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E-Vista - Ed. 01/Ano 01

Primeira edição da revista E-Vista. Nesta edição temos: Matérias, Entrevistas, Dicas, Contos, Divulgações e mais...

Primeira edição da revista E-Vista. Nesta edição temos: Matérias, Entrevistas, Dicas, Contos, Divulgações e mais...

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3


EDITOR-CHEFE<br />

FERNANDO LIMA<br />

REVISOR-CHEFE<br />

HENRIQUE SANTOS<br />

REVISORA-GERAL<br />

REGINA VASCONCELLOS<br />

PARTICIPAÇÕES<br />

E-<strong>Vista</strong> SUA<br />

NOVA REVISTA<br />

EDITORIAL<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

Participam nesta edição:<br />

FERNANDO LIMA,<br />

HENRIQUE SANTOS,<br />

REGINA VASCONCELLOS,<br />

TIAGO TOY,<br />

FABY CRYSTALL,<br />

ANA ROSENROT,<br />

MICHELLI LOUISE PARANHOS,<br />

PATY FREITAS,<br />

C. B. KAIHATSU,<br />

SIDNEY SANTBORG,<br />

GABRIEL ZANATA,<br />

JORGE EDUARDO MACHADO<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

Site: e-vista.net<br />

E-mail: contato@e-vista.net/revistaevista@gmail.com<br />

Instagram Oficial: @revistaevista<br />

Twitter Oficial: @revistaevista<br />

Facebook Página: @revistaevista<br />

Toda a diagramação e editoração desta revista foi realizada<br />

por Fernando Lima, as revisões de textos internos e<br />

revisão final da revista foram feitas por Henrique Santos e<br />

Regina Vasconcellos.<br />

<strong>Ed</strong>. <strong>01</strong> <strong>Ano</strong> 1<br />

E-<strong>Vista</strong> é uma revista inicialmente digital que<br />

visa trazer em seus conteúdos e informações<br />

relevantes no setor editorial independente.<br />

Seja para um escritor iniciante ou a um editor<br />

de coletânea, passando pelo designer que trabalha<br />

em capas para atender a grande demanda<br />

de “novos” escritores, até chegar ao leitor que<br />

apenas quer usufruir de uma boa leitura.<br />

Traremos matérias escritas por quem conhece<br />

o assunto, teremos divulgações de escritores,<br />

sendo elas com textos, lançamentos, degustações<br />

e promoções. Mostraremos anúncios, como Blogs<br />

literários, Sites para publicações entre outros.<br />

Todo o nosso conteúdo está voltado para a literatura, podendo sim ser expandido para<br />

as demais artes. O nosso forte é oferecer conteúdo que o faça crescer seja como autor,<br />

editor, “designer” ou leitor.<br />

E-<strong>Vista</strong> sua nova revista digital.​<br />

Todos os elementos aqui utilizados assim como imagens e<br />

fontes são de livre utilização ou cedidas por seus detentores<br />

de diretos autorais para tais reproduções. Elementos vetos e<br />

alguns itens, foram obtidos no site Freepik. As imagens são<br />

dos sites: Pixabay e Unsplash e seus autores serão citados<br />

sempre que possível.<br />

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-<br />

-SemDerivações 4.0<br />

Esta é uma revista publicada pelo selo Elemental <strong>Ed</strong>itoração<br />

de modo independente. Para realizar qualquer tipo de reprodução,<br />

por favor entre em contato via e-mail: contato@e-vista.net<br />

ou diretamente com o selo no e-mail: seloee@outlook.<br />

com. Isso se faz necessário para manter o respeito com os artistas<br />

aqui apresentados.<br />

Todo o conteúdo aqui representado é de responsabilidade<br />

de quem os enviou à revista, ficando o selo Elemental <strong>Ed</strong>itoração<br />

e a revista E-<strong>Vista</strong>, disponíveis para esclarecimentos<br />

posteriores.<br />

4


<strong>Ed</strong>itorial<br />

Caro leitor.<br />

É com o coração aberto e bombeando o melhor da emoção e da ansiedade que<br />

dou a todos Boas vindas à revista E-<strong>Vista</strong>.<br />

Pode parecer algo simples e até desnecessária tamanha adrenalina em ter um<br />

projeto como este publicado, mas acredite, só quem possui algo semelhante sabe o<br />

quão importante e gratificante é ter um espaço para agradecer e dar as boas vindas.<br />

Este é um projeto audacioso, não somos e não seremos apenas mais uma revista<br />

simples e repetitiva onde mostraremos apenas contos e poemas de escritores que nos<br />

enviarem seus trabalhos para serem publicados.<br />

Esta é a sua nova revista digital, uma revista real e focada no espaço literário, mas<br />

com conteúdos, em sua maioria, voltados para os escritores e editores indes. Queremos<br />

transmitir o máximo possível de tudo o que há por trás dos serviços editoriais e tentar<br />

trazer opções para o *faça você mesmo* do meio editorial.<br />

Teremos conteúdos de divulgação, assim como entrevista e dicas das mais variadas<br />

para seu momento entretenimento.<br />

Seja esta sua leitura pela manhã ou durante e após o almoço, seja esta sua leitura<br />

para a noite ou ao finalzinho dela antes de dormir. Seja esta a sua mais nova fonte de<br />

entretenimento alternativo e autenticada. Seja esta a sua nova casa.<br />

Seja também o convite mais do que especial para deixar-nos entrar em suas mídias<br />

digitais e sociais.<br />

Que seja esta simples carta, o motivo do seu<br />

comentário ou compartilhamento antes, durante<br />

e após sua leitura.<br />

E por fim, que seja a E-<strong>Vista</strong> a sua nova visão<br />

da era eletrônico.<br />

Seja bem-vindo(a) a primeira publicação da<br />

revista E-vista.<br />

Desejo de coração aberto que tenha uma boa<br />

leitura e que nos deixe seu feedback, seja por<br />

e-mail ou redes sociais.<br />

Sinta-se em casa.<br />

Fernando Lima<br />

<strong>Ed</strong>itor-chefe<br />

CONECTE-SE À E-VISTA ATRAVÊS DOS ICONES:<br />

5


P. 08<br />

CAPA: Confira uma matéria sobre o artista<br />

Jonny Lindner e suas imagens gratuitas. P. 08<br />

MATÉRIA: Ana Rosenrot; autora, diretora e editora<br />

da revista Literalivre, nos conta mais sobre<br />

seu lado artistico e nos dá dicas valiosas para<br />

escritores. P. 38<br />

P. 38<br />

ENTREVISTA: E-<strong>Vista</strong> entrevistou o escritor<br />

Tiago Toy, autor de Terra Morta. P. 24<br />

DIVULGAÇÃO: A Sociedade dos Corvos.<br />

P. 24<br />

Leia a sinopse dessa antologia. P. 36<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

6


CONTEÚDO<br />

P. 46 P. 20<br />

MATÉRIA: Escrevemos uma matéria especial sobre o selo<br />

Elemental <strong>Ed</strong>itoração e como ele atua nas publicações. P. 20<br />

DICA: Você conhece e usa o Canva? Confira nossa dica e<br />

saiba como ele pode te ajudar. P. 46<br />

E ainda tem mais... DICAS - ENTREVISTA - CONTOS e +...<br />

P. 36<br />

GOTAS DE SUOR (conto)<br />

ENTREVISTA: Henrique Santos<br />

O AMANTE (conto)<br />

PRESENTE DE NATAL (conto)<br />

ENTREVISTA: Regina Vasconcellos<br />

DICA: Moon+ Reader<br />

7 E-<strong>Vista</strong>


Jonny<br />

Lindner<br />

Você pode até não reconhecer este nome, mas suas imagens com<br />

certeza você já viu ou usou. Estamos falando do artista que assina como<br />

ComFreak.<br />

Matéria de Fernando Lima, fotos de Jonny Lindner<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

