O Cristão e a Política (Revista Cristã)

O Cristão deve se envolver na Política? Revista trata do comportamento e visão do cristão diante do cenário político atual.Segundo as escrituras o cristão não deve apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma fechada, mais deve viver uma vida espiritual em todos os aspectos e áreas da vida e a política é uma delas. Somente entendendo isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a Luz que o Mundo precisa para a Glória de Deus. O Cristão deve se envolver na Política?
Revista trata do comportamento e visão do cristão diante do cenário político atual.Segundo as escrituras o cristão não deve
apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma
fechada, mais deve viver uma vida espiritual
em todos os aspectos e áreas da vida e a
política é uma delas. Somente entendendo
isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a
Luz que o Mundo precisa para a Glória de
Deus.

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O CRISTÃO E A<br />

CONSCIÊNCIA POLÍTICA<br />

POR CARLOS SILVA<br />

<strong>Política</strong> certamente não é um assunto muito<br />

fácil de se tratar. Principalmente para muitos<br />

cristãos que erroneamente acreditam que<br />

Deus não se importa com ela e que a vida<br />

cristã trata-se apenas da ´´espiritualidade´´.<br />

Porém, basta olharmos para a realidade que<br />

nos cerca e veremos que isso não é bem<br />

assim. A <strong>Política</strong> não só é importante como é<br />

assunto recorrente nas escrituras, portanto é<br />

sim da importância de Deus.<br />

Segundo as escrituras o cristão não deve<br />

apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma<br />

fechada, mais deve viver uma vida espiritual<br />

em todos os aspectos e áreas da vida e a<br />

política é uma delas. Somente entendendo<br />

isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a<br />

Luz que o Mundo precisa para a Glória de<br />

Deus.<br />

Nesta edição selecionamos alguns artigos<br />

importantes para nossa visão e compreensão<br />

do assunto.<br />

Deus Abençoe e boa leitura.


O <strong><strong>Cristã</strong>o</strong> deve<br />

envolver-se na<br />

<strong>Política</strong>?<br />

POR VINÍCIUS SILVA PIMENTEL<br />

Para responder essa pergunta, devemos<br />

primeiro definir o que é “política”. De modo<br />

simples, podemos entender política como a<br />

relação entre governantes e governados na<br />

sociedade. Dito isso, parece-me que o cristão<br />

não apenas pode, mas deve envolver-se de<br />

algum modo na política, e isso por uma razão<br />

muito simples: a Bíblia tem muito a dizer a<br />

respeito dessa relação entre governantes e<br />

governados.<br />

O que a Bíblia tem a dizer a respeito da<br />

política? Primeiro, a Bíblia nos mostra que<br />

essa relação entre governantes e governados<br />

foi instituída por Deus; isso fica claro, por<br />

exemplo, quando Paulo se refere aos<br />

magistrados civis como “ministros de Deus”,<br />

em Romanos 13. Essa estrutura de<br />

governantes e governados, que foi criada por<br />

Deus e está impressa na ordem da criação, é<br />

ela mesma governada pelo Deus soberano por<br />

meio das obras da providência. Em palavras<br />

mais simples, Deus é quem constitui e destitui<br />

reis sobre as nações; Ele é o Senhor de toda a<br />

terra e, em última instância, é Ele quem está<br />

providencialmente regendo as nações<br />

conforme o decreto de sua vontade soberana.<br />

Segundo, a Bíblia nos mostra que essa<br />

estrutura política é também regulada por<br />

Deus. A Bíblia não apenas estabelece que Deus<br />

rege secretamente a relação entre<br />

governantes e governados, mas ela também<br />

nos apresenta mandamentos explícitos sobre<br />

como os governantes devem agir em relação<br />

aos governados, e vice versa. Podemos dizer,<br />

assim, que para além da vontade decretiva de<br />

Deus, as relações políticas em uma sociedade<br />

devem se sujeitar à vontade revelada de Deus,<br />

isto é, às normas de conduta que Ele mesmo<br />

estabeleceu em sua santa lei.<br />

Quais são os mandamentos bíblicos que se aplicam<br />

à política? São muitas as ordenanças bíblicas que<br />

regem a vida política de uma sociedade, mas,<br />

provavelmente, a mais importante delas é o quinto<br />

mandamento do Decálogo. O quinto mandamento<br />

fala explicitamente a respeito da honra que é<br />

devida pelos filhos aos pais; mas, na verdade, ele<br />

engloba todas as relações humanas – ou, como diz<br />

o Catecismo Maior de Westminster (P&R 126), “o<br />

alcance geral do quinto mandamento é o<br />

cumprimento dos deveres que mutuamente temos<br />

uns para com os outros em nossas diversas<br />

relações como inferiores, superiores ou iguais”.<br />

Isso envolve, certamente, a estrutura política a que<br />

nos referimos aqui; as relações entre governantes<br />

e governados são biblicamente definidas como<br />

relações de autoridade, isto é, relações entre<br />

superiores e inferiores. E a Bíblia estabelece quais<br />

são os deveres dos governados, inferiores, e quais<br />

as obrigações dos governantes, superiores, nessa<br />

relação.<br />

Outra questão importante é que a Bíblia<br />

expressamente define qual a função do governo<br />

civil. Em Romanos 13, Paulo diz que a função do<br />

magistrado é “castigar o que pratica o mal”.<br />

Quando a Escritura atribui ao governo civil esse<br />

papel de administrar a justiça pública (que é um<br />

papel eminentemente de justiça criminal), ela<br />

também impõe limites à atuação do Estado.


