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As Relações da Saúde Públicacom a Imprensa<br />
coisa, de uma epidemia porque<br />
compreendemos a dimensão disso<br />
não só do ponto de vista jornalístico,<br />
mas do ponto de vista de um<br />
gestor da saúde. A gente tem que se<br />
dedicar mesmo. Na área da ciência,<br />
a exigência é maior ainda. Temos<br />
que compreender a parte da comunicação,<br />
da urgência dos editores, da<br />
discrepância entre o tempo da redação<br />
com o tempo da ciência. Muitas<br />
vezes ouvimos dos repórteres “Eu<br />
sei que o tempo da pesquisa é um,<br />
mas eu tenho que voltar com uma<br />
pauta sobre zika porque meu editor<br />
exigiu”. Eu digo “Eu tenho outras<br />
pautas interessantes” E a repórter<br />
“Mas ele quer zika!”<br />
Essa educação dos jornalistas que<br />
Ângela Pimenta falou – e que creio<br />
que é um pouco dos cientistas -, é<br />
também um pouco das escolas de<br />
comunicação. Eu acho também, que<br />
algumas vezes os jornalistas também<br />
podem ensinar aos cientistas. Marcelo<br />
Leite no seu livro “Ciência –use<br />
com cuidado” chama a atenção para<br />
o fato de que as fontes científicas –<br />
se referindo a muitos artigos publicados<br />
em revistas científicas ou por<br />
assessorias - nem sempre são confiáveis.<br />
São oficiais, mais nem sempre<br />
são confiáveis. A quantidade de<br />
matérias que sai de publicações, de<br />
estudos que ainda não estão finalizados,<br />
que não são consistentes, que<br />
chegam nas redações como sugestão<br />
de pauta... A capacidade do jornalista<br />
julgar se são cientificamente<br />
relevantes ou não, é menor. Enfim,<br />
eu vou deixar para o debate, por<br />
conta da hora, aqui. Mas, agradeço<br />
novamente esse espaço, que é raro<br />
do trabalho da assessoria aparecer!<br />
Bom, obrigada!<br />
Link Youtube:<br />
https://goo.gl/s2c9fF<br />
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