O Cristão e a Política (Revista Cristã)
O Cristão deve se envolver na Política?
Revista trata do comportamento e visão do cristão diante do cenário político atual.Segundo as escrituras o cristão não deve
apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma
fechada, mais deve viver uma vida espiritual
em todos os aspectos e áreas da vida e a
política é uma delas. Somente entendendo
isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a
Luz que o Mundo precisa para a Glória de
Deus.
O Cristão deve se envolver na Política?
Revista trata do comportamento e visão do cristão diante do cenário político atual.Segundo as escrituras o cristão não deve
apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma
fechada, mais deve viver uma vida espiritual
em todos os aspectos e áreas da vida e a
política é uma delas. Somente entendendo
isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a
Luz que o Mundo precisa para a Glória de
Deus.
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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA:<br />
revistacrista.wordpress.com
O CRISTÃO E A<br />
CONSCIÊNCIA POLÍTICA<br />
POR CARLOS SILVA<br />
<strong>Política</strong> certamente não é um assunto muito<br />
fácil de se tratar. Principalmente para muitos<br />
cristãos que erroneamente acreditam que<br />
Deus não se importa com ela e que a vida<br />
cristã trata-se apenas da ´´espiritualidade´´.<br />
Porém, basta olharmos para a realidade que<br />
nos cerca e veremos que isso não é bem<br />
assim. A <strong>Política</strong> não só é importante como é<br />
assunto recorrente nas escrituras, portanto é<br />
sim da importância de Deus.<br />
Segundo as escrituras o cristão não deve<br />
apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma<br />
fechada, mais deve viver uma vida espiritual<br />
em todos os aspectos e áreas da vida e a<br />
política é uma delas. Somente entendendo<br />
isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a<br />
Luz que o Mundo precisa para a Glória de<br />
Deus.<br />
Nesta edição selecionamos alguns artigos<br />
importantes para nossa visão e compreensão<br />
do assunto.<br />
Deus Abençoe e boa leitura.
O <strong><strong>Cristã</strong>o</strong> deve<br />
envolver-se na<br />
<strong>Política</strong>?<br />
POR VINÍCIUS SILVA PIMENTEL<br />
Para responder essa pergunta, devemos<br />
primeiro definir o que é “política”. De modo<br />
simples, podemos entender política como a<br />
relação entre governantes e governados na<br />
sociedade. Dito isso, parece-me que o cristão<br />
não apenas pode, mas deve envolver-se de<br />
algum modo na política, e isso por uma razão<br />
muito simples: a Bíblia tem muito a dizer a<br />
respeito dessa relação entre governantes e<br />
governados.<br />
O que a Bíblia tem a dizer a respeito da<br />
política? Primeiro, a Bíblia nos mostra que<br />
essa relação entre governantes e governados<br />
foi instituída por Deus; isso fica claro, por<br />
exemplo, quando Paulo se refere aos<br />
magistrados civis como “ministros de Deus”,<br />
em Romanos 13. Essa estrutura de<br />
governantes e governados, que foi criada por<br />
Deus e está impressa na ordem da criação, é<br />
ela mesma governada pelo Deus soberano por<br />
meio das obras da providência. Em palavras<br />
mais simples, Deus é quem constitui e destitui<br />
reis sobre as nações; Ele é o Senhor de toda a<br />
terra e, em última instância, é Ele quem está<br />
providencialmente regendo as nações<br />
conforme o decreto de sua vontade soberana.<br />
Segundo, a Bíblia nos mostra que essa<br />
estrutura política é também regulada por<br />
Deus. A Bíblia não apenas estabelece que Deus<br />
rege secretamente a relação entre<br />
governantes e governados, mas ela também<br />
nos apresenta mandamentos explícitos sobre<br />
como os governantes devem agir em relação<br />
aos governados, e vice versa. Podemos dizer,<br />
assim, que para além da vontade decretiva de<br />
Deus, as relações políticas em uma sociedade<br />
devem se sujeitar à vontade revelada de Deus,<br />
isto é, às normas de conduta que Ele mesmo<br />
estabeleceu em sua santa lei.<br />
Quais são os mandamentos bíblicos que se aplicam<br />
à política? São muitas as ordenanças bíblicas que<br />
regem a vida política de uma sociedade, mas,<br />
provavelmente, a mais importante delas é o quinto<br />
mandamento do Decálogo. O quinto mandamento<br />
fala explicitamente a respeito da honra que é<br />
devida pelos filhos aos pais; mas, na verdade, ele<br />
engloba todas as relações humanas – ou, como diz<br />
o Catecismo Maior de Westminster (P&R 126), “o<br />
alcance geral do quinto mandamento é o<br />
cumprimento dos deveres que mutuamente temos<br />
uns para com os outros em nossas diversas<br />
relações como inferiores, superiores ou iguais”.<br />
Isso envolve, certamente, a estrutura política a que<br />
nos referimos aqui; as relações entre governantes<br />
e governados são biblicamente definidas como<br />
relações de autoridade, isto é, relações entre<br />
superiores e inferiores. E a Bíblia estabelece quais<br />
são os deveres dos governados, inferiores, e quais<br />
as obrigações dos governantes, superiores, nessa<br />
relação.<br />
Outra questão importante é que a Bíblia<br />
expressamente define qual a função do governo<br />
civil. Em Romanos 13, Paulo diz que a função do<br />
magistrado é “castigar o que pratica o mal”.<br />
Quando a Escritura atribui ao governo civil esse<br />
papel de administrar a justiça pública (que é um<br />
papel eminentemente de justiça criminal), ela<br />
também impõe limites à atuação do Estado.