Como dizem os cristãos reformados<br />

holandeses, a soberania do Estado está<br />

adstrita à sua própria esfera de atuação; e,<br />

sempre que os governantes querem agigantar<br />

o Estado e sufocar as outras esferas da vida<br />

social, a Bíblia chama isso de tirania.<br />

Isso tem implicações muito sérias, as quais<br />

muitos cristãos em nosso país ignoram. Se<br />

Deus instituiu a autoridade civil apenas para a<br />

administração da justiça pública, os cristãos<br />

não deveriam ser coniventes com um Estado<br />

que almeja ser outra coisa. O Estado não é<br />

redentor, e os cristãos não deveriam querer<br />

usar o Estado para redimir ninguém. Ao<br />

mesmo tempo, o Estado não é pai, e os<br />

cristãos não deveriam entregar nas mãos do<br />

Estado, inadvertidamente, a autoridade<br />

paterna. O Estado não é empresa, e os<br />

cristãos não deveriam esperar que o Estado<br />

fosse um gerador de emprego e renda. O<br />

Estado não é instituição de caridade, e os<br />

cristãos não deveriam confiar ao Estado a<br />

tarefa de prestar assistência aos pobres,<br />

aos órfãos e às viúvas. Biblicamente, essas<br />

funções pertencem a outras esferas da vida<br />

humana, sobretudo à família e à igreja. E,<br />

historicamente, as sociedades que mais<br />

floresceram foram aquelas que discerniram<br />

bem os limites de atuação do governo civil e<br />

valorizaram a liberdade individual e a<br />

soberania das outras esferas da vida social.<br />

De que maneira os cristãos, como<br />

governados, podem se engajar na política em<br />

submissão aos andamentos de Deus para essa<br />

esfera da vida humana? Há uma observação<br />

importante aqui. Quando dizemos que os<br />

cristãos devem se envolver na política, isso<br />

não significa necessariamente que todos os<br />

cristãos devem estar envolvidos em política<br />

partidária. Na verdade, talvez esse seja o<br />

último aspecto da atuação política com o qual<br />

o cristão deveria se preocupar.<br />

Dito isso, podemos pensar em algumas<br />

diretrizes gerais para o engajamento político<br />

cristão.<br />

Primeiro, e primordialmente, o cristão deve<br />

orar pelos seus governantes. Esse é um<br />

mandamento freqüentemente negligenciado,<br />

não só em nossa vida de piedade individual,<br />

mas também na prática de oração corporativa<br />

na igreja. Contudo, o apóstolo Paulo nos<br />

exorta, claramente, a orarmos pelas<br />

autoridades civis, para que tenhamos uma<br />

“vida tranqüila e mansa, com toda piedade e<br />

respeito”.<br />

Palácio do Planalto – Brasilia – Destrito Federal (Imagem da Internet)<br />

Isso significa que devemos orar para que a causa do<br />

evangelho seja “aprovada e mantida” pelos<br />

governantes de nossa nação e das demais (CMW,<br />

P&R 191). Começar a nossa atuação política com<br />

oração mostra que nós não confiamos na força do<br />

nosso próprio braço, e sim no poder daquele que é<br />

Rei dos reis e que faz todas as coisas segundo o<br />

conselho da sua vontade.<br />

Segundo, o cristão deve honrar os seus governantes<br />

do modo devido, isto é, com sinceridade, em suas<br />

palavras e em seu procedimento. Isso inclui o dever<br />

de obedecer prontamente os seus mandamentos e<br />

conselhos legítimos; de submeter-se às suas<br />

correções; de agir com fidelidade na defesa e<br />

manutenção de suas pessoas e autoridade,<br />

conforme os diversos graus e a natureza de suas<br />

posições; de suportar as suas fraquezas e encobrilas<br />

com amor (CMW, P&R 127).<br />

Terceiro, o cristão deve, conforme a natureza de sua<br />

vocação, promover a ética bíblica não apenas em<br />

seu aspecto individual, mas também público. Isso<br />

significa que, tanto quanto lhe for possível, o cristão<br />

deve buscar que os princípios bíblicos de conduta<br />

sejam considerados e aplicados na sociedade.<br />

Na Grande Comissão, o Senhor Jesus ordenou à sua<br />

Igreja que fizesse discípulos de todas as nações e os<br />

ensinasse a guardar todos os seus mandamentos.


