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Revista Apólice #219

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❙❙Joaquim Francisco, da Allianz<br />

Em um momento difícil, o Brasil<br />

continua contando com o setor<br />

que sempre traz a esperança<br />

para a retomada do crescimento:<br />

o agronegócio. Para 2017, a expectativa<br />

é que ocorra uma expansão de 2%, de<br />

acordo com a Confederação da Agricultura<br />

e Pecuária do Brasil (CNA). De 2015<br />

para 2016 o setor teve um acréscimo em<br />

sua participação na economia nacional,<br />

sustentando seu lugar de carro-chefe, com<br />

alteração de 21,5% para 23% de participação<br />

e agregando 48% das exportações<br />

do País.<br />

Esse otimismo é benéfico também<br />

para o mercado de seguros, já que<br />

alavanca a procura dos produtores por<br />

seguro rural, modalidade crucial para<br />

apoiar aqueles que podem ver suas safras<br />

arruinadas por fenômenos da natureza e<br />

abrangem a atividade agrícola, pecuária,<br />

o patrimônio do produtor, crédito e risco<br />

de morte.<br />

Esse apoio acontece desde 2005 graças<br />

ao Programa de Subvenção ao Prêmio<br />

do Seguro Rural, realizado pelo Governo<br />

Federal em parceria com seguradoras,<br />

que possibilitam que o produtor escolha<br />

a companhia que preferir para se proteger<br />

com descontos providos pelo incentivo<br />

do Estado. “Temos mantido constante<br />

relacionamento com o MAPA e direcionado<br />

as demandas que os agricultores nos<br />

encaminham por meio dos corretores. O<br />

diálogo com o Governo Federal é saudável<br />

e busca melhorias para os produtores<br />

rurais”, afirma Joaquim Francisco, superintendente<br />

de Agronegócios da Allianz.<br />

Para onde vai o incentivo<br />

Mesmo com o grande peso e importância<br />

que esse incentivo tem, no último<br />

ano, a subvenção dada pelo Governo Federal<br />

ao seguro rural não foi totalmente<br />

utilizada. Essa verba deverá, portanto, ser<br />

realocada, conforme explica o corretor<br />

da Rural Brokers, Marcelo Westin. “Primeiro,<br />

é preciso esclarecer que esta sobra<br />

deu-se apenas para as culturas de inverno,<br />

sendo ocasionada por diversos fatores.<br />

Dentre eles, podemos destacar a incerteza<br />

do mercado com relação aos recursos<br />

para a subvenção, a diminuição da área<br />

plantada de trigo e o dimensionamento<br />

de safra de inverno com área superior à<br />

demandada na prática”, explica. “Trata-se<br />

de verba destinada às culturas de inverno.<br />

Como não foram consumidas, serão<br />

utilizadas para as culturas de verão”,<br />

completa o corretor.<br />

Para aqueles produtores que contrataram<br />

apenas apólices para a cultura de<br />

inverno, é necessário que procurem um<br />

corretor para saber se sua subvenção já<br />

foi, ou não, concedida.<br />

Embora seja uma modalidade de<br />

grande importância para a economia<br />

brasileira, alguns fatores influenciaram<br />

nessa baixa utilização. É o que explica<br />

Vitor Augusto Ozaki, diretor do<br />

❙❙Marcelo Westin, da Rural Brokers<br />

As modalidades do<br />

seguro rural<br />

A meta do produto é abranger<br />

todo tipo de cultivo e necessidade dos<br />

produtores. É importante lembrar que<br />

o seguro agrícola é uma modalidade<br />

dentro do seguro rural oferecido. Veja<br />

o que ele abrange:<br />

〉〉<br />

Agrícola<br />

〉〉<br />

Pecuário<br />

〉〉<br />

Aquícola<br />

〉〉<br />

Benfeitorias e produtos agropecuários<br />

〉〉<br />

Penhor Rural<br />

〉〉<br />

Florestas<br />

〉〉<br />

Seguro de Vida do produtor rural<br />

〉〉<br />

Seguro de Cédula do produtor<br />

rural<br />

Departamento de Gestão de Risco e<br />

Recursos Econômicos do Ministério da<br />

Agricultura Pecuária e Abastecimento<br />

(MAPA). Ele afirma que, ao contrário<br />

do que a primeira leitura possa indicar,<br />

o orçamento destinado foi executado. No<br />

entanto, outras questões implicaram no<br />

aumento da disponibilização do que havia<br />

sido previamente decidido. “Em função<br />

do problema ocorrido com a seguradora<br />

Nobre [que operava com o produto], o comitê<br />

decidiu disponibilizar R$ 1,5 milhão<br />

a mais para o cultivo de frutas, em caráter<br />

excepcional no final do ano. Porém, não<br />

houve demanda”, explicou. Ele afirmou<br />

ainda que, de qualquer maneira, dos R$<br />

400 milhões disponíveis, R$ 398 milhões<br />

foram usados, ou seja, 99,6% da verba.<br />

A posição da Allianz nessa carteira<br />

corrobora com o que foi explicado<br />

pelo diretor do MAPA. O executivo da<br />

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