8


Q<br />

uando as palavras não<br />

são o suficiente para<br />

uma expressão, nada<br />

mais justo que o uso de<br />

imagens para garantir<br />

que a mensagem seja transmitida.<br />

O mundo continua o mesmo, mas<br />

as pessoas mudaram a forma de<br />

comunicação e as imagens estão<br />

sendo o maior meio de comunicação<br />

nesta era digital.<br />

O ser humano sempre fez papel de<br />

designer gráfico, de pinturas recém<br />

descobertas a gravuras em tantas<br />

cavernas. O homem acha que sabe<br />

demais, mas ainda estamos longe<br />

de descobrir o motivo de sermos<br />

assim, apaixonados por imagens.<br />

E é aqui que entra o autor de<br />

tantas imagens por nós utilizadas.<br />

Seu nome é Jonny Lindner<br />

o qual assina essas imagens com<br />

o nickname de Comfreak no site<br />

Pixabay.<br />

9 E-<strong>Vista</strong>


Estas são algumas de<br />

suas imagens que foram<br />

utilizadas por: Fernando<br />

Lima (autor desta matéria),<br />

para diversas ilustrações sendo as<br />

de maiores destaques usadas nas<br />

capas do projeto A Arte do Terror<br />

tanto nas edições nacionais quanto<br />

nas em Espanhol.<br />

Cada imagem está sendo representada<br />

em seu formato publicado<br />

pelo artista e em miniaturas estão<br />

as artes finais de Fernando Lima.<br />

Sempre mantendo o cuidado<br />

para não alterar os originais de<br />

Comfreak, os resultados chamam<br />

a atenção devido ao grau de detalhes<br />

e fantasia que o artista utiliza<br />

em suas imagens.<br />

Tanto as imagens aqui apresentadas<br />

(mesmo as utilizadas nas artes<br />

finais), quanto as disponíveis no<br />

site pelo perfil do artista, são completamente<br />

gratuitas e livres para<br />

serem utilizadas em projetos pessoais<br />

ou comerciais como as capas<br />

da coletânea A Arte do Terror e dos<br />

álbuns musicais do DInside Project<br />

e Tiu Don.<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

10


Caso esteja procurando imagens<br />

basicamente prontas para uma capa<br />

de livro, CD ou Newsletter e qualquer<br />

outro tipo de divulgação que use<br />

imagens, ComFreak é com certeza<br />

um dos melhores artistas no quesito<br />

free royalties seja você um designer<br />

experiente ou um autor que não<br />

pode pagar por uma capa bonita e de<br />

qualidade, deixamos essas pequenas<br />

amostras dos trabalhos de Comfreak<br />

para sua apreciação.<br />

Lembrando que estas imagens não<br />

necessitam de atribuição ao serem<br />

utilizadas, mas não lhe custará nada<br />

deixar o nome do artista nos créditos<br />

ou sempre citar quando for possível.<br />

Para conferir os livros e álbuns<br />

apresentados, basta clicar em suas<br />

artes para ser redirecionado ao site<br />

dos arquivos.<br />

E para acessar todas as imagens<br />

do ComFreak no Pixabay, clique no<br />

botão a seguir.<br />

11 E-<strong>Vista</strong>


E-<strong>Vista</strong><br />

12


13 E-<strong>Vista</strong>


E-<strong>Vista</strong><br />

14


15 E-<strong>Vista</strong>


E-<strong>Vista</strong><br />

16


17 E-<strong>Vista</strong>


O amor é uma espécie de loucura<br />

ou o único caminho para a sanidade?<br />

Um trauma sofrido. Uma emoção<br />

reprimida. Um pai distante.<br />

Aos 34 anos, após seus sentimentos<br />

serem diagnosticados e definidos<br />

como fora dos padrões aceitos pela<br />

sociedade, Ricardo decide buscar ajuda<br />

psicológica. O que ele não sabia é<br />

que toda sua história seria investigada<br />

e suas feridas expostas em uma profunda<br />

ANAMNESE. Seu coração teria<br />

enlouquecido desde a infância, quando<br />

descobriu uma paixão avassaladora<br />

e transformadora, ou na chegada<br />

de Kamilah e o despertar para o verdadeiro<br />

amor?<br />

Uma história de amor e de intensos<br />

desafios reconstruída por meio de<br />

uma ANAMNESE.<br />

Sidney Santborg nasceu em Coroatá-MA, atualmente<br />

mora no Rio de Janeiro. É um sonhador, um pensador...<br />

Um escritor, compositor e advogado. Autor dos livros<br />

“ANAMNESE – Um Louco Coração”, “Escola de um<br />

Destino” e do conto “O Brilho do Pássaro Celestial” que<br />

foi publicado em uma coletânea de contos. Tem participado<br />

de vários eventos literários e palestras em escolas.<br />

Mantém um Blog onde escreve seus pensamentos, sonhos<br />

e devaneios.<br />

18


GOTAS DE SUOR<br />

FABY CRYSTALL<br />

NÃO ERA APENAS O QUARTO QUE ESTAVA QUENTE;<br />

MEU CORPO ESTAVA EM CHAMAS, MAS, MINHAS<br />

MÃOS ESTAVAM FRIAS.<br />

CHEIRO DOCE E GOSTO APIMENTADO,<br />

MÃOS, BOCA, OLHOS, PELE<br />

TOQUE<br />

ARDOR E DOR, PENETRAÇÃO<br />

EXCITAÇÃO<br />

FORTE E INTENSA<br />

DELÍRIOS, GEMIDOS, SUSSURROS E GRITOS<br />

POSSESSÃO<br />

POSSUIR OU SER POSSUÍDA?<br />

PASSO MINHA MÃO NO PESCOÇO, LEVEMENTE<br />

SINTO GOTAS, GOTAS DE SUOR ESCORREM,<br />

ABRO OS OLHOS E TENHO A CERTEZA<br />

TUDO NÃO PASSOU DE UM SONHO!<br />

19 E-<strong>Vista</strong>


Elemental<br />

<strong>Ed</strong>itoração<br />

Ao contrário do que muitos pensam, o selo EE (sigla para o selo) não<br />

é uma editora convencional e nem o selo de uma editora.<br />

Foto: Gabriel Beaudry, Matéria: Fernando Lima<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

20


Havia um tempo...<br />

Em que fazer uma publicação,<br />

mesmo que digital era algo confuso,<br />

complicado e em certos casos bem<br />

caro. Os motivos eram os mesmos<br />

de hoje: plataformas gratuitas, mas sem qualquer orientação<br />

para o autor.<br />

Com exceção de alguns sites hoje em dia, ainda<br />

é complicado para um escritor iniciante publicar<br />

seu livro de forma 100% gratuita. Por um lado<br />

é compreensível que os sites (chamados de<br />

plataformas), cobrem por inúmeros serviços ao<br />

escritor que está publicando sua obra de forma<br />

independente. Mas, na maior parte do tempo, é<br />

incompreensível o fato de algumas plataformas não<br />

oferecerem o básico para o escritor e sua obra.<br />

Como dito em minhas biografias (Donnefar Skedar<br />

e Jay Olce), público na internet de modo indie desde<br />

2009 e para quem também começou neste período,<br />

sabe que era tudo mais difícil para nós escritores.<br />

As plataformas de hoje já existiam, como o caso da<br />

Amazon que está disponível há mais tempo. Porém,<br />

o sistema de publicação e suporte eram diferentes.<br />

Em sua maioria, era preciso dominar o idioma<br />

Inglês, sim, até os tradutores eram mais falhos do<br />

que os atuais.<br />

Em alguns casos não tínhamos certas regalias<br />

como as de hoje, na verdade era bem simples, ou<br />

você divulgava seu trabalho de forma torta e de<br />

baixa qualidade ou simplesmente pagava por um<br />

serviço profissional que tinha um valor acima dos<br />

atuais.<br />

Não existia a abundância de freelances em serviços<br />

editoriais como hoje, além disso, raros eram os sites<br />

ou programas gratuitos para fazer sua própria<br />

editoração.<br />

No meu caso, escolhi o modo torto da coisa.<br />

Nunca possuí dinheiro suficiente para me dedicar<br />

aos meus trabalhos, e também, nunca tive vergonha<br />

o suficiente para criá-los e deixá-los na gaveta.<br />

Então tive que aprender o pouco que sei na raça.<br />

Meus trabalhos ainda estão longe de serem<br />

profissionais e nem vou dizer que os mesmos<br />

são, pois não possuo diploma que comprove meu<br />

21 E-<strong>Vista</strong>


profissionalismo em tais quesitos. Mas, ainda assim com todos os seus erros (no caso dos mais antigos), eles são sim o<br />

melhor do meu portfólio.<br />

Posso muito bem pedir que comparem meus trabalhos de 2009 ao último de 2<strong>01</strong>6 com alguns dos novos e velhos escritores<br />

indies de mesma categoria. Será nítido que muitos ainda estão parados no tempo e outros ainda precisam aprender muito,<br />

mesmo tendo certo talento para algumas coisas no meio editorial.<br />

E é após essa breve apresentação que entra o selo editorial, Elemental <strong>Ed</strong>itoração.<br />

Foto: Galymzhan Abdugalimov<br />

Ao contrário do que muitos pensam, o selo EE (sigla<br />

para o selo) não é uma editora convencional e nem o selo<br />

de uma editora. O mesmo também não pertence a um<br />

prestador de serviços editoriais, ficando assim no meio<br />

de ambas as coisas, sendo então definido como “facilitador<br />

editorial” e o motivo é bem simples.<br />

A visão do selo não é a de competir com editoras ou<br />

selos editoriais, não é cobrar do escritor valores altos por<br />

serviços básicos e principalmente, não é julgar o escritor<br />

e sua obra.<br />

É claro que nos dias atuais, deparamo-nos com 8 em<br />

cada 10 pessoas que se dizem escritores. Sim, todo ser<br />

alfabetizado deve ser considerado escritor, afinal sabe<br />

escrever, certo?<br />

Certo! Mas, voltando aos 8 de cada 10, a maioria diz<br />

escrever por hobbie e é neste ponto que deve ser separado<br />

os escritores dos então aspirantes.<br />

De um modo bem literal é basicamente isso: o aspirante<br />

a escritor em sua maioria sempre paga por todo o<br />

serviço editorial, da capa à revisão passando pelo ISBN<br />

até a ficha catalográfica. Estes são os principais clientes<br />

das editoras que cobram ao escritor para publicar sua<br />

obra.<br />

Por outro lado, temos o clássico escritor. Aquele que<br />

suspeita de tudo e todos, mas que não abre mão de uma<br />

oferta de leitura para sua obra. Aquele que não coloca a<br />

qualidade editorial da mídia em primeiro lugar, mas sim<br />

a qualidade da criação e imaginação em primeiro lugar.<br />

É claro que toda obra deve sim passar por revisão e<br />

todos os demais detalhes para ser considerada uma boa<br />

obra. Ainda encontramos pessoas que mesmo utilizando<br />

dos graciosos aplicativos digitais, escrevem “plobema,<br />

probema, poblema” e todos os demais erros da vida.<br />

Mas isso é sempre questão de ansiedade e falta de<br />

orientação junto ao escritor.<br />

Nos últimos anos, não apenas os números de autores<br />

aumentaram como o número de empresas e selos ou editoras<br />

que cobram pela publicação triplicou.<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

