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As Relações da Saúde Públicacom a Imprensa<br />
e esclarecer os secretários, que também<br />
apresentaram suas experiências<br />
e ações bem-sucedidas para o enfrentamento<br />
das arboviroses já existentes<br />
como dengue e chikungunya (todas<br />
registradas nos nossos meios de comunicação).<br />
Em que pese as enormes<br />
diferenças regionais do país, grande<br />
parte das experiências relatadas podem<br />
ser replicadas, contribuindo com<br />
a ação dos gestores para minimizar os<br />
danos da epidemia de zika.<br />
Mas notícias não esperam por pesquisas.<br />
Enquanto relatos e notificações<br />
de casos de zika e microcefalia<br />
aumentavam, os gestores, junto com<br />
suas equipes técnicas, corriam contra<br />
o tempo para dar conta do atendimento<br />
à população e para intensificar o<br />
combate ao Aedes aegypti, além de<br />
buscar novos recursos financeiros em<br />
meio à crise econômica que afeta o<br />
país. Os cientistas e pesquisadores<br />
estudavam as origens e os possíveis<br />
desdobramentos do vírus e os jornalistas,<br />
por sua vez, informavam tudo<br />
isso à população.<br />
A interlocução entre os gestores e a<br />
imprensa é papel das assessorias. A<br />
estes comunicadores cabe informar<br />
dados, relatar ações de prevenção e<br />
promoção da saúde, divulgar a oferta<br />
de serviços e toda e qualquer notícia<br />
relevante para a sociedade. Esses profissionais<br />
também têm o dever de informar,<br />
de evitar e contestar o desserviço,<br />
e de desmitificar toda e qualquer<br />
notícia descabida relacionada à saúde.<br />
À imprensa, cabe não apenas reforçar<br />
esse serviço, mas apurar as dificuldades<br />
encontradas pelos cidadãos para<br />
ter o devido atendimento, assim como<br />
ouvir dos gestores quais são os desafios<br />
para a oferta de ações e de serviços<br />
de saúde e de como superá-los.<br />
As arboviroses, e a dengue em<br />
especial, são temas recorrentes<br />
para as secretarias de Saúde. O<br />
Conass trabalha essa temática em<br />
diversas áreas, como nas Câmaras<br />
Técnicas de Epidemiologia, de<br />
Vigilância Sanitária, de Assistência<br />
e de Comunicação em Saúde. São<br />
grupos formados pelos respectivos<br />
técnicos das secretarias estaduais<br />
de Saúde de todo o país, que se<br />
reúnem para discutir as ações nos<br />
estados, além das normativas do<br />
Ministério da Saúde, debatendo as<br />
possibilidades de atuação, considerando<br />
as realidades de cada região<br />
e de cada estado brasileiro.<br />
Na Câmara técnica de Comunicação<br />
em Saúde promovemos troca<br />
de experiências, com a apresentação<br />
de cases e demais estratégias<br />
de Comunicação para diversas<br />
temáticas. Também tratamos da<br />
relação com a imprensa, procurando<br />
atendê-la da maneira mais adequada<br />
e em tempo hábil. Daí a importância<br />
do trabalho da Comunicação dentro<br />
das secretarias, com seus diversos<br />
setores e profissionais, a fim de<br />
tornar a fala destes porta-vozes mais<br />
unificadas e, consequentemente,<br />
mais compreensíveis e confiáveis.<br />
Em 2016, fizemos uma reunião específica<br />
para discutirmos as arboviroses.<br />
Foi um momento de troca de<br />
experiência muito rico, no qual vários<br />
estados apresentaram suas ações,<br />
muitas vezes replicadas em outros<br />
estados. Temos reuniões presenciais<br />
e também trabalhamos virtualmente,<br />
em grupos por meio dos quais é<br />
possível trocar informações.<br />
O trabalho do assessor de Comunicação<br />
nas secretarias de Saúde<br />
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