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044001 TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO LEON MORRIS ED VIDA NOVA

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qüentemente ele fala de “glorificar" a Deus (Rm 15.6, 9; ICo 6,20; 2Co 9.13; G1 1.24). O<br />

Deus que é tão central em Paulo é um Deus glorioso.<br />

Algumas vezes ele faz referência a qualidades divinas. Diz que Deus é “vivo” (lT m<br />

3.15; 4.10), “fiel” (IC o 1.9; 10.13; 2Co 1.18), “vivo e verdadeiro” (lT s 1.9). Deus “não pode<br />

mentir” (T t 1.2). O apóstolo fala do Deus “da paciência e da consolação” (Rm 15.5), do<br />

“Deus da esperança” (Rm 15.13) e do “Deus de toda consolação [ou ânimo]” (2Co 1.3; cf.<br />

1.4; 7.6). Deus é o “Deus de amor e de paz” (2Co 13.11), o “Deus de paz” (Rm 15.33; cf.<br />

ICo 14.33; Fp 4.9; lT s 5.23). Paulo também nos garante que o Deus de paz “esmagará<br />

debaixo dos [nossos] pés a Satanás" (Rm 16.20); essa afirmação mostra que Deus está ativo<br />

e dá uma nova dimensão à nossa idéia de paz. A paz com certeza não é um estado de calmaria;<br />

ela é compatível com a oposição militante ao mal. Paulo, portanto, pode falar das qualidades<br />

de Deus, mas uma característica dos seus escritos é que ele se refere mais comumente<br />

ao que Deus está fazendo e não tanto à sua natureza e estado.<br />

9 í predestinação<br />

Paulo insiste muito em que a vontade de Deus está sendo feita; ele fala disso repetidamente<br />

(p. ex. Rm 1.10,12.2; ICo 1.1; 4.19; E f 1.1,4-5,11; Cl 1.1; 4.12; lT s 5.18). A verdade<br />

central do cristianismo é que Cristo “se entregou a si mesmo pelos nossos pecados”, e<br />

ele o fez “segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (G 11.4), pensamento que Paulo repete<br />

de várias maneiras. O plano de Deus é que “pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se<br />

torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno<br />

propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia...”<br />

(E f 3.10-12).7 Paulo diz que essa sabedoria está oculta e que Deus a "preordenou desde a<br />

eternidade para a nossa glória” (IC o 2.7; cf. Rm 16.25-27). Ela agora foi revelada aos "santos,<br />

aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os<br />

gentios” (Cl 1.26-27). Há uma forte defesa da predestinação no capítulo que inicia Efésios,<br />

onde lemos que os crentes foram escolhidos em Cristo antes da criação do mundo (v. 4) e<br />

predestinados para a adoção por meio de Jesus Cristo (v. 5). O “beneplácito” de Deus foi<br />

objetivado em Cristo (v. 9), e os crentes foram “predestinados segundo o propósito daquele<br />

que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (v. 11).<br />

C f. G eorge S . D uncan: "Ela [isto é, a cruz] náo foi apenas algo que D eus permitiu, mas que D eus Pai<br />

s-uis-, e seu propósito com isso foi a redenção dos seus filhos do atual mundo mau (T h e epistle o/Paul to the<br />

G datians. London, 1939, p. 14), D e m odo sem elhante, M , A . C . W arren observa que, na cruz, “não devemos<br />

ver uma tentativa de m udar a vontade de D eus, mas a própria expressão dessa vontade” ( T he gospel o j<br />

v.ciory. London, 1955, p. 21).<br />

Sobre a autoria de Efésios, veja, acima, a Prim eira Parte, nota 6.

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