas otimizadas e<br />

customizadas, ele garante que os resultados<br />

da corretora avançarão ainda mais.<br />

“Não basta contratar seguro. O produto<br />

precisa ser mensurado de acordo com o<br />

tamanho e o risco da Kijiro Corretora de<br />

Seguros”, conclui.<br />

33


case premiado | Mister Liber Corretora de Seguros<br />

Cobertura profissional<br />

Equipe da Mister Liber Corretora de Seguros presente no evento de premiação da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

Em 1994, os profissionais liberais<br />

ganhavam mais representatividade<br />

no mercado de seguros. A<br />

corretora Mister Liber chegava<br />

ao mercado para atender profissionais que<br />

precisavam de apólices mais personalizadas<br />

às suas necessidades, como médicos,<br />

por exemplo, que não encontravam no<br />

País seguros para seus honorários, erros<br />

médicos ou majoração de membros<br />

essenciais para o desempenho de suas<br />

funções, incapacidade temporária, entre<br />

outros. O fundador da empresa, Josusmar<br />

Alves de Sousa, começou a desenvolver<br />

esses produtos em 1984, em outras companhias<br />

por onde passou, mas dez anos<br />

depois foi o momento de dedicar sua<br />

expertise em seu próprio negócio.<br />

Ele lembra que, na época, o Brasil<br />

não oferecia esses tipos de coberturas,<br />

34<br />

obrigando os clientes a procurarem esses<br />

produtos em outros países. “No Brasil,<br />

os produtos para profissionais liberais<br />

chegaram com a Mister Liber. Hoje quase<br />

todas as seguradoras oferecem, mas houve<br />

bastante resistência para trazê-los ao<br />

País. Temos muito orgulho de termos sido<br />

pioneiros”, conta, referindo-se principalmente<br />

ao seguro de Responsabilidade<br />

Civil para cobertura de erros médicos.<br />

“Demorou dez anos para que essas coberturas<br />

fossem aceitas pelas companhias<br />

daqui”, complementa.<br />

2010 foi o ano em que a Mister Liber<br />

passou de corretora única para ser um<br />

grupo, após a aquisição de corretoras e<br />

consultorias e da diversificação das áreas<br />

de atuação.<br />

O pioneirismo é, portanto, um case<br />

de sucesso que a corretora desenvolve<br />

há 22 anos, sendo agora reconhecido<br />

pelo prêmio Melhores do Seguros – Especial<br />

Corretoras. “Para mim, receber<br />

o prêmio é o reconhecimento de todo o<br />

nosso trabalho e empenho pelo mercado”,<br />

comemora.<br />

Já consagrada no mercado, a empresa<br />

hoje tem uma matriz e duas filiais em<br />

São Paulo, além de duas filiais no Rio<br />

de Janeiro, uma em Salvador e traz nos<br />

planos, além de Brasília, ultrapassar as<br />

fronteiras brasileiras. “Estamos abrindo<br />

uma filial em Miami e outra em Nova Iorque,<br />

que já estão na fase de regularização<br />

de documentação que deverão começar a<br />

funcionar entre junho e julho de 2017”.<br />

A venda consultiva também é parte<br />

importante no desenvolvimento da corretora,<br />

contando com o papel do Consultor<br />

de Contas, profissional responsável por


fazer o planejamento, a organização e<br />

a administração, representando o canal<br />

direto entre o cliente e a estrutura de<br />

atendimento da empresa.<br />

Diferenciação e vida<br />

Em um mercado que ainda tem tanto<br />

para crescer, ao invés de pensar em concorrência<br />

a Mister Liber resolveu investir<br />

em educação. A começar por sua equipe,<br />

que recebe treinamento e especialização<br />

nos serviços e produtos oferecidos pela<br />

corretora aos profissionais liberais. Além<br />

disso, há o Programa Mentor, que oferece<br />

diretrizes a corretores que vêm de todos<br />

os cantos do país participar, aprender e<br />

desenvolver suas habilidades para o setor.<br />

“O corretor precisa ter desprendimento,<br />

parar de pensar nos colegas de profissão<br />

como ameaça, concorrência. Para crescer,<br />

todas as pessoas precisam de um<br />

mentor e é isso que oferecemos com esse<br />

programa”, afirma Josusmar.<br />

O conhecimento adquirido como<br />

membro do MDRT – Million Dollar<br />

Round Table, uma associação global<br />

voltada para profissionais financeiros<br />

que agrega mais de 500 companhias em<br />

❙❙Momento de entrega do troféu<br />

❙❙Josusmar Alves de Sousa representando o País em Congresso Internacional<br />

70 países, intensificou o trabalho do corretor<br />

em trazer para o País as novidades<br />

pujantes do mercado. “Muito do nosso<br />

sucesso se deve ao fato de ser membro do<br />

MDRT, que possui esse selo de qualidade<br />

mundial”, afirma. Isso porque a entidade é<br />

rigorosa e reconhecida internacionalmente<br />

por contar com membros com qualidade<br />

profissional excepcional tanto nos ramos<br />

financeiros quanto do seguro de vida.<br />

Para o futuro, a corretora deverá<br />

investir ainda mais nos seguros de Vida,<br />

principal foco tanto na venda quanto no<br />

ensino. “Vender vida ainda é um tabu no<br />

Brasil, é preciso dar educação e qualificação<br />

para o corretor conseguir vender<br />

esse seguro”, aposta. Uma vez por mês,<br />

a corretora promove esse encontro para<br />

corretores iniciantes e também aqueles<br />

que já têm experiência, mas precisam<br />

aprimorar suas técnicas e conhecimentos.<br />

Ele adianta que muitas novidades estão<br />

chegando no País e que isso deverá movimentar<br />

esse mercado, como é o caso de<br />

um seguro voltado aos portadores do mal<br />

de Alzheimer, que entrega a indenização<br />

caso o segurado seja diagnosticado com a<br />

doença. “O mercado de Vida representa<br />

apenas 0,12% do PIB, o que é quase nada,<br />

é preciso mudar isso”, ressalta o corretor.<br />

Essa disseminação da modalidade<br />

deverá vir em palestras e soluções que<br />

serão trazidas pela Mister Liber em parceria<br />

com uma grande seguradora, que<br />

contará com palestra e discussões sobre<br />

o que existe em outros países e que pode<br />

ser aplicado por aqui.<br />

“Nós procuramos ajudar não somente<br />

quem colabora conosco, mas o mercado,<br />

o pequeno corretor, destacando a<br />

Mister Liber dentro dessa indústria. Essa<br />

é parte da filosofia da nossa corretora”,<br />

finaliza Josusmar.<br />

35


case premiado | Rodobens Corretora de Seguros<br />

Ação nas revendedoras<br />

O<br />

cenário restrito de oportunidades<br />

de seguros para<br />

automóveis novos, principalmente<br />

caminhões, não<br />

intimidou a Rodobens Corretora de Seguros.<br />

A empresa, que atua fortemente no<br />

setor de veículos comerciais, obteve uma<br />

produção de Auto/RE de R$ 162 milhões<br />

em 2015, com participação histórica de<br />

caminhões – que representaram 72%<br />

desse volume.<br />

Destaque com o case “Ação nas<br />

revendedoras” no Prêmio Melhores do<br />

Seguro 2016 – Corretoras, a companhia<br />

atribui o reconhecimento a dois fatores:<br />

“entendemos que a conquista tem um<br />

forte componente quantitativo, pois registramos<br />

crescimento de dois dígitos em<br />

nossa produção de frotas em 2015/2016; e<br />

qualitativo, com a percepção de seguradoras<br />

e mercado da mudança de atitude<br />

e foco por parte da equipe da Rodobens<br />

em relação a esse segmento, antes trabalhado<br />

de forma menos intensa do que nos<br />

últimos meses”, pontua o diretor Carlos<br />

Ronaldo Paes Ferreira.<br />

Para chegar até aqui, foi estabelecido<br />

um pipeline de vendas, que concentrou<br />

❙❙Carlos Ronaldo Paes Ferreira<br />

❙❙Portaria da sede da Rodobens, em São José do Rio Preto/SP<br />

diversas ações comerciais nas revendas<br />

próprias e parceiras. Entre as iniciativas<br />

implementadas estão a recuperação<br />

de clientes não renovados em anos<br />

anteriores, abordagens a empresas que<br />

deixaram de fechar seguros de frota em<br />

outras oportunidades, além da oferta de<br />

produtos de outros ramos para segurados<br />

da própria carteira<br />

Como fator adicional, para motivação<br />

das equipes comerciais envolvidas<br />

– tanto da própria corretora quanto das<br />

revendas próprias e parceiras –, foram<br />

implementadas campanhas de incentivo/<br />

reconhecimento, com o pagamento de<br />

valores adicionais no caso de fechamento<br />

de novas operações de frotas e/ou outros<br />

ramos.<br />

Como em todo e qualquer processo<br />

inédito, a empresa esbarrou em alguns<br />

entraves: o principal deles, segundo Ferreira,<br />

foi o desafio cultural. “Ao propor e<br />

implementar um novo modelo de atuação,<br />

a equipe comercial passou a sair das revendas<br />

próprias e parceiras para ir a campo<br />

visitar clientes e prospects e buscar<br />

oportunidades de seguros em ramos onde<br />

operávamos de forma pontual”, revela.<br />

Com a implantação do pipeline de<br />

vendas, que prioriza um relacionamento<br />

mais próximo e efetivo com a base de<br />