A missão da Igreja é não apenas fazer<br />

convertidos, mas também ensinar aos<br />

convertidos como eles devem viver. Isso<br />

certamente envolve uma vida de piedade,<br />

oração e meditação bíblica, mas não se<br />

restringe a isso; há aspectos da santificação<br />

que são eminentemente públicos, que abarcam<br />

um envolvimento ativo dos cristãos na<br />

sociedade.<br />

Pensemos, por exemplo, na afirmação do<br />

apóstolo Paulo de que não devemos ser<br />

cúmplices das obras das trevas e de que<br />

devemos até mesmo reprová-las (Efésios 5).<br />

Não há como cumprir esse mandamento no<br />

âmbito da piedade individual; apenas na esfera<br />

pública da vida social podemos atender a essa<br />

injunção divina. Aliás, se considerarmos o<br />

exemplo dos apóstolos, veremos que o dever<br />

de reprovarmos as obras ímpias inclui, até<br />

mesmo, o governo civil, de modo que, quando<br />

o magistrado age com manifesta impiedade ou<br />

tirania, deve o cristão repreendê-lo – sem<br />

descuidar da honra devida à sua autoridade,<br />

conforme já dissemos.<br />

''Todos devem sujeitar-se às autoridades<br />

governamentais, pois não há autoridade que não<br />

venha de Deus; as autoridades que existem foram<br />

por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela<br />

contra a autoridade está se opondo contra o que<br />

Deus instituiu, e aqueles que assim procedem<br />

trazem condenação sobre si mesmos. Pois os<br />

governantes não devem ser temidos, a não ser por<br />

aqueles que praticam o mal.'' (Romanos 13 )<br />

Essa promoção da ética cristã na esfera pública<br />

deve estar associada à vocação de cada crente.<br />

Uma é a ação esperada do advogado cristão,<br />

outra, a do médico cristão, e outra, a do<br />

pedreiro cristão. O importante é que cada um,<br />

segundo os dons e a medida de fé recebidos de<br />

Deus, empenhe-se em refletir sobre a ética<br />

bíblica e sobre como aplicá-la às questões<br />

privadas e públicas com que se depara.<br />

Em último lugar, eu repetiria o conselho que<br />

ouvi, certa vez, do Dr. Jeffrey Ventrella, um<br />

advogado cristão que tive o privilégio de<br />

conhecer: o cristão não deve comprar o mito<br />

de que toda essa impiedade no governo civil é<br />

inevitável. Nada é inevitável quando Deus<br />

abençoa a obra de nossas mãos. Se Ele é por<br />

nós, quem será contra nós?<br />

Vinícius Silva Pimentel é advogado e atua nas<br />

áreas cível e empresarial.<br />

Realiza pesquisa em filosofia do direito, com<br />

ênfase no pensamento reformacional de<br />

Herman Dooyeweerd. Congrega na Igreja<br />

Presbiteriana da Aliança, em Recife-PE, onde<br />

reside com sua esposa Laura.<br />

Palácio do Planalto – Brasília<br />

Imagem retirada da internet: Pixabay


POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA – WAYNE<br />

GRUDEM<br />

As igrejas devem exercer alguma influência<br />

na política? Pastores devem pregar sobre<br />

temas políticos? Existe somente um<br />

posicionamento “cristão” em relação a<br />

questões políticas? A Bíblia traz algum<br />

ensinamento a respeito de como as pessoas<br />

devem votar?<br />

Se já fez a si mesmo ao menos uma dessas<br />

perguntas, não pode deixar de ler este livro!<br />

Nele o autor lança mão de três tipos de<br />

argumentos para orientar uma visão política<br />

de acordo com a Bíblia: argumentos baseados<br />

em declarações bíblicas explícitas;<br />

argumentos baseados em princípios bíblicos<br />

mais amplos e argumentos baseados em uma<br />

avaliação de fatos relevantes no mundo de<br />

hoje. Esta obra é uma edição parcial da que o<br />

autor publicou em inglês, pois muitos<br />

capítulos da obra original tratavam de<br />

questões específicas do contexto norteamericano.<br />

Sendo assim, fizemos uma<br />

seleção dos capítulos fundamentais para que<br />

os cristãos de língua portuguesa possam ter<br />

uma visão política segundo a Bíblia.<br />

Saiba mais sobre o livro em: VIDA NOVA<br />

CONTRA A IDOLATRIA DO ESTADO<br />

Oferece ao leitor uma oportunidade singular<br />

de se posicionar de maneira ativa e<br />

consciente no atual cenário político nacional<br />

e internacional. Por meio da mensagem<br />

evangélica, a “religião do Estado” é<br />

confrontada e a ação política cristã é<br />

legitimada, ao mesmo tempo que qualquer<br />

autoridade humana é submetida à autoridade<br />

soberana de Deus, o único a quem devemos<br />

culto em todas as esferas de nossa vida.<br />

''Um estudo embasado em fatos históricos e<br />

nas verdades bíblicas. Um livro que nos<br />

convida à reflexão ideológica e à tomada de<br />

posições políticas coerentes com princípios e<br />

valores cristãos"Rachel Sheherazade<br />

"O livro de Franklin Ferreira é exemplo de<br />

como a teologia pode dialogar com o<br />

pensamento público sem ter vergonha de<br />

dizer quem é, coisa rara hoje em dia."Luiz<br />

Felipe Pondé<br />

Saiba mais sobre o livro em:<br />

Editora Vida Nova


O Partido Político<br />

Importa?<br />

Mais um ano de eleições, as mesmas<br />

propagandas, as mesmas promessas e as<br />

mesmas denúncias. Que vença o menos<br />

corrupto! (pensam alguns).<br />

Para além disto, aparentemente, poucas<br />

pessoas sabem que os partidos políticos são<br />

motivados por ideologias, que constituem o<br />

fundamento dos seus planos e de suas<br />

decisões.<br />

Muitas pessoas rejeitam este fato, chegando<br />

ao ponto de acreditarem que os partidos no<br />

fim são todos iguais, achando que eles se<br />

importam apenas com os votos. Mas será que<br />

isto é verdade?<br />

Mas a realidade não é esta. É evidente que os<br />

partidos desejam votos, somente assim eles<br />

obterão poder político, para assim,<br />

implantarem seus projetos, e moldarem a<br />

sociedade de acordo com a sua própria visão<br />

de mundo.<br />

Visão de mundo, ou cosmo-visão, eis a<br />

palavra chave. Cosmo-visão, como o nome<br />

diz, é a forma como um indivíduo percebe a<br />

realidade, ou seja, é por ela que o indivíduo<br />

tomará as suas decisões, é através dela que<br />

cada indivíduo sabe o que é certo e errado, a<br />

verdade e a mentira.<br />

Cosmo-visão e religião são sinônimos, ou<br />

seja, cada religião possui uma cosmo-visão<br />

própria, pela qual o fiel irá guiar a sua vida.<br />

Existe uma frase de efeito muito difundida no<br />

Brasil, talvez no mundo, que diz: "Religião e<br />

política não se misturam". Porém se<br />

analisarmos com calma, veremos que esta<br />

frase é no mínimo uma mentira. Como vimos<br />

anteriormente, um indivíduo se guia pela sua<br />

cosmo-visão, para este indivíduo a sua<br />

cosmo-visão é a verdade sobre a vida, e<br />

sobre a realidade de todas as coisas ao seu<br />

redor, então como alguém poderia negar isto<br />

na hora de votar? Como um indivíduo<br />

poderia negar a sua cosmo-visão na hora de<br />

votar?<br />

Esta frase, é na verdade uma ridicularização das<br />

crenças em favor de uma verdade política, ou seja, "a<br />

verdade" do partido político. É o mesmo que alguém<br />

dizer que quando vota a sua cosmo-visão se torna a<br />

do partido que ele escolheu, negando assim a sua<br />

própria cosmo-visão.<br />

Por exemplo, digamos que um indivíduo acredite que<br />

o aborto é errado, e que deveria ser proibido, e que<br />

deveria ser crime. Será que faz sentido que este<br />

indivíduo vote num partido que defende o aborto?<br />

Como dito anteriormente, cada partido tem sua<br />

plataforma política, seus planos, aquilo que ele<br />

objetiva colocar em prática, institucionalizar, criando<br />

leis e executando campanhas de mudança de<br />

consciência nacional.<br />

Portanto, quem nega a sua cosmo-visão na hora de<br />

votar, é no mínimo hipócrita, pois diz que algo para<br />

ele é verdade, mas na hora de votar nega esta<br />

verdade, colocando a cosmo-visão do partido como<br />

verdade sobre a sua própria, negando seus valores,<br />

negando aquilo em que ele mesmo acredita, ou diz<br />

acreditar.<br />

Cristianismo e política.<br />

O cristianismo é uma cosmo-visão, e como cristão sei<br />

que a minha luta não é política, pois não faço parte<br />

deste mundo, não sou cidadão do mundo, estou aqui<br />

como um peregrino.


