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AEDES AEGYPTI, VETOR DE EPIDEMIAS ANUNCIADAS<br />
A discussão hoje, em todo o mundo,<br />
sobre democracia e cidadania, tem<br />
que necessariamente passar pela discussão<br />
da comunicação. Na Fiocruz,<br />
aprovamos uma política de comunicação<br />
que vem sendo implementada em toda<br />
a instituição e que se soma a iniciativas<br />
como a deste evento em Brasília.<br />
Em um momento em que o Brasil<br />
vive uma situação de instabilidade e<br />
descrédito nas instituições públicas,<br />
pensar em projeto de país é extremamente<br />
imperioso. A comunicação é<br />
crucial para pensarmos um projeto<br />
nacional. Este não é só um seminário<br />
geral sobre comunicação, e sim um<br />
seminário que pensa a comunicação<br />
dentro de um quadro maior. Portanto,<br />
cabe também lembrar as várias redes<br />
de pesquisa que no passado bem recente<br />
se constituíram na Fiocruz, e em<br />
outras instituições, para enfrentar o que<br />
foi definido como a tríplice epidemia<br />
(dengue, zika, chikungunya) e de como<br />
a comunicação se tornou um elemento<br />
central das ações desses grupos.<br />
Tenho coordenado um dos projetos<br />
do consórcio da Zika Aliance, apoiado<br />
pela União Europeia. Uma das linhas<br />
de trabalho é exatamente sobre<br />
o conhecimento em torno da epidemia<br />
do zika, de como ele se constrói<br />
no campo científico e de como os<br />
meios de comunicação passam a fazer<br />
parte imediatamente, não só da<br />
circulação do conhecimento, mas da<br />
própria produção do conhecimento.<br />
Creio que esta é uma atividade<br />
central dos tempos atuais e devemos<br />
unir as dimensões da formação, da<br />
comunicação e da educação.<br />
Lembro que a Fiocruz participa da<br />
estratégia relacionada à Agenda<br />
2030 e tem compromissos com os<br />
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.<br />
É um trabalho integrado<br />
e convém destacar não apenas a<br />
resposta institucional, mas também<br />
a resposta da comunidade científica<br />
de outras instituições e que envolveu<br />
atividades de comunicação. Em 2017,<br />
quando celebramos o Ano Oswaldo<br />
Cruz e o legado do nosso patrono,<br />
falecido há 100 anos, precisamos<br />
pensar ciência e saúde em um projeto<br />
nacional, afirmando os valores da tecnologia<br />
a serviço da vida, do Sistema<br />
Único de Saúde, da democracia e da<br />
cidadania em nosso país.<br />
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