Como dizem os cristãos reformados<br />
holandeses, a soberania do Estado está<br />
adstrita à sua própria esfera de atuação; e,<br />
sempre que os governantes querem agigantar<br />
o Estado e sufocar as outras esferas da vida<br />
social, a Bíblia chama isso de tirania.<br />
Isso tem implicações muito sérias, as quais<br />
muitos cristãos em nosso país ignoram. Se<br />
Deus instituiu a autoridade civil apenas para a<br />
administração da justiça pública, os cristãos<br />
não deveriam ser coniventes com um Estado<br />
que almeja ser outra coisa. O Estado não é<br />
redentor, e os cristãos não deveriam querer<br />
usar o Estado para redimir ninguém. Ao<br />
mesmo tempo, o Estado não é pai, e os<br />
cristãos não deveriam entregar nas mãos do<br />
Estado, inadvertidamente, a autoridade<br />
paterna. O Estado não é empresa, e os<br />
cristãos não deveriam esperar que o Estado<br />
fosse um gerador de emprego e renda. O<br />
Estado não é instituição de caridade, e os<br />
cristãos não deveriam confiar ao Estado a<br />
tarefa de prestar assistência aos pobres,<br />
aos órfãos e às viúvas. Biblicamente, essas<br />
funções pertencem a outras esferas da vida<br />
humana, sobretudo à família e à igreja. E,<br />
historicamente, as sociedades que mais<br />
floresceram foram aquelas que discerniram<br />
bem os limites de atuação do governo civil e<br />
valorizaram a liberdade individual e a<br />
soberania das outras esferas da vida social.<br />
De que maneira os cristãos, como<br />
governados, podem se engajar na política em<br />
submissão aos andamentos de Deus para essa<br />
esfera da vida humana? Há uma observação<br />
importante aqui. Quando dizemos que os<br />
cristãos devem se envolver na política, isso<br />
não significa necessariamente que todos os<br />
cristãos devem estar envolvidos em política<br />
partidária. Na verdade, talvez esse seja o<br />
último aspecto da atuação política com o qual<br />
o cristão deveria se preocupar.<br />
Dito isso, podemos pensar em algumas<br />
diretrizes gerais para o engajamento político<br />
cristão.<br />
Primeiro, e primordialmente, o cristão deve<br />
orar pelos seus governantes. Esse é um<br />
mandamento freqüentemente negligenciado,<br />
não só em nossa vida de piedade individual,<br />
mas também na prática de oração corporativa<br />
na igreja. Contudo, o apóstolo Paulo nos<br />
exorta, claramente, a orarmos pelas<br />
autoridades civis, para que tenhamos uma<br />
“vida tranqüila e mansa, com toda piedade e<br />
respeito”.<br />
Palácio do Planalto – Brasilia – Destrito Federal (Imagem da Internet)<br />
Isso significa que devemos orar para que a causa do<br />
evangelho seja “aprovada e mantida” pelos<br />
governantes de nossa nação e das demais (CMW,<br />
P&R 191). Começar a nossa atuação política com<br />
oração mostra que nós não confiamos na força do<br />
nosso próprio braço, e sim no poder daquele que é<br />
Rei dos reis e que faz todas as coisas segundo o<br />
conselho da sua vontade.<br />
Segundo, o cristão deve honrar os seus governantes<br />
do modo devido, isto é, com sinceridade, em suas<br />
palavras e em seu procedimento. Isso inclui o dever<br />
de obedecer prontamente os seus mandamentos e<br />
conselhos legítimos; de submeter-se às suas<br />
correções; de agir com fidelidade na defesa e<br />
manutenção de suas pessoas e autoridade,<br />
conforme os diversos graus e a natureza de suas<br />
posições; de suportar as suas fraquezas e encobrilas<br />
com amor (CMW, P&R 127).<br />
Terceiro, o cristão deve, conforme a natureza de sua<br />
vocação, promover a ética bíblica não apenas em<br />
seu aspecto individual, mas também público. Isso<br />
significa que, tanto quanto lhe for possível, o cristão<br />
deve buscar que os princípios bíblicos de conduta<br />
sejam considerados e aplicados na sociedade.<br />
Na Grande Comissão, o Senhor Jesus ordenou à sua<br />
Igreja que fizesse discípulos de todas as nações e os<br />
ensinasse a guardar todos os seus mandamentos.
A missão da Igreja é não apenas fazer<br />
convertidos, mas também ensinar aos<br />
convertidos como eles devem viver. Isso<br />
certamente envolve uma vida de piedade,<br />
oração e meditação bíblica, mas não se<br />
restringe a isso; há aspectos da santificação<br />
que são eminentemente públicos, que abarcam<br />
um envolvimento ativo dos cristãos na<br />
sociedade.<br />
Pensemos, por exemplo, na afirmação do<br />
apóstolo Paulo de que não devemos ser<br />
cúmplices das obras das trevas e de que<br />
devemos até mesmo reprová-las (Efésios 5).<br />
Não há como cumprir esse mandamento no<br />
âmbito da piedade individual; apenas na esfera<br />
pública da vida social podemos atender a essa<br />
injunção divina. Aliás, se considerarmos o<br />
exemplo dos apóstolos, veremos que o dever<br />
de reprovarmos as obras ímpias inclui, até<br />
mesmo, o governo civil, de modo que, quando<br />
o magistrado age com manifesta impiedade ou<br />
tirania, deve o cristão repreendê-lo – sem<br />
descuidar da honra devida à sua autoridade,<br />
conforme já dissemos.<br />
''Todos devem sujeitar-se às autoridades<br />
governamentais, pois não há autoridade que não<br />
venha de Deus; as autoridades que existem foram<br />
por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela<br />
contra a autoridade está se opondo contra o que<br />
Deus instituiu, e aqueles que assim procedem<br />
trazem condenação sobre si mesmos. Pois os<br />
governantes não devem ser temidos, a não ser por<br />
aqueles que praticam o mal.'' (Romanos 13 )<br />
Essa promoção da ética cristã na esfera pública<br />
deve estar associada à vocação de cada crente.<br />
Uma é a ação esperada do advogado cristão,<br />
outra, a do médico cristão, e outra, a do<br />
pedreiro cristão. O importante é que cada um,<br />
segundo os dons e a medida de fé recebidos de<br />
Deus, empenhe-se em refletir sobre a ética<br />
bíblica e sobre como aplicá-la às questões<br />
privadas e públicas com que se depara.<br />
Em último lugar, eu repetiria o conselho que<br />
ouvi, certa vez, do Dr. Jeffrey Ventrella, um<br />