Chega a ser engraçado que em um país como<br />

o nosso, tenha tantos escritores para tão poucos<br />

leitores. Afinal, quantos leitores você tem em sua<br />

lista que não sejam escritores?<br />

Pensando nestes e em tantos detalhes, foi<br />

finalmente decidido neste ano de 2<strong>01</strong>7 que o selo<br />

editorial Elemental <strong>Ed</strong>itoração iria finalmente<br />

receber novos autores de modo oficial para fazer<br />

parte do seu portfólio de publicações.<br />

Criado no ano de 2<strong>01</strong>3, o selo EE manteve até<br />

2<strong>01</strong>7, apenas os trabalhos de Donnefar Skedar,<br />

Jay Olce (ambos pseudônimo que utilizo já que<br />

possuo apenas uma publicação com meu nome),<br />

além de “Adeline Seress”. Com a obra “Felícia”<br />

que trata-se de um livro onde um caso real se<br />

mistura à ficção.<br />

Como o selo criou o projeto A Arte do<br />

Terror em 2<strong>01</strong>5 onde em suas coletâneas passou<br />

22


a receber novos escritores, a solicitação de publicação<br />

pelo selo aumentou de modo que após dois<br />

anos de projeto e mais de 100 escritores que por<br />

ele passaram, foi aceito o desafio de ajudar aos<br />

novos escritores a serem publicados nos mais<br />

diversos sites e de modo internacional.<br />

Quem estreou essa nova fase do selo, foi<br />

o autor e organizador do projeto A Arte do<br />

Terror, Carlos H. F. Gomes, que até então, não<br />

havia publicado nenhum livro.<br />

Seu conto publicado pelo selo “Olhos<br />

Apagados”, pode ser adquirido de forma gratuita,<br />

basta fazer uma busca pelo título em sua<br />

loja preferida.<br />

Atualmente (final de 2<strong>01</strong>7), o selo conta<br />

então com os escritores oficialmente publicados<br />

por seu modelo de publicação:<br />

Donnefar Skedar/Jay Olce<br />

Carlos H. F. Gomes<br />

Larissa Prado<br />

<strong>Ed</strong> S. Junior<br />

E para o ano de 2<strong>01</strong>8, mais alguns nomes<br />

estão para serem confirmados. Já de modo liberal,<br />

contamos com mais de 100 nomes participantes<br />

do projeto A Arte do Terror que podem ser conferidos<br />

no próprio site do projeto: aartedoterror.weebly.com na<br />

página Biografias.<br />

Os modelos de publicação do selo indie Elemental<br />

<strong>Ed</strong>itoração estão disponíveis no site e por esta<br />

apresentação em PDF que traz todas as informações,<br />

incluindo meios de cobrança e modos de publicação no<br />

modelo gratuito. Basta clica na palavra “Apresentação”<br />

para fazer o Download ou ir direto ao site para conhecer<br />

melhor e submeter seu trabalho. Acesse: seloee.weebly.<br />

com.<br />

Dos principais diferenciais do selo EE para os outros,<br />

ele é o único que não avalia a obra para julgar se ela pode<br />

ou não ser publicada, o que facilita muito para quem<br />

escreve gêneros que não são aceitos por outros selos ou<br />

editoras.<br />

O escritor não é obrigado a ter seu trabalho revisado<br />

por um profissional e ainda recebe recomendações de<br />

profissionais caso deseje.<br />

Em casos como na publicação gratuita, o escritor<br />

terá um trabalho editorial que conta com a criação de<br />

capa, ISBN para ebook, diagramação, formatação e<br />

conversação para o formato final em Epub e PDF. O<br />

arquivo final é testado para ser aceito nos sites mais<br />

rigorosos como da Apple Store. E o escritor não precisa<br />

pagar absolutamente nada pelo serviço no modo gratuito.<br />

Os valores quando cobrados pelo selo, conforme<br />

mostrado na apresentação, são completamente simbólico<br />

se comparado com outros sites de publicação e qualidade<br />

de serviço oferecidos.<br />

Este com certeza é um meio seguro e viável para<br />

quem está iniciando ou para aqueles que não querem<br />

pagar para ter sua obra publicada por sites que visam<br />

apenas o dinheiro do escritor, e não um meio dele ser<br />

lido por leitores todo o mundo.<br />

Vale ressaltar aqui que o selo Elemental <strong>Ed</strong>itoração<br />

não é indicado para escritores fantasiosos que não<br />

entendem como funciona a auto publicação. O objetivo do<br />

selo não é ceder noites de autógrafos ou ter participações<br />

nas Bienais ou eventos do gênero. O selo tem como<br />

objetivo fazer com que o escritor e sua obra sejam<br />

liberados de forma internacional e a baixo custo, ficando<br />

assim o escritor ciente de que o selo não é uma editora,<br />

mas sim um facilitador para que sua obra seja vista como<br />

ela deve ser. <br />

23 E-<strong>Vista</strong>


ENTREVISTA co<br />

EVa: Breve apresentação. Você é..?<br />

T. T.: Simpático, estúpido, artista, arteiro, insensível, sensível,<br />

piadista, taciturno, humilde, arrogante, mutável. Acima de todas as<br />

inconstâncias, genuíno. O quê? Você queria aquele velho texto de<br />

autobiografia? Não vai rolar. É deveras tedioso.<br />

EVa: Qual sua visão quando o assunto é Literatura no<br />

mundo atual? A tecnologia nos deixa mais sábios ou ainda é<br />

preciso usar de meios “não” eletrônicos para fins literários?<br />

T.T.: Sabiedade é construída pela forma como você absorve o<br />

que lhe é entregue, não a plataforma pela qual isso chega. Pode vir<br />

talhado em pedra. Acredito que a Literatura expande a mente, desconstrói<br />

paradigmas. Um diário pessoal é Literatura. Uma carta de<br />

amor escrita na solidão do quarto é Literatura. Uma ameaça de<br />

morte enviada através de palavras é Literatura. Literatura carrega<br />

sentimentos, e cada sentimento é recebido por aquele que estásuscetível<br />

ao respectivo sentimento. Uma vez dentro do leitor ele<br />

vai grelar, modificar ou fortalecer. Assim foi no passado, assim é no<br />

presente, e só vai perdurar se assim continuar sendo. Do contrário, qual<br />

seria a razão da Literatura?<br />

EVa: Como você lida com a crescente massa de novos autores<br />

que utilizam de inúmeras formas para publicarem suas obras?<br />

Você costuma descobri-los por conta própria ou é sempre os<br />

amigos e colegas que lhe indicam um novo autor?<br />

T.T.: Lido da mesma forma que todos deveriam: entendendo que<br />

cada um merece seu espaço e respeitando quando esse espaço é<br />

conquistado. Se o foi, merecimento teve. Não defendo a bandeira<br />

do autor iniciante, assim como não defendo a do já consolidado. Se<br />

chega ao meu conhecimento, via indicação ou via acaso, e se se prova<br />

bom ao que me agrada, a chance é dada. Não importa se é a primeira<br />

publicação ou a décima. Tenho sim meus gêneros eleitos prediletos (e<br />

um segredo que meu gosto varia com o mudar dos humores), mas<br />

não sigo currículos, e sim histórias bem contadas. Ademais, sou eu<br />

quem decide se ela está sendo ou não bem contada. Autopromoção<br />

não me atrai. Sou mais inclinado a dar uma chance ao texto<br />

indicado por um amigo do que pelo próprio criador.<br />

EVa: A rivalidade existente entre autores independentes,<br />

selos e até mesmo editoras de pequeno porte é visto como algo<br />

bom? Você acha que essa competição é necessária por se tratar<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

24


m TIAGO TOY<br />

de um negócio como qualquer outro?<br />

T.T.: Competição na Literatura é, na minha visão, esclarecedora.<br />

Ao testemunhar os lutadores (autores, selos e editoras, não importa se<br />

pequenos ou grandes) se estapeando por um espaço, fica claro para<br />

mim que a valia dada ali é aos responsáveis pelo livro existir, e não<br />

ao conteúdo dele. Um texto bom, forte é o único vencedor em uma<br />

briga que não existe. Há espaço para todos, bons e medíocres, e<br />

nem só os bons permanecem nele. Lamentavelmente há público<br />

para ambos. Se é apenas um negócio, deixe-os brigar pelo próprio<br />

pão. O livro que de fato vale a pena está ali, quietinho na prateleira,<br />

esperando para ser descoberto ou sendo falado pelos que souberam<br />

apreciá-lo.<br />

EVa: Qual o verdadeiro motivo ou incentivo para realizar suas<br />

atividades?<br />

T.T.: Se a atividade em questão for a escrita, a inspiração me motiva<br />

e o dinheiro a incentiva. Não admiro Poe por ter morrido sem um<br />

puto no bolso, delirante, dominado pelo vício. Admiro King por ter<br />

vencido o vício e construído um império, conquistado seu público<br />

com seu estilo tão criticado e aclamado. Não admiro aquele autor<br />

iniciante com muito potencial, mas pouca disposição a esperar.<br />

Admiro aquele autor que está há 10 anos no mercado e dois livros<br />

lançados nesse ínterim, ainda sendo falado, vendido, elogiado<br />

e criticado. Arrogância certificadamente excita. Prepotência porosa me<br />

broxa.<br />

EVa: Autopromoção: você utiliza alguma? Como você divulga<br />

seu trabalho ou atividade?<br />

T.T.: Eu deixo meu trabalho falar por si. Tudo o que eu<br />

tinha que dizer foi dito, impresso e publicado. Eu sou péssimo<br />

em marketing. Até já tentei fazê-lo e entendê-lo, mas não<br />

funcionou. Não passo meus dias tentando bolar sacadas geniais<br />

para conseguir curtidas, ou me esforçando para socializar com contatos<br />

que me trarão centenas de seguidores. Publico o que sinto<br />

necessidade de publicar. Me relaciono com quem me identifico.<br />

Não meço palavras, não sou apaixonado por edição, sou impaciente<br />

quanto a maquiar. Entrego o cru. Que comam meu cru.<br />

Se gostarem, fascinante, então não sou tão mau. Se detestarem ou<br />

(pior) não sentirem nada, joguem no lixo e partam para o próximo.<br />

O livre-arbítrio ainda não nos foi negado.<br />

EVa: Literatura é um mundo à parte? Deveria ser uma<br />

religião mesmo estando presente em todos os assuntos do<br />

mundo? Ou Literatura é apenas uma obrigação para o ser<br />

humano?<br />

T.T.: Literatura é, apenas isso. Não aconselharia torná-la uma<br />

religião no sentido manifesto da palavra. Religião julga. Religião<br />

mata. Em contrapartida, Literatura preenche, dá vida, se<br />

debate, faz pensar, traz a curiosidade, o interesse em descobrir<br />

mais, entretém, faz sentir, mascara a solidão, silencia a algazarra,<br />

faz crescer. Não julgo os que não leem, mas sinto por eles. Conheço<br />

o lado bom de cada mundo. Cuido do corpo assim como cuido<br />

da mente, e estou em paz com isso. Se você também está, siga seu<br />

caminho. Para mim e para você há frutos a serem colhidos à frente.<br />

Os sabores, no entanto, serão diferentes, de acordo com as experiências<br />

vividas.<br />

EVa: Mulheres na Literatura. Você respeita ou há algum<br />

preconceito?<br />

T.T.: Quando o tema é Literatura não há fragilidade nenhuma<br />

no sexo feminino. Há uma perspicácia elegante, e delicadeza<br />

é diferente de fragilidade. Homens, por mais delicados que<br />

alguns pareçam, especialmente quando falamos de escritores,<br />

ainda são truculentos em suas ideias. Quem inventou a guerra?<br />

Um homem. Quem pregou que há raças superiores apenas levando<br />

em consideração a cor da pele? Um homem. Quem domina<br />

massas de ovelhas temerosas e ignorantes? Um homem, e, por<br />

mais incrível que pareça, sem nem mesmo existir. Mulheres são<br />

25 E-<strong>Vista</strong>


ENTREVISTA com TIAGO TOY<br />

o equilíbrio para um mundo que, a cada evoluir, é desequilibrado<br />

pelo homem. A visão delas é diferente da nossa. Não<br />

deveria haver preconceito algum para com a escrita de uma<br />

mulher. Se o texto é bom, não pode ser rotulado como tão<br />

bom quanto o (texto) de um homem. É bom e pronto, sem<br />

adendos. Eu respeito o texto com voz própria, voz que não se deixa<br />

ser calada, não importa se o timbre é Soprano ou Tenor. O que<br />

vale é o conteúdo e o respeito que ele dá a si próprio.<br />

EVa: Quais autores você admira, e como eles te influenciaram<br />

a se tornar um escritor melhor?<br />

T.T.: Eu admiro feitos de autores. Admiro como Rodrigo de<br />

Oliveira (autor da série As Crônicas dos Mortos) provou que o<br />

subgênero zumbi tem força para conquistar uma legião de fãs que<br />

tinham como única forte referência os nomes grandes vindos<br />

de fora. Admiro como Cesar Bravo (autor de Ultra Carnem)<br />

mostrou que um autor independente precisa apenas de dedicação<br />

e lapidação do talento para chegar onde muitos sonham, e<br />

graças a um trabalho duro e apaixonado foi o primeiro autor<br />

brasileiro a ser contratadopela Darkside Books. Admiro como Marcus<br />

Barcelos (autor de Horror na Colina de Darrington) não<br />

desistiu de sua história online até atingir seu primeiro milhão<br />

de leituras e atrair atenção da Faro <strong>Ed</strong>itorial, uma das maiores<br />

