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Revista Apólice #219

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muito que melhorar, mas acredito que<br />

esse processo será fortalecido cada vez<br />

mais, em benefício das empresas e, claro,<br />

dos consumidores”, afirma.<br />

Esse otimismo parte do exemplo que<br />

a própria entidade dá: a Rádio CNseg e<br />

as ações em mídias sociais, como o Facebook,<br />

são ferramentas para modernizar<br />

o alcance, especialmente para atingir<br />

jovens, que são o foco do Programa de<br />

Educação em Seguros, idealizado pela<br />

entidade. “Além disso, teremos novidades<br />

em breve, incluindo o lançamento de um<br />

canal no Youtube”, promete Coriolano.<br />

As redes são justamente o que têm dado<br />

mais retorno.<br />

Complexo, mas acessível<br />

À primeira vista, o mercado é mesmo<br />

complexo e o que muito se ouve<br />

conversando com consumidores sobre<br />

determinados tipos de seguro é que eles<br />

não faziam ideia de que tal modalidade<br />

existisse. Sendo assim, quando chega o<br />

momento de entender de contratos, coberturas,<br />

exclusões e regras de seguro,<br />

de maneira geral, é quando se apresenta<br />

o momento de mais ruído nesse entendimento.<br />

“As pessoas têm dificuldade de<br />

entender algumas regras dos contratos e<br />

até mesmo de perceber a necessidade de<br />

fazer seguro em suas vidas. Mas acredito<br />

que essa resistência pode ser vencida<br />

paulatinamente mediante uma estratégia<br />

de comunicação adequada das empresas<br />

e entidades do setor e, claro, a atuação dos<br />

corretores”, aponta o presidente da CNseg.<br />

A acessibilidade ao setor chegou,<br />

sem dúvidas, por meio da internet e da<br />

presença obrigatória nas redes sociais. A<br />

comunicação é instantânea e a exigência<br />

por agilidade e eficiência é grande e ainda<br />

maior quando um assunto de urgência,<br />

como um sinistro, entra em cena. Mas,<br />

ao contrário do que pode parecer, isso é<br />

um incentivo para o aprimoramento e não<br />

uma plataforma para se acomodar. “As<br />

seguradoras são obrigadas a se atualizar<br />

e aperfeiçoar o atendimento para atender<br />

as demandas com qualidade”, esclarece.<br />

Apenas ter o digital incorporado às<br />

ações não garante o sucesso, o corretor<br />

precisa ser treinado para usar os recursos<br />

e alcançar mais clientes.<br />

A MetLife vê em sua ferramenta<br />

de cotações online para PME um case<br />

de sucesso, segundo a executiva da<br />

companhia. Isso porque eles cresceram<br />

46% no primeiro mês de utilização, com<br />

diminuição no tempo de operação.<br />

Se a contratação é fácil nos seguros<br />

mais básicos, como o de automóvel, o<br />

consumidor fica familiarizado, começa<br />

a pesquisar e se aprimora com a complexidade<br />

e as possibilidades de outros<br />

serviços e em breve está pronto para comprar<br />

mais proteção. Ou pelo menos é isso<br />

que se espera. É um processo que pode<br />

parecer longo demais, principalmente por<br />

ser um mercado com baixa penetração<br />

em determinadas carteiras, que quer trabalhar<br />

usando todo seu potencial. Mas é<br />

preciso ponderar se a falta de demanda e<br />

de cultura do seguro não está, justamente,<br />

na maneira como o mercado se apresenta,<br />

coloca-se e até mesmo como se abstém<br />

de algumas questões.<br />

Aplicativos, ouvidorias, cartilhas,<br />

campanhas publicitárias, posts e acompanhamento<br />

dos memes na internet. Nas<br />

estratégias de marketing têm de tudo e<br />

o intuito é estar em dia. Tudo é rápido e<br />

volátil: qualquer erro pode comprometer<br />

reputações e fazer com que a comunicação<br />

não se estabeleça.<br />

É preciso cuidado<br />

Nenhuma empresa está livre de erros,<br />

problemas e a dança de ganhar e perder<br />

clientes é eterna. Nenhuma companhia<br />

será unanimidade no mercado, mas aquelas<br />

que souberem se comunicar melhor<br />

ganham uns metros de vantagem na largada.<br />

“O pior para a companhia são clientes<br />

insatisfeitos”, ressalta Coriolano. Para<br />

ele, essas pessoas poderão, rapidamente,<br />

multiplicar uma opinião desfavorável sobre<br />

a empresa, mesmo entre pessoas que<br />

nunca utilizaram o serviço. “Além disso,<br />

as reclamações entram nas listas dos<br />

Procons, o que sempre é uma propaganda<br />

negativa. A melhor maneira de minimizar<br />

isso é procurando solucionar queixas<br />

e demandas dos clientes rapidamente”,<br />

aconselha. É preciso, também, dar espaço<br />

para que as empresas se mostrem à<br />

sociedade. Um processo de evolução que<br />

demanda tempo e boa vontade, tanto do<br />

receptor quanto do emissor.<br />

A crença de que o mercado é difícil<br />

❙❙Marcio Coriolano, da CNseg<br />

de compreender está sendo desmistificada,<br />

até mesmo pela necessidade que o<br />

momento econômico impõe. As pessoas<br />

têm procurado, por si só ou por meio de<br />

seus corretores, entender esse mercado. A<br />

MetLife realizou uma pesquisa em julho<br />

de 2016 e constatou que as três principais<br />

preocupações das pessoas envolvem independência<br />

financeira (41%); cuidados com<br />

a família (39%) e saúde da família (32%).<br />

Todos esses pontos passam pelas ofertas<br />

do mercado de seguros e é a comunicação<br />

que pode ajudá-los a perceber isso.<br />

Na prática, a estratégia<br />

funciona?<br />

O presidente da CNseg acredita que os<br />

esforços do mercado estão rendendo frutos<br />

para se comunicar com a sociedade em geral<br />

e também com os poderes constituídos,<br />

dialogando com o Governo, o Congresso<br />

e o Judiciário em questões mais técnicas.<br />

Ana Beatriz, da MetLife, crê que os espaços<br />

para as seguradoras se mostrarem estão<br />

cada vez mais amplos, especialmente com<br />

as redes. É na internet que os esforços têm<br />

se concentrado e, embora os meios digitais<br />

estejam cada vez mais democráticos, quem<br />

têm confiança em interagir com empresas<br />

e avaliar seu desempenho por meio das<br />

redes são, especialmente, os jovens entre<br />

16 e 35 anos. Todas as faixas de idade são<br />

importantes, mas o que esses potenciais<br />

consumidores, que deveriam estar no auge<br />

de suas atividades de contratação, pensam<br />

sobre o mercado?<br />

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