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Lei quer mais incentivo ao setor<br />
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos<br />
Deputados aprovou o Projeto de Lei 2433/15, do ex-deputado<br />
Edinho Bez (PMDB-SC), que cria incentivos para que produtores<br />
rurais adotem tecnologias agrícolas capazes de reduzir<br />
as perdas decorrentes de efeitos climáticos.<br />
Pelo texto, o Programa de Incentivo à Adoção de Tecnologias<br />
Redutoras de Risco Agroclimático vai oferecer linhas de<br />
crédito específicas para cobrir até 60% do custo de tecnologias<br />
produtivas resistentes a climas adversos, como estiagem,<br />
excesso de chuva, granizo, geada e insolação.<br />
Poderão ser financiados pelo programa com limites de<br />
crédito, taxas de juros, prazos de pagamento e de carência<br />
diferenciados tecnologias de irrigação ou drenagem;<br />
proteção de cultivos por meio de telas, estufas, coberturas<br />
plásticas; e demais tecnologias recomendadas pela pesquisa<br />
agropecuária oficial.<br />
Para o relator da proposta, deputado Valtenir Pereira<br />
(PMDB-MT), o seguro agrícola não é suficiente para arcar com<br />
os prejuízos do agricultor por questões climáticas. “Essas perdas<br />
podem ser mitigadas, caso o agricultor usar tecnologias<br />
já disponíveis, como telas para proteção de pomares contra<br />
chuvas de granizos.”<br />
Segundo Pereira, a proposta deve gerar uma redução no<br />
gasto do seguro rural, com economia de recursos públicos,<br />
corte no aumento dos preços dos alimentos e geração de<br />
emprego e renda aos trabalhadores da cadeia produtiva.<br />
O projeto ainda será analisado conclusivamente pela<br />
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto<br />
foi aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento<br />
e Desenvolvimento Rural em setembro de 2015.<br />
Fonte: Agência da Câmara<br />
Os nichos nem sempre são tão bem<br />
demarcados. A procura por seguros para<br />
determinadas culturas criam espécies de<br />
sub-nichos na carteira. Na Allianz, por<br />
exemplo, a maior procura é pelo seguro<br />
de grãos, especialmente soja, milho e<br />
trigo. “Isso tem ocorrido pelo fato dessas<br />
culturas terem grande produção no Brasil<br />
e serem tradicionais em quase todas<br />
as regiões, com destaque para o Sul,<br />
Centro-Oeste e Sudeste”, conta Joaquim<br />
Francisco.<br />
Perspectivas<br />
Em 2016, além do aumento de 87%<br />
nas indenizações em 2016, conforme dados<br />
da Susep, o MAPA afirma que houve<br />
recuperação do desempenho no produto<br />
rural, mas os números ganham forma em<br />
histórias como a de clientes de Westin em<br />
Goiás, que enfrentaram secas em grandes<br />
áreas, capazes de paralisar a produção<br />
não fosse o seguro contratado. Ou casos<br />
de revendas que, por terem a proteção,<br />
não precisaram recorrer à execução de<br />
garantias como hipotecas. Sem o seguro<br />
as pessoas recorrem a esses processos<br />
que, na visão do corretor, “além de serem<br />
custosos e demorados, perde-se o cliente<br />
quando eles chegam ao fim”, opina.<br />
Joaquim Francisco, da Allianz, cita<br />
a expertise da companhia como alicerce<br />
para acreditar no bom desenvolvimento<br />
da carteira. “Nossas perspectivas são<br />
muito boas para essa carteira, tendo em<br />
vista que o agronegócio tem sido o responsável<br />
por amparar a nossa economia.<br />
Nossos investimentos têm sido direcionados<br />
à área de sistemas e análises de<br />
climatologia”. O executivo afirmou ainda<br />
que a companhia deverá apresentar, em<br />
breve, novidades em seu portfólio de<br />
produtos rurais.<br />
O horizonte de plantio no Brasil é<br />
vasto em alqueires e pequeno em proteção.<br />
Apenas 20% da área plantada são<br />
hoje seguradas. “Estamos falando do<br />
Brasil, um país com vocação agrícola<br />
e dimensões continentais. É fácil ver o<br />
potencial de crescimento desse produto”,<br />
finaliza o corretor.<br />
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