editoras do país, e hoje vem consolidando sua imagem no<br />

mercado. Admiro como Marcos DeBrito (autor de O Escravo de<br />

Capela) respeita o próprio trabalho e junta palavras de uma<br />

forma que as torna verdadeiras obras de arte, onde você não<br />

vê apenas alguém tentando te assustar, mas um profissional que<br />

pesquisa, estuda, lapida e só entrega o trabalho final quando<br />

tem a certeza de que atingiu a perfeição, resiliência, perseverança.<br />

Abnegação. Inconformismo. São essas as influências que cada<br />

um desses caras tem em minha vida.<br />

lho duro para chegar onde se deseja. Não confie cegamente<br />

em quem você não conhece. Não siga seu instinto, porque, melhor<br />

do que ninguém, você já devia saber como ele é falho. Amplie<br />

a visão e considere os detalhes. O diabo está escondido neles.<br />

Uma vez que você decida que é nesse barco que vai escolher subir,<br />

olhe só pra frente. Tenha foco, apegue-se a um objetivo. O<br />

caminho será longo, mas será cada vez mais sempre que você sair<br />

da rota. Você é dedicado, envolvido, talentoso, esperto, sensível,<br />

adaptável. Use essas armas para vencer. Não se abale pelas<br />

críticas, mas considere-as como alertas para fortalecer pontos<br />

fracos. Cedo ou tarde isso vai acontecer, mas quanto antes<br />

melhor: abandone os livros físicos, compre um Kindle (Você<br />

acredita se eu disser que você vai ler 43 livros em 1 ano graças a<br />

um Kindle?) e conheça outros gêneros. Você não faz ideia de como<br />

livros como O Sol É Para Todos, ou autores como Bukowski podem<br />

mexer com suas ideias. Terror é excitante, mas não é o<br />

único gênero que vai te dar tesão. Vai por mim. Ah, e um último<br />

conselhoantes de eu voltar para a máquina do tempo: exclusividade<br />

em um contrato não é tão bom quanto o som da palavra faz parecer.”<br />

EVa: O que você diria hoje ao seu eu, antes de se<br />

tornar autor considerando o que aprendeu desde sua<br />

entrada no mercado literário?<br />

T.T.: “Tiago, antes de continuar, entenda que nada do que<br />

você imagina vai acontecer tão rápido quanto espera. Você não<br />

vai se tornar best seller da noite para o dia, e não há nada de<br />

errado com isso. Segura essa marimba porque é preciso traba-<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

26


27


DICA - apps para leitura<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

28


Quer ler um eBook em seu Smartfone ou Tablet, mas não quer usar o leitor<br />

padrão do aparelho? Então nossa dica é o App “Moon+ Reader” para dispositivos<br />

Android. Quem está acostumado a ler em dispositivos móveis, sabe o quão<br />

difícil é achar um App que atenda as expectativas e que se ajuste ao gosto do<br />

leitor. Seja pelas fontes, passar de páginas, cores e até mesmo a iluminação, sem<br />

falar no que possuem anúncios irrelevantes. Então para iniciar nossa seção de<br />

Dicas, nada mais justo do que falar deste App que está no mercado desde 2<strong>01</strong>1.<br />

Sim, ele ainda está firme e forte na Google Play e fora dela também. Das principais<br />

características do App, estão as opções de mudar a iluminação, tema, os<br />

formatos aceites, marcação de texto entre outros. Segundo o próprio site:<br />

• Leia dezenas de milhares de livros de graça, oferece suporte a vários sites<br />

de livros on-line.<br />

• Leia livros locais para uma experiência agradável com rolagem suave em<br />

tempo real e toneladas de funções de inovação.<br />

• Suporte txt, html, epub, pdf, mobi, umd, fb2, chm, cbr, cbz, rar, zip ou<br />

OPDS<br />

O App chega a ser bem-parecido com os dispositivos de leitura digital como<br />

o Kindle o Kobo, embora sejam para aparelhos Android é bem fácil deixá-lo<br />

mais parecido com um leitor digital. Basta fazer alguns ajustes no aparelho antes<br />

de cada leitura, coisas como desligar o Wi-fi ou notificações (Whatsapp e Facebook<br />

principalmente), isso ajudará a manter sua leitura como se fosse em outro<br />

aparelho.<br />

É difícil indicar uma configuração para o App já que ele vem pronto para ler,<br />

ou seja, você só precisa ter um eBook em seu dispositivo ou usar um site pelo<br />

próprio App e baixar um livro gratuitamente ou não e já começar a ler. Mas, é<br />

recomendado que acesse as configurações do App e faça várias alterações até<br />

deixa-lo perfeito para você.<br />

O App é gratuito e possui uma versão Pro. Na Pro, mais funcionalidades são<br />

liberadas. Incluindo a opção de leitura em voz alta que funciona muito bem com<br />

opção de mudar a voz e idioma facilitando assim a vida de muitos que podem<br />

ouvir um livro enquanto realizam alguma tarefa. Para conferir o App, basta clicar<br />

no ícone ao final deste texto ou acessar o site em Inglês:<br />

http://www.moondownload.com/<br />

29 E-<strong>Vista</strong>


Presente de Natal<br />

Patty Freitas<br />

O cheiro do papelão que logo ao entrar impregnou-me as narinas, tornava-se mais forte e denso.<br />

Sentada com meus pés vacilantes no sofá da casa ao lado da minha, meus olhinhos de criança brilhavam<br />

cada vez que pairavam sobre a grande caixa.<br />

Eu sabia exatamente o que era. Mas tinha que fingir não saber.<br />

Meu pai passara onze meses economizando pra comprar o que para mim seria o melhor presente que<br />

eu havia ganhado em toda a minha pouca existência. Queria me fazer uma<br />

surpresa.<br />

Mal sabia, que eu ouvira comentar com minha mãe, certa ocasião enquanto<br />

ela o servia de uma xícara de café antes de uma jornada de trabalho.<br />

Sempre pela madrugada eu percebia quando levantavam e dirigiam-se a humilde<br />

mesa que havia no centro da cozinha. Ligavam o rádio para não se embaraçarem<br />

com o horário, e depois de tomar um gole do café e saciar a fome<br />

com o pão com manteiga, tipicamente brasileiros, papai saía para o trabalho<br />

e retornava só no fim da tarde.<br />

Mas eu tinha que ser firme. Não poderia decepcioná-lo. Eram onze meses<br />

economizando, e eu não poderia pôr tudo a perder. Embora a emoção<br />

contida parecesse que ia extrapolar a qualquer momento, entregando-me.<br />

Transbordava pelos olhos ou pelos pés que de tão pequena, eu não conseguia<br />

tocar o chão e insistiam em balançarem no imenso sofá.<br />

Seu Rudge era conhecido de meu pai há muitos anos. Haviam trabalhados<br />

juntos numa antiga montadora e agora, abrigava meu presente algumas<br />

semanas antes do Natal. Punha dessa forma, fim o que para mim havia se<br />

tornado um mistério, pois eu sabia que já havia comprado, mas certo era que<br />

não estava em casa, logo eu perceberia nos apertados cômodos do quarto e<br />

cozinha que morávamos aos fundos da casa dos meus avós.<br />

A medida que a conversa se desenrolava, ficava mais e mais difícil disfarçar<br />

a emoção e consequentemente o ar de surpresa que eu deveria fazer.<br />

Naquele dia pela manhã, ele havia dado dicas que eu ganharia um<br />

presente. Logo ao entrarmos na casa de seu Rudge já fui indagada sobre<br />

o que eu ganharia de Natal, o que veementemente tive que dizer<br />

que não sabia.<br />

Homem simples e humilde, não era acostumado a fazer muita cerimônia<br />

nos assuntos, já tivera sido grande milagre ter guardado segredo por tanto<br />

tempo. Levantou-se do sofá, interrompendo a conversa que já estava com<br />

fim marcado, pegou a grande caixa e depositou-a à minha frente.<br />

Vendo minhas frustradas tentativas de abri-la com minhas mãozinhas de dedos finos, pôs-se a me ajudar.<br />

Retiramos juntos aquela máquina dos sonhos. Linda, brilhante tanto quanto meus olhinhos, toda azul<br />

com detalhes verdes.<br />

Não pude mais conter a emoção. Lágrimas copiosas caiam em meu colo, que quem visse julgaria se<br />

tratar de uma grande surpresa para a menina de cinco anos que naquela época eu era.<br />

Azul com detalhes verdes, mal importava-me. Poderia ser preta com bolinha laranjas, o importante era<br />

sair pedalando pelas ruas do bairro. Ah! naquele tempo ser criança ainda nos era permitido.<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