advogado cristão que tive o privilégio de<br />
conhecer: o cristão não deve comprar o mito<br />
de que toda essa impiedade no governo civil é<br />
inevitável. Nada é inevitável quando Deus<br />
abençoa a obra de nossas mãos. Se Ele é por<br />
nós, quem será contra nós?<br />
Vinícius Silva Pimentel é advogado e atua nas<br />
áreas cível e empresarial.<br />
Realiza pesquisa em filosofia do direito, com<br />
ênfase no pensamento reformacional de<br />
Herman Dooyeweerd. Congrega na Igreja<br />
Presbiteriana da Aliança, em Recife-PE, onde<br />
reside com sua esposa Laura.<br />
Palácio do Planalto – Brasília<br />
Imagem retirada da internet: Pixabay
POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA – WAYNE<br />
GRUDEM<br />
As igrejas devem exercer alguma influência<br />
na política? Pastores devem pregar sobre<br />
temas políticos? Existe somente um<br />
posicionamento “cristão” em relação a<br />
questões políticas? A Bíblia traz algum<br />
ensinamento a respeito de como as pessoas<br />
devem votar?<br />
Se já fez a si mesmo ao menos uma dessas<br />
perguntas, não pode deixar de ler este livro!<br />
Nele o autor lança mão de três tipos de<br />
argumentos para orientar uma visão política<br />
de acordo com a Bíblia: argumentos baseados<br />
em declarações bíblicas explícitas;<br />
argumentos baseados em princípios bíblicos<br />
mais amplos e argumentos baseados em uma<br />
avaliação de fatos relevantes no mundo de<br />
hoje. Esta obra é uma edição parcial da que o<br />
autor publicou em inglês, pois muitos<br />
capítulos da obra original tratavam de<br />
questões específicas do contexto norteamericano.<br />
Sendo assim, fizemos uma<br />
seleção dos capítulos fundamentais para que<br />
os cristãos de língua portuguesa possam ter<br />
uma visão política segundo a Bíblia.<br />
Saiba mais sobre o livro em: VIDA NOVA<br />
CONTRA A IDOLATRIA DO ESTADO<br />
Oferece ao leitor uma oportunidade singular<br />
de se posicionar de maneira ativa e<br />
consciente no atual cenário político nacional<br />
e internacional. Por meio da mensagem<br />
evangélica, a “religião do Estado” é<br />
confrontada e a ação política cristã é<br />
legitimada, ao mesmo tempo que qualquer<br />
autoridade humana é submetida à autoridade<br />
soberana de Deus, o único a quem devemos<br />
culto em todas as esferas de nossa vida.<br />
''Um estudo embasado em fatos históricos e<br />
nas verdades bíblicas. Um livro que nos<br />
convida à reflexão ideológica e à tomada de<br />
posições políticas coerentes com princípios e<br />
valores cristãos"Rachel Sheherazade<br />
"O livro de Franklin Ferreira é exemplo de<br />
como a teologia pode dialogar com o<br />
pensamento público sem ter vergonha de<br />
dizer quem é, coisa rara hoje em dia."Luiz<br />
Felipe Pondé<br />
Saiba mais sobre o livro em:<br />
Editora Vida Nova
O Partido Político<br />
Importa?<br />
Mais um ano de eleições, as mesmas<br />
propagandas, as mesmas promessas e as<br />
mesmas denúncias. Que vença o menos<br />
corrupto! (pensam alguns).<br />
Para além disto, aparentemente, poucas<br />
pessoas sabem que os partidos políticos são<br />
motivados por ideologias, que constituem o<br />
fundamento dos seus planos e de suas<br />
decisões.<br />
Muitas pessoas rejeitam este fato, chegando<br />
ao ponto de acreditarem que os partidos no<br />
fim são todos iguais, achando que eles se<br />
importam apenas com os votos. Mas será que<br />
isto é verdade?<br />
Mas a realidade não é esta. É evidente que os<br />
partidos desejam votos, somente assim eles<br />
obterão poder político, para assim,<br />
implantarem seus projetos, e moldarem a<br />
sociedade de acordo com a sua própria visão<br />
de mundo.<br />
Visão de mundo, ou cosmo-visão, eis a<br />
palavra chave. Cosmo-visão, como o nome<br />
diz, é a forma como um indivíduo percebe a<br />
realidade, ou seja, é por ela que o indivíduo<br />
tomará as suas decisões, é através dela que<br />
cada indivíduo sabe o que é certo e errado, a<br />
verdade e a mentira.<br />
Cosmo-visão e religião são sinônimos, ou<br />
seja, cada religião possui uma cosmo-visão<br />
própria, pela qual o fiel irá guiar a sua vida.<br />
Existe uma frase de efeito muito difundida no<br />
Brasil, talvez no mundo, que diz: "Religião e<br />
política não se misturam". Porém se<br />
analisarmos com calma, veremos que esta<br />
frase é no mínimo uma mentira. Como vimos<br />
anteriormente, um indivíduo se guia pela sua<br />
cosmo-visão, para este indivíduo a sua<br />
cosmo-visão é a verdade sobre a vida, e<br />
sobre a realidade de todas as coisas ao seu<br />
redor, então como alguém poderia negar isto<br />
na hora de votar? Como um indivíduo<br />
poderia negar a sua cosmo-visão na hora de<br />
votar?<br />
Esta frase, é na verdade uma ridicularização das<br />
crenças em favor de uma verdade política, ou seja, "a<br />
verdade" do partido político. É o mesmo que alguém<br />
dizer que quando vota a sua cosmo-visão se torna a<br />
do partido que ele escolheu, negando assim a sua<br />
própria cosmo-visão.<br />
Por exemplo, digamos que um indivíduo acredite que<br />
o aborto é errado, e que deveria ser proibido, e que<br />
deveria ser crime. Será que faz sentido que este<br />
indivíduo vote num partido que defende o aborto?<br />
Como dito anteriormente, cada partido tem sua<br />
plataforma política, seus planos, aquilo que ele<br />
objetiva colocar em prática, institucionalizar, criando<br />
leis e executando campanhas de mudança de<br />
consciência nacional.<br />
Portanto, quem nega a sua cosmo-visão na hora de<br />
votar, é no mínimo hipócrita, pois diz que algo para<br />
ele é verdade, mas na hora de votar nega esta<br />
verdade, colocando a cosmo-visão do partido como<br />
verdade sobre a sua própria, negando seus valores,<br />
negando aquilo em que ele mesmo acredita, ou diz<br />
acreditar.<br />
Cristianismo e política.<br />
O cristianismo é uma cosmo-visão, e como cristão sei<br />
que a minha luta não é política, pois não faço parte<br />
deste mundo, não sou cidadão do mundo, estou aqui<br />
como um peregrino.