clientes, a produção nos ramos selecionados<br />

vem superando o patamar de 15%<br />

em 2015/2016.<br />

O diretor destaca ainda o crescente<br />

interesse e a consistente contribuição<br />

por parte de toda equipe comercial, que<br />

“comprou” este novo e necessário modelo<br />

de atuação.<br />

A empresa já sinaliza que as novidades<br />

não devem parar por aí. “Os próximos<br />

passos estão relacionados ao maior<br />

conhecimento e especialização da equipe<br />

comercial e técnica, via treinamento nos<br />

ramos de seguro que pretendemos intensificar<br />

nossa atuação, para trabalharmos<br />

cada vez melhor na identificação de<br />

oportunidades e busca de alternativas na<br />

base de clientes da Rodobens”, conclui<br />

Ferreira.<br />

36


case premiado | Madalozzo Corretora de Seguros<br />

Aposta em especialistas<br />

Cada ramo de seguro possui suas<br />

particularidades e é importante<br />

que eles sejam atendidos por um<br />

especialista, não mais pela figura<br />

de corretores generalistas. O formato<br />

organizacional da Madalozzo Corretora<br />

de Seguros possibilita um atendimento<br />

com foco de cada setor em sua respectiva<br />

área, comandadas por diretores especialistas<br />

nos seguros de riscos elementares,<br />

benefícios (vida, saúde e odontológico)<br />

e frota de veículos. “Nossos primeiros<br />

especialistas vieram do mercado segurador.<br />

Convidamos diretores, gerentes e<br />

especialistas de seguradoras para desenvolver<br />

os departamentos”, revela Lucas<br />

Madalozzo, diretor da companhia.<br />

Os especialistas e as equipes atendem<br />

todas as demandas referentes ao<br />

seu produto. Ao surgir uma solicitação,<br />

o departamento inicia o atendimento<br />

e realiza visitas, define o desenho da<br />

proposta e a negocia junto à seguradora<br />

e ao cliente. Após o fechamento, ficam<br />

responsáveis pela gestão da conta durante<br />

toda a vigência, sempre em conjunto com<br />

o Departamento de Sinistros. “Sabendo<br />

que possuem o apoio dos especialistas e<br />

demais departamentos operacionais, os<br />

corretores podem se concentrar na prospecção<br />

de negócios”, garante o executivo.<br />

Após a adoção deste modelo, a carteira<br />

(antes concentrada no ramo de automóveis)<br />

foi diversificada. Considerada<br />

o principal motivo para que a corretora<br />

mantivesse bons resultados em meio à<br />

crise econômica, a aposta ainda<br />

traz a expectativa de que a Madalozzo<br />

encerre o ano com 35%<br />

de acréscimo em receita ante<br />

ao período anterior. “Também<br />

temos grande convicção de que<br />

nos próximos anos o mix de<br />

produtos não será apenas um<br />

diferencial, mas sim questão de<br />

sobrevivência”, aposta Lucas.<br />

Desafios e expansão<br />

O investimento inicial foi destinado<br />

aos profissionais e à adequação de novos<br />

fluxos de atendimento, que substituiu a<br />

antiga cultura de cada corretor acionar<br />

diretamente a seguradora para mobilizar<br />

os especialistas. “Agora, os comerciais<br />

entendem que o papel dos especialistas é<br />

ofertar o melhor para o cliente, expondo<br />

os pontos positivos e negativos de cada<br />

seguradora para identificar o que se<br />

encaixa melhor para a necessidade do<br />

consumidor”, salienta Daniel Madalozzo,<br />

também diretor da corretora.<br />

Há 84 anos no mercado, hoje a Madalozzo<br />

é comandada pela quarta geração<br />

da família que, além de concentrar os<br />

esforços nos especialistas, investe na<br />

expansão da corretora. Entre 2015 e 2016<br />

foram abertas cinco novas filiais (situadas<br />

no Paraná e em Santa Catarina), totalizando<br />

nove unidades que atendem todo<br />

o território nacional.<br />

“Certamente, foi um grande prestígio<br />

sermos reconhecidos pelo Prêmio<br />

❙❙Daniel e Lucas Madalozzo<br />

Melhores do Seguro 2016 – Corretoras.<br />

É o que realmente buscamos. Nossa expansão<br />

está no início e o prêmio mostrou<br />

que estamos no caminho certo”, diz ele,<br />

destacando que 2017 será um ano de<br />

aperfeiçoamento e de enraizamento nas<br />

últimas cidades, onde a empresa investirá<br />

na equipe atual e manterá os olhos abertos<br />

para oportunidades do mercado. “A<br />

expansão faz parte da nossa rotina, mas<br />

precisa ser feita com qualidade”, reforça.<br />

Segundo Daniel, a estratégia da<br />

corretora difere do modelo de parcerias<br />

e associações de corretores vistas no mercado.<br />

Os investimentos são direcionados<br />

em estrutura e força comercial própria,<br />

fiéis a uma única marca e objetivos, com<br />

gestão centralizada que mostra ganho em<br />

eficiência operacional, evita anti-seleção<br />

de negócios, facilita o cross-selling de<br />

produtos e permite que a Madalozzo<br />

continue investindo na qualidade dos<br />

serviços prestados ao cliente.<br />

❙❙Matriz em Ponta Grossa/PR<br />

❙❙Filial em Curitiba/PR<br />

37


especial riscos diversos | clima<br />

Desastres naturais aumentam<br />

busca por seguro<br />

Apenas em 2015, 198 catástrofes ocorreram no mundo. À medida<br />

que a frequência dos eventos climáticos se intensifica, a procura<br />

por coberturas vinculadas à natureza tende a aumentar<br />

A<br />

natureza demonstra sinais<br />

cada vez mais claros de desgaste,<br />

com eventos climáticos<br />

que deixam grandes rastros<br />

de destruição por onde passam. Considerado<br />

um dos cinco mais mortais e<br />

mais caros em escala mundial, o furacão<br />

Katrina trouxe ventos de até 250<br />

quilômetros por hora, somando 1,8 mil<br />

mortos e um milhão de desabrigados em<br />

Nova Orleans, costa leste dos Estados<br />

Unidos, em 2005. Tido também como<br />

o pior desastre natural da história dos<br />

norte-americanos, registrou prejuízos<br />

estimados em US$ 150 bilhões tanto às<br />

propriedades privadas quanto à infraestrutura<br />

pública.<br />

O mais recente aconteceu em outubro<br />

passado, no Haiti, em que mais de mil<br />

vidas foram perdidas com a passagem<br />

do furacão Matthew. Com milhares de<br />

casas, plantações e pequenas criações<br />

de gado destruídas, além da ausência<br />

de comida e água potável, o local ainda<br />

foi castigado pela cólera. Em seis dias, a<br />

Organização Mundial da Saúde (OMS)<br />

38<br />

Lívia Sousa<br />

contabilizou 200 casos suspeitos da doença<br />

no sudoeste do país. A Organização<br />

das Nações Unidas (ONU) classifica o<br />

evento como a pior crise humanitária no<br />

país desde o terremoto de 2010, quando<br />

220 mil pessoas morreram.<br />

À medida que a frequência dos eventos<br />

climáticos se intensifica, a procura<br />

pelas coberturas vinculadas aos eventos<br />

da natureza tende a aumentar. No entanto,<br />

ainda está aquém do necessário. Segundo<br />

o estudo sigma 1/2016, realizado pela<br />

Swiss Re, apenas em 2015 ocorreram um<br />

total de 198 catástrofes naturais no mundo,<br />

que representaram perdas econômicas<br />

de cerca de US$ 80 bilhões. Somente US$<br />

28 bilhões (35%) estavam seguradas.<br />

Já no primeiro semestre deste ano, o<br />

valor total das perdas econômicas mundiais<br />

apuradas pelo levantamento foi de<br />

US$ 71 bilhões, das quais US$ 31 bilhões<br />

(44%) estavam seguradas. Isso representa<br />

um aumento de 38% em relação ao mesmo<br />

período de 2015. Só as catástrofes<br />

naturais representaram um valor US$ 68<br />

bilhões (em comparação a US$ 46 bilhões<br />

no mesmo período de 2015). Os US$ 3<br />

bilhões restantes foram resultantes de<br />

desastres provocados pelo homem.<br />

Riscos diversos<br />

Nestes casos, um seguro de riscos<br />

diversos, que busca atender necessidades<br />

específicas de cobertura não encontradas<br />

nos ramos tradicionais de seguros, pode<br />

funcionar bem. Este tipo de produto<br />

oferece várias modalidades e coberturas<br />

para os riscos de perdas e danos materiais<br />

decorrentes de causa externa, exceto<br />

aqueles expressamente excluídos.<br />

“As apólices cobrem danos materiais<br />

e de lucro cessante para todos esses<br />

eventos de catástrofes naturais, como<br />

furacões, tornados, terremotos, tsunamis<br />

e alagamentos, entre outros, em diferentes<br />

classes de negócio: Property (tanto<br />

para residências quanto para edificações<br />

comerciais ou industriais), Marine<br />

(embarcações, transportes), Energy (incluindo<br />

onshore ou offshore), Riscos de<br />

Engenharia etc.”, pontua Bruno Freire,<br />

CEO da resseguradora local Austral Re.<br />

Por conta do acúmulo de riscos afetados<br />

pelo mesmo evento, as seguradoras<br />

expostas compram grandes contratos de<br />

resseguro para diluir as perdas. O grande<br />

furacão nos Estados Unidos e no Caribe,<br />

o Matthew, tem perdas seguradas totais<br />

estimadas em mais de US$ 8 bilhões.