30


MENINO PASSARINHO<br />

Apesar de seguir os mesmos padrões<br />

dos outros três livros infantis<br />

da autora, levando em consideração<br />

a facilitação da aprendizagem e<br />

leitura, se difere por ser um livro de<br />

livre versejar.<br />

Deliciosamente poético, o livro<br />

aborda a pureza e simplicidade de<br />

ser livre e desprovido de embaraços,<br />

o que não significa dizer, ser<br />

desprovido de laços, sentimentos,<br />

maiormente, amor e carinho. Exatamente<br />

como crianças e pássaros!!!<br />

Patty Ciorfi Freitas<br />

Série Vidas<br />

Com a temática que gira em torno do Tráfico Internacional<br />

de Mulheres a Série Vidas composta por esses dois<br />

volumes, traz muita emoção, paixão, superação e amor.<br />

No primeiro livro Sophie tem uma promessa e uma<br />

missão a cumprir, ligadas intimamente a desvendar crimes<br />

relacionados ao Tráfico de Mulheres, por isso leva<br />

uma vida dupla (advogada durante o dia e dançarina à<br />

noite).<br />

Seu destino esbarra em Jonathan Collins, que por sua<br />

vez vê sua vida desestruturada ao conhecer a bela moça.<br />

Em Vidas Entrelaçadas, Jess, uma das moças traficadas<br />

e sujeita aos piores intempéries da vida conhece Henry<br />

(seu salvador), ex-militar acostumado à práticas não convencionais<br />

para se satisfazer, mas que terá que se adaptar<br />

para viver o Amor ao lado da mulher que julga ser a Mulher<br />

da sua vida.<br />

31


ENTREVISTA com H<br />

EVa: Breve apresentação. Você é..?<br />

H.S.: Meu nome é Luiz Henrique Cardoso dos Santos, tenho 26<br />

anos, moro em Fortaleza, Ceará. Sou formado em Letras: Português e<br />

Literaturas pela Universidade Federal do Ceará.<br />

Atualmente sou especialista em ensino de Literatura e trabalho como<br />

professor do Estado do Ceará, como professor de Literatura e Artes.<br />

Nesse ano de 2<strong>01</strong>7 tive meu primeiro livro de mistério publicado com o<br />

título de O Segredo do Cemitério São João Batista. Ainda nesse ano tive<br />

meu conto Almas da Lua contemplado na antologia de contos A Arte<br />

do Terror Vol. 04 – Cartas.<br />

EVa: Qual seu envolvimento com a Literatura?<br />

H.S.: Meus primeiros contatos com a literatura aconteceram no<br />

Ensino Médio quando tive boas aulas sobre essa arte e quando comecei<br />

a escrever pequenos contos regionalistas e até mesmo ensaiar romances.<br />

Como me apaixonei por essa arte, acabei escolhendo seguir a carreira<br />

de professor de Literatura. Há alguns anos atrás, quando já estava<br />

terminando minha graduação, retomei o hábito de escrever literatura,<br />

criando romances, contos e até tragédias.<br />

A partir de 2<strong>01</strong>6 tomei coragem para divulgar meu trabalho e começar a<br />

me considerar como escritor. Hoje escrevo contos e romances, participo<br />

de concursos literários, sou membro fundador da Academia de Letras<br />

Tecla Ferreira, projeto que criei na escola em que trabalho, sou revisor<br />

do projeto A Arte do Terror e colaborador da revisa digital E-<strong>Vista</strong>.<br />

EVa: No seu Ramo atual, é constante a ligação com a Arte em<br />

geral?<br />

H.S.: Considero-me uma pessoa privilegiada, pois trabalho diretamente<br />

com o que sou apaixonado: literatura e as outras artes. Além<br />

disso, ainda no tocante à minha profissão, creio que tenho como missão<br />

fazer com que outros se apaixonem pela literatura ou que pelo<br />

menos vejam o como ela pode ser fascinante e importantes em nossas<br />

vidas. Sendo professor de Literatura e Artes tenho a responsabilidade<br />

de não deixar que essas manifestações do espírito humano sejam negligenciadas,<br />

subestimadas ou mesmo esquecidas, e além disso, tentar<br />

de todas as formas fazer com que meus alunos consigam despertar seu<br />

espírito criativo e comecem a criar arte.<br />

Desde quando comecei a ensinar tais disciplinas, já descobri diversos<br />

talentos, jovens que mudaram o rumo de sua vida por meio da arte.<br />

EVa: Qual sua visão quando o assunto é Literatura no mundo<br />

atual? A tecnologia nos deixa mais sábios ou ainda é preciso usar<br />

de meios “não” eletrônicos para fins literários?<br />

H.S.: Há anos atrás eu seguia os mesmos cacoetes de muitos<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

universitários que afirmavam que o brasileiro não lia e nem escrevia.<br />

porém, quando me dei conta que na cidade em que moro (Fortaleza)<br />

há diversos escritores desconhecidos, diversas academias de letras e<br />

que geralmente as livrarias da cidade sempre estão cheias (pelo menos<br />

nos fins de semana), vi que eu estava sendo no mínimo injusto ao<br />

generalizar a questão da leitura e escrita. Hoje, eu tendo conhecimento<br />

dos inúmeros grupos virtuais de leitura e escrita pelo país, além de<br />

diversos ambientes na rede em que você pode compartilhar suas<br />

produções literárias com os outros, posso afirmar que hoje muitos<br />

brasileiros leem, assim como muitos escrevem, e escrevem bem.<br />

As novas tecnologias são ferramentes importantes para quem escreve. A<br />

arquitetura, por exemplo, faz uso de diversos programas que ampliam as<br />

possibilidades de trabalho.<br />

Por que a literatura não pode fazer uso de ferramentas que ampliem<br />

suas possibilidades?<br />

É inevitável que um escritor de hoje saiba usar ferramentas básicas<br />

de escrita e pesquisa virtuais. Mesmo assim, é inquestionável do fato de<br />

que escrever à moda antiga, com as próprias mãos, escrevendo em um<br />

papel em uma escrivaninha tem muito mais charme e cheiro de arte no<br />

sentido em que se produz algo concreto e real. Todo o escritor merece<br />

passar por essa experiência: ver folhas e mais folhas serem preenchidas<br />

com sua caligrafia até que se finde a obra. Seria um crime falar para um<br />

pintor para que ele só pinte virtualmente, porque pintar à moda antiga<br />

é antiquado. Da mesma forma, o escritor deve ter esse momento de<br />

escrita real, concreta, sentindo seus dedos firmes no lápis ou caneta,<br />

assoprando a folha, batento a ponta do lápis na mesa quando está com<br />

dúvida ou mesmo usando-o para coçar sua cabeça nesses mesmos<br />

momentos, e por fim, ter a satisfação de pôr o ponto final, erguer a folha<br />

na direção da luz e contemplar sua obra finalizada.<br />

EVa: Como você lida com a crescente massa de novos autores<br />

que utilizam de inúmeras formas para publicarem suas obras?<br />

Você costuma descobri-los por conta própria ou é sempre os amigos<br />

e colegas que lhe indica um novo autor?<br />

H.S.: Os meios de divulgação virtual de livros e textos literários fizeram<br />

com que surgisse um novo fenômeno, ante-impossibilitado pelo<br />

marcado editorial: a proliferação do que chamo de “proto-autores” no<br />

sentido de que muitos que divulgam seus textos ainda estão numa primeira<br />

fase, no início de sua formação, ou seja, ainda não criaram pelo<br />

menos a essência de seu estilo. Não estou pregando o exílio desse tipo<br />

de autor do meio virtual, mas sim uma reflexão para esse público. Muitas<br />

vezes, o proto-escritor não domina nem as noções básicas de escrita,<br />

nunca leu um livro na vida ou tem referências artísticas. Não há<br />

32


ENRIQUE SANTOS<br />

como ser um músico, por exemplo sem essas três coisas: domínio do<br />

instrumento, leitura de composições que te precederam e referências, ou<br />

seja, grandes artistas que servem como ícones ou mesmo ídolos, como<br />

um ponto de chegada, uma meta de excelências para atingir. Da mesma<br />

forma, creio, o escritor deve ter essa tríada consigo, como pilares estruturais<br />

da sua carreira literária, sem eles, seu templo desmorona. Enfim,<br />

não há como querer ser conhecido pelos outros como escritor, quando<br />

nem você sabe quem quer ser ou mesmo que você já é.<br />

EVa: Você acredita que Literatura pode ser vista como uma terapia<br />

alternativa? Sem pensar em livros de Autoajuda, você acha<br />

que toda a literatura pode ser válida?<br />

H.S.: Sim, a literatura é um remédio para diversos males, assim como<br />

é inegável que cantar ou dançar alegra o espírito, da mesma forma a<br />

literatura tem esse poder, pois todas são artes, manifestações do espirito<br />

humano capaz de estruturar ou desestruturar uma pessoa. Por mais<br />

que critiquem a autoajuda, tal gênero tem a capacidade de motivar uma<br />

pessoa, mudar sua forma de ver o mundo, as pessoas ao seu redor ou<br />

a si mesma. Muitos quando estão aflitos com problemas amorosos se<br />

rendem à música; outros à literatura, pois são formas de alimentar o espírito.<br />

São nos momentos difíceis que vemos que precisamos de coisas<br />

imateriais: ouvir uma música, cantar ou escrever um poema. Se partimos<br />

do pressuposto que a literatura afeta os nossos sentimentos, então<br />

é evidente que pode ter sim finalidade, mesmo que sem fundamentos<br />

acadêmicos, terapêutica.<br />

EVa: A rivalidade existente entre autores independentes, selos<br />

e até mesmo editoras de pequeno porte, é visto como algo bom?<br />

Você acha que essa competição é necessária por se tratar de um<br />

negócio como qualquer outro?<br />

H.S.: Sem dúvida. A rivalidade é essencial, pois faz com que os artistas<br />

criem em si o sentimento de superação, coloca em suas mentes um<br />

ponto de excelência que se deve alcançar. É claro que a concorrência é<br />

desleal, não nego, mas é preciso encarrá-la e usar isso como motivação<br />

para se superar. Na Grécia Antiga era a rivalidade que motivava os antigos<br />

tragediólogos a escreverem verdadeiras obras-primas. Seja admiração<br />

ou inveja, tais sentimentos irão nutrir o autor da vontade de superar<br />

o invejado ou o admirado. Não é algo bonito de se dizer, mas é a mais<br />

pura verdade. Hoje o que temos é uma verdadeira guerra entre editoras,<br />

selos e autores. Isso é mais do que bom, é excelente! É esse sentimento<br />

de guerra que faz com que se mantenha um bom nível. Se você é escritor,<br />

e não quer rivalidade, escreva só para si e nunca ouse divulgar sua<br />

obra.<br />

Capas dos<br />

livros de<br />

Henrique<br />

Santos<br />

33 E-<strong>Vista</strong>


ENTREVISTA com H<br />

EVa: Você participa ou já participou de algum projeto? Coletânea<br />

ou Antologia, o que foi importante para você? Se não participou,<br />

no que acha que isso lhe ajudaria?<br />

H.S.: Eu fundei uma academia de letras na escola em que trabalho<br />

onde diversos alunos encontram suporte e apoio para escrever e publicar<br />

suas obras literárias. Além disso, participei da antologia A Arte do<br />

Terror Vol. 4 e agora, do vol 5. Tais experiências são de grande valia na<br />

medida em que contribuem para o amadurecimento do escritor.<br />

EVa: Já realizou alguma publicação (que não fosse antologias)<br />

da qual teve que pagar por ela? Se sim, o que lhe motivou a fazer<br />

isso?<br />

H.S.: Não.<br />

EVa: Na sua opinião, porque as editoras ficaram menos acessíveis<br />

e porque tantas outras surgiram com a opção de publicar<br />

novos autores onde o mesmo pague pela tiragem?<br />

H.S.: Não tenho muita intimidade com o mercado editorial, entretanto,<br />

como escritor eu entendo os desejos e sonhos de outros escritores<br />

em ter seus textos publicados por uma grande editora com a qual faria<br />

um lucrativo contrato. Por outro lado, as editoras se tornaram menos<br />

acessíveis devido à grande quantidade de literatura de massa, geralmente<br />

criada e divulgada pela internet, locadoras virtuais ou TV (por assinatura).<br />

