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produto<br />
Vitor Augusto Ozaki,<br />
❙❙do Ministério da Agricultura<br />
companhia afirmou que “todo recurso<br />
da subvenção que foi disponibilizado no<br />
último ano foi utilizado”.<br />
Ou seja, não foi o interesse ou a capacidade<br />
dos produtores que diminuiu.<br />
Segundo as palavras do corretor Marcelo<br />
Westin, não se pode apontar desinteresse<br />
“de maneira alguma, pois a busca por esse<br />
seguro segue aquecida”, mas a realocação<br />
de recursos deu a impressão de que nem<br />
todos que poderiam pleitear a subvenção e<br />
beneficiar suas produções foram atingidos.<br />
Como há crescimento do setor, o natural<br />
é que a demanda cresça. Para Ozaki, o<br />
motivo dessa diferença está no fato de que<br />
houve dificuldade em divulgar esse novo<br />
montante disponível no momento adequado<br />
para que fosse possível realizar a venda<br />
das apólices. Em 2016 foram contratadas<br />
76,3 mil apólices de seguro rural, que<br />
garantiram capitais da ordem de R$ 13,26<br />
bilhões, beneficiando 48 mil produtores,<br />
de acordo com dados do MAPA.<br />
Em tempos de dificuldades de confiança<br />
na administração pública, o PSR<br />
ainda pode ser utilizado como um benefício<br />
no qual o Governo se empenha<br />
em trazer melhoras, sendo esse um dos<br />
programas com maior índice de execução<br />
orçamentária no Ministério. “O que é<br />
necessário é a divulgação antecipada,<br />
alocação de volume de recursos orçamentários<br />
compatíveis com o setor e<br />
incentivo de concorrência entre as empresas<br />
que ofertam o produto, para que<br />
exista redução de custo para o produtor,<br />
o beneficiário”, coloca Ozaki.<br />
Westin concorda que divulgar faz<br />
toda a diferença e que é preciso mostrar<br />
mais os benefícios dessa ferramenta. “A<br />
ajuda é para a estabilidade econômica dos<br />
produtores, que mesmo afetados por uma<br />
intempérie climática recuperam parte<br />
dos valores investidos na lavoura. Isso<br />
permite que eles fiquem ativos na safra<br />
seguinte, não precisando vender terras ou<br />
outros ativos para quitar dívidas”, exemplifica.<br />
Mas a corretora não pretende ficar<br />
de braços cruzados e já adota medidas de<br />
conscientização, seja pelas redes sociais<br />
ou indo a campo ficar mais próxima de<br />
seus parceiros. Com isso, o projeto é aumentar<br />
a carteira da corretora em 15%,<br />
pois ainda há espaço no setor.<br />
Descobrindo nichos<br />
Há muito tempo há a intenção do<br />
Governo Federal em criar um fundo para<br />
catástrofes para evitar danos ainda maiores<br />
às plantações e aos animais. Algo que<br />
seja ainda mais robusto, pronto para níveis<br />
mais severos de sinistros. A discussão<br />
vem há mais de uma década e, se parecia<br />
tomar força no último ano, pelas longas<br />
discussões técnicas, em 2017 a ideia parece<br />
ter sido deixada em segundo plano.<br />
É o que adianta o diretor do MAPA: “Por<br />
enquanto, a discussão sobre o Fundo está<br />
parada. Nesse contexto de ajuste fiscal<br />
acho pouco provável que a regulamentação<br />
ganhe fôlego. Nesse momento, o foco é aumentar<br />
os recursos para o PSR e aumentar<br />
o número de produtores beneficiados e de<br />
área segurada”, afirma.<br />
Chegando como seguradora no<br />
Brasil, pois já atuava no mercado de<br />
resseguros, a Markel tem procurado seu<br />
espaço em novos nichos. O seguro rural já<br />
Culturas que mais receberam<br />
subvenção em 2016<br />
❙❙Leonardo Paixão, da Markel<br />
figura entre os interesses da companhia.<br />
Prova disso é a parceria formada com a<br />
Associação Nacional dos Distribuidores<br />
de Insumos Agrícolas e Veterinários<br />
(Andav). Leonardo Paixão, presidente<br />
da Markel no Brasil, afirma que procurar<br />
esses espaços não preenchidos é a meta<br />
da companhia no País. “O agro será um<br />
foco desde que seja possível trabalhar<br />
segmentos específicos dentro desse setor”,<br />
adianta.<br />
Portanto, a parceria faz parte dessa<br />
filosofia. “No caso, notamos uma demanda<br />
pontual das empresas associadas à<br />
Andav, que buscavam uma cobertura específica<br />
para proteger seus armazéns, que<br />
têm certas peculiaridades pelo conjunto<br />
complexo de regras às quais estão sujeitos”,<br />
explica. A companhia quer manter<br />
uma postura mais reservada, já que não<br />
pretende trabalhar com massificados,<br />
mas investir nos nichos que parecerem<br />
promissores, como o rural.<br />
SOJA R$167,90* 42,1 %<br />
MILHO (2ª SAFRA) R$ 74,07* 18,6 %<br />
TRIGO R$ 42,93* 10,8 %<br />
MAÇÃ R$ 34,85* 8,7 %<br />
UVA R$ 25,64* 6,4 %<br />
(*milhões)<br />
Juntas, essas culturas consumiram 86,7% - R$ 345,38 milhões – dos recursos disponíveis.<br />
Mais de 47 mil produtores foram beneficiados<br />
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