"Responderam: De César. Então lhes disse: Dai,<br />

pois, a César o que é de César, e a Deus o que é<br />

de Deus." (Mateus 22:21)<br />

"(Os cristãos) residem em seus próprios países,<br />

mas só como transeuntes; compartilham o que<br />

lhes corresponde em todas as coisas como<br />

cidadãos, e suportam todas as opressões como<br />

os forasteiros. Todo país estrangeiro lhes é<br />

pátria, e toda pátria lhes é estranha… Se<br />

acham na carne, e, com tudo, não vivem<br />

segundo a carne. Sua existência está na terra,<br />

mas sua cidadania está no céu. Obedecem as<br />

leis estabelecidas, e ultrapassam as leis com<br />

suas próprias vidas." Epístola a Diogneto (125-<br />

200 d.C.)<br />

Como sabemos, vivemos em um país de<br />

regime democrático, sendo o voto ao mesmo<br />

tempo um dever e um direito, ou seja, somos<br />

chamados a participar do processo<br />

democrático. Não vejo aqui<br />

incompatibilidade alguma entre votar e a<br />

palavra de DEUS, muito pelo contrário,<br />

acredito que votar é cumprir com o que foi<br />

dito em Mateus 22:21 pelo Senhor Jesus<br />

Cristo.<br />

Porém, existe um pequeno detalhe, o cristão<br />

é também chamado para ser sal no mundo e<br />

luz na terra:<br />

"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido,<br />

com que se há de salgar? Para nada mais<br />

presta senão para se lançar fora, e ser pisado<br />

pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se<br />

pode esconder uma cidade edificada sobre um<br />

monte; Nem se acende a candeia e se coloca<br />

debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a<br />

todos que estão na casa. Assim resplandeça a<br />

vossa luz diante dos homens, para que vejam<br />

as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai,<br />

que está nos céus." (Mateus 5:13-16)<br />

Vejam, podemos votar, porém a nossa<br />

motivação não deve ser política, se vamos<br />

votar, votemos para a glória de DEUS.<br />

"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais<br />

outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de<br />

Deus." (1 Coríntios 10:31)<br />

Eis que o mundo tem avançado em direção a<br />

cultura do inferno, como cristãos sabiamos<br />

que isto haveria de acontecer, é profético.<br />

Como disse o irmão Paul Washer:<br />

"1 Timóteo 4.1 diz: “Ora, o Espírito afirma<br />

expressamente que, nos últimos tempos, alguns<br />

apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos<br />

enganadores e a ensinos de demônios”. Paulo prossegue<br />

e diz a Timóteo que todo o inferno irromperá na<br />

cultura, que tudo se tornará confuso e os homens agirão<br />

como bestas." (Paul Washer, 10 Acusações contra a<br />

igreja moderna.)<br />

No entanto isto não reduz nossas obrigações como<br />

cristãos, por acaso deixaremos de fazer a vontade de<br />

DEUS, enquanto vemos o mundo ir pro inferno?<br />

Vamos ficar de braços cruzados esperando que todos<br />

sejam condenados? Vamos esperar que toda a cultura<br />

mergulhe na maldade?<br />

Claro que não!<br />

Vamos então coadunar com toda esta maldade?<br />

Vamos apoiar partidos políticos que promovem-nas?<br />

Claro que não!<br />

Por isto, como podemos votar em partidos que<br />

promovem toda esta sujeira e ficar de consciência<br />

limpa? Como podemos apoiar partidos que promovem<br />

tudo que é do anti-cristo? Somos hipócritas se<br />

fizermos tal coisa.


Marxismo, Comunismo/Socialismo e a<br />

Esquerda.<br />

Hoje é sabido que existem partidos cuja<br />

ideologia política é baseada em princípios<br />

anti-cristãos: Os partidos de linha<br />

marxista(comunistas/socialistas). O<br />

marxismo é uma ideologia perversa, fruto das<br />

maquinações de um homem que sentia um<br />

profundo ódio de DEUS.<br />

Os partidos como o PT, PSOL, PSTU, PCdoB<br />

etc, têm promovido a mudança da nossa<br />

cultura, relativizando a verdade, relativizando<br />

os valores e subvertendo até mesmo a<br />

doutrina de igrejas.<br />

Recentemente, soube que um pastor deu o<br />

púlpito de sua igreja para uma promotora da<br />

ideologia de gênero ( feminista ). A ideologia<br />

de gênero é uma das piores depravações que<br />

se tenha notícia. É a ideologia de gênero, que<br />

tem destruído os papéis do homem e da<br />

mulher na sociedade e na família, que tem<br />

questionado a sexualidade bíblica, que tem<br />

sido o fundamento da promoção e defesa do<br />

homossexualismo.<br />

Não estou querendo dizer com isto que<br />

outros partidos, que não de esquerda, não<br />

possam também promover valores anticristãos,<br />

mas o maior problema é que os<br />

partidos de esquerda tem por fundamento a<br />

ideologia marxista (marxista cultural) que é,<br />

antes de tudo, anti-DEUS e anti-<strong>Cristã</strong>, como<br />

podemos ver claramente nas citações de seus<br />

idealizadores e seguidores:<br />

“O homem faz a religião, a religião não faz o<br />

homem… A religião é o suspiro da criatura<br />

atormentada, o sentimento de um mundo sem<br />

coração, como o é o espírito de estados fora do<br />

tempo. Ela é o ópio do povo.” (Karl Marx, em<br />

“Manifesto Comunista”)<br />

“Deus é uma mentira.(sic)” (Vladimir Lenin)<br />

É tempo de vigiar, já passou da hora de acordar. Nossa<br />

luta não é política, não devemos apoiar um partido<br />

político por uma causa política, devemos antes de<br />

tudo ver se estes partidos defendem valores que estão<br />

de acordo com valores bíblicos.<br />

Não nos esqueçamos do que diz a palavra de DEUS:<br />

"Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram:<br />

Mais importa obedecer a Deus do que aos<br />

homens." (Atos 5:29)<br />

Devemos obedecer a DEUS, ainda que isto implique<br />

em não apoiar a nenhum candidato ou partido<br />

político. O mundo é mal e não vai melhorar, importa<br />

fazermos a vontade de DEUS e ir em direção contrária<br />

a correnteza do mundo.<br />

Que DEUS abençoe a todos nós.<br />

Artigo cedido por: BEREIANOS<br />

“O homem que se ocupa em louvar a Deus se<br />

suja na sua própria saliva.” (Vladimir Lenin<br />

“Nós odiamos o cristianismo e os<br />

cristãos.” (Anatoly Lunatcharsky, marxista<br />

revolucionário russo)<br />

"Desejo vingar-me d' Aquele que governa lá em<br />

cima." (Karl Marx)


