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AEDES AEGYPTI, VETOR DE EPIDEMIAS ANUNCIADAS<br />
ção de um porta-voz para o tema. O<br />
foco foi definido, eliminar os criadouros<br />
do mosquito, proteger principalmente<br />
as mulheres grávidas e as em<br />
idade fértil, usar roupas que cubram<br />
a maior parte do corpo e evitar áreas<br />
com infestação do mosquito Aedes<br />
aegypti, o transmissor da dengue,<br />
chikungunya e de zika.<br />
Em novembro mesmo fechamos uma<br />
nova campanha sobre o Aedes aegypti,<br />
alertando sobre a transmissão<br />
do vírus zika e, em 13 de dezembro,<br />
começaria a ser veiculada a primeira<br />
campanha de TV destinada exclusivamente<br />
à gestante.<br />
A comunicação de risco estava traçada,<br />
a transparência na informação<br />
consagrada. O Ministério da Saúde,<br />
por intermédio da SVS, passou a ser<br />
referência nacional e <strong>internacional</strong> no<br />
tema. Uma jornalista do Nucom/SVS<br />
foi disponibilizada para atuar junto a<br />
Sala de Situação que foi montada nos<br />
mesmos moldes da sala da Organização<br />
Pan-americana de Saúde (OPAS).<br />
O Nucom/SVS também passou a<br />
acompanhar as videoconferências<br />
com os estados, organizada pela Sala<br />
Nacional de Coordenação e Controle<br />
para o Enfrentamento ao Aedes aegypti<br />
e Suas Consequências (SNCC),<br />
para socializar as informações de comunicação,<br />
o que foi feito inclusive<br />
durante o recesso de fim de ano.<br />
Quanto mais os pesquisadores de<br />
diversas instituições, tanto do Brasil<br />
como do exterior, e as áreas técnicas<br />
do Ministério da Saúde investigavam<br />
e avançavam em respostas sobre a<br />
epidemia de microcefalia no Brasil,<br />
mais orientação para a sociedade<br />
seria produzida pelas assessorias de<br />
comunicação de toda a Esplanada dos<br />
Ministérios, em Brasília, coordenada<br />
pela Ascom do Ministério da Saúde e<br />
com total interação com a Secom/PR.<br />
Outros ministérios passaram a ter<br />
forte participação nas estratégias de<br />
combate ao mosquito transmissor<br />
dos agravos, como o da Educação,<br />
Integração e do Desenvolvimento<br />
Social, entre outros. As informações<br />
de cada pasta circulavam rapidamente<br />
entre as Ascom, onde eram trabalhadas<br />
e compartilhadas, e rapidamente<br />
divulgadas para a sociedade.<br />
Dezenas de entrevistas foram dadas<br />
sobre o combate ao Aedes aegypti<br />
e o enfretamento do vírus zika e da<br />
microcefalia. O material foi todo<br />
disponibilizado em arquivos no hotsite<br />
www.combateaedes.saude.gov.<br />
br, entrevistas Face to Face foram<br />
produzidas em resposta às perguntas<br />
enviadas por internautas e também<br />
customizado conteúdo para divulgação<br />
nas redes sociais. Além disto, a<br />
área técnica do Ministério da Saúde<br />
ficou disponível para atender pedidos<br />
de palestras e realização de cursos de<br />
capacitação.<br />
A Ouvidoria da Saúde foi preparada<br />
para atender questionamentos<br />
da população feitos por telefone e<br />
mensagens eletrônicas. Grupos de<br />
WhatsApp nasciam diariamente com<br />
focos distintos para atender as áreas<br />
de pesquisa, de laboratório, comunicação<br />
etc. Nunca se fez tanto em tão<br />
pouco tempo.<br />
E a crise que comentamos no início<br />
do texto? Ela não chegou. Tivemos<br />
momentos difíceis, e eles foram vários,<br />
mas nenhuma ocasião de crise.<br />
Crise pode ser definida como sendo<br />
o momento em que a reputação de<br />
alguém ou de uma instituição é colocada<br />
em dúvida. Isto não ocorreu.<br />
O Ministério da Saúde, ao longo de<br />
todo o processo, se colocou como<br />
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