"Responderam: De César. Então lhes disse: Dai,<br />
pois, a César o que é de César, e a Deus o que é<br />
de Deus." (Mateus 22:21)<br />
"(Os cristãos) residem em seus próprios países,<br />
mas só como transeuntes; compartilham o que<br />
lhes corresponde em todas as coisas como<br />
cidadãos, e suportam todas as opressões como<br />
os forasteiros. Todo país estrangeiro lhes é<br />
pátria, e toda pátria lhes é estranha… Se<br />
acham na carne, e, com tudo, não vivem<br />
segundo a carne. Sua existência está na terra,<br />
mas sua cidadania está no céu. Obedecem as<br />
leis estabelecidas, e ultrapassam as leis com<br />
suas próprias vidas." Epístola a Diogneto (125-<br />
200 d.C.)<br />
Como sabemos, vivemos em um país de<br />
regime democrático, sendo o voto ao mesmo<br />
tempo um dever e um direito, ou seja, somos<br />
chamados a participar do processo<br />
democrático. Não vejo aqui<br />
incompatibilidade alguma entre votar e a<br />
palavra de DEUS, muito pelo contrário,<br />
acredito que votar é cumprir com o que foi<br />
dito em Mateus 22:21 pelo Senhor Jesus<br />
Cristo.<br />
Porém, existe um pequeno detalhe, o cristão<br />
é também chamado para ser sal no mundo e<br />
luz na terra:<br />
"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido,<br />
com que se há de salgar? Para nada mais<br />
presta senão para se lançar fora, e ser pisado<br />
pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se<br />
pode esconder uma cidade edificada sobre um<br />
monte; Nem se acende a candeia e se coloca<br />
debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a<br />
todos que estão na casa. Assim resplandeça a<br />
vossa luz diante dos homens, para que vejam<br />
as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai,<br />
que está nos céus." (Mateus 5:13-16)<br />
Vejam, podemos votar, porém a nossa<br />
motivação não deve ser política, se vamos<br />
votar, votemos para a glória de DEUS.<br />
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais<br />
outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de<br />
Deus." (1 Coríntios 10:31)<br />
Eis que o mundo tem avançado em direção a<br />
cultura do inferno, como cristãos sabiamos<br />
que isto haveria de acontecer, é profético.<br />
Como disse o irmão Paul Washer:<br />
"1 Timóteo 4.1 diz: “Ora, o Espírito afirma<br />
expressamente que, nos últimos tempos, alguns<br />
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos<br />
enganadores e a ensinos de demônios”. Paulo prossegue<br />
e diz a Timóteo que todo o inferno irromperá na<br />
cultura, que tudo se tornará confuso e os homens agirão<br />
como bestas." (Paul Washer, 10 Acusações contra a<br />
igreja moderna.)<br />
No entanto isto não reduz nossas obrigações como<br />
cristãos, por acaso deixaremos de fazer a vontade de<br />
DEUS, enquanto vemos o mundo ir pro inferno?<br />
Vamos ficar de braços cruzados esperando que todos<br />
sejam condenados? Vamos esperar que toda a cultura<br />
mergulhe na maldade?<br />
Claro que não!<br />
Vamos então coadunar com toda esta maldade?<br />
Vamos apoiar partidos políticos que promovem-nas?<br />
Claro que não!<br />
Por isto, como podemos votar em partidos que<br />
promovem toda esta sujeira e ficar de consciência<br />
limpa? Como podemos apoiar partidos que promovem<br />
tudo que é do anti-cristo? Somos hipócritas se<br />
fizermos tal coisa.
Marxismo, Comunismo/Socialismo e a<br />
Esquerda.<br />
Hoje é sabido que existem partidos cuja<br />
ideologia política é baseada em princípios<br />
anti-cristãos: Os partidos de linha<br />
marxista(comunistas/socialistas). O<br />
marxismo é uma ideologia perversa, fruto das<br />
maquinações de um homem que sentia um<br />
profundo ódio de DEUS.<br />
Os partidos como o PT, PSOL, PSTU, PCdoB<br />
etc, têm promovido a mudança da nossa<br />
cultura, relativizando a verdade, relativizando<br />
os valores e subvertendo até mesmo a<br />
doutrina de igrejas.<br />
Recentemente, soube que um pastor deu o<br />
púlpito de sua igreja para uma promotora da<br />
ideologia de gênero ( feminista ). A ideologia<br />
de gênero é uma das piores depravações que<br />
se tenha notícia. É a ideologia de gênero, que<br />
tem destruído os papéis do homem e da<br />
mulher na sociedade e na família, que tem<br />
questionado a sexualidade bíblica, que tem<br />
sido o fundamento da promoção e defesa do<br />
homossexualismo.<br />
Não estou querendo dizer com isto que<br />
outros partidos, que não de esquerda, não<br />
possam também promover valores anticristãos,<br />
mas o maior problema é que os<br />
partidos de esquerda tem por fundamento a<br />
ideologia marxista (marxista cultural) que é,<br />
antes de tudo, anti-DEUS e anti-<strong>Cristã</strong>, como<br />
podemos ver claramente nas citações de seus<br />
idealizadores e seguidores:<br />
“O homem faz a religião, a religião não faz o<br />
homem… A religião é o suspiro da criatura<br />
atormentada, o sentimento de um mundo sem<br />
coração, como o é o espírito de estados fora do<br />
tempo. Ela é o ópio do povo.” (Karl Marx, em<br />
“Manifesto Comunista”)<br />
“Deus é uma mentira.(sic)” (Vladimir Lenin)<br />
É tempo de vigiar, já passou da hora de acordar. Nossa<br />
luta não é política, não devemos apoiar um partido<br />
político por uma causa política, devemos antes de<br />
tudo ver se estes partidos defendem valores que estão<br />
de acordo com valores bíblicos.<br />
Não nos esqueçamos do que diz a palavra de DEUS:<br />
"Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram:<br />
Mais importa obedecer a Deus do que aos<br />
homens." (Atos 5:29)<br />
Devemos obedecer a DEUS, ainda que isto implique<br />
em não apoiar a nenhum candidato ou partido<br />
político. O mundo é mal e não vai melhorar, importa<br />
fazermos a vontade de DEUS e ir em direção contrária<br />
a correnteza do mundo.<br />
Que DEUS abençoe a todos nós.<br />
Artigo cedido por: BEREIANOS<br />