Uma Reflexão sobre o<br />

cristão e a política<br />

Por: Hernandez Dias Lopes<br />

''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos,<br />

disseram: Mais importa obedecer a Deus do<br />

que aos homens.''<br />

(Atos 05:29)<br />

Romanos 13.1-7 é um dos textos mais<br />

importantes da história sobre a questão<br />

política. A palavra de Deus estabelece<br />

princípios claros acerca do papel do Estado e<br />

da responsabilidade dos cidadãos, a fim de<br />

que haja ordem e progresso na sociedade.<br />

Destacaremos, à luz do texto, três verdades<br />

importantes:<br />

Em primeiro lugar, a origem das autoridades<br />

constituídas (Rm 13.1,2). Paulo diz que não há<br />

autoridade que não proceda de Deus e as<br />

autoridades que existem foram por ele<br />

instituídas. Logo, se opor deliberada e<br />

formalmente à autoridade é resistir à<br />

própria ordenação de Deus. Aqueles que<br />

entram por esse caminho de desordem e<br />

anarquia trarão sobre si mesmos<br />

condenação. É óbvio que o apóstolo Paulo<br />

não está dizendo que Deus é o responsável<br />

moral pelos magistrados ditadores e<br />

corruptos que ascendem ao poder. Deus<br />

instituiu o princípio do governo e da ordem<br />

e não o despotismo. As autoridades não<br />

podem domesticar a consciência dos<br />

cidadãos nem desrespeitar a sua fé. Nossa<br />

sujeição às autoridades não é submissão<br />

servil nem subserviência, mas submissão<br />

crítica e positiva. A relação entre a Igreja e o<br />

Estado deve ser de respeito e não de<br />

subserviência. Deus não é Deus de confusão<br />

nem aprova a anarquia. Deus instituiu a<br />

família, a igreja e o Estado para que haja<br />

ordem na terra e justiça entre os homens.<br />

Em segundo lugar, a natureza das<br />

autoridades constituídas (Rm 13.3-5). As<br />

autoridades constituídas não devem ser<br />

absolutistas. Elas governam sob o governo<br />

de Deus. A fonte de sua autoridade não<br />

emana delas mesmas nem mesmo do povo.<br />

Emana de Deus através do povo. Portanto, a<br />

autoridade é ministro (diákonos) de Deus, ou<br />

seja, é servo de Deus para servir ao povo.<br />

Aqueles que recebem um mandato pelo voto<br />

popular não ascendem ao poder para se<br />

servirem do povo, mas para servirem ao<br />

povo. Não chegam ao poder para se<br />

locupletarem, mas para se doarem. Não<br />

buscam seus interesses, mas os interesses<br />

do-povo.


Esse princípio divino mostra que o político<br />

que sobe ao poder pobre e desce dele<br />

endinheirado não merece nosso voto. O<br />

político que usa seu mandato para roubar os<br />

cofres públicos e desviar os recursos que<br />

deveriam atender as necessidades do povo<br />

para se enriquecer ilicitamente deve ter<br />

nosso repúdio e não nosso apoio. O político<br />

que rouba ou deixa roubar, que se corrompe<br />

ou deixa a corrupção correr solta, que acusa<br />

os adversários, mas protege seus aliados,<br />

não deve ocupar essa posição de ministro de<br />

Deus, pois Deus abomina a injustiça e<br />

condena o roubo.<br />

Em terceiro lugar, a finalidade das<br />

autoridades constituídas (Rm 13.4-7). Deus<br />

instituiu as autoridades com dois<br />

propósitos claros: a promoção do bem e a<br />

proibição do mal. O governo é ministro de<br />

Deus não só para fazer o bem, mas, também,<br />

para exercer o juízo de Deus sobre os<br />

transgressores. Portanto, devemos sujeitarnos<br />

às autoridades não por medo de<br />

punição, mas por dever de consciência. Cabe<br />

a nós, como cidadãos, orar pelas autoridades<br />

constituídas, honrá-las, respeitá-las e<br />

pagar-lhes tributo, uma vez que seu<br />

chamado é para atender constantemente à<br />

essa honrosa diaconia, de servir ao povo em<br />

nome de Deus. Quando, porém, as<br />

autoridades invertem essa ordem e passam<br />

a promover o mal e a proibir o bem,<br />

chamando luz de trevas e trevas de luz, cabe<br />

a nós, alertar as autoridades a voltarem à<br />

sua vocação. Se essas autoridades, porém,<br />

quiserem nos impor leis injustas, forçandonos<br />

a negar a nossa fé, cabe-nos agir como<br />

os apóstolos: “Antes, importa obedecer a<br />

Deus do que aos homens” (At 5.29).<br />

Hernandes Dias Lopes, natural de Nova<br />

Venécia-ES. Casado com Udemilta Pimentel<br />

Lopes, pai de Thiago e Mariana. Fez o seu<br />

curso de Bacharel em Teologia no Seminário<br />

Presbiteriano do Sul em Campinas-SP no<br />

período de 1978 a 1981 e o seu Doutorado em<br />

Ministério no Reformed Theological<br />

Seminary, em Jackson, Mississippi, nos<br />

Estados Unidos no período de 2000 a 2001.<br />

Foi pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de<br />

Bragança Paulista no período de 1982 a 1984 e<br />

desde 1985 é o pastor titular da Primeira<br />

Igreja Presbiteriana de Vitória-IPB. É<br />

conferencista e escritor, com mais de 70<br />

obras.<br />

Retirado do Site: Hernandes Dias Lopes<br />

''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos,<br />

disseram: Mais importa obedecer a Deus do<br />

que aos homens.''<br />

(Atos 05:29)