Você pode ser um jovem grande escritor, com uma obra fantástica<br />

e inovadora, mesmo assim, você terá menos chances de lançar seu livro<br />

do que um jovem youtuber com algumas centenas de milhares de seguidores.<br />

Se o objetivo das editoras fosse lançar obras de qualidade, a<br />

realidade seria outra. Sabemos que os interesses do mercado são financeiros<br />

(aqui falo sem entrar com uma retórica marxista ou mesmo de<br />

esquerda), isso é fato.<br />

EVa: Você acha válido pagar para ter seu livro publicado? Mesmo<br />

que para muitos isso não seja uma publicação oficial? Você<br />

acha que esta forma de publicação se iguala a qualquer outra?<br />

Afinal, o que seria uma publicação para você?<br />

H.S.: Pagar pela publicação do próprio livro é um meio encontrado por<br />

quem não passou pelas peneiras editoriais ou mesmo que não quis se submeter<br />

a elas. É viável e interessante para quem pode pagar, mas é óbvio afirmar<br />

que não se iguala, no tocante à divulgação, a uma publicação tradicional.<br />

Diante das possibilidades que temos hoje, dependendo do gênero que<br />

você produz, há diversas formas de publicar seu texto de forma gratuita<br />

ou mesmo a baixo custo. Publicação é publicação: seja oficial ou<br />

não, seja publicação virtual ou material, seja em grande escala ou em<br />

pequenas tiragens. Creio que o importante é a divulgação da obra, claro<br />

que sem desmerecê-la, pois falo de divulgação séria, independente dos<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

meios escolhidos pelo autor, pois estamos falando de uma produção<br />

artística, o resultado de um trabalho de espírito.<br />

EVa: Você usa programas voltados para editoração? Se sim,<br />

pode divulgar?<br />

H.S.: Sou quase um “analfabyte”. Para escrever uso o Word e quando<br />

me aventuro a fazer minhas próprias capas, uso o Phixr.<br />

EVa: Na era digital, você deixou de lado à publicação tradicional?<br />

Ainda utiliza dela ou ambas são válidas para o seu dia-a-dia?<br />

H.S.: Meu primeiro livro foi publicado por meio de um concurso literário<br />

realizado pela Secretaria de <strong>Ed</strong>ucação do Estado do Ceará. Tive<br />

meu livro impresso publicado pela editora da Universidade Federal do<br />

Ceará. Meu primeiro conto foi publicado em forma digital. Creio que<br />

ambas as formas podem e devem ser exploradas, pois são experiências<br />

diferentes, válidas e que contribuem para o amadurecimento do autor.<br />

EVa: Fazer promoções no meio editorial é algo que ainda vale à<br />

pena ou isso gera mais custos do que marketing?<br />

H.S.: Quanto a isso, sou bem pragmático: não participo, pois não<br />

convém gastar tempo e dinheiro com algo que parece uma estratégias<br />

para captar desesperados.<br />

EVa: Qual o verdadeiro motivo ou incentivo para realizar suas<br />

atividades?<br />

H.S.: Assim como eu não conseguiria viver sem música, eu não conseguiria<br />

viver sem ler e escrever literatura. É uma demanda de meu espírito.<br />

O que me incentiva a escrever é o sentimento de ter criado algo que<br />

me orgulho, algo que outros possam gostar. Não é a pretensão de ficar<br />

34


ENRIQUE SANTOS<br />

conhecido no mundo dos escritores ou a intensão de ganhar dinheiro,<br />

deixo isso para os que na verdade não são artistas, mas, mercenários.<br />

EVa: Autopromoção, você utiliza de alguma? Como você divulga<br />

seu trabalho ou atividade?<br />

H.S.: Minha auto promoção são pequenas e modestas postagens<br />

na minha rede social em que mostro um pouco do meu trabalho,<br />

além de divulgar meu trabalho a amigos mais próximos ou a outros<br />

escritores.<br />

EVa: Possui algum projeto literário próprio ou deseja criar algum?<br />

Qual?<br />

H.S.: Criei uma academia de letras na escola em que trabalho, chamada<br />

Academia de Letras Tecla Ferreira que tem o objetivo de descobrir<br />

e divulgar os talentos dos alunos e professores da escola. Além<br />

desse projeto, participo do projeto A Arte do Terror e da revista digital<br />

E-<strong>Vista</strong>, iniciativas que acredito e apoio com muita consideração.<br />

EVa: Quais os cuidados ou focos que os novos autores, editores,<br />

devem ter na atualidade onde a era digital pode ser a melhor<br />

aliada para realização dos objetivos?<br />

H.S.: Uma parcela dos novos autores brasileiros devem ter a noção<br />

de que estão escrevendo no Brasil e para brasileiros. Digo uma<br />

parcela, pois há inúmeros bons autores com estilo próprio e com<br />

tramas muito bem elaboradas. Porém, Já li dezenas de livros de jovens<br />

escritores por alguns sites de escrita que jurei estar lendo uma<br />

Fanfic de algum filme ou seriado americano. Tal fato, claro, deve-se a<br />

falha formação literária destes e da avalanche de besteirol americano<br />

que os jovens consomem todos os dias e acabam por terem essas produções<br />

como únicas referências. Hoje dispomos de uma internet rica<br />

de conteúdos que podem ser explorados e usados como fundamentos<br />

para um bom livro, evitando assim, os clichês e niilismo nas tramas.<br />

Quanto às editoras é crucial que desçam de seus pedestais construídos<br />

pelas vendas de literatura de massa de muitos pseudo-autores, como os<br />

autores mirins com suas autobiografias ou youtubers que culturalmente<br />

não produzem nada, e que depois de descerem desse altar de bobagens,<br />

mergulhem nos autores presos no mundo virtual da internet, pois muitos<br />

são verdadeiros mestres na arte literária. As editoras devem entender<br />

que é no fundo do mar que se encontra as pérolas. Claro que tudo isso<br />

seria possível se o objetivo das editoras fosse a qualidade literária. As<br />

ferramente já existem para essa descoberta, falta a intenção.<br />

EVa: Qual seu recebimento por trabalho realizado? O dinheiro<br />

recebido? O prazer de fazer arte? A alegria do próximo? Qual o<br />

seu maior pagamento por cada gesto realizado em seu trabalho<br />

ou por você?<br />

H.S.: O meu maior recebimento é o prazer de concluir uma obra, de<br />

apreciá-la e vê-la sair de minha casa para o mundo. Não tenho pretensões<br />

financeiras ou egocêntricas. Meu único objetivo é dar vida a minhas<br />

obras e divulgá-las para que sejam apreciadas pelos outros. A cada obra<br />

feita ganho mais ânimo de espírito para criar outra e dessa forma propagar<br />

a arte.<br />

EVa: Literatura é um mundo à parte? Deveria ser uma religião<br />

mesmo estando presente em todos os assuntos do mundo? Ou<br />

Literatura é apenas uma obrigação para o ser humano?<br />

H.S.: A literatura faz parte do espírito humano. Tudo veio dela: a<br />

mitologia, a religião, a ciência. Nosso mundo ocidental é construído por<br />

livros e seus ensinamentos: A Bíblia, o direito romano; e a filosofia Grega.<br />

Não há como fugir dela, pois a praticamos sempre quando sonhamos,<br />

mentimos, declaramos nossos sentimentos, praguejamos contra<br />

alguém, confessamos algo, dentre outras infinitas ocasiões. Literatura é<br />

fantasia, é realidade, é o meio desses dois termos. Se pudéssemos compará-la<br />

com uma religião, ela seria uma religião universal, interior e sem<br />

dogmas, a essência criadora presente em todos as pessoas que pode se<br />

manifestar em todos os lugares e tempos e nunca findará, pois ela é em<br />

si o próprio espírito humano.<br />

35 E-<strong>Vista</strong>


“A Sociedade dos Corvos” é uma antologia de contos de<br />

mistério organizada pela autora C. B. Kaihatsu, publicada<br />

pela editora Coerência.<br />

Esta antologia é o resultado do projeto literário “Sociedade<br />

dos Corvos”, idealizado por C. B. Kaihatsu. É um grupo<br />

de autores e ilustradores, apreciadores da literatura de<br />

mistério, terror, fantasia, ficção policial, suspense e drama.<br />

São fãs do autor <strong>Ed</strong>gar Allan Poe, cujo poema “O Corvo”,<br />

serviu como inspiração para batizar o grupo.<br />

A autora criou este projeto devido à necessidade de divulgar<br />

o trabalho de autores e ilustradores brasileiros, ela<br />

acredita que juntos somos mais fortes e que nós, profissionais<br />

do meio literário, devemos nos ajudar. Cooperar e não<br />

competir.<br />

Deste livro, além da autora C. B. Kaihatsu, também participam<br />

os autores: Alfredo Alvarenga, Br. Godoi, Marielle<br />

Pereira Cardoso, Mateus Herpich, Natanael Otávio, Rafael<br />

Danesin (que também possui ilustrações na obra), Verena<br />

Cavalcante e W. F. Endlich; e os ilustradores: Claudinei Fernandes<br />

de Oliveira, <strong>Ed</strong>er Modanez, Haniel de Farias Luiz e<br />

J. A. Nalon.<br />

A publicação conta ainda com a ilustre participação do<br />

Mestre do Horror R. F. Lucchetti que além de prefaciador,<br />

possui um conto como autor convidado.<br />

A Sociedade Dos Corvos<br />

C. B. Kaihatsu<br />

C. B. Kaihatsu é escritora, poetisa, engenheira de controle e automação,<br />

bailarina clássica e de jazz e colunista cultural do Jornal Tribuna de Paulínia,<br />

do site CultEcléticos e das revistas literárias Amazing e Clube dos Navegantes.<br />

Coautora do livro “Retalhos: Almas em Versos” (<strong>Ed</strong>itora Empíreo), vencedor<br />

do Prêmio Brasil Entre Palavras na categoria Melhor Livro de Poesia<br />

de 2<strong>01</strong>6, também participou das antologias: Mais Amor, Por Favor (<strong>Ed</strong>itora<br />

Coerência), Arquivos do Mal (<strong>Ed</strong>itora Coerência), A Arte do Terror – Cartas<br />

(Elemental <strong>Ed</strong>itoração), A Arte do Terror – História (Elemental <strong>Ed</strong>itoração).<br />

É organizadora da antologia de contos de terror e suspense “A Sociedade dos<br />

