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AEDES AEGYPTI, VETOR DE EPIDEMIAS ANUNCIADAS<br />
nas regiões mais próximas da fronteira<br />
com os estados vizinhos. E nas regiões<br />
mais pobres e vulneráveis, com maiores<br />
problemas de saneamento.<br />
Tais avanços são fruto, inegavelmente,<br />
dos nossos esforços. Mas nem<br />
por isso a Secretaria de Saúde do DF<br />
considera que sejam motivo de comemoração<br />
automática. Primeiramente,<br />
temos bem em mente que existem aspectos<br />
sazonais que podem aumentar<br />
ou diminuir a incidência das doenças<br />
em certos períodos. Mas, além disso,<br />
estamos alertas para a possibilidade<br />
de um novo desafio. Como se dará a<br />
situação depois de um ano de poucas<br />
chuvas, com um período de seca de<br />
mais de quatro meses seguidos, com<br />
forte racionamento de água?<br />
A Secretaria de Saúde do DF hoje<br />
trabalha em alerta quanto a essa possibilidade,<br />
tomando como exemplo,<br />
inclusive, o que aconteceu em São<br />
Paulo após a crise hídrica. Por conta<br />
do racionamento, as pessoas passam<br />
a armazenar água, muitas vezes de<br />
forma inadequada, criando novos<br />
focos para o surgimento e evolução<br />
das larvas do mosquito. O desafio de<br />
comunicação passa a ser agora alertar<br />
sobre a forma correta de se armazenar<br />
a água. A Secretaria fez ainda<br />
uma grande compra de hipoclorito<br />
de sódio e tem trabalho no sentido de<br />
ensinar como usar a substância para<br />
tratar a água armazenada. A necessidade<br />
do alerta já se verificou em<br />
um levantamento que fizemos ainda<br />
em fevereiro. Naquela ocasião, das<br />
31 regiões administrativas do DF,<br />
12 apontavam como foco principal<br />
recipientes de água armazenada. Não<br />
eram mais pneus velhos, garrafas,<br />
vasos de plantas. Mais recentemente,<br />
um novo levantamento já<br />
tinha mostrado que o armazenamento<br />
incorreto de água era já o<br />
principal foco em 17 regiões. Em<br />
2016, isso só acontecia em cinco<br />
regiões.<br />
Trabalhamos muito na nossa<br />
estratégia com a parceria com os<br />
meios de comunicação. Mesmo<br />
reconhecendo a possibilidade<br />
de riscos. Muitas vezes, a mídia<br />
tende ao sensacionalismo.<br />
Trata elevações de incidência já<br />
como epidemias e não contribui,<br />
assim, efetivamente, para alertar<br />
a população.<br />
Uma parceria muito efetiva envolve<br />
a Secretaria de Educação, as<br />
escolas, as crianças e seus professores.<br />
A Secretaria de Saúde<br />
trabalha no desenvolvimento de<br />
um aplicativo, que vai ser lançado<br />
no “Programa Escola Sem<br />
Mosquito”, de monitoramento das<br />
doenças provocadas pelo Aedes<br />
aegypti, na rede pública de ensino,<br />
do Distrito Federal.<br />
É um aplicativo de celular que foi<br />
desenvolvido pelo Ministério do<br />
Planejamento em parceria com<br />
o Ministério da Saúde, que vai<br />
permitir que os usuários enviem<br />
uma fotografia com o tipo de<br />
foco e a localização geográfica<br />
desse foco. Quinhentos e quatorze<br />
profissionais da educação já<br />
foram treinados para usar o aplicativo.<br />
Os focos são informados<br />
e, então, a Diretoria de Vigilância<br />
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