Série Mártires<br />

A Primeira menção de Pedro no novo testamento encontra-se em Mateus no Capítulo 04<br />

Versículo 18 (E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro,<br />

e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;). Pelo que é<br />

possível saber sobre ele é que era pescador, natural de Betsaida uma aldeia de pescadores não<br />

muito distante de Cafarnaum na região costeira do mar da Galiléia onde residia (Jo 1:44)<br />

Pedro era filho de Jonas e irmão de André que também era pescador, e segundo a própria<br />

escritura foram os dois primeiros a seguirem o Cristo. Era casado e teve sua sogra curada pelo<br />

Mestre (Mc 1:30). Homem de temperamento instável e explosivo, foi protagonista de diversos<br />

diálogos interessantes com Jesus, acerca de seu comportamento e da natureza do filho de Deus.<br />

Ver (Mateus Cap. 16) teve seu nome mudado de Simão para Pedro (Pedra).<br />

Após a ressurreição de Cristo foi cheio do Espírito Santo no Cenáculo (Atos 02) e realizou uma<br />

pregação poderosa, que salvou mais de 3.000 almas (At 2:14).<br />

Segundo o que se sabe pela tradição, ministrou em Antioquia, Alexandria e região. Visitou Roma<br />

no final de sua vida onde foi martirizado. Apesar da controvérsia católica/protestante sobre o<br />

Primado de Pedro em Roma, hoje é possível se ter uma razoável certeza que este, esteve na<br />

cidade e recebeu o martírio no reinado de Nero entre 64 e 67 DC.<br />

Pelo menos 03 dos considerados (Pais da Igreja) Clemente (35-100 DC), Inácio de Antioquia (68-<br />

107 DC), Papias (69-155 DC), confirmam o martírio do Apóstolo em Roma.<br />

Foi crucificado a mando de Nero, às portas da cidade de cabeça pra baixo, por não se considerar<br />

digno de ser morto como seu Mestre.


Existem milhares de religiões neste mundo,<br />

e obvia­mente nem todas são certas. O<br />

próprio Jesus advertiu seus discípulos de<br />

que viriam falsos profetas usando Seu<br />

nome, e ensinando mentiras, para desviar as<br />

pessoas da verdade (Mateus 24.24). O<br />

apóstolo Paulo também falou que existem<br />

pessoas de consciência cauterizada, que<br />

falam mentiras, e que são inspirados por<br />

espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2).<br />

Nós chamamos de seitas a essas religiões.<br />

Não estamos dizendo que to­dos os que<br />

pertencem a uma seita são deson­estos ou<br />

mal intencionados. Existem muitas pessoas<br />

sinceras que caíram vítimas de falsos<br />

profetas. Para evitar que isto ocorra<br />

conosco, devemos ser capazes de distinguir<br />

os sinais característicos das seitas. Embora<br />

elas sejam muitas, possuem pelo menos<br />

cinco marcas em comum:<br />

(1) Elas têm outra fonte de autoridade além<br />

da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem<br />

apenas a Bíblia como fonte de<br />

conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas<br />

adotam outras fontes. Algumas forjaram<br />

seus próprios livros; outras aceitam<br />

revelações diretas da parte de Deus; outras<br />

aceitam a palavra de seus líderes como<br />

tendo autoridade divina. Outras falam ainda<br />

de novas revelações dadas por anjos, ou<br />

pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda<br />

citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a<br />

estas revelações.<br />

(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de<br />

Cristo. Embora muitas seitas falem bem de<br />

Jesus Cristo, não o consideram como sendo<br />

ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem<br />

como sendo o único Salvador da<br />

humanidade. Reduzem-no a um homem<br />

bom, a um homem di­vinizado, a um<br />

espírito aperfeiçoa­do através de muitas<br />

encarnações, ou à mais uma manifestação<br />

diferente de Deus, igual a outros líderes<br />

religiosos como Buda ou Maomé.<br />

Freqüentemente, as seitas colocam outras<br />

pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram<br />

e em quem confiam.<br />

(3) As seitas ensinam a salvação pelas<br />

obras. Essa é uma característica universal<br />

de todas as seitas. Por acreditarem que o<br />

homem é intrinsecamente bom e capaz de<br />

por si mesmo fazer o que é preciso para<br />

salvar a sua alma, pregam que ele pode<br />

acumular méritos e vir a merecer o perdão<br />

de Deus, através de suas boas obras<br />

praticadas neste mundo. Embora as seitas<br />

sejam muito diferentes em sua aparência<br />

externa, são iguais neste ponto. Algumas<br />

falam em fé, mas sempre entendem a fé<br />

como sendo um ato humano meritório. E<br />

nisto diferem radicalmente do ensi­no<br />

bíblico da salvação pela graça mediante a fé.<br />

(4) As seitas são exclusivistas quanto à<br />

salvação. Pregam que somente os membros<br />

do seu grupo religioso poderão se salvar.


Enquanto que os cristãos reconhecem que a<br />

salvação é dada a qualquer um que<br />

arrependa-se dos seus pecados e creia em<br />

Jesus Cristo como único Senhor e Salvador<br />

(não importa a denominação religiosa), as<br />

seitas ensinam que não há salvação fora de<br />

sua comunidade.<br />

(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos<br />

últimos tempos. Elas ensinam que receberam<br />

algum tipo de ensino se­creto que<br />

Deus havia guardado para os seus fiéis,<br />

perto do fim do mundo. É interessante que<br />

toda vez que nos aproximamos do fim de<br />

um milênio, cresce o número de seitas<br />

afirmando que são o grupo fiel que Deus<br />

reservou para os últimos dias da<br />

humanidade.<br />

Augustus Nicodemus é bacharel em<br />

teologia pelo Seminário Presbiteriano do<br />

Norte, em Recife, mestre em Novo<br />

Testamento pela Universidade <strong>Cristã</strong> de<br />

Potchefstroom, na África do Sul, e doutor<br />

em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo<br />

Seminário Teológico de Westminster, na<br />

Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na<br />

Universidade Reformada de Kampen, na<br />

Holanda. Atualmente, é pastor da Primeira<br />

Igreja Presbiteriana de Goiânia.<br />

Fonte: Tempora Mores<br />

Podemos e devemos ajudar as pessoas que<br />

caíram vítimas de alguma seita. Na carta de<br />

Tiago está escrito que devemos procurar<br />

ganhar aqueles que se desviaram da verdade<br />

(Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é<br />

preciso que nós mesmos conheçamos<br />

profundamente nossa Bíblia bem como as<br />

doutrinas centrais do Cristianismo. Mais<br />

que isto, devemos ter uma vida de oração,<br />

em comunhão com Cristo, para<br />

recebermos dele poder e amor e<br />

moderação.