Corvos” publicada pela <strong>Ed</strong>itora Coerência. O<br />

Mestre do Horror, R. F. Lucchetti, participa como prefaciador e autor<br />

convidado. Ainda em 2<strong>01</strong>7, possui participação nas antologias: Vampiro: Um<br />

Livro Colaborativo (<strong>Ed</strong>itora Empíreo), Playlist – Contos Musicais (<strong>Ed</strong>itora<br />

Rouxinol) e Noite<br />

Natalina (<strong>Ed</strong>itora Skull).<br />

Idealizadora do projeto Sociedade dos Poetas Vivos que busca promover<br />

um resgate da poesia no Brasil. Fã de Fórmula 1, já colaborou com artigos<br />

para o blog F1 – Fórmula 1.<br />

36


O Amante<br />

Michelle Louise Paranhos<br />

“Muito cedo foi tarde demais em minha vida”.<br />

A frase de Marguerite Duras incrusta em meu pensamento.<br />

Vida e forma definidas.<br />

É isso.<br />

Eu me assemelho, recorro a ela, introjeto-a em minha alma.<br />

Muito cedo, já era tarde demais.<br />

Pedro dorme ao meu lado.<br />

Seu sono é interrompido por sons guturais, murmúrios, assovios,<br />

palavras desconexas. Queria sonhar, mas diante de<br />

meus olhos abertos, a realidade me assombra.<br />

Muito cedo.<br />

Eu tinha dezoito anos quando o conheci.<br />

Victor era mais novo que eu e talvez por isso, fosse mais<br />

ousado, não sei dizer.<br />

Sei que ele saiu do final do corredor do alojamento dos estudantes<br />

universitários, lá onde ficava o banheiro.<br />

E veio assim, torso nu. Enrolado numa toalha branca a esconder-lhe<br />

o quadril másculo.<br />

Era bonito, que Diabo.<br />

Olhos cor de amêndoas, cabelos anelados domados pela<br />

água, magreza típica da juventude naqueles dias.<br />

Era um tempo diferente. Não tinha isso de corpo sarado,<br />

músculos definidos, nada disso.<br />

A beleza era assim, natural, sem máscaras ou porquês.<br />

Eu estudava, sentada à mesa do alojamento, esperando por<br />

meu namorado que poderia retonar em algum momento, ao<br />

término do dia letivo da faculdade.<br />

Mas foi ele quem chegou primeiro em minha vida.<br />

— Prazer, meu nome é Victor.<br />

Levantei meus olhos do texto.<br />

Olhei para aquele que me dirigia a palavra.<br />

O rosto anguloso, gotículas de água sobre o ombro, a toalha.<br />

— Meu nome é Camila. Mas meu namorado não gostará<br />

disso, pode ter certeza.<br />

Abaixei os olhos para o caderno sobre a mesa de madeira —<br />

aquele que era o maior móvel do quarto.<br />

Ao fundo, encostados às paredes, beliches e na outra extremidade,<br />

um armário de três portas.<br />

— E daí? Nem sei quem ele é e não me interessa, — repondeu<br />

— Posso me sentar?<br />

— Desde que não me interrompa, por favor, sente-se.<br />

Tem certeza de que está alojado nesse quarto?<br />

— Com certeza. Mas aqui é alojamento masculino. Você que<br />

não deveria estar aqui, não acha?<br />

— Tem razão, desculpe.<br />

Voltei a me concentrar na leitura, mas se assim o fiz, de nada<br />

resultou.<br />

Sequer lembro-me do que estudava na ocasião, mas recordo-<br />

-me das pernas dele, cruzadas, à minha frente, no vão revelado<br />

pela toalha.<br />

— Posso pegar uma folha de papel?<br />

Não vou olhar, não quero olhar.<br />

— Pegue.<br />

E, alguns minutos depois, ele voltou a me interromper.<br />

— É seu.<br />

— O que?<br />

Ele me entregou a folha.<br />

Contrafeita, analisei o objeto que ele insistia em me entregar.<br />

Era minha imagem ali, no tracejar do grafite. Linhas firmes.<br />

Contínuas. Precisas.<br />

Sim. Era eu.<br />

Aquela continua sendo eu mesma. Naquele desenho e aqui,<br />

em meu coração.<br />

Não sei que fim levou aquele desenho de minha alma, mais<br />

de trinta anos depois.<br />

Pedro resmunga ao meu lado.<br />

— Apaga a luz desse abajur e vai dormir.<br />

— Estou lendo.<br />

— Nem livro tem em mãos, apaga essa luz, por favor.<br />

— Estava lendo no tablet, em e-book, sabe?<br />

— Por isso mesmo, Camila, apague essa luz, ao menos. Deixe-me<br />

dormir, pelo amor de Deus, Camila! Está tarde.<br />

É verdade.<br />

Já é tarde demais em minha vida.<br />

Nunca mais o vi, saí da faculdade e nos perdemos no mundo.<br />

Até reecontrá-lo anos depois. Por acaso.<br />

Quando foi que ele me deu o livro O Amante, de Marguerite<br />

Duras?<br />

Nem faço ideia. Nem que fim levou o exemplar. Faz tanto<br />

tempo.<br />

Aquela edição especial em Capa de Cartão possuía uma contracapa<br />

extra onde, na ilustração, os amantes trocavam um<br />

beijo.<br />

Dentro do livro, acima do título impresso, estava escrito à<br />

caneta esferográfica, em letras firmes, contínuas, precisas.<br />

“Quero cordões do infinito na imensidão do tempo, para<br />

que possamos nos alcançar sempre que um do outro se lembrar”.<br />

Quando rompemos, eu estava na casa de meus pais e a campainha<br />

tocou.<br />

— Vim entregar suas coisas que estavam em minha casa.<br />

Ele devolveu o pôster imenso, que fiz para ele, de presente,<br />

num estúdio fotográfico.<br />

Ficava no interior de uma moldura dourada, pendurada na<br />

parede.<br />

Abaixo da moldura, a cama dele, onde nos encontramos e<br />

nos perdemos tantas vezes.<br />

Esse pôster de mim mesma ainda o tenho comigo, embora<br />

nunca mais me pertença.<br />

Sempre será dele.<br />

— Não devolvo fotos e livros. São meus — retruquei.<br />

Vitor sorriu condescendente. Não esperava que eu dissesse<br />

o contrário.<br />

Perdemo-nos e nos reencontramos por trinta anos.<br />

A última vez, anos atrás, ele se despediu de mim.<br />

— Por favor. Ao menos, me abrace uma última vez — murmurou<br />

em súplica.<br />

Muito cedo era tarde demais em nossas vidas.<br />

Apago a luz do abajur, deixo o tablet sobre o criado mudo e<br />

decido continuar amanhã a leitura.<br />

O Amante.<br />

Fecho os olhos e sonho que estou descendo de balsa, na travessia<br />

sobre o Rio Mekong, em Saigon.<br />

E Victor está do outro lado do rio, me esperando.<br />

Conto inspirado no livro O Amante de Marguerite Dumas<br />

37 E-<strong>Vista</strong>


Minhas<br />

Artes<br />

Iniciei minha jornada artística bem cedo, assim que aprendi a escrever<br />

(aos 5 anos, copiando páginas de jornal) e ganhei meu primeiro concurso<br />

literário aos sete anos de idade, a partir daí, a luta começou.<br />

Máteria: Ana Rosenrot (Participação Especial)<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