❙❙Bruno Freire, da Austral Re<br />

Eventos anteriores, como o Katrina,<br />

tiveram perdas ainda maiores. “Países<br />

mais desenvolvidos tendem a ter uma<br />

penetração de seguros maior para essas<br />

perdas, enquanto países mais pobres,<br />

como o Haiti, têm um percentual mínimo<br />

desses prejuízos segurados”, acrescenta.<br />

Brasil não está ileso<br />

Embora não esteja exposto a este<br />

tipo de catástrofe, o Brasil abriga outros<br />

eventos climáticos que, apesar de menos<br />

divulgados que os terremotos, também<br />

causam grandes perdas econômicas e<br />

humanas. Um deles é a seca, que afeta<br />

principalmente a atividade agrícola. As<br />

exportações de café, por exemplo, caíram<br />

90% entre setembro de 2015 e o mesmo<br />

mês de 2016 em razão da seca que afetou<br />

a produção por dois anos. Assim, a indústria<br />

se viu obrigada a demitir transportadores,<br />

processadores e armazenadores.<br />

Igualmente afetado foi o cultivo de<br />

milho safrinha no estado de Goiás, em<br />

maio deste ano. Apesar de aumentar<br />

a área plantada em aproximadamente<br />

12% (o equivalente a 100 mil hectares a<br />

mais), a expectativa inicial de produção<br />

foi reduzida de nove milhões de toneladas<br />

para cinco milhões e a estimativa de<br />

produtividade, de 6,5 mil para cerca de<br />

4,9 mil quilos por hectare.<br />

Vendavais e ciclones também são<br />

riscos reais por aqui, especialmente na<br />

região Sul. O maior deles atingiu Santa<br />

Catarina em março de 2004, sendo<br />

batizado inclusive como o primeiro<br />

furacão brasileiro, após se transformar<br />

em um ciclone tropical intenso. Foram<br />

27,5 mil desalojados, quase 36 mil casas<br />

danificadas, 518 feridos e 11 mortos. 14<br />

municípios decretaram estado de calamidade<br />

pública e os prejuízos chegaram a<br />

aproximadamente R$ 1 bilhão.<br />

Há de se considerar ainda as inundações,<br />

os desmoronamentos, os deslizamentos<br />

de terra e as enchentes, todos<br />

causados por tempestades. “Um seguro<br />

de riscos diversos também pode ser contratado<br />

para enchentes”, pontua a gerente<br />

de Riscos da Terra Brasis Resseguros,<br />

Tatiana Bianco.<br />

O problema é que, em algumas das<br />

áreas mais expostas a esses riscos, como<br />

as próximas de rios, a penetração de<br />

seguros com essas coberturas é baixa.<br />

“Infelizmente, grande parte destes eventos<br />

poderia ter cobertura de vários tipos<br />

de seguro, entre eles de riscos diversos e<br />

de riscos ambientais, mas não tem”, diz<br />

a executiva.<br />

Em parte, as seguradoras têm receio<br />

de oferecê-las e, em outras vezes, os<br />

próprios segurados não estão dispostos<br />

a pagar o preço. Programas de resseguro<br />

bem estruturados, e mesmo seguros<br />

paramétricos, podem ser uma solução<br />

para a melhor alternativa de cobertura.<br />

No entanto, o diretor P&C e Specialties<br />

da Swiss Re Corporate Solutions, Silvio<br />

Steinberg, diz que o principal propósito<br />

de longo prazo é contribuir para que a sociedade<br />

se torne cada vez mais resiliente<br />

a catástrofes naturais.<br />

❙❙Silvio Steinberg, da Swiss Re<br />

❙❙Tatiana Bianco, da Terra Brasis<br />

“Temos o desafio de encontrar<br />

maneiras de obter maior penetração do<br />

seguro, para garantir que as perdas decorrentes<br />

de eventos inesperados estejam<br />

seguradas”, afirma ele, que no geral vê um<br />

aumento na consciência de que o Brasil<br />

não está imune aos riscos da natureza<br />

e, com isso, boas perspectivas para o<br />

crescimento dos seguros patrimoniais<br />

no País (a carteira de riscos diversos<br />

também faz parte dos chamados seguros<br />

patrimoniais).<br />

Em termos de prêmios, os economistas<br />

da companhia estimam que a carteira<br />

de seguros patrimoniais, que totalizou R$<br />

15,8 bilhões em prêmios subscritos em<br />

2015, poderá quase dobrar de tamanho<br />

até 2020, alcançando R$ 27,7 bilhões.<br />

Já Bruno Freire, da Austral Re, aponta<br />

para outro problema: muitas das áreas<br />

mais afetadas são carentes e com menos<br />

condição financeira de comprar seguro.<br />

Neste caso, a solução estaria nos governos<br />

(estados, municípios, por exemplo) comprarem<br />

uma cobertura ou uma distribuição<br />

mais massificada por afinidade.<br />

Maquinários e equipamentos<br />

No caso dos equipamentos, o seguro<br />

de riscos diversos garante o objeto<br />

segurado contra qualquer dano de causa<br />

externa, incluindo danos da natureza.<br />

“Os riscos catastróficos estariam contemplados<br />

no produto, cabendo apenas<br />

em alguns casos negociações específicas.<br />

Este tipo de proteção pode ser contratada<br />

por equipamento ou para um grupo de<br />

39


clima<br />

Eduardo Figueiredo,<br />

❙❙da Willis Towers Watson<br />

equipamentos”, explica Eduardo Figueiredo,<br />

Property & Casualty Director da<br />

Willis Towers Watson.<br />

Nos seguros oferecidos por algumas<br />

companhias, especificamente para<br />

equipamentos de uso de construção,<br />

industrial e agrícola, são garantidos os<br />

danos decorrentes de eventos climáticos<br />

como vendaval, furacão e alagamento. A<br />

exceção fica por conta dos equipamentos<br />

estacionários. Em termos de resseguro,<br />

quando o montante de prejuízos excede<br />

a prioridade da seguradora, é acionada<br />

a cobertura de resseguro por catástrofe.<br />

Dados da Superintendência de Seguros<br />

Privados (Susep) sobre este tipo de<br />

proteção indicam que, de 2014 até agora,<br />

a carteira registrou uma sinistralidade de<br />

28%. “Entendemos que é uma carteira de<br />

pouca influência no mercado segurador<br />

como um todo, com tendência de manutenção<br />

deste status”, diz o executivo, defendendo<br />

que este nicho seja trabalhado<br />

de forma específica, com foco, buscando<br />

soluções diferenciadas para cada segmento<br />

de mercado.<br />

Otimismo<br />

Com os eventos climáticos ganhando<br />

cada vez mais força também no Brasil,<br />

surge a dúvida: será que os setores de<br />

seguros e resseguros terão capital suficiente<br />

para absorver todas essas perdas<br />

em alguns anos?<br />

Os executivos apontam para um futuro<br />

promissor. Tatiana Bianco, da Terra<br />

Brasis, assegura que há, sim, fundo suficiente,<br />

pois além de contar com um forte<br />

mercado segurador e ressegurador local,<br />

o País detém uma grande capacidade<br />

internacional. Já Bruno Freire, da Austral<br />

Re, não só compartilha da opinião<br />

como alega que hoje existe um excesso<br />

de capital no mercado de resseguros.<br />

Entretanto, o ponto crucial é conseguir<br />

uma maior distribuição do produto para<br />

mais pessoas estarem protegidas.<br />

“As seguradoras e as resseguradoras<br />

têm que focar em aumentar a distribuição<br />

dos produtos em associação com os<br />

governos, principalmente nas áreas mais<br />

necessitadas. Porém, esse tipo de associação<br />

público-privada é sempre complicada<br />

de se colocar em prática”, lembra.<br />

Eduardo Figueiredo, da Willis Towers<br />

Watson, aponta que o mercado de<br />

seguros baseia-se no mutualismo e em<br />

avaliações estatísticas de longo prazo,<br />

tentando prever a recorrência de eventos<br />

desta natureza e que, por esta razão,<br />

seja possível absorver as perdas futuras.<br />

“Estes estudos servem de base para a<br />

determinação de capacidade e lastro para<br />

suportar tais eventos”, diz.<br />

Há ainda situações diferenciadas<br />

não naturais, difíceis de serem previstas,<br />

que podem causar danos catastróficos ao<br />

mercado de seguros, como foi o caso do<br />

