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044001 TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO LEON MORRIS ED VIDA NOVA

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para com Deus. Ao falarmos de trabalho, devemos enfatizar o que Deus faz no servo e não<br />

o que o servo faz ao servir. Assim Deus atua nos seus (Fp 2.13); e quando os servos trabalham<br />

bem, é Deus quem dá o crescimento, não eles (lC o 3.6-7). Deus trabalhajunto com<br />

eles, tanto que podem ser chamados “cooperadores de Deus” (lC o 3.9).26 Na proclamação<br />

do evangelho da reconciliação, é Deus quem insiste com os pecadores para que se deixem<br />

reconciliar (ainda que fazendo isso por meio dos pregadores; 2Co 5.20).<br />

Por outro lado, Paulo exortou os romanos a se oferecerem a Deus (Rm 6.13; cf.<br />

12.1); eles são escravos de Deus (Rm 6.22; 12.11; cf. 1,1; lT s 1.9). Devemos entender que<br />

isso não significa que eles sejam empregados, mas que são de Deus de todo o coração; a linguagem<br />

é de devoção total."7 É importante que eles agradem a Deus (Rm 14.18) e que o<br />

adorem (lC o 14.25), e em relação a isso não devemos nos esquecer das referências à oração<br />

(Rm 10.1; 15.30; lC o 11.13; E f 6.18-19). Os crentes precisam ter em mente que existem<br />

"ordenanças de Deus" (lC o 7.19; T t 1.3) e que mesmo a liberdade dos cristãos não significa<br />

que eles estejam “sem lei para com Deus” (1 Co 9.21). “Mandamentos” e “lei" nesses versículos<br />

não devem ser entendidos no sentido de restrições penosas, mas da provisão<br />

graciosa de Deus pela qual ele concede orientação aos seus para que saibam que caminho<br />

seguir.<br />

O reino de CL)eus<br />

Os evangelhos sinóticos têm muito a dizer sobre o “reino de Deus", Esse não é o<br />

tema favorito de Paulo, mas aparece em seus escritos. Ele diz que esse reino não é uma<br />

26 A passagem tam bém pode ser entendida com o cooperadores uns dos outros, pertencentes a Deus<br />

(“com panheiros de trabalho no serviço de D eus”, N T L H ) . Parece mais provável, todavia, que o grego<br />

signifique "cooperadores de D eus” (com o em A R A , A R C , N V I, B J), H ans Conzelm ann com enta: "A<br />

tônica está em O eov, "de D eus" ( ICorinthians, Philadelphia, 1975, p. 74).<br />

27 À s vezes é sugerido que o uso que Paulo faz da palavra “escravo", referindo-se a si m esmo, não tem<br />

nada de humilde, nem está ele se colocando no mesm o nível com outros cristãos quando a usa. “Antes,<br />

ele está usando o título honorífico dos hom ens de D eus no A T ” (E rn st Kãsem ann, Commentary on Romans.<br />

G rand Rapids, 1980, p. 5). Pode haver aí um vestígio do uso veterotestam entário, mas não se pode<br />

deixar de ver que Paulo aplica o conceito aos crentes em geral, e não som ente a si m esmo. A lém das passagens<br />

citadas no texto, veja IC o rín tio s 7.22, Efésios 6,6 e 2T im ó teo 2.24; ôovXevCú (“servir com o escravo”)<br />

é aplicado aos crentes várias vezes (R m 7.6; 12,11; 14.18; E f 6.7; Fp 2.22; C l 3.24; l T s 1.9).<br />

2SC . K . Barrett pensa que é bem possível entender o genitivo com o uma referência a VÓ/IOÇ, que está<br />

implícito, dando assim o sentido de “não sujeito à lei de Deus", opinião apoiada por M oule, B lass-D e-<br />

brunner e D odd. M as ele prefere ver o genitivo com o referência a Paulo, que, então, está dizendo que ele<br />

não "está sem a lei de D eu s” (A commentary to thejirst epistle to the Corinthians. London, 1978, p. 2 1 3 -2 1 4 ).<br />

A prim eira maneira de entender a expressão parece preferível, mas nas duas m aneiras Paulo está dizendo<br />

que o crente está sujeito à lei de Deus.

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