SOCIEDADE<br />

A Igreja e a<br />

Evangelização no<br />

Ciberespaço<br />

O Ciberespaço principalmente no que se<br />

refere as redes sociais, e com ênfase no<br />

facebook, tem sido uma poderosa<br />

plataforma para a difusão da informação.<br />

Nenhuma empresa que se prese hoje,<br />

pode tratar de assuntos relacionados a<br />

marketing digital se não estiver em sua<br />

pauta a gestão de sua página no<br />

facebook e das mídias sociais.<br />

Por Thomas Magnum<br />

Evangelização no Ciberespaço<br />

Desde a explosão das redes e devemos<br />

considerar como ponto de situação<br />

geográfica o Orkut, podemos<br />

notoriamente visualizar um considerável<br />

crescimento de conteúdo evangélico. A<br />

questão é de grande importância sob um<br />

ponto de vista científico social. A<br />

integração e participação na opinião<br />

pública por parte dos evangélicos<br />

aumentou consideravelmente. Sob esse<br />

prisma a presença evangélica na rede<br />

vem traçando novos caminhos e<br />

projeções para a chamada mídia cristã e<br />

socialização das opiniões dos<br />

evangélicos no Brasil.<br />

Com a explosão das páginas, perfis,<br />

canais, vlogs, blogs, sites, dentre tantos<br />

recursos virtuais para a propagação de<br />

informação e conteúdo, podemos<br />

contabilizar ainda alguns fatores<br />

interessantes.<br />

Num contexto de vinte anos,<br />

pentecostais eram incentivados por seus<br />

líderes a não possuírem aparelhos de<br />

Televisão, mais a frente, não possuírem<br />

nem aparelho celular.


SOCIEDADE<br />

Imagem da Internet - Ilustração: Redes Sociais<br />

Há pouco tempo atrás um pregador<br />

pentecostal clássico utilizar um tablet para<br />

pregar num domingo a noite seria<br />

considerado pecado de vaidade e amor ao<br />

mundo, hoje a realidade é outra. Está se<br />

tornando cada dia mais comum os cristãos<br />

nem andarem mais com Bíblias<br />

convencionais, mas Bíblias digitais. Nos<br />

cultos das mais variadas denominações<br />

evangélicas a utilização de recursos digitais é<br />

quase que obrigatório, em vez dos antigos<br />

hinários impressos, agora tudo é projetado<br />

numa tela, inclusive os textos bíblicos para<br />

leitura.<br />

Diante desse contexto que estamos<br />

inseridos, meu objetivo não é traçar críticas<br />

aos meios usuais que as igrejas tem feito da<br />

tecnologia, mas o que precisamos refletir é a<br />

eficácia de tais ferramentas. Por exemplo, é<br />

muito comum e saudável igrejas terem seu<br />

portal na internet, com isso além do trabalho<br />

com a comunidade local a igreja pode prestar<br />

outros serviços que não caberiam no culto<br />

público.<br />

Através de uma página podemos fazer um<br />

considerável trabalho de evangelização. A<br />

publicação de artigos escritos pelos pastores<br />

das igrejas, convite para conferências, cultos<br />

especiais, trabalhos sociais, campanhas<br />

missionárias. A rede social nos trás um<br />

alcance muito maior do que nossos antigos<br />

boletins denominacionais, jornais, revistas e<br />

informativos. O alcance de uma página é<br />

muito amplo e poderoso do que mídias<br />

impressas. Um jovem de quinze anos<br />

dificilmente leria o jornal de uma<br />

denominação histórica, mas, leria e<br />

compartilharia artigos do site da igreja que<br />

foram publicados no facebook. As igrejas que<br />

tem sites ou blogs, ou até mesmo no próprio<br />

facebook podem alcançar muitas pessoas<br />

com esclarecimentos bíblicos de muitos<br />

assuntos que comumente não são tratados<br />

nas igrejas, seja por falta de tempo, espaço<br />

ou contexto.<br />

No entanto, devemos ponderar alguns<br />

fatores dessa explosão evangélica nas redes<br />

sociais.