atentado às Torres Gêmeas, em setembro<br />

de 2001. “Mesmo nestes casos, o mercado<br />

mostrou resiliência suficiente para manter-<br />

-se operando”, conclui Figueiredo.<br />

Riscos diversos também no entretenimento<br />

As coberturas para Riscos Diversos<br />

também são válidas para o setor de<br />

entretenimento, considerando as linhas<br />

de Eventos e Filmagem. Em eventos,<br />

as coberturas podem ser contratadas<br />

desde para um casamento até um<br />

grande festival. Já na parte de filmagem,<br />

abrangem desde comerciais para<br />

TV até a filmagem contratada por uma<br />

produtora de Holywood. “Neste setor,<br />

o mercado praticamente só contratava<br />

coberturas de Responsabilidade Civil e,<br />

às vezes, Acidentes Pessoais”, recorda<br />

Juliana Santos, responsável pela<br />

carteira de Entretenimento da Chubb.<br />

A seguradora passou a oferecer<br />

um clausulado com coberturas para<br />

Riscos Diversos, contemplando tanto<br />

eventos quanto filmagens. Assim, os<br />

equipamentos também passaram a ser<br />

cobertos. “Ao contrário do que muitos<br />

imaginam, as apólices de Responsabilidade<br />

Civil não protegem equipamentos,<br />

ainda que sejam de terceiros”, frisa.<br />

A cobertura para equipamentos<br />

também beneficiou a área de filmagens,<br />

pois as produtoras costumam utilizar<br />

instrumentos caros, sejam próprios ou<br />

de terceiros. Os riscos variam, considerando<br />

que as filmagens envolvem cenas<br />

externas e por vezes em ambientes<br />

desfavoráveis. Nesse segmento, outro<br />

risco coberto por este tipo de seguro<br />

é o possível prejuízo por regravação de<br />

cenas em função da ausência repentina<br />

de um ator por questões de acidente,<br />

doença ou morte.<br />

Entretanto, o cancelamento de um<br />

evento representa o risco mais severo,<br />

pois o prejuízo envolveria praticamente<br />

todos os gastos com a realização do<br />

projeto (cachê, locomoção, hospedagem,<br />

aluguel do palco, funcionários,<br />

contratação de terceiros, investimentos<br />

em publicidade, entre outros itens). “O<br />

acontecimento, que pode significar a<br />

falência da empresa responsável pelo<br />

evento, admite cobertura de uma apólice<br />

de Riscos Diversos”, afirma Juliana.<br />

40


41


especial riscos diversos | produtos<br />

Saindo de cena<br />

Quando um produto<br />

não sai conforme o<br />

planejado, um seguro<br />

de recall ajuda as<br />

empresas a minimizar<br />

suas perdas, diminuir<br />

os transtornos<br />

causados aos clientes<br />

e gerenciar os danos<br />

à sua reputação<br />

42<br />

Amanda Cruz<br />

Na Índia, em 2015, a gigante<br />

do ramo alimentício Nestlé<br />

precisou incinerar 400 milhões<br />

de pacotes de macarrão<br />

instantâneo que estavam contaminados<br />

por metais tóxicos. 27 mil toneladas do<br />

produto foram retiradas das prateleiras<br />

e também das mãos de distribuidores e<br />

consumidores. O custo da operação de<br />

recall ficou em torno de US$ 50 milhões<br />

e durou meses até a conclusão de todo o<br />

processo.<br />

Em 2016, foi a vez de outra gigante<br />

ser manchada: a Samsung passou não<br />

apenas por um, mas dois processos de<br />

recall. O primeiro por causa do Galaxy<br />

Note 7, lançado no início de agosto deste<br />

ano e descontinuado em outubro, após a<br />

impossibilidade de deter os prejuízos.<br />

Os aparelhos pegavam fogo ao serem<br />

colocados para recarregar e a companhia<br />

precisou fazer um recall de 2,5 milhões<br />

de unidades. Esse foi o pior recall de<br />

smartphones de todos os tempos e, segundo<br />

estimativas da Reuters, pode ter<br />

custado à Samsung cerca de US$ 17 bilhões,<br />

incluindo também o que a empresa<br />

deixou de vender.<br />

O que a companhia não esperava é<br />

que o smartphone que a fez perder cerca<br />

de US$ 26 bilhões em valor de mercado,<br />

de acordo com a consultoria Factset, não<br />

seria sua única preocupação. Ela anuncia<br />

agora um novo recall de 2,8 milhões de<br />

máquinas de lavar, depois que mais de<br />

700 pessoas afirmaram que os aparelhos<br />

explodiram. Esse caso afetou 34 modelos<br />

diferentes de equipamentos que<br />

foram vendidos entre 2011 e 2016. Até<br />

o fechamento dessa edição, ainda não<br />

havia estimativa de quanto esse novo caso<br />

deverá custar à sul-coreana.<br />

Fernando Paes, diretor da divisão<br />

grandes riscos especiais do Grupo Liber-


❙❙Fernando Paes, da Liberty<br />

ty – LIU – explica que essas ocorrências<br />

acabam acontecendo não por falta de cuidado,<br />

mas porque há um longo caminho<br />

entre os testes feitos por quem idealiza<br />

o produto até maneira como ele será<br />

usado pelos clientes. O desenvolvimento<br />

de um produto é feito em laboratório,<br />

em ambiente controlado, dentro do qual<br />

é realizada uma série de testes, expondo<br />

seu produto a um grupo de pessoas<br />

previamente selecionadas. São consumidores<br />

de diferentes costumes, classes<br />

sociais, nível de escolaridade etc. Ou seja,<br />

a maior diversidade possível. “A partir do<br />

momento que esse produto é colocado à<br />

venda no mercado, a companhia perde<br />

esse controle e o produto passa a estar<br />

sujeito a ainda mais diferentes condições<br />

de uso, de percepção, de exposição, de<br />

cuidados e de manutenção. Esse ambiente<br />

controlado é um dos fatores que leva à<br />

perda segurada pelo produto de recall”,<br />

ensina o executivo.<br />

O tangível e o intangível se misturam<br />

quando o assunto é Responsabilidade<br />

Civil Produtos e/ou recall. A operação<br />

pode ser assegurada de duas maneiras:<br />

dentro da apólice de Responsabilidade<br />

Civil ou em uma apólice do tipo stand<br />

alone. Essa segunda, mais elaborada,<br />

requer um pouco mais de atenção na hora<br />

de fechar os pormenores das coberturas.<br />

Já a mais simples é uma velha conhecida<br />

dos corretores, especialmente aqueles que<br />

fecham mais seguros de RC, e geralmente<br />

tomam de 10% a 20% da cobertura básica.<br />

É o que explica Marcio Guerrero,<br />

presidente da Comissão de Responsabilidade<br />

Civil da Fenseg. “Dentro desse<br />

produto existem coberturas que protegem<br />

a reputação. Não há uma indenização<br />

fixa desse custo, porque é difícil colocar<br />

um preço nele, mas existem cláusulas de<br />

perdas financeiras, lucros cessantes etc.<br />

Já nas apólices específicas de recall, isso<br />

pode ser mais bem desenhado”, afirma.<br />

A cobertura acessória, sublimite, é bem<br />

mais restrita.<br />

O seguro de recall cobre os custos<br />

para a retirada do produto, custo do produto<br />

e os danos causados. “No Brasil, é<br />

um seguro recente e com baixa adesão<br />

por parte das empresas, apesar de disponível<br />

para os mais diversos ramos.<br />

Mesmo quando é procurado, a decisão<br />

de compra enfrenta uma barreira grande”,<br />

afirma Anderson Romani, diretor<br />

administrativo de especialidades da JLT<br />

Brasil Seguros. O executivo afirma que<br />

acredita no crescimento da carteira, especialmente<br />

pela repercussão dos casos<br />

que vêm acontecendo ao redor do mundo<br />

e sendo divulgados. Além disso, a probabilidade<br />

é de que com o tempo o seguro<br />

fique mais completo.<br />

Há seguro para todo mundo, mas a<br />

tendência é tão forte que há seguradoras<br />

que já fazem a especialização do nicho,<br />

como é o caso da AIG, que disponibiliza<br />

ao mercado brasileiro o seguro Produtos<br />

Contaminados desde 2009, com grandes<br />

empresas nacionais e internacionais do<br />