“O homem que se ocupa em louvar a Deus se<br />
suja na sua própria saliva.” (Vladimir Lenin<br />
“Nós odiamos o cristianismo e os<br />
cristãos.” (Anatoly Lunatcharsky, marxista<br />
revolucionário russo)<br />
"Desejo vingar-me d' Aquele que governa lá em<br />
cima." (Karl Marx)
Uma Reflexão sobre o<br />
cristão e a política<br />
Por: Hernandez Dias Lopes<br />
''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos,<br />
disseram: Mais importa obedecer a Deus do<br />
que aos homens.''<br />
(Atos 05:29)<br />
Romanos 13.1-7 é um dos textos mais<br />
importantes da história sobre a questão<br />
política. A palavra de Deus estabelece<br />
princípios claros acerca do papel do Estado e<br />
da responsabilidade dos cidadãos, a fim de<br />
que haja ordem e progresso na sociedade.<br />
Destacaremos, à luz do texto, três verdades<br />
importantes:<br />
Em primeiro lugar, a origem das autoridades<br />
constituídas (Rm 13.1,2). Paulo diz que não há<br />
autoridade que não proceda de Deus e as<br />
autoridades que existem foram por ele<br />
instituídas. Logo, se opor deliberada e<br />
formalmente à autoridade é resistir à<br />
própria ordenação de Deus. Aqueles que<br />
entram por esse caminho de desordem e<br />
anarquia trarão sobre si mesmos<br />
condenação. É óbvio que o apóstolo Paulo<br />
não está dizendo que Deus é o responsável<br />
moral pelos magistrados ditadores e<br />
corruptos que ascendem ao poder. Deus<br />
instituiu o princípio do governo e da ordem<br />
e não o despotismo. As autoridades não<br />
podem domesticar a consciência dos<br />
cidadãos nem desrespeitar a sua fé. Nossa<br />
sujeição às autoridades não é submissão<br />
servil nem subserviência, mas submissão<br />
crítica e positiva. A relação entre a Igreja e o<br />
Estado deve ser de respeito e não de<br />
subserviência. Deus não é Deus de confusão<br />
nem aprova a anarquia. Deus instituiu a<br />
família, a igreja e o Estado para que haja<br />
ordem na terra e justiça entre os homens.<br />
Em segundo lugar, a natureza das<br />
autoridades constituídas (Rm 13.3-5). As<br />
autoridades constituídas não devem ser<br />
absolutistas. Elas governam sob o governo<br />
de Deus. A fonte de sua autoridade não<br />
emana delas mesmas nem mesmo do povo.<br />
Emana de Deus através do povo. Portanto, a<br />
autoridade é ministro (diákonos) de Deus, ou<br />
seja, é servo de Deus para servir ao povo.<br />
Aqueles que recebem um mandato pelo voto<br />
popular não ascendem ao poder para se<br />
servirem do povo, mas para servirem ao<br />
povo. Não chegam ao poder para se<br />
locupletarem, mas para se doarem. Não<br />
buscam seus interesses, mas os interesses<br />
do-povo.
Esse princípio divino mostra que o político<br />
que sobe ao poder pobre e desce dele<br />
endinheirado não merece nosso voto. O<br />
político que usa seu mandato para roubar os<br />
cofres públicos e desviar os recursos que<br />
deveriam atender as necessidades do povo<br />
para se enriquecer ilicitamente deve ter<br />
nosso repúdio e não nosso apoio. O político<br />
que rouba ou deixa roubar, que se corrompe<br />
ou deixa a corrupção correr solta, que acusa<br />
os adversários, mas protege seus aliados,<br />
não deve ocupar essa posição de ministro de<br />
Deus, pois Deus abomina a injustiça e<br />
condena o roubo.<br />
Em terceiro lugar, a finalidade das<br />
autoridades constituídas (Rm 13.4-7). Deus<br />
instituiu as autoridades com dois<br />
propósitos claros: a promoção do bem e a<br />
proibição do mal. O governo é ministro de<br />
Deus não só para fazer o bem, mas, também,<br />
para exercer o juízo de Deus sobre os<br />
transgressores. Portanto, devemos sujeitarnos<br />
às autoridades não por medo de<br />
punição, mas por dever de consciência. Cabe<br />
a nós, como cidadãos, orar pelas autoridades<br />
constituídas, honrá-las, respeitá-las e<br />
pagar-lhes tributo, uma vez que seu<br />
chamado é para atender constantemente à<br />
essa honrosa diaconia, de servir ao povo em<br />
nome de Deus. Quando, porém, as<br />
autoridades invertem essa ordem e passam<br />
a promover o mal e a proibir o bem,<br />
chamando luz de trevas e trevas de luz, cabe<br />
a nós, alertar as autoridades a voltarem à<br />
sua vocação. Se essas autoridades, porém,<br />
quiserem nos impor leis injustas, forçandonos<br />
a negar a nossa fé, cabe-nos agir como<br />
os apóstolos: “Antes, importa obedecer a<br />
Deus do que aos homens” (At 5.29).<br />
Hernandes Dias Lopes, natural de Nova<br />
Venécia-ES. Casado com Udemilta Pimentel<br />
Lopes, pai de Thiago e Mariana. Fez o seu<br />
curso de Bacharel em Teologia no Seminário<br />
Presbiteriano do Sul em Campinas-SP no<br />
período de 1978 a 1981 e o seu Doutorado em<br />
Ministério no Reformed Theological<br />
Seminary, em Jackson, Mississippi, nos<br />
Estados Unidos no período de 2000 a 2001.<br />
Foi pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de<br />
Bragança Paulista no período de 1982 a 1984 e<br />
desde 1985 é o pastor titular da Primeira<br />
Igreja Presbiteriana de Vitória-IPB. É<br />
conferencista e escritor, com mais de 70<br />
obras.<br />
Retirado do Site: Hernandes Dias Lopes<br />
''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos,<br />
disseram: Mais importa obedecer a Deus do<br />
que aos homens.''<br />
(Atos 05:29)
Série Mártires<br />
A Primeira menção de Pedro no novo testamento encontra-se em Mateus no Capítulo 04<br />
Versículo 18 (E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro,<br />
e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;). Pelo que é<br />
possível saber sobre ele é que era pescador, natural de Betsaida uma aldeia de pescadores não<br />
muito distante de Cafarnaum na região costeira do mar da Galiléia onde residia (Jo 1:44)<br />
Pedro era filho de Jonas e irmão de André que também era pescador, e segundo a própria<br />
escritura foram os dois primeiros a seguirem o Cristo. Era casado e teve sua sogra curada pelo<br />
