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Revista-OAB-Diadema-2017

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Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico<br />

CENÁRIO IMOBILIÁRIO NO MUNICÍPIO DE DIADEMA<br />

A luta por moradia na cidade é histórica<br />

O<br />

município abriga 409.603 mil moradores (12,5 mil<br />

habitantes por quilômetro quadrado), segundo matéria<br />

publicada no jornal Diário do Grande ABC. Eles<br />

possuem a renda média entre dois e cinco salários mínimos,<br />

conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística).<br />

A ausência de infraestrutura, políticas públicas voltadas ao<br />

setor e os elevados índices de violência, influenciaram o baixo<br />

desenvolvimento de <strong>Diadema</strong>. Sendo este muito inferior aos<br />

das cidades vizinhas que compõem o Grande ABC, como<br />

Santo André e São Bernardo do Campo. Por conta disso,<br />

<strong>Diadema</strong> tem sido palco de movimentos habitacionais de muita<br />

repercussão, como a invasão do chamado Buraco do Gazuza,<br />

ocorrido em 1989, a reintegração de posse violenta ocorrida<br />

em 1990 na chamada Vila Socialista, situada no Jardim Inamar,<br />

como também neste próprio bairro a mais recente ocupação de<br />

300 famílias em terreno particular, coordenada pelo movimento<br />

MLB (Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas),<br />

de acordo com Diário do Grande ABC. Paradoxalmente, de<br />

2011 para cá, vemos a cidade ser alvo de um crescimento<br />

desenfreado de empreendimentos imobiliários voltados a quem<br />

possui renda superior à média do município. Esta especulação<br />

imobiliária produziu 4.733 unidades no período, totalizando<br />

14,88% do total de apartamentos privados lançados nas cidades<br />

do Grande ABC nos últimos quatro anos, segundo ACIGABC<br />

(Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras<br />

do grande ABC).<br />

Este atual viés imobiliário está trazendo pessoas com maior<br />

renda, de outros municípios, para investir e morar em<br />

<strong>Diadema</strong>, fenômeno que certamente será capaz de aprimorar<br />

a infraestrutura local. Entretanto, políticas públicas de<br />

caráter social e habitacional com grandeza equivalente ao<br />

número de habitantes do município são fundamentais ao<br />

seu desenvolvimento e criação de moradias dignas para os<br />

diademenses.<br />

Por Dr Jorge Luis Claro Cunha<br />

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