segmento como clientes. “O seguro ampara<br />

custos de comunicação em âmbito<br />

mundial e conta com a ajuda de consultores<br />

especializados para isso. A perda<br />

de receita do segurado, que pode ser um<br />

dos maiores prejuízos após um evento de<br />

recolhimento, também pode ser amparada<br />

pela apólice”, afirma Camila Santos,<br />

gerente de Seguros de Responsabilidade<br />

Civil da companhia.<br />

O caso do macarrão na Índia ainda<br />

não foi suficiente para impactar o ramo<br />

alimentício brasileiro que, mesmo observando<br />

estes problemas, tem poucas<br />

empresas contratantes no País. “Hoje,<br />

temos também o recall para o setor automotivo,<br />

mas nem esse produto é muito<br />

comprado”, lamenta Romani.<br />

A preocupação se estende por toda a<br />

cadeia. É verdade que há a possibilidade<br />

de contratação de coberturas que cubram<br />

terceiros, especialmente se a indústria<br />

faz seu produto final para que outros<br />

o utilizem como parte de sua linha de<br />

produção. “Sendo assim, a empresa pode<br />

contratar o seguro para o produto que ela<br />

está fabricando e vendendo com uma cobertura<br />

de RC para terceiros, abrangendo<br />

eventuais perdas que possam ser causadas<br />

pelo seu produto utilizado”, explica Paes.<br />

Isso reforça a segurança, mas cada integrante<br />

da cadeia produtiva deve ter sua<br />

própria apólice, porque os riscos de cada<br />

atividade são específicos.<br />

Antes que seja tarde<br />

Bom gerenciamento de riscos e plano<br />

de contingência eficiente. Essas são as<br />

duas respostas para que uma empresa<br />

seja bem aceita no seguro de recall, seja<br />

dentro do RC ou em uma apólice específica.<br />

A contratação, portanto, está muito<br />

mais ligada ao preparo e à percepção<br />

de necessidade das empresas do que ao<br />

seu segmento de atuação ou tamanho<br />

da empresa. Pois, ao contrário do que<br />

muitos imaginam, esse produto não é<br />

direcionado para empresas de grande<br />

porte, embora elas sejam, atualmente, a<br />

maioria entre os segurados. “A maior procura<br />

é por empresas de grande porte, com<br />

alto controle de qualidade e certificações<br />

internacionais. Porém, já observamos<br />

que os pequenos e médios empresários<br />

também se preocupam com a garantia de<br />

um seguro para a continuidade de seus<br />

negócios”, afirma Camila.<br />

“A empresa, para ser atendida, não<br />

❙❙Marcio Guerrero, da Fenseg<br />

43


produtos<br />

precisa ser uma multinacional. Pode ser<br />

uma empresa local que, por um conceito<br />

interno, chega à conclusão de que precisa<br />

ter esse seguro para atender eventuais<br />

problemas que possa ter com a venda<br />

ou entrega do seu produto”. O tamanho<br />

pode ser importante para a quantificação<br />

do risco, já que uma empresa de porte<br />

maior com distribuição nacional, e até<br />

mundial, significa, provavelmente, um<br />

risco de perdas maiores.<br />

Isso mostra que não é só o valor<br />

da apólice que conta. “Costumo dizer<br />

que de nada adianta uma apólice de R$<br />

10 milhões para a cobertura. Há danos<br />

causados à imagem do produto que, para<br />

recuperá-los, seria necessário investimento<br />

na ordem de centenas de milhões e<br />

quase nenhuma empresa do mercado tem<br />

essa disponibilidade em caixa. Portanto,<br />

não ter seguro para reputação, recall e<br />

imagem é certamente um suicídio anunciado.<br />

Nenhuma empresa está longe de<br />

falhas, inclusive empresas que possuem<br />

marcas consagradas como Samsung,<br />

Nestlé, BRF etc.”, enfatiza o executivo da<br />

JLT, Romani. O motivo para esse alerta<br />

é que todo o processo do recall é caro: o<br />

anúncio para a retirada, os custos do produto,<br />

mas o dano à imagem e à reputação<br />

pode levar à falência empresas ou linhas<br />

de produtos. “Por incrível que pareça, as<br />

empresas não perdem o sono com isso.<br />

A maioria ainda compra seguro como<br />

faziam há 30 anos”, completa.<br />

O impacto à reputação pode ser<br />

devastador. Um caso em que o seguro<br />

❙❙Anderson Romani, da JLT Brasil Seguros<br />

44<br />

“Hoje, diversos canais<br />

de mídia podem acabar<br />

com a reputação de<br />

qualquer empresa ou<br />

produto em pouco<br />

tempo. As empresas se<br />

preocupam com alguns<br />

riscos, mas esquecem<br />

que esses riscos<br />

mudaram. Elas precisam<br />

pensar esses novos<br />

riscos, principalmente<br />

os de imagem. Essa<br />

deveria ser a apólice<br />

número um das<br />

empresas atuais”<br />

Anderson Romani<br />

certamente seria negado, mas que mostra<br />

muito bem como as empresas podem se<br />

comprometer, é o da Volkswagen, ocorrido<br />

em 2015. A empresa, que foi denunciada<br />

por adulterar resultado da emissão<br />

de poluentes dos seus modelos a diesel,<br />

assumiu a fraude, com seu presidente<br />

nos EUA, Michael Hom, tendo afirmado<br />

categoricamente que “estragamos tudo.<br />

Nossa empresa foi desonesta”. Esse dolo<br />

não teria seguro porque os próprios<br />

diretores e demais participantes da alta<br />

cúpula da montadora sabiam e compactuaram<br />

com o ocorrido, excluindo qualquer<br />

cobertura que pudesse ter sido feita. Seria<br />

diferente de um dolo cometido apenas por<br />

funcionários, conforme lembra Guerrero.<br />

“É claro que esse é um exemplo, mas que<br />

sabemos também que empresas como a<br />

Volkswagen devem ter um autosseguro<br />

que não dependem exclusivamente de<br />

uma apólice. Mas é uma empresa de<br />

longa relação com o mercado segurador<br />

e ressegurador. Nas apólices de RC Geral,<br />

por exemplo, o ato do dolo cometido pelo<br />

empregado é coberto, mas o do gestor não<br />

é”, comenta.<br />

Sendo tão essencial, porque a penetração<br />

ainda é tão baixa? Se grandes<br />

empresas erram feio, porque as menores<br />

acreditam que estão isentas de passar<br />

por algum problema sério que com-<br />

❙❙Camila Santos, da Aig<br />

prometa a sua atividade? É nisso que<br />

as companhias vêm trabalhando. Tanto<br />

seguradores quanto corretores precisam<br />

conhecer o que estão fazendo. Quando a<br />

cobertura é parte do RC, mais simples, o<br />

conhecimento é quase geral, mas quando<br />

a apólice é específica fica mais fácil de<br />

errar e o dano pode ser maior. Além disso,<br />

muitas companhias do mercado sugerem<br />

confidencialidade na contratação do recall.<br />

“Normalmente é algo tratado com a<br />

diretoria e os responsáveis do marketing.<br />

É restrito dentro da própria empresa.<br />

Isso serve para evitar que o gerente de<br />

produção ou de controle, ou ainda outro<br />

funcionário, acabe relaxando em seus<br />

deveres por saber que se um sinistro<br />

ocorrer a empresa estará coberta pelo<br />

seguro”, alerta Guerrero.<br />

O seguro de RC, recall, danos à reputação<br />

ou qualquer outro que caminhe<br />

nesse sentido de proteção é flexível, cheio<br />

de análises e de detalhes que podem<br />

fazer a diferença em momentos críticos.<br />

É a certeza de uma empresa de que um<br />

infortúnio não será sua derrocada. Romani<br />

reforça também que, nos dias atuais,<br />

deveria ser impensável não contratar esse<br />

tipo de produto, especialmente nas pequenas<br />

empresas. “Hoje, diversos canais de<br />

mídia podem acabar com a reputação de<br />

qualquer empresa ou produto em pouco<br />

tempo. As empresas se preocupam com<br />

alguns riscos, mas esquecem que esses<br />

riscos mudaram. Elas precisam pensar<br />

esses novos riscos, principalmente os de<br />

imagem. Essa deveria ser a apólice número<br />

um das empresas atuais”, opina.