Mestre (Mc 1:30). Homem de temperamento instável e explosivo, foi protagonista de diversos<br />
diálogos interessantes com Jesus, acerca de seu comportamento e da natureza do filho de Deus.<br />
Ver (Mateus Cap. 16) teve seu nome mudado de Simão para Pedro (Pedra).<br />
Após a ressurreição de Cristo foi cheio do Espírito Santo no Cenáculo (Atos 02) e realizou uma<br />
pregação poderosa, que salvou mais de 3.000 almas (At 2:14).<br />
Segundo o que se sabe pela tradição, ministrou em Antioquia, Alexandria e região. Visitou Roma<br />
no final de sua vida onde foi martirizado. Apesar da controvérsia católica/protestante sobre o<br />
Primado de Pedro em Roma, hoje é possível se ter uma razoável certeza que este, esteve na<br />
cidade e recebeu o martírio no reinado de Nero entre 64 e 67 DC.<br />
Pelo menos 03 dos considerados (Pais da Igreja) Clemente (35-100 DC), Inácio de Antioquia (68-<br />
107 DC), Papias (69-155 DC), confirmam o martírio do Apóstolo em Roma.<br />
Foi crucificado a mando de Nero, às portas da cidade de cabeça pra baixo, por não se considerar<br />
digno de ser morto como seu Mestre.
Existem milhares de religiões neste mundo,<br />
e obviamente nem todas são certas. O<br />
próprio Jesus advertiu seus discípulos de<br />
que viriam falsos profetas usando Seu<br />
nome, e ensinando mentiras, para desviar as<br />
pessoas da verdade (Mateus 24.24). O<br />
apóstolo Paulo também falou que existem<br />
pessoas de consciência cauterizada, que<br />
falam mentiras, e que são inspirados por<br />
espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2).<br />
Nós chamamos de seitas a essas religiões.<br />
Não estamos dizendo que todos os que<br />
pertencem a uma seita são desonestos ou<br />
mal intencionados. Existem muitas pessoas<br />
sinceras que caíram vítimas de falsos<br />
profetas. Para evitar que isto ocorra<br />
conosco, devemos ser capazes de distinguir<br />
os sinais característicos das seitas. Embora<br />
elas sejam muitas, possuem pelo menos<br />
cinco marcas em comum:<br />
(1) Elas têm outra fonte de autoridade além<br />
da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem<br />
apenas a Bíblia como fonte de<br />
conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas<br />
adotam outras fontes. Algumas forjaram<br />
seus próprios livros; outras aceitam<br />
revelações diretas da parte de Deus; outras<br />
aceitam a palavra de seus líderes como<br />
tendo autoridade divina. Outras falam ainda<br />
de novas revelações dadas por anjos, ou<br />
pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda<br />
citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a<br />
estas revelações.<br />
(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de<br />
Cristo. Embora muitas seitas falem bem de<br />
Jesus Cristo, não o consideram como sendo<br />
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nem<br />
como sendo o único Salvador da<br />
humanidade. Reduzem-no a um homem<br />
bom, a um homem divinizado, a um<br />
espírito aperfeiçoado através de muitas<br />
encarnações, ou à mais uma manifestação<br />
diferente de Deus, igual a outros líderes<br />
religiosos como Buda ou Maomé.<br />
Freqüentemente, as seitas colocam outras<br />
pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram<br />
e em quem confiam.<br />
(3) As seitas ensinam a salvação pelas<br />
obras. Essa é uma característica universal<br />
de todas as seitas. Por acreditarem que o<br />
homem é intrinsecamente bom e capaz de<br />
por si mesmo fazer o que é preciso para<br />
salvar a sua alma, pregam que ele pode<br />
acumular méritos e vir a merecer o perdão<br />
de Deus, através de suas boas obras<br />
praticadas neste mundo. Embora as seitas<br />
sejam muito diferentes em sua aparência<br />
externa, são iguais neste ponto. Algumas<br />
falam em fé, mas sempre entendem a fé<br />
como sendo um ato humano meritório. E<br />
nisto diferem radicalmente do ensino<br />
bíblico da salvação pela graça mediante a fé.<br />
(4) As seitas são exclusivistas quanto à<br />
salvação. Pregam que somente os membros<br />
do seu grupo religioso poderão se salvar.
Enquanto que os cristãos reconhecem que a<br />
salvação é dada a qualquer um que<br />
arrependa-se dos seus pecados e creia em<br />
Jesus Cristo como único Senhor e Salvador<br />
(não importa a denominação religiosa), as<br />
seitas ensinam que não há salvação fora de<br />
sua comunidade.<br />
(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos<br />
últimos tempos. Elas ensinam que receberam<br />
algum tipo de ensino secreto que<br />
Deus havia guardado para os seus fiéis,<br />
perto do fim do mundo. É interessante que<br />
toda vez que nos aproximamos do fim de<br />
um milênio, cresce o número de seitas<br />
afirmando que são o grupo fiel que Deus<br />
reservou para os últimos dias da<br />
humanidade.<br />
Augustus Nicodemus é bacharel em<br />
teologia pelo Seminário Presbiteriano do<br />
Norte, em Recife, mestre em Novo<br />
Testamento pela Universidade <strong>Cristã</strong> de<br />
Potchefstroom, na África do Sul, e doutor<br />
em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo<br />
Seminário Teológico de Westminster, na<br />
Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na<br />
Universidade Reformada de Kampen, na<br />
Holanda. Atualmente, é pastor da Primeira<br />
Igreja Presbiteriana de Goiânia.<br />
Fonte: Tempora Mores<br />
Podemos e devemos ajudar as pessoas que<br />
caíram vítimas de alguma seita. Na carta de<br />
Tiago está escrito que devemos procurar<br />
ganhar aqueles que se desviaram da verdade<br />
(Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é<br />
preciso que nós mesmos conheçamos<br />
profundamente nossa Bíblia bem como as<br />
doutrinas centrais do Cristianismo. Mais<br />
que isto, devemos ter uma vida de oração,<br />
em comunhão com Cristo, para<br />
recebermos dele poder e amor e<br />
moderação.
