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Revista Apólice #219

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produto<br />

Vitor Augusto Ozaki,<br />

❙❙do Ministério da Agricultura<br />

companhia afirmou que “todo recurso<br />

da subvenção que foi disponibilizado no<br />

último ano foi utilizado”.<br />

Ou seja, não foi o interesse ou a capacidade<br />

dos produtores que diminuiu.<br />

Segundo as palavras do corretor Marcelo<br />

Westin, não se pode apontar desinteresse<br />

“de maneira alguma, pois a busca por esse<br />

seguro segue aquecida”, mas a realocação<br />

de recursos deu a impressão de que nem<br />

todos que poderiam pleitear a subvenção e<br />

beneficiar suas produções foram atingidos.<br />

Como há crescimento do setor, o natural<br />

é que a demanda cresça. Para Ozaki, o<br />

motivo dessa diferença está no fato de que<br />

houve dificuldade em divulgar esse novo<br />

montante disponível no momento adequado<br />

para que fosse possível realizar a venda<br />

das apólices. Em 2016 foram contratadas<br />

76,3 mil apólices de seguro rural, que<br />

garantiram capitais da ordem de R$ 13,26<br />

bilhões, beneficiando 48 mil produtores,<br />

de acordo com dados do MAPA.<br />

Em tempos de dificuldades de confiança<br />

na administração pública, o PSR<br />

ainda pode ser utilizado como um benefício<br />

no qual o Governo se empenha<br />

em trazer melhoras, sendo esse um dos<br />

programas com maior índice de execução<br />

orçamentária no Ministério. “O que é<br />

necessário é a divulgação antecipada,<br />

alocação de volume de recursos orçamentários<br />

compatíveis com o setor e<br />

incentivo de concorrência entre as empresas<br />

que ofertam o produto, para que<br />

exista redução de custo para o produtor,<br />

o beneficiário”, coloca Ozaki.<br />

Westin concorda que divulgar faz<br />

toda a diferença e que é preciso mostrar<br />

mais os benefícios dessa ferramenta. “A<br />

ajuda é para a estabilidade econômica dos<br />

produtores, que mesmo afetados por uma<br />

intempérie climática recuperam parte<br />

dos valores investidos na lavoura. Isso<br />

permite que eles fiquem ativos na safra<br />

seguinte, não precisando vender terras ou<br />

outros ativos para quitar dívidas”, exemplifica.<br />

Mas a corretora não pretende ficar<br />

de braços cruzados e já adota medidas de<br />

conscientização, seja pelas redes sociais<br />

ou indo a campo ficar mais próxima de<br />

seus parceiros. Com isso, o projeto é aumentar<br />

a carteira da corretora em 15%,<br />

pois ainda há espaço no setor.<br />

Descobrindo nichos<br />

Há muito tempo há a intenção do<br />

Governo Federal em criar um fundo para<br />

catástrofes para evitar danos ainda maiores<br />

às plantações e aos animais. Algo que<br />

seja ainda mais robusto, pronto para níveis<br />

mais severos de sinistros. A discussão<br />

vem há mais de uma década e, se parecia<br />

tomar força no último ano, pelas longas<br />

discussões técnicas, em 2017 a ideia parece<br />

ter sido deixada em segundo plano.<br />

É o que adianta o diretor do MAPA: “Por<br />

enquanto, a discussão sobre o Fundo está<br />

parada. Nesse contexto de ajuste fiscal<br />

acho pouco provável que a regulamentação<br />

ganhe fôlego. Nesse momento, o foco é aumentar<br />

os recursos para o PSR e aumentar<br />

o número de produtores beneficiados e de<br />

área segurada”, afirma.<br />

Chegando como seguradora no<br />

Brasil, pois já atuava no mercado de<br />

resseguros, a Markel tem procurado seu<br />

espaço em novos nichos. O seguro rural já<br />

Culturas que mais receberam<br />

subvenção em 2016<br />

❙❙Leonardo Paixão, da Markel<br />

figura entre os interesses da companhia.<br />

Prova disso é a parceria formada com a<br />

Associação Nacional dos Distribuidores<br />

de Insumos Agrícolas e Veterinários<br />

(Andav). Leonardo Paixão, presidente<br />

da Markel no Brasil, afirma que procurar<br />

esses espaços não preenchidos é a meta<br />

da companhia no País. “O agro será um<br />

foco desde que seja possível trabalhar<br />

segmentos específicos dentro desse setor”,<br />

adianta.<br />

Portanto, a parceria faz parte dessa<br />

filosofia. “No caso, notamos uma demanda<br />

pontual das empresas associadas à<br />

Andav, que buscavam uma cobertura específica<br />

para proteger seus armazéns, que<br />

têm certas peculiaridades pelo conjunto<br />

complexo de regras às quais estão sujeitos”,<br />

explica. A companhia quer manter<br />

uma postura mais reservada, já que não<br />

pretende trabalhar com massificados,<br />

mas investir nos nichos que parecerem<br />

promissores, como o rural.<br />

SOJA R$167,90* 42,1 %<br />

MILHO (2ª SAFRA) R$ 74,07* 18,6 %<br />

TRIGO R$ 42,93* 10,8 %<br />

MAÇÃ R$ 34,85* 8,7 %<br />

UVA R$ 25,64* 6,4 %<br />

(*milhões)<br />

Juntas, essas culturas consumiram 86,7% - R$ 345,38 milhões – dos recursos disponíveis.<br />

Mais de 47 mil produtores foram beneficiados<br />

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