especial riscos diversos | óleo e gás<br />

Otimismo sedimentado<br />

A onda de retomada<br />

chega ao mercado<br />

de petróleo e<br />

seguradores<br />

e corretores<br />

especializados no<br />

setor se preparam<br />

para ajudar a<br />

impulsionar a carteira<br />

Amanda Cruz<br />

A<br />

companhia petroleira francesa<br />

Total dispõe de US$ 1<br />

bilhão para investir no Brasil<br />

e fará isso a partir de 2017<br />

no campo de Libra, a maior reserva do<br />

pré-sal brasileiro, a 183 km da costa do<br />

Rio de Janeiro. Essa é apenas uma das<br />

notícias que trazem à tona a ideia de<br />

que o petróleo voltou a ser uma aposta<br />

garantida da economia brasileira. De<br />

janeiro a setembro de 2016, o montante<br />

em prêmios de seguros no setor de riscos<br />

de petróleo foi de R$ 295 milhões, bem<br />

abaixo do mesmo período de 2015, que<br />

contou com R$ 448 milhões, de acordo<br />

com dados da Susep. Se o setor ficou<br />

combalido em meio às crises políticas e<br />

econômicas, agora ele volta a recuperar<br />

espaço, ainda que essas questões não<br />

estejam resolvidas.<br />

Tanto é que a Petrobrás voltou a ser a<br />

segunda maior empresa com maior valor<br />

de mercado na Bolsa de Valores brasileira<br />

em outubro deste ano. Os números podem<br />

ser ainda oscilantes, mas já denunciam a<br />

expectativa da volta do petróleo como um<br />

ator de destaque no cenário econômico.<br />

Com isso, o mercado de seguros<br />

também reanima o interesse pela carteira<br />

de Óleo e Gás, que estava apagada. As<br />

mudanças na legislação, como a retirada<br />

da obrigatoriedade da estatal brasileira de<br />

participar ativamente da operação em todos<br />

os campos de exploração, devem abrir<br />

as portas petrolíferas para o mercado<br />

internacional. Não apenas a Total, citada<br />

45


óleo e gás<br />

anteriormente, aposta alto nesse setor no<br />

Brasil. “A última rodada realizada, a 13ª,<br />

foi um fracasso. As áreas eram ruins, de<br />

pouca atratividade para os players de fora.<br />

A expectativa é que em 2017 as rodadas<br />

sejam melhores, em locais melhores e<br />

os grandes players voltem ao Brasil com<br />

mais apetite”, afirma Julio Costa, sócio e<br />

líder em seguro e resseguro do Tauil &<br />

Chequer Advogados, escritório que dá<br />

assessoria para diversas empresas ligadas<br />

ao suporte de serviços da Petrobrás.<br />

Segundo ele, outras grandes companhias<br />

também já cobram da estatal brasileira<br />

maiores parcerias nos próximos leilões.<br />

Complexidade<br />

A questão-chave para o desenvolvimento<br />

dessa carteira no mercado de<br />

seguros é a mesma que atinge diversas<br />

outras áreas: a complexidade da operação<br />

aliada à necessidade especialização. Um<br />

produto que se propõem a ser abrangente<br />

acaba por se tornar restrito aos poucos<br />

players de seguros gabaritados a oferecê-<br />

-lo. As equipes de gerenciamento de<br />

riscos e subscrição são cruciais para uma<br />

apólice alinhada. “Essa é uma carteira<br />

com riscos que não têm muita frequência<br />

de sinistros, mas quando eles acontecem<br />

são severos”, analisa Enilson Guerra,<br />

diretor da Galcorr.<br />

“Os seguros de riscos de petróleo<br />

são bem abrangentes, vão desde a construção<br />

dos equipamentos e plataformas<br />

até a fase operacional, seja de exploração<br />

ou produção propriamente dita, no mar –<br />

offshore - ou em terra - sondas onshore”,<br />

conforme simplifica Sidney Cezarino,<br />

diretor de Property, Riscos de Engenharia<br />

e Energy da Tokio Marine.<br />

São diferentes apólices para as diferentes<br />

fases do negócio. Algumas coberturas<br />

podem ser inseridas no produto de<br />

óleo e gás, principalmente aquelas ligadas<br />

aos riscos operacionais, mas outras<br />

precisam ser contratadas à parte. “Por<br />

exemplo, para a construção de navios e<br />

plataformas há uma apólice que se chama<br />

builders risk, com o clausulado Welcar*.<br />

Ela cobre desde o transporte dos equipamentos,<br />

do material a ser implantado,<br />

utilizado na construção do navio ou da<br />

plataforma, e termina no momento em<br />

que eles vão para o mar”, conta Guerra.<br />

A Responsabilidade Civil para<br />

terceiros também pode ser incluída na<br />

apólice, cobrindo danos que essas construções<br />

possam causar a outras pessoas.<br />

“Em termos de ativos, como refinarias,<br />

frotas de tratamento de gás, você tem<br />

um seguro chamado de riscos de petróleo,<br />

que oferece cobertura all risks para<br />

toda a existência e operação da planta”,<br />

completa o executivo da Galcorr. Essa<br />

apólice pode sanar questão como a de<br />

lucros cessantes, por exemplo, caso a refinaria<br />

sofra algum acidente que paralise<br />

suas atividades.<br />

Além dos riscos tradicionais, também<br />

são contratadas apólices específicas<br />

do setor, como aquelas que garantem<br />

proteção em operações conhecidas como<br />

Energy Package, que incluem a cobertura<br />

para riscos de sondagem, exploração,<br />

perfuração, construção e controle de<br />

poço, conforme explica o líder da prática<br />

de Energy & Mining da Marsh no Brasil,<br />

Wellington Zanardi. “Uma particularidade<br />

interessante é que no caso de óleo e<br />

gás é comum termos investimentos com<br />

participação de mais de uma empresa<br />

no mesmo risco, o que torna possível<br />

contratar seguros separados de acordo<br />

com o interesse da empresa em projetos<br />

ou ativos”, conta.<br />

Como advogado que conhece o clausulado,<br />

Costa faz uma ressalva ao que diz<br />

respeito às modalidades de contratação.<br />

“Os editais e licitações estão focados na<br />

questão de desempenho, das garantias<br />

financeiras, de produção. Mas essa [óleo e<br />

Circular Susep 470/2013<br />

Art. 4º Incluem-se nos riscos de<br />

petróleo as coberturas de responsabilidade<br />

civil, à base de ocorrência ou<br />

reclamação, e as perdas financeiras<br />

vinculadas a eventos relacionados<br />

com as atividades descritas no Art. 3º<br />

desta Circular<br />

gás] é uma apólice sofisticada, que precisa<br />

de mais. É necessário que seguradores e<br />

corretores tenham assessorias que possam<br />

fazer análises de contratos, tipos de<br />

cláusulas etc”, comenta.<br />

Outro ponto importante que está<br />

ganhando a atenção dos seguradores<br />

é a contratação do RC Ambiental. A<br />

apólice padrão de óleo e gás pode conter<br />

apenas cobertura para poluição súbita,<br />

decorrente de acidentes e com origem<br />

imprevistas. Para o que é decorrente da<br />

própria atividade, a apólice é a específica.<br />

“As coberturas são bem amplas e existem<br />

para cada faixa de processo. Saindo o<br />

petróleo da refinaria, há ainda outros<br />

produtos de seguro como o transporte<br />

marítimo, nacional, internacional, cabotagem,<br />

ou seja, o que for necessário de<br />

acordo com o modal que será utilizado”,<br />

observa o executivo da Galcorr.<br />

O clausulado de seguros brasileiro<br />

para esse produto, semelhante ao que é<br />

executado em outros países, não conta<br />

com nenhuma obrigatoriedade de contratação<br />

de produtos estabelecida pela<br />

*Welcar<br />

Estabelecida em 2001, esse clausulado de apólice prevê o custeamento de<br />

reparação ou substituição do que é segurado após danos físicos provocados por<br />

fatores externos durante a vigência da apólice. Ela não cobre, entretanto, peças<br />

danificadas ou defeituosas por conta de falhas internas da própria peça, mas sim<br />