SOCIEDADE<br />
A Igreja e a<br />
Evangelização no<br />
Ciberespaço<br />
O Ciberespaço principalmente no que se<br />
refere as redes sociais, e com ênfase no<br />
facebook, tem sido uma poderosa<br />
plataforma para a difusão da informação.<br />
Nenhuma empresa que se prese hoje,<br />
pode tratar de assuntos relacionados a<br />
marketing digital se não estiver em sua<br />
pauta a gestão de sua página no<br />
facebook e das mídias sociais.<br />
Por Thomas Magnum<br />
Evangelização no Ciberespaço<br />
Desde a explosão das redes e devemos<br />
considerar como ponto de situação<br />
geográfica o Orkut, podemos<br />
notoriamente visualizar um considerável<br />
crescimento de conteúdo evangélico. A<br />
questão é de grande importância sob um<br />
ponto de vista científico social. A<br />
integração e participação na opinião<br />
pública por parte dos evangélicos<br />
aumentou consideravelmente. Sob esse<br />
prisma a presença evangélica na rede<br />
vem traçando novos caminhos e<br />
projeções para a chamada mídia cristã e<br />
socialização das opiniões dos<br />
evangélicos no Brasil.<br />
Com a explosão das páginas, perfis,<br />
canais, vlogs, blogs, sites, dentre tantos<br />
recursos virtuais para a propagação de<br />
informação e conteúdo, podemos<br />
contabilizar ainda alguns fatores<br />
interessantes.<br />
Num contexto de vinte anos,<br />
pentecostais eram incentivados por seus<br />
líderes a não possuírem aparelhos de<br />
Televisão, mais a frente, não possuírem<br />
nem aparelho celular.
SOCIEDADE<br />
Imagem da Internet - Ilustração: Redes Sociais<br />
Há pouco tempo atrás um pregador<br />
pentecostal clássico utilizar um tablet para<br />
pregar num domingo a noite seria<br />
considerado pecado de vaidade e amor ao<br />
mundo, hoje a realidade é outra. Está se<br />
tornando cada dia mais comum os cristãos<br />
nem andarem mais com Bíblias<br />
convencionais, mas Bíblias digitais. Nos<br />
cultos das mais variadas denominações<br />
evangélicas a utilização de recursos digitais é<br />
quase que obrigatório, em vez dos antigos<br />
hinários impressos, agora tudo é projetado<br />
numa tela, inclusive os textos bíblicos para<br />
leitura.<br />
Diante desse contexto que estamos<br />
inseridos, meu objetivo não é traçar críticas<br />
aos meios usuais que as igrejas tem feito da<br />
tecnologia, mas o que precisamos refletir é a<br />
eficácia de tais ferramentas. Por exemplo, é<br />
muito comum e saudável igrejas terem seu<br />
portal na internet, com isso além do trabalho<br />
com a comunidade local a igreja pode prestar<br />
outros serviços que não caberiam no culto<br />
público.<br />
Através de uma página podemos fazer um<br />
considerável trabalho de evangelização. A<br />
publicação de artigos escritos pelos pastores<br />
das igrejas, convite para conferências, cultos<br />
especiais, trabalhos sociais, campanhas<br />
missionárias. A rede social nos trás um<br />
alcance muito maior do que nossos antigos<br />
boletins denominacionais, jornais, revistas e<br />
informativos. O alcance de uma página é<br />
muito amplo e poderoso do que mídias<br />
impressas. Um jovem de quinze anos<br />
dificilmente leria o jornal de uma<br />
denominação histórica, mas, leria e<br />
compartilharia artigos do site da igreja que<br />
foram publicados no facebook. As igrejas que<br />
tem sites ou blogs, ou até mesmo no próprio<br />
facebook podem alcançar muitas pessoas<br />
com esclarecimentos bíblicos de muitos<br />
assuntos que comumente não são tratados<br />
nas igrejas, seja por falta de tempo, espaço<br />
ou contexto.<br />
No entanto, devemos ponderar alguns<br />
fatores dessa explosão evangélica nas redes<br />
sociais.
