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044001 TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO LEON MORRIS ED VIDA NOVA

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misericórdia (Rm 9.15).16 Tudo depende dessa misericórdia (Rm 9.16), e Paulo conduz<br />

tudo ao clímax com a declaração de que Deus tornou a todos prisioneiros da desobediência<br />

“a fim de usar de misericórdia para com todos” (Rm 11.32). Depois disso faz seu apelo aos<br />

cristãos de Roma com base nas misericórdias de Deus (Rm 12.1). Em outro lugar, ele argumenta<br />

que é “segundo a sua misericórdia” que Deus nos salvou (T t 3.5: cf. ICo 7.25; 2Co<br />

4.1; lT m 1.13, 16). Ele considera as dádivas de Deus e seu chamado irrevogáveis (Rm<br />

11.29); Deus não volta atrás em seu chamado. Paulo pode falar do “prêmio da soberana<br />

vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14), e ora para que seus convertidos se mostrem<br />

dignos dessa vocação (2Ts 1.11).<br />

Um aspecto interessante do chamado, que obviamente significava muito para Paulo,<br />

é que Deus não escolheu os atraentes e promissores entre as pessoas deste mundo, mas<br />

os tolos, os fracos, os inferiores e até “as coisas que não são" (IC o 1.28). Deus não segue a<br />

trilha da sabedoria como este mundo a conhece, que de qualquer forma não pode nos levar<br />

até Deus (IC o 1.20-21; 3.19). Não devemos deixar de ver que, apesar de Deus, em sua<br />

sabedoria, chamar pessoas que não impressionam sob nenhum aspecto humano, ele não as<br />

deixa como estão. Ele as transforma em algo especial, pois as chama à santidade (lT s 4.7).<br />

Deus, portanto, está agindo em pessoas que náo são promissoras. E por ser ele o<br />

tipo de Deus que é, um Deus “rico em misericórdia”, ele estende a mão aos que não merecem,<br />

aos pecaminosos e fracos. Sua auto-revelação é um exemplo de como isso ocorre.<br />

T oda revelação, não importa como a entendamos, é uma manifestação do amor de Deus.<br />

D. B. Knox mostra que Deus está sempre em ação: ele “controlou a migração dos siros de<br />

Quir e dos filisteus de Caftor, do mesmo modo como trouxe os israelitas do Egito (Am<br />

9.7)”. Nós, porém, não consideramos os movimentos dos siros e dos filisteus como revelação.<br />

Deus não os interpretou para nós. “Para um evento ter a natureza de revelação, ele precisa<br />

ser interpretado pelo próprio Deus”,'8 É Deus quem deixa claro ao ser humano o que<br />

dele pode ser conhecido (Rm 1.19-20).<br />

16R u d olf Bultm ann lem bra que os estóicos consideravam eX éO Ç “uma doença da alma [...] indigna do<br />

sábio”. E ra considerada uma em oção, e por isso, “na prática judicial, £ÀeOÇ dá idéia de parcialidade”<br />

^T D N T , 2:478). Ele diz tam bém : “A menção da €À£OÇ de D eus nem sem pre é uma referência expressa<br />

ao evento de C risto, P od e sim plesm ente denotar a graça de D eus, com uma indicação m aior ou m enor<br />

de que essa graça nos alcançou por meio de C risto’’ (p. 4 8 4 ). A ssim , de outro ponto de vista vemos que<br />

Deus está em ação, e m isericórdia é sem pre m isericórdia de D eus.<br />

1 Ernest B est m ostra que “elas são os santos’, os santificados, que pertencem ao dom ínio de D eus”, Ele<br />

ainda com enta que, apesar de o escravo ou o hom em livre cham ado para ser cristão perm anecerem escravo<br />

ou hom em livre, "o impuro chamado para ser cristão não pode perm anecer impuro, porém precisa<br />

buscar a santificação” (A commentary on thefirst and second epistles to the Thessalonians. London, 1977, p.<br />

168).<br />

1SR T R 19 (1 9 6 0 ):5 -6 .

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