de seu material ou design.<br />

46<br />

❙❙Sidney Cezarino, da Tokio Marine


Provável duração das reservas de Petróleo<br />

No Brasil, a produção aumentou em relação a 2014. Enquanto isso, pesquisas<br />

e descobertas de novas possibilidades de exploração e reservas ficou<br />

praticamente estagnada. Fechando a conta, apesar de ter crescido no mundo,<br />

a longevidade do recurso, por aqui, diminuiu.<br />

Veja os números aproximados para a duração do recurso nos próximos se<br />

novos locais de exploração não forem descobertos:<br />

Reservas Produção Barris/dia Duração/anos<br />

Mundo 1700 bilhões 91,7 milhões 50<br />

Arábia Saudita 266,6 bilhões 12 milhões 60<br />

❙❙Wellington Zanardi. da Marsh<br />

Susep. O que existe é uma circular –<br />

470/2013 – que dá as diretrizes sobre<br />

o que deve ser contratado. O mercado<br />

acaba sendo regulado pela complexidade<br />

e magnitude dos riscos que envolvem o<br />

setor, assim como pela concorrência.<br />

A responsabilidade dessas contratações<br />

de seguros fica por conta do dono do<br />

ativo, de quem possui a plataforma que<br />

irá explorar o petróleo, mesmo que essa<br />

plataforma seja locada para a Petrobrás.<br />

Já o seguro de controle do poço explorado<br />

é contratado pelo concessionário que<br />

entrou e venceu o leilão e as licitações<br />

da Agência Nacional do Petróleo – ANP.<br />

Renovação e futuro<br />

O que pausou o mercado foi o receio<br />

de que os problemas mais graves de confiança<br />

acertassem em cheio as operações.<br />

Agora, o momento é estratégico. Assim<br />

como aqueles que continuaram apostando<br />

nas ações da estatal quando ela estava em<br />

baixa agora recebem os lucros, os players<br />

do mercado que voltarem a enxergar o<br />

potencial do setor a tempo deverão surfar<br />

nas boas ondas que se formam agora. A<br />

Marsh, por exemplo, conversa com importantes<br />

clientes e operadores do setor<br />

e, conforme afirma Zanardi, o otimismo<br />

deles é perceptível, especialmente com a<br />

não obrigatoriedade de participação da<br />

Petrobrás. “Grande parte das empresas<br />

que atuam no setor já acredita em um<br />

cenário geral mais otimista, se compararmos<br />

com os últimos dois anos. Com<br />

relação aos seguros, continuamos a ter<br />

Brasil 13 bilhões 2,5 milhões 14<br />

❙❙Julio Costa, da Tauil & Chequer<br />

grande volume de capacidade disponível<br />

e um cenário competitivo em relação<br />

às condições de coberturas, franquias<br />

e, principalmente, custos”, enfatiza o<br />

executivo.<br />

Assim sendo, as plataformas podem,<br />

finalmente, voltar a navegar em águas<br />

um pouco mais calmas. Mas por quanto<br />

tempo isso será sustentável? Muito se fala<br />

em novas energias e algumas seguradoras<br />

já estão ampliando seus portfólios para<br />

abraçar recursos renováveis. Ou seja,<br />

energia eólica, solar, combustíveis menos<br />

poluentes etc estão batendo à porta, mas<br />

ainda não se caracterizam como uma<br />

ameaça real à necessidade que o mundo<br />

tem hoje quando o assunto é petróleo.<br />

Advogado da Tauil & Chequer, Julio<br />

Costa afirma que um esboço de competição<br />

esteja se desenhando, mas o respiro<br />

é grande. “A verdade é que ainda é um<br />

mercado que durará por, pelo menos,<br />

mais 20 ou 30 anos e a sobrevivência<br />

dele vai demandar mais esforço do setor<br />

para pensar em custos de produção e<br />

outros aspectos que permitam que ele se<br />

mantenha competitivo”, aposta.<br />

A Arábia Saudita, um dos maiores<br />

produtores do mundo, quer diversificar<br />

suas operações para além do petróleo,<br />

pois sabe que esse é um recurso finito.<br />

Se as reservas mundiais continuarem<br />

como estão segundo os danos da Agência<br />

Nacional do Petróleo – ANP -, com 1,7<br />

trilhão de barris de petróleo, e for mantida<br />

a produção diária, segundo dados do<br />

mesmo órgão, de 91,7 milhões de barris<br />

por dia, a cota de petróleo no mundo dará<br />

para, aproximadamente, mais 50 anos.<br />

Em 2014, a conta da reserva fecharia<br />

em 40 anos. Apesar desse aumento de<br />

longevidade, o recurso é finito e deverá<br />

ser substituído, enquanto os impactos ao<br />

meio ambiente também devem ser levados<br />

em consideração.<br />

Cezarino, da Tokio Marine, ressalta<br />

a importância do petróleo como fonte<br />

de energia. “Principalmente porque<br />

está disponível na natureza, precisando<br />

apenas ser extraído”, afirma. Para ele, é<br />

preciso se preparar para o futuro e pensar<br />

em formas responsáveis de extração,<br />

minimizando os riscos ao meio ambiente<br />

e se preparando para quando esse recurso<br />

se esgotar. “Acredito que ainda temos<br />

muitos anos para usufruir do petróleo e<br />

de seus derivados”.<br />

47


especial riscos diversos | estabelecimentos<br />

Um olhar mais atento<br />

ao produto<br />

Além de amparar<br />

pequenas, médias e<br />

grandes empresas<br />

em caso de<br />

desabamento e<br />

desmoronamento,<br />

riscos diversos tem<br />

relação direta com<br />

a expansão da<br />

construção civil no<br />

Brasil<br />

Lívia Sousa<br />

Há várias modalidades de seguros<br />

agrupadas no ramo de riscos<br />

diversos, como cobertura<br />

compreensiva para objetos de<br />

arte, deterioração de mercadorias em ambientes<br />

frigorificados, inundação e alagamento.<br />

Cada uma delas possui condições<br />

especiais, critérios específicos de taxação<br />

e determinado número de riscos cobertos.<br />

A indenização, por parte da seguradora, é<br />

garantida em função da ocorrência de um<br />

dos riscos previstos nas apólices.<br />

Entre as modalidades regulamentadas<br />

no ramo também estão o desabamento<br />

e o desmoronamento, que contabilizam<br />

inúmeros casos em pequenos e, principalmente,<br />

grandes estabelecimentos. “As<br />

apólices de riscos diversos são disponibilizadas<br />

quando o mercado não encontra<br />

em seu portfólio um produto específico<br />

para a comercialização”, explica Claudio<br />

Rotava, administrador da Certa Corretora<br />

de Seguros. Hoje, o seguro de desmoronamento<br />

também é comercializado em<br />

apólices de grandes riscos empresariais,<br />

facultativos e compreensivos.<br />

Devido ao fato de o mercado não<br />

possuir apetite para esta cobertura em<br />

48<br />

pequenos negócios, este tipo de produto<br />

também é tratado como seguro de grandes<br />

riscos. “Ele possui baixa aceitação<br />

junto ao mercado segurador. As seguradoras<br />

não aceitam com frequência este<br />

tipo de seguro principalmente porque os<br />

produtos compreensivos englobam em<br />

suas apólices boa parte das coberturas<br />

encontradas no ramo de riscos diversos”,<br />

diz Rotava, acrescentando que nos<br />

seguros vultuosos é possível identificar a<br />

colocação de coberturas mais específicas,<br />

como a de desmoronamento. Porém, a<br />

atuação de corretores especializados<br />

pode contribuir para a comercialização<br />

da proteção.<br />

Estabelecimentos de pequeno<br />

porte<br />

As grandes empresas conhecem bem<br />

seus riscos e não deixam de contar com<br />

um seguro. Entre os pequenos empresários,<br />

a conscientização da importância<br />

de se ter um seguro vem melhorando ao<br />

longo do tempo. No entanto, uma quantidade<br />

significativa não está preparada para<br />

suportar ou não estaria amparada em caso<br />

de eventual ocorrência. Em novembro<br />

de 2015, por exemplo, um depósito foi<br />

destruído e duas empresas tiveram grandes<br />

prejuízos após um desmoronamento<br />

causado pelas chuvas em Campo Mourão,<br />

no Paraná. O estoque de outra empresa<br />

também deslizou e caiu sobre um caminhão<br />

estacionado no estabelecimento<br />

vizinho. Felizmente, não houve feridos.<br />

Quatro anos antes, uma pizzaria<br />

localizada em Mairiporã, na Grande São<br />

❙❙Claudio Rotava, da Certa Corretora


❙❙Tulio Carvalho, da BB e Mapfre<br />

Paulo, foi atingida por um deslizamento<br />

de terra após um barranco próximo ao<br />

estabelecimento desmoronar e provocar<br />

a queda de uma parede. Diferentemente<br />

do anterior, o incidente deixou uma<br />

vítima fatal.<br />

Estes são somente dois dos inúmeros<br />

casos registrados no País. O superintendente<br />

executivo de Massificados do<br />

Grupo Segurador Banco do Brasil e<br />

Mapfre, Tulio Carvalho, estima que em<br />

torno de 70% das pequenas e médias<br />

empresas ainda operam sem a realização<br />

do seguro. “Muitos desses empresários<br />

acreditam que as ocorrências não acontecerão<br />

com suas empresas, mas recebemos<br />

médias e grandes ocorrências diariamente<br />

que, infelizmente, não têm a condição da<br />

indenização, do amparo do seguro. Dificilmente<br />

esse empresário conseguiria, de<br />

fato, manter seu negócio, porque muitas<br />

vezes ele emprega todo o seu capital na<br />

empresa e, em caso de algum sinistro,<br />

existe a perda total do patrimônio”, afirma.<br />

No caso específico dos desmoronamentos,<br />

os empresários que contratam<br />

o produto são amparados pela visita de<br />

peritos no local do incidente (em alguns<br />

casos, até mesmo junto da Defesa Civil),<br />

que fazem uma avaliação técnica da<br />

possibilidade ou não de reconstrução<br />

do imóvel, dependendo da gravidade e<br />

da situação. Caso a reconstrução seja<br />