Grande parte de páginas na rede não tem uma<br />

sólida caracterização cristã, do ponto de vista<br />

doutrinário, ético, social e circunstancial. Ao<br />

acompanhar algumas páginas que possuem<br />

muitos seguidores pude perceber como<br />

existem artigos implacáveis, insensíveis à dor<br />

do próximo. Existem páginas evangélicas que<br />

trabalham como concorrentes midiáticos, e<br />

querem aparecer mais do que as outras. Muitos<br />

“escritores” que vivem catando fatos inusitados<br />

no meio cristão para bombardear alguém. Com<br />

essa fala não estou recuando na apologética,<br />

mas tecendo uma crítica aos que julgam pelo<br />

prazer de julgar e não pelo zelo evangelístico.<br />

A igreja pode e deve, fazer uso das mais<br />

diversas plataformas midiáticas para a pregação<br />

do evangelho, isso é bom, é saudável. Esse<br />

trabalho deve ser feito com amor, graça e com<br />

um profundo desejo de glorificar a Deus. Outro<br />

fator importante de mencionarmos é a<br />

excelência do trabalho na internet, tudo que<br />

fazemos deve ser para glorificar a Deus, e isso<br />

não isenta o trabalho no ciberespaço. A maioria<br />

das páginas evangélicas seja de igrejas ou<br />

organizações paraeclesiásticas são medíocres<br />

na sua apresentação estética no que se referem<br />

a seus sites, blogs, páginas. As igrejas devem<br />

procurar pessoas habilitadas para a construção<br />

de suas ferramentas de trabalho online. A Bíblia<br />

nos diz que trabalhadores do rei de Tiro, Hirão<br />

(IRs 9.11) vieram para a construção do templo de<br />

Salomão, em Israel não existiam homens com<br />

aquela habilidade, mas o trabalho tinha que ser<br />

feito com excelência e assim aconteceu.<br />

Outro fator que devemos repensar é na<br />

qualidade de informação que se tem difundido<br />

nas redes. O ciberespaço é sem dúvida uma<br />

grande ferramenta, mas uma faca pode servir<br />

para tratar um peixe e também assassinar<br />

alguém. Devemos realizar nosso trabalho com<br />

decência e ordem como nos diz a Palavra de<br />

Deus. De fato o que devemos ter cuidado é para<br />

não sermos engolidos pela cibercultura.Como<br />

servos de Cristo não podemos estar sob julgo,<br />

inclusive da tecnologia.<br />

Existem várias pesquisas que apontam pessoas<br />

viciadas em redes sociais e aparelhos<br />

tecnológicos, isso é pecado. Nada pode nos<br />

aprisionar, somos cativos somente a Cristo.<br />

Tais vícios, sabemos, causam reais<br />

dependências psicológicas, muitas pessoas que<br />

perdem o celular por exemplo se sentem<br />

perdidas e desamparadas se não estiverem<br />

conectadas, isso é muito ruim e sem sombra de<br />

dúvida é pecado de idolatria.<br />

A temperança é um dos gomos do fruto do Espírito,<br />

devemos exercer autocontrole. Esse tipo de vício<br />

pelo ciber deve ser tratado e a igreja não deve ser<br />

refém disso, devemos usar as redes para a divulgação<br />

sadia do evangelho e crescimento de<br />

relacionamentos sadios com o próximo.<br />

Muitas igrejas têm transmitido seus cultos online,<br />

isso tem sido um grande avanço. Pessoas que estão<br />

em lugares que não tem uma igreja, mas tem<br />

internet podem assistir os cultos. No entanto a igreja<br />

também deve orientar seus membros a não<br />

substituir o culto presencial pelo online.<br />

Portanto, devemos utilizar sim os recursos<br />

tecnológicos, mas, tudo seja feito para glória de<br />

Deus. Sejamos prudentes e sóbrios em nossos passos<br />

e no trabalho das nossas mãos.<br />

Originalmente em: Electrus


Sete Princípios <strong><strong>Cristã</strong>o</strong>s<br />

para uma <strong>Política</strong><br />

Realista<br />

1-O homem é feito à imagem de Deus (Gn 1.26-<br />

27). Não importa quão pequeno, frágil, velho ou<br />

deficiente, todo ser humano tem valor e<br />

dignidade. O governo deve proteger a vida<br />

humana e punir aqueles que a prejudicam (Rm<br />

13.4; Gn 9.6);<br />

2-O homem é feito para o trabalho (Gn 2.15).<br />

Devemos maximizar os incentivos ao trabalho<br />

árduo e remover os incentivos que encorajam a<br />

preguiça (2Ts 3.6-12);<br />

3-A parte própria do ser humano, da qual Deus<br />

não compartilha, é que estamos sujeitos às<br />

devidas autoridades. Isso inclui a sujeição ao<br />

governo e a exigência de pagar impostos (Rm<br />

13.1-7);<br />

4-Os seres humanos são motivados pelo<br />

interesse pessoal. Jesus compreendia isto<br />

quando nos disse para amar ao próximo como<br />

já amamos a nós mesmos (Mt 22.39). Interesse<br />

pessoal não é automaticamente o mesmo que<br />

avareza ou ganância, e essa é a razão porque<br />

Jesus não hesitou em motivar os discípulos com<br />

a promessa de serem os primeiros ou com a<br />

garantia de recompensa (Mt 6.19-20; Mc 10.29-<br />

31).<br />

É preciso dizer que nosso interesse pessoal<br />

nem sempre é virtuoso. A obra do evangelho é<br />

ensinar às pessoas como esse interesse pessoal<br />

(satisfação) pode casar com o interesse de Deus<br />

(glória). Mas as melhores políticas são aquelas<br />

que podem solapar o poder do interesse pessoal<br />

em favor de um bem maior;<br />

5-Os seres humanos não são apenas<br />

consumidores do planeta; também somos<br />

também criadores. O mundo físico é uma<br />

dádiva e uma ferramenta. Temos a capacidade<br />

de espoliar, mas também a responsabilidade de<br />

subjugar (Gn 1.28);<br />

<strong>Revista</strong>crista.wordpress.com<br />

6-Por causa do pecado de Adão, estamos em um<br />

mundo caído (Rm 5.12; 8.18-23). As coisas não são<br />

como deveriam ser. A utopia não é possível. Portanto,<br />

as decisões políticas devem lidar com o equilíbrio,<br />

pesando os prós e contras das várias políticas. Não<br />

podemos eliminar as realidades de viver em um<br />

mundo caído (Jo 12.8), mas boas políticas podem<br />

ajudar a mitigar algumas dessas piores realidades;<br />

7-A natureza humana é inclinada para o mal (Gn 6.5;<br />

Jr 17.9). Isso significa que não podemos contar com a<br />

boa vontade dos outros ou das outras nações, não<br />

importa quão bem intencionados possamos ser ou o<br />

quanto cuidemos apenas daquilo que é da nossa<br />

conta. A questão não é de onde virá a guerra. Ela deve<br />

ser esperada, dada a nossa natureza. A questão é<br />

saber quais instituições e políticas são mais efetivas<br />

em estabelecer a paz.<br />

É claro que há mais coisas que poderíamos dizer<br />

sobre a natureza da liberdade, a importância da<br />

justiça, e o direito à propriedade privada. Esses são<br />

três temas bíblicos cruciais. Mas os sete princípios<br />

acima podem nos ajudar a começar a compreender o<br />

mundo, tomar decisões no mundo, e eleger políticos<br />

que entendam o modo como o mundo funciona.<br />

Tradução: Márcio Santana Sobrinho<br />

Fonte: Mídia sem Máscara

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