Grande parte de páginas na rede não tem uma<br />
sólida caracterização cristã, do ponto de vista<br />
doutrinário, ético, social e circunstancial. Ao<br />
acompanhar algumas páginas que possuem<br />
muitos seguidores pude perceber como<br />
existem artigos implacáveis, insensíveis à dor<br />
do próximo. Existem páginas evangélicas que<br />
trabalham como concorrentes midiáticos, e<br />
querem aparecer mais do que as outras. Muitos<br />
“escritores” que vivem catando fatos inusitados<br />
no meio cristão para bombardear alguém. Com<br />
essa fala não estou recuando na apologética,<br />
mas tecendo uma crítica aos que julgam pelo<br />
prazer de julgar e não pelo zelo evangelístico.<br />
A igreja pode e deve, fazer uso das mais<br />
diversas plataformas midiáticas para a pregação<br />
do evangelho, isso é bom, é saudável. Esse<br />
trabalho deve ser feito com amor, graça e com<br />
um profundo desejo de glorificar a Deus. Outro<br />
fator importante de mencionarmos é a<br />
excelência do trabalho na internet, tudo que<br />
fazemos deve ser para glorificar a Deus, e isso<br />
não isenta o trabalho no ciberespaço. A maioria<br />
das páginas evangélicas seja de igrejas ou<br />
organizações paraeclesiásticas são medíocres<br />
na sua apresentação estética no que se referem<br />
a seus sites, blogs, páginas. As igrejas devem<br />
procurar pessoas habilitadas para a construção<br />
de suas ferramentas de trabalho online. A Bíblia<br />
nos diz que trabalhadores do rei de Tiro, Hirão<br />
(IRs 9.11) vieram para a construção do templo de<br />
Salomão, em Israel não existiam homens com<br />
aquela habilidade, mas o trabalho tinha que ser<br />
feito com excelência e assim aconteceu.<br />
Outro fator que devemos repensar é na<br />
qualidade de informação que se tem difundido<br />
nas redes. O ciberespaço é sem dúvida uma<br />
grande ferramenta, mas uma faca pode servir<br />
para tratar um peixe e também assassinar<br />
alguém. Devemos realizar nosso trabalho com<br />
decência e ordem como nos diz a Palavra de<br />
Deus. De fato o que devemos ter cuidado é para<br />
não sermos engolidos pela cibercultura.Como<br />
servos de Cristo não podemos estar sob julgo,<br />
inclusive da tecnologia.<br />
Existem várias pesquisas que apontam pessoas<br />
viciadas em redes sociais e aparelhos<br />
tecnológicos, isso é pecado. Nada pode nos<br />
aprisionar, somos cativos somente a Cristo.<br />
Tais vícios, sabemos, causam reais<br />
dependências psicológicas, muitas pessoas que<br />
perdem o celular por exemplo se sentem<br />
perdidas e desamparadas se não estiverem<br />
conectadas, isso é muito ruim e sem sombra de<br />
dúvida é pecado de idolatria.<br />
A temperança é um dos gomos do fruto do Espírito,<br />
devemos exercer autocontrole. Esse tipo de vício<br />
pelo ciber deve ser tratado e a igreja não deve ser<br />
refém disso, devemos usar as redes para a divulgação<br />
sadia do evangelho e crescimento de<br />
relacionamentos sadios com o próximo.<br />
Muitas igrejas têm transmitido seus cultos online,<br />
isso tem sido um grande avanço. Pessoas que estão<br />
em lugares que não tem uma igreja, mas tem<br />
internet podem assistir os cultos. No entanto a igreja<br />
também deve orientar seus membros a não<br />
substituir o culto presencial pelo online.<br />
Portanto, devemos utilizar sim os recursos<br />
tecnológicos, mas, tudo seja feito para glória de<br />
Deus. Sejamos prudentes e sóbrios em nossos passos<br />
e no trabalho das nossas mãos.<br />
Originalmente em: Electrus
Sete Princípios <strong><strong>Cristã</strong>o</strong>s<br />
para uma <strong>Política</strong><br />
Realista<br />
1-O homem é feito à imagem de Deus (Gn 1.26-<br />
27). Não importa quão pequeno, frágil, velho ou<br />
deficiente, todo ser humano tem valor e<br />
dignidade. O governo deve proteger a vida<br />
humana e punir aqueles que a prejudicam (Rm<br />
13.4; Gn 9.6);<br />
2-O homem é feito para o trabalho (Gn 2.15).<br />
Devemos maximizar os incentivos ao trabalho<br />
árduo e remover os incentivos que encorajam a<br />
preguiça (2Ts 3.6-12);<br />
3-A parte própria do ser humano, da qual Deus<br />
não compartilha, é que estamos sujeitos às<br />
devidas autoridades. Isso inclui a sujeição ao<br />
governo e a exigência de pagar impostos (Rm<br />
13.1-7);<br />
4-Os seres humanos são motivados pelo<br />
interesse pessoal. Jesus compreendia isto<br />
quando nos disse para amar ao próximo como<br />
já amamos a nós mesmos (Mt 22.39). Interesse<br />
pessoal não é automaticamente o mesmo que<br />
avareza ou ganância, e essa é a razão porque<br />
Jesus não hesitou em motivar os discípulos com<br />
a promessa de serem os primeiros ou com a<br />
garantia de recompensa (Mt 6.19-20; Mc 10.29-<br />
31).<br />
É preciso dizer que nosso interesse pessoal<br />
nem sempre é virtuoso. A obra do evangelho é<br />
ensinar às pessoas como esse interesse pessoal<br />
(satisfação) pode casar com o interesse de Deus<br />
(glória). Mas as melhores políticas são aquelas<br />
que podem solapar o poder do interesse pessoal<br />
em favor de um bem maior;<br />
5-Os seres humanos não são apenas<br />
consumidores do planeta; também somos<br />
também criadores. O mundo físico é uma<br />
dádiva e uma ferramenta. Temos a capacidade<br />
de espoliar, mas também a responsabilidade de<br />
subjugar (Gn 1.28);<br />
<strong>Revista</strong>crista.wordpress.com<br />
6-Por causa do pecado de Adão, estamos em um<br />
mundo caído (Rm 5.12; 8.18-23). As coisas não são<br />
como deveriam ser. A utopia não é possível. Portanto,<br />
as decisões políticas devem lidar com o equilíbrio,<br />
pesando os prós e contras das várias políticas. Não<br />
podemos eliminar as realidades de viver em um<br />
mundo caído (Jo 12.8), mas boas políticas podem<br />
ajudar a mitigar algumas dessas piores realidades;<br />
7-A natureza humana é inclinada para o mal (Gn 6.5;<br />
Jr 17.9). Isso significa que não podemos contar com a<br />
boa vontade dos outros ou das outras nações, não<br />
importa quão bem intencionados possamos ser ou o<br />
quanto cuidemos apenas daquilo que é da nossa<br />
conta. A questão não é de onde virá a guerra. Ela deve<br />
ser esperada, dada a nossa natureza. A questão é<br />
saber quais instituições e políticas são mais efetivas<br />
em estabelecer a paz.<br />
É claro que há mais coisas que poderíamos dizer<br />
sobre a natureza da liberdade, a importância da<br />
justiça, e o direito à propriedade privada. Esses são<br />
três temas bíblicos cruciais. Mas os sete princípios<br />
acima podem nos ajudar a começar a compreender o<br />
mundo, tomar decisões no mundo, e eleger políticos<br />
que entendam o modo como o mundo funciona.<br />
Tradução: Márcio Santana Sobrinho<br />
Fonte: Mídia sem Máscara