possível, verifica-se o valor e o custo para<br />

sua realização. Caso não, calcula-se o<br />

custo das perdas financeiras e o custo de<br />

reconstrução com as devidas adequações<br />

da estrutura. Apurado o custo, o cliente<br />

é indenizado.<br />

Assim como em qualquer tipo de<br />

seguro, para contratar esta apólice é<br />

necessária a avaliação e a subscrição do<br />

risco, em que são consideradas a condição<br />

do imóvel, da atividade, o local em que<br />

o estabelecimento se encontra e se ele<br />

está exposto a riscos. Aceitos todos os<br />

requisitos, é feita uma inspeção no local.<br />

Se o imóvel não apresentar problemas,<br />

é aceito pela seguradora. “Não há uma<br />

regra padrão porque vai depender do caso<br />

e da solicitação, mas geralmente funciona<br />

desta maneira”, resume Carvalho.<br />

Construção e equipamentos<br />

No ramo de construção, os riscos diversos<br />

tem relação direta com a expansão<br />

da construção civil no Brasil. Em 2013,<br />

ocorreu o melhor momento do setor de<br />

venda e locação de equipamentos para<br />

construção, cenário fomentado pela<br />

necessidade de estrutura e obras de mobilidade<br />

urbana para a Copa do Mundo<br />

e as Olimpíadas, realizadas em 2014 e<br />

2016, respectivamente.<br />

Em contrapartida, o atual cenário<br />

político econômico é delicado, com situações<br />

que geram recessão no setor de<br />

infraestrutura. Construtoras com ritmo<br />

desacelerado, equipamentos fora da<br />

operação e a alta sinistralidade acendem<br />

a luz amarela para as seguradoras que<br />

operam com o segmento. Entretanto,<br />

considerando a diversidade dos tipos de<br />

equipamentos existentes, trata-se de um<br />

mercado extremamente importante.<br />

“Ele sofre influência da situação<br />

econômica do País, mas é muito antigo<br />

e conta com forte investimento dos<br />

fabricantes de equipamentos, tanto da<br />

linha verde, ligados à agricultura em<br />

geral, quanto da linha amarela, ligados<br />

às obras e construções”, declara Alexandre<br />

Jardim, consultor em Property e<br />

Responsabilidade Civil da Aon Brasil.<br />

“Mundialmente falando, o mercado de<br />

seguro para equipamentos é muito grande<br />

e possui know how milenar e muito criativo<br />

em apresentar soluções diferenciadas<br />

com apetite para determinados riscos”,<br />

completa o executivo.<br />

Nestes setores, o seguro visa atender<br />

principalmente as empresas que possuem<br />

❙❙Alexandre Jardim, da Aon Brasil<br />

frotas de equipamentos, seja para usar em<br />

seu próprio negócio ou para locação, e<br />

ainda os grandes fomentadores financeiros<br />

como bancos, fabricantes e cooperativas.<br />

Obrigações contratuais com agentes<br />

financeiros, minimização do impacto<br />

financeiro de caixa por conta dos elevados<br />

valores de alguns equipamentos em<br />

caso de sinistro, além da reposição rápida<br />

do bem em caso de grandes sinistros, são<br />

algumas das razões para que o produto<br />

seja contratado.<br />

Uma gama de coberturas podem<br />

ser contratadas – das mais simples, que<br />

garantem os danos sofridos pelos equipamentos<br />

em decorrência das operações<br />

em terra ou água, até danos causados a<br />

terceiros, passando por perda de receita<br />

quando se trata de empresa de locação.<br />

Porém, Jardim considera mais comum<br />

a contratação do seguro que garanta a<br />

reposição dos equipamentos, seja por um<br />

acidente como colisão ou tombamento<br />

ou até mesmo incêndio, roubo e danos<br />

elétricos.<br />

Para os equipamentos de baixa complexidade<br />

e valor, há uma demanda que<br />

é absorvida pela maioria dos corretores<br />

com os produtos de “prateleiras” de algumas<br />

seguradoras. “Mas quando falamos<br />

de grandes frotas de equipamentos agrícolas<br />

ou do setor de Construção Civil/<br />

Montagem de Equipamentos, são poucos<br />

os corretores e seguradoras que conseguem<br />

tramitar de forma estruturada, com<br />

conhecimento e foco em buscar soluções<br />

sob medida para cada caso”, finaliza.<br />

49


comunicação e expressão<br />

por J. B. Oliveira*<br />

Juizeco e Chefete...<br />

A estes dois termos recorreu recentemente o presidente<br />

do Senado – e do Congresso Nacional – Renan<br />

Calheiros, para referir-se ao juiz federal de primeiro<br />

grau Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara do Distrito<br />

Federal, e ao ministro da justiça Alexandre de<br />

Morais. A resposta política ao pronunciamento veio<br />

de duas fontes. O presidente da Associação dos Juízes<br />

Federais Roberto Veloso retrucou: “É inaceitável que<br />

numa democracia haja esse tipo de tratamento entre os<br />

membros dos poderes. Da mesma maneira que um senador<br />

é membro do Poder Legislativo, um juiz é membro<br />

do Poder Judiciário. Devem se respeitar mutuamente; é<br />

isso que esperamos do presidente do Senado Federal. E<br />

a ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal<br />

Federal, arrematou: “Todas as vezes que um juiz<br />

é agredido, eu e cada um de nós juízes é (sic) agredido<br />

e não há a menor necessidade de, numa convivência<br />

democrática, viva e harmônica, haver qualquer tipo de<br />

questionamento que não seja nos estreitos limites da<br />

constitucionalidade e da legalidade. ”<br />

Já paramos um bocadinho aqui para explicar esse<br />

termo que aí está entre parênteses. Sic é um vocábulo<br />

latino que significa “assim” e é usado para deixar claro<br />

que se procedeu a uma citação textual, ao pé da letra,<br />

de algo que pode ser incorreto, não recomendável ou<br />

duvidoso. No caso presente, a concordância verbal<br />

usada por Sua Excelência não primou por sua excelência<br />

gramatical! A flexão deveria ser somos! Por<br />

duas razões: a primeira e mais singela é que o verbo<br />

se refere a um sujeito composto: eu e cada um de nós<br />

juízes. Logo, por se tratar de mais de um sujeito, o<br />

verbo vai obrigatoriamente para o plural. Em segundo<br />

lugar, pela “hierarquia dos pronomes pessoais do caso<br />

reto” (é, na gramática também existe essa ordem...).<br />

A presença do pronome eu leva sempre o verbo para<br />

a primeira pessoa do plural: “tu (segunda pessoa),<br />

nosso filho (terceira pessoa) e eu (primeira pessoa)<br />

constituímos uma família”. A razão é que, estando o<br />

pronome eu junto a qualquer outro do caso reto, ele<br />

leva à utilização do pronome pessoal do caso reto, na<br />

primeira pessoa do plural: nós!<br />

Embora seja advogado, vou me restringir ao aspecto<br />

gramatical da questão, uma vez que os tais vocábulos<br />

causaram estranheza...<br />

Renan Calheiros usou o Grau Diminutivo do<br />

Substantivo em sua fala. Se estão lembrados da matéria<br />

– estudada em Morfologia, na parte de Flexões do<br />

Substantivo – o grau pode ser normal, aumentativo ou<br />

diminutivo (é assim: diminutivo e não diminuitivo, como<br />

já tive o desprazer de ouvir mais de uma vez...). Pois bem,<br />

esse tal diminutivo pode ser analítico – quando formado<br />

com a ajuda de um adjetivo – ou sintético – pela junção<br />

dos sufixos inho ou zinho. Então, no primeiro caso, as<br />

expressões seriam juiz pequeno e chefe pequeno. No<br />

segundo, na forma analítica, seriam juizinho e chefinho<br />

ou chefezinho...<br />

Porém..., ao lado dessas formas populares, há as<br />

eruditas, formadas com sufixos mais raros e incomuns.<br />

Entre eles eco (jornaleco, livreco) e ete (ramalhete, palacete).<br />

Foi desses que o senador se valeu para, do alto<br />

de sua imponente cadeira de chefe do Poder Legislativo,<br />

expressar sua pouca consideração aos dois outros Poderes<br />

da República, definidos no artigo 2º da Constituição<br />

como “Independentes e harmônicos entre si”!<br />

O interessante, é que o diminutivo nem sempre tem<br />

sentido pejorativo, negativo! Ocorre que especialmente<br />

nós, brasileiros, usamos muito a chamada linguagem<br />

afetiva, em que o diminutivo expressa carinho, afeto,<br />

afago. É o que ocorre quando falamos benzinho, amorzinho,<br />

amoreco. Esse carinho está presente até mesmo<br />

em palavras como neguinho, pretinho, baixinho, pixote...<br />

Essa mania de aplicar o diminutivo acaba gerando<br />

atropelos à sisuda Gramática que, por exemplo, nos<br />

ensina que o Advérbio – palavra que modifica o Verbo<br />

– é invariável. Para indicar uma distância, deveríamos<br />

usar o adverbio longe, ou perto e pronto. Em relação a<br />

tempo cronológico, cedo e basta. Mas é comum dizermos<br />

pertinho, longinho, cedinho...<br />

Em casos extremos, já ouvi, no Rio de Janeiro –<br />

imaginem – o diminutivo do pronome pessoal do caso<br />

reto: elazinha, elezinho, euzinho... E aqui no interior<br />

de nosso estado, em Itapetininga, colhi o exemplo do<br />

diminutivo do gerúndio! “Hoje está chovendinho”! e<br />

“Aí, hein? namorandinho!”<br />

Agora, cá entre nós, certamente não foi nesse sentido<br />

de ternura que Renan Calheiros manejou os referidos<br />

diminutivos... Pelo menos em relação àqueles dois representantes<br />

da trilogia republicana brasileira!<br />

* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário, Advogado e Jornalista.<br />

É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”, e membro da Academia Cristã de Letras<br />

www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br<br />

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