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044001 TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO LEON MORRIS ED VIDA NOVA

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Cristo” (lT s 5,9). É paradoxal o fato de que o próprio Deus é quem remove a sua ira (cf. SI<br />

78.38: “Muitas vezes desvia ele a sua ira e não dá asas a toda a sua indignação”). Achar que o<br />

paradoxo é difícil ou até rejeitá-lo não nos faz escapar do argumento de Paulo.“* Ele vê um<br />

Deus atuante, que trata da situação criada por sua ira, que, em essência, é sua oposição forte e<br />

vigorosa a tudo o que é mau.~<br />

Deus é considerado ativo de outras maneiras na obra salvadora de Cristo, na maioria<br />

das vezes iniciando-a. Assim, reconciliação é reconciliação com Deus (Rm 5,10; 2Co 5.20),<br />

reconciliação que Deus efetua (2Co 5.18-19), Deus confirmou a aliança (G1 3.17), perdoou<br />

pecadores (E f 4.32), considerou Abraão justo, justificando-o (G1 3.6; o verbo “imputar” é<br />

passivo, sem definição de sujeito, mas a passagem mostra claramente que é Deus quem imputa).<br />

Ele “fez pecado por nós” o Cristo que “não conheceu pecado” (2Co 5.21),<br />

O pensamento de que salvação é pela graça percorre todo o Novo Testamento, e<br />

essa graça é "a graça de Deus” (Rm 5.15; ICo 1.4; 3.10; 15.10; 2Co 1.12; 6.1; 8.1; 9.14; G1<br />

2.21; E f 3.2, 7; Cl 1.6). “A graça do nosso Senhor Jesus Cristo” vem-nos facilmente à boca e<br />

é, naturalmente, bíblica. Porém, devemos ter em mente que, no Novo Testamento, graça é<br />

ligada a Deus de modo tão provável como é a Cristo.<br />

91 oida cristã<br />

A atividade de Deus é vista em vários aspectos da vida coletiva dos salvos. A igreja é<br />

de Deus (IC o 1.2; 10.32; 11.22; 15.9; 2Co 1.1; G 11.13; lT m 3.5,15; cf. o plural “igrejas de<br />

Deus”, ICo 11.16; lT s 2.14; 2Ts 1.4). Assim, também, Paulo fala do “Israel de Deus” (G1<br />

22C . F. D . M oule observa que "há quem ainda siga a tradução propiciar”’, mas ele diz que "eles são induzidos<br />

à reductio ad absurdum de D eus propiciar a si m esm o” (M ichael G oulder, ed., Incarnation and<br />

mytb: tbe debate continued. London, 1979, p. 86n.). Pode ser que sim. Todavia, aqueles que rejeitam "propiciar"<br />

não estão levando as palavras de Paulo totalm ente a sério. O apóstolo descreve a oposição de Deus<br />

ao pecado com o a “ira de D eus” (R m 1.18) e atribui a rem oção dessa ira ao próprio D eus, Q u e outra palavra<br />

denota a rem oção da irai M oule parece pender para “expiar”, mas isso não tem nada a ver com ira,<br />

Q uem usa “propiciar" não está tentando ser difícil ou absurdo. Está tentando preservar duas verdades b í­<br />

blicas: que a ira de Deus se volta contra todo pecado, e que sua ira não se volta mais contra os crentes, por<br />

causa da m orte expiatória de C risto. O s que a rejeitam dificilm ente podem deixar de ver que Paulo se referiu<br />

à ira de D eus; parece que, para eles, a salvação não faz nada em relação à ira.<br />

V eja ainda meus artigos em E x p T 6 2 (1 9 5 0 -5 1 ):2 2 7 -2 3 3 ; lxiii (1 9 5 1 -5 2 ):1 4 2 -1 4 5 ; N T S 2<br />

. 1955-56):3 3 -4 3 , e a análise mais longa em Apostolic preaching o f the cross. London, 1965, cap. 5-6; T he atonement.<br />

Leicester, 1983, cap. 7. V eja tam bém David H ill, Greek words and H ebrew meanings. Cam bridge,<br />

1967, cap. 2; G eorge E . Ladd, A theology o f the N ew Testament. G rand Rapids, 1975, p, 4 2 9 -4 3 3 (publicado<br />

em português pela H agnos com o Teologia do N ovo Testamento).

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