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muito que melhorar, mas acredito que<br />
esse processo será fortalecido cada vez<br />
mais, em benefício das empresas e, claro,<br />
dos consumidores”, afirma.<br />
Esse otimismo parte do exemplo que<br />
a própria entidade dá: a Rádio CNseg e<br />
as ações em mídias sociais, como o Facebook,<br />
são ferramentas para modernizar<br />
o alcance, especialmente para atingir<br />
jovens, que são o foco do Programa de<br />
Educação em Seguros, idealizado pela<br />
entidade. “Além disso, teremos novidades<br />
em breve, incluindo o lançamento de um<br />
canal no Youtube”, promete Coriolano.<br />
As redes são justamente o que têm dado<br />
mais retorno.<br />
Complexo, mas acessível<br />
À primeira vista, o mercado é mesmo<br />
complexo e o que muito se ouve<br />
conversando com consumidores sobre<br />
determinados tipos de seguro é que eles<br />
não faziam ideia de que tal modalidade<br />
existisse. Sendo assim, quando chega o<br />
momento de entender de contratos, coberturas,<br />
exclusões e regras de seguro,<br />
de maneira geral, é quando se apresenta<br />
o momento de mais ruído nesse entendimento.<br />
“As pessoas têm dificuldade de<br />
entender algumas regras dos contratos e<br />
até mesmo de perceber a necessidade de<br />
fazer seguro em suas vidas. Mas acredito<br />
que essa resistência pode ser vencida<br />
paulatinamente mediante uma estratégia<br />
de comunicação adequada das empresas<br />
e entidades do setor e, claro, a atuação dos<br />
corretores”, aponta o presidente da CNseg.<br />
A acessibilidade ao setor chegou,<br />
sem dúvidas, por meio da internet e da<br />
presença obrigatória nas redes sociais. A<br />
comunicação é instantânea e a exigência<br />
por agilidade e eficiência é grande e ainda<br />
maior quando um assunto de urgência,<br />
como um sinistro, entra em cena. Mas,<br />
ao contrário do que pode parecer, isso é<br />
um incentivo para o aprimoramento e não<br />
uma plataforma para se acomodar. “As<br />
seguradoras são obrigadas a se atualizar<br />
e aperfeiçoar o atendimento para atender<br />
as demandas com qualidade”, esclarece.<br />
Apenas ter o digital incorporado às<br />
ações não garante o sucesso, o corretor<br />
precisa ser treinado para usar os recursos<br />
e alcançar mais clientes.<br />
A MetLife vê em sua ferramenta<br />
de cotações online para PME um case<br />
de sucesso, segundo a executiva da<br />
companhia. Isso porque eles cresceram<br />
46% no primeiro mês de utilização, com<br />
diminuição no tempo de operação.<br />
Se a contratação é fácil nos seguros<br />
mais básicos, como o de automóvel, o<br />
consumidor fica familiarizado, começa<br />
a pesquisar e se aprimora com a complexidade<br />
e as possibilidades de outros<br />
serviços e em breve está pronto para comprar<br />
mais proteção. Ou pelo menos é isso<br />
que se espera. É um processo que pode<br />
parecer longo demais, principalmente por<br />
ser um mercado com baixa penetração<br />
em determinadas carteiras, que quer trabalhar<br />
usando todo seu potencial. Mas é<br />
preciso ponderar se a falta de demanda e<br />
de cultura do seguro não está, justamente,<br />
na maneira como o mercado se apresenta,<br />
coloca-se e até mesmo como se abstém<br />
de algumas questões.<br />
Aplicativos, ouvidorias, cartilhas,<br />
campanhas publicitárias, posts e acompanhamento<br />
dos memes na internet. Nas<br />
estratégias de marketing têm de tudo e<br />
o intuito é estar em dia. Tudo é rápido e<br />
volátil: qualquer erro pode comprometer<br />
reputações e fazer com que a comunicação<br />
não se estabeleça.<br />
É preciso cuidado<br />
Nenhuma empresa está livre de erros,<br />
problemas e a dança de ganhar e perder<br />
clientes é eterna. Nenhuma companhia<br />
será unanimidade no mercado, mas aquelas<br />
que souberem se comunicar melhor<br />
ganham uns metros de vantagem na largada.<br />
“O pior para a companhia são clientes<br />
insatisfeitos”, ressalta Coriolano. Para<br />
ele, essas pessoas poderão, rapidamente,<br />
multiplicar uma opinião desfavorável sobre<br />
a empresa, mesmo entre pessoas que<br />
nunca utilizaram o serviço. “Além disso,<br />
as reclamações entram nas listas dos<br />
Procons, o que sempre é uma propaganda<br />
negativa. A melhor maneira de minimizar<br />
isso é procurando solucionar queixas<br />
e demandas dos clientes rapidamente”,<br />
aconselha. É preciso, também, dar espaço<br />
para que as empresas se mostrem à<br />
sociedade. Um processo de evolução que<br />
demanda tempo e boa vontade, tanto do<br />
receptor quanto do emissor.<br />
A crença de que o mercado é difícil<br />
❙❙Marcio Coriolano, da CNseg<br />
de compreender está sendo desmistificada,<br />
até mesmo pela necessidade que o<br />
momento econômico impõe. As pessoas<br />
têm procurado, por si só ou por meio de<br />
seus corretores, entender esse mercado. A<br />
MetLife realizou uma pesquisa em julho<br />
de 2016 e constatou que as três principais<br />
preocupações das pessoas envolvem independência<br />
financeira (41%); cuidados com<br />
a família (39%) e saúde da família (32%).<br />
Todos esses pontos passam pelas ofertas<br />
do mercado de seguros e é a comunicação<br />
que pode ajudá-los a perceber isso.<br />
Na prática, a estratégia<br />
funciona?<br />
O presidente da CNseg acredita que os<br />
esforços do mercado estão rendendo frutos<br />
para se comunicar com a sociedade em geral<br />
e também com os poderes constituídos,<br />
dialogando com o Governo, o Congresso<br />
e o Judiciário em questões mais técnicas.<br />
Ana Beatriz, da MetLife, crê que os espaços<br />
para as seguradoras se mostrarem estão<br />
cada vez mais amplos, especialmente com<br />
as redes. É na internet que os esforços têm<br />
se concentrado e, embora os meios digitais<br />
estejam cada vez mais democráticos, quem<br />
têm confiança em interagir com empresas<br />
e avaliar seu desempenho por meio das<br />
redes são, especialmente, os jovens entre<br />
16 e 35 anos. Todas as faixas de idade são<br />
importantes, mas o que esses potenciais<br />
consumidores, que deveriam estar no auge<br />
de suas atividades de contratação, pensam<br />
sobre o mercado?<br />
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