38


SER artista no Brasil é um desafio constante;<br />

não bastasse a falta de apoio e<br />

de recursos, também lutamos contra o<br />

desrespeito pela profissão que escolhemos.<br />

Trabalho com múltiplas artes desde sempre e já<br />

senti na pele todos os tipos possíveis (e impossíveis) de<br />

dificuldades.<br />

Iniciei minha jornada artística bem cedo, assim que<br />

aprendi a escrever (aos 5 anos, copiando páginas de<br />

jornal) e ganhei meu primeiro concurso literário aos<br />

sete anos de idade, e a partir daí, a luta começou.<br />

Eu participava de todo tipo de seleção (gastei uma<br />

fortuna com selos) e o retorno era mínimo, então, acabei<br />

desistindo e voltando minha atenção para o teatro,<br />

que me ensinou muito. Como viver de arte no Brasil é<br />

(praticamente) impossível, entre os estudos eu comecei<br />

a trabalhar como professora de “datilografia” (sim vocês<br />

leram direito).<br />

A partir do teatro foi que me interessei por cinema<br />

e percebi como todas as artes andam juntas, apesar de<br />

infelizmente existir um enorme preconceito dentro da<br />

própria arte. Comecei a pesquisar cinema e o prazer de<br />

escrever voltou com tudo. Oficialmente eu trabalhava<br />

com coordenação e tesouraria de campanhas políticas,<br />

onde comecei também a criar vídeos institucionais; em<br />

paralelo, retomei a carreira literária ganhando alguns<br />

concursos e participando de antologias. Como a maioria<br />

dos escritores iniciantes, recebi muitos “nãos”, fui<br />

enganada por editoras, carreguei incansavelmente livros<br />

debaixo de braço, tentando vendê-los num país “quase”<br />

sem leitores, participei de projetos coletivos de pseudoacadêmicos<br />

onde era considerada “jovem demais” ou<br />

“progressista demais”…tudo isso numa época anterior<br />

a popularização da Internet (aquela que veio ao mundo<br />

para nos divulgar).<br />

A Internet e a criação das redes sociais e dos sites de<br />

divulgação proporcionaram novo fôlego aos artistas em<br />

geral: a oportunidade de se autopromover e descobrir<br />

novos caminhos, como concursos e festivais. Seguindo<br />

essa nova tendência eu consegui mostrar meu trabalho<br />

de várias formas e para um público bem maior…Pude<br />

exibir meus curtas em festivais do mundo todo, ganhar<br />

prêmios de cinema e literatura e o mais importante: assinar<br />

uma coluna numa revista internacional, a revista Suíça<br />

“Varal do Brasil”. A coluna, que se chama CULTíssimo,<br />

39 E-<strong>Vista</strong>


é especializada em cinema e universo cult e além de correr<br />

o mundo todo, participou de uma exposição de 20 dias no<br />

Consulado Brasileiro em Genebra (Suíça), com a edição<br />

sobre a atriz e inventora do wi-fi “Hedy Lamarr”, durante o<br />

evento “Dia da Mulher no Consulado” em 2<strong>01</strong>6.<br />

Acredito que todas as experiências que vivenciamos são<br />

válidas e a maior de todas para mim, foi conhecer pessoas<br />

incríveis que me ensinaram como a arte pode ser importante<br />

como forma de ativismo, ajudando nas lutas sociais e em<br />

causas humanitárias, levando paz, apoio, conhecimento<br />

e esperança através da cultura. Desde então eu venho<br />

participando de vários projetos nacionais e internacionais,<br />

tentando levar a cultura e sua capacidade única de inclusão<br />

e formação de consciência ao máximo de pessoas possíveis.<br />

Hoje, minha arte é basicamente dedicada ao Ativismo<br />

Cultural e ao Cinema, e em 2<strong>01</strong>6, quando a revista Varal<br />

do Brasil encerrou suas atividades, resolvi criar uma revista<br />

digital nos mesmos moldes do Varal, totalmente voltada<br />

para a divulgação de autores publicados ou não, valorizando<br />

a Literatura e a Língua Portuguesa e dando espaço e<br />

oportunidades iguais a escritores do mundo todo. Com o<br />

lema “Literatura com Liberdade”, as edições da revista tem<br />

conseguido juntar os mais variados gêneros e estilos de escrita,<br />

bem como fotos, desenhos, a volta da Coluna CULTíssimo<br />

e também matérias sobre lançamentos de livros, entidades e<br />

eventos gratuitos que contribuem com a inclusão social; tudo<br />

isso sempre prezando o respeito e a liberdade de expressão. A<br />

experiência com a revista tem sido incrivelmente gratificante,<br />

devido a repercussão na comunidade literária e do carinho<br />

demonstrado por autores e leitores.<br />

Mas o melhor de tudo isso, é poder acompanhar a realidade<br />

dos autores e compartilhar suas dificuldades e sonhos, bem<br />

como dos propósitos de cada um. E observando de perto<br />

várias situações deste vasto mundo literário, resolvi, para<br />

finalizar a narrativa, trazer algumas dicas que, com certeza,<br />

ajudarão os amigos escritores a melhorar ainda mais seus<br />

projetos e ampliar o alcance e a assertividade na hora da<br />

divulgação.<br />

Não existe fórmula mágica para o sucesso, mas sim<br />

coragem para lutar, vontade de aprender e empreender, força<br />

para continuar e principalmente, paciência para conquistar!!<br />

DICAS PARA ESCRITORES:<br />

Seja criativo!!<br />

Recebo centenas de textos para a seleção da revista todos<br />

os meses e sempre acompanho o trabalho dos autores. Uma<br />

coisa que eu noto é que tem escritor que pensa que texto é<br />

igual música: os cantores gravam uma música e ela se torna<br />

a “música oficial de trabalho”, repetida incessantemente em<br />

shows, programas e no youtube...mas texto é diferente: evitem<br />

enviar o mesmo texto para todas as seleções disponíveis ao<br />

mesmo tempo, separe alguns e envie de forma diversificada,<br />

alternando os trabalhos; assim você mostra que tem conteúdo,<br />

talento criativo e pode fazer uma divulgação mais distinta.<br />

Olha a etiqueta!!<br />

Gente, divulgar seu trabalho nas redes sociais é maravilhoso<br />

e proporciona um bom retorno; mas é necessário ter um<br />

pouco de discernimento e etiqueta: postar e repostar todos<br />

os dias (marcando seus 5.000 amigos) sobre o lançamento<br />

do seu livro é cansativo (uma contagem regressiva fica muito<br />

mais elegante); enviar mensagens padrão inbox sobre o livro<br />

(com links, fotos e preços) sem ao menos dizer um “olá” ao<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

40


destinatário, é uma completa falta de educação. Falar sobre<br />

isso em todos os posts ou comentários que fizer (até em<br />

notícia de falecimento), é ridículo e te desmerece. Pensem<br />

bem, essa demonstração de “desespero” pode causar um<br />

efeito contrário do esperado: seus possíveis leitores ficarão<br />

“cansados” e perderão o interesse por seu trabalho, por<br />

melhor que ele seja.<br />

Leia!!<br />

Muitos autores esquecem disso, mas a leitura para um<br />

escritor é fundamental, portanto, leia e não fique só nisso,<br />

pesquise, converse, participe, interaja!!<br />

Cuidado com o plágio!!<br />

Plagiar além de crime é horrível e pode significar o fim<br />

para qualquer artista. Ser plagiado é tão horrível e destrutivo<br />

quanto; passei por isso 3 vezes somente com a Revista<br />

LiteraLivre e digo por experiência que ninguém ganha com<br />

isso; então, cuide-se: registre suas obras, tenha arquivos<br />

guardados em nuvem ou papel e evite, de todas as formas<br />

possíveis, usar qualquer coisa que não te pertença!! Tenho<br />

visto ebooks e até livros físicos utilizando fotos de artistas<br />

famosos em suas capas e isso pode trazer um transtorno<br />

incrível no futuro. Todo o cuidado é pouco!<br />

Divirta-se!!<br />

Pode ter certeza de que seu processo criativo não vai<br />

melhorar se você ficar horas e horas sentado, sorvendo<br />

litros de café. Saia um pouco, ouça música, veja um filme,<br />

converse com os amigos, conheça as histórias que o mundo<br />

tem para contar… Lembre-se do belíssimo texto de Clarice<br />

Lispector, “Ato Gratuito” e sua narrativa sobre os benefícios<br />

do improviso salvador. Em pouco tempo você notará a<br />

diferença!! <br />

REVISTA LITERALIVRE<br />

A Revista LiteraLivre é uma publicação brasileira<br />

independente de periodicidade bimestral, com distribuição<br />

eletrônica em PDF e totalmente gratuita.<br />

Nossa missão principal é dar espaço aos escritores<br />

de todos os lugares, amadores ou profissionais, publicados<br />

ou não, que desejam divulgar seus escritos<br />

e mostrar seu talento de forma independente e livre,<br />

valorizando a grandeza da Língua Portuguesa e a diversidade<br />

de estilos. Criada em 2<strong>01</strong>6 pela escritora,<br />

cineasta e ativista cultural Ana Rosenrot, a publicação<br />

nasceu para dar continuidade aos anos literários<br />

da revista Suíça Varal do Brasil, que por sete anos<br />

divulgou a Língua Portuguesa pelo mundo e deu<br />

oportunidade a centenas de escritores.<br />

O lançamento da 1ª edição foi em janeiro de 2<strong>01</strong>7<br />

e contou com mais de 200 inscritos de todo o Brasil<br />

e de outras partes do mundo, com ótima receptividade<br />

dos leitores; repetimos o sucesso na 2ª edição,<br />

onde passamos a aceitar também tirinhas, imagens,<br />

fotos autorais e desenhos, dando oportunidade<br />

para mais artistas; atualmente contamos com quase<br />

10.000 assinantes e recebemos mais de 500 textos<br />

por edição para nossas seleções bimestrais.<br />

Nossa equipe conta com somente três pessoas e<br />

muito carinho e é composta por Ana Rosenrot, Alefy<br />

Santana e Julio Cesar Martins.<br />

Com o lema: “Literatura com Liberdade”, pretendemos<br />

levar até o público obras de todos os gêneros<br />

literários e também proporcionar aos autores visibilidade,<br />

confiança e incentivo, utilizando a enorme<br />

capacidade de alcance das mídias digitais, numa<br />

grande união literária e cultural, trazendo oportunidades<br />

e entretenimento de qualidade.<br />

anarosenrot<br />

literalivre<br />

41 E-<strong>Vista</strong>


ENTREVISTA com REG<br />

EVa: Breve apresentação. Você é..?<br />

R.V.: Celia Regina de Vasconcellos Oliveira, amante dos livros,<br />

formada em Pedagogia, Especialista em Necessidades Especiais, Língua<br />

Portuguesa e atualmente cursando Pós Graduação em “Revisão Prática<br />

de Textos”.<br />

EVa: Qual seu envolvimento com a Literatura?<br />

R.V.: A leitura faz parte do meu cotidiano. Não consigo me enxergar,<br />

sem pelo menos um livro na minha cabeceira.<br />

Iniciei minhas atividades como escritora nos anos 70. Tudo ficou<br />

guardado. Em meados do ano de 2<strong>01</strong>6, resolvi apresentá-los aos amigos,<br />

e na sequência numa página do facebook.<br />

Sou revisora de textos, na “Vasconcellos Revisa”, de minha propriedade.<br />

(Facebook - @cvasconcellos2<strong>01</strong>6). Escritora de poemas, poesias, prosas<br />

poéticas, microcontos e contos.<br />

Faço parte da “Sociedade dos Poetas Vivos, onde lançaremos uma<br />

Antologia de Poemas, no início de 2<strong>01</strong>8 e colaboradora no Projeto “A<br />

arte do terror”, como revisora de textos.<br />

EVa: No seu Ramo atual, é constante a ligação com a Arte em<br />

geral?<br />

R.V.: Sim, claro!<br />

Dentro da Arte como um todo, existem várias vertentes.<br />

Procuro sempre estar a par dos acontecimentos, pois isso abre novos<br />

horizontes, para quem escreve, compoe ou mesmo para os que são apenas<br />

expectadores. O teatro o cinema, por exemplo, são fontes riquíssimas<br />

de apendizado, para autores e escritores. De uma obra de arte, pode<br />

“nascer” um belo poema.<br />

E assim por diante...<br />

EVa: Qual sua visão quando o assunto é Literatura no mundo<br />

atual? A tecnologia nos deixa mais sábios ou ainda é preciso usar<br />

de meios “não” eletrônicos para fins literários?<br />

R.V.: A tecnologia ajuda muito, não só na Literatura, como em todos<br />

os ramos de atividades.<br />

Confesso que ainda uso aquele bloquinho de anotações, para as<br />

pimeiras estrofes dos meus versos. Sinto falta, muitas vezes, desse<br />

contato direto do autor com a escrita vinda de seus próprios punhos.<br />

Mas o que seria de nós sem um PC, para finalizar uma obra?<br />

EVa: Como você lida com a crescente massa de novos autores<br />

que utilizam de inúmeras formas para publicarem suas obras?<br />

Você costuma descobri-los por conta própria ou é sempre os amigos<br />

e colegas que lhe indica um novo autor?<br />

R.V.: Como Revisora de Textos, sempre estou pesquisando novos<br />

autores, através da mídias sociais, livros físicos em livrarias, com<br />

indicações de conhecidos e amigos; até mesmo pelos próprios autores<br />

que me procuram, por conta do meu trabalho.<br />

EVa: Você acredita que Literatura pode ser vista como uma terapia<br />

alternativa? Sem pensar em livros de Autoajuda, você acha<br />

que toda a literatura pode ser válida?<br />

R.V.: Sim.<br />

Eu mesma sou um exemplo disso.<br />

Fui acometida pela depressão e encontrei na escrita, algo que me<br />

acalmasse, onde todo sentimento ruim, fosse colocado no papel,<br />

aliviando a minha dor. Nos momentos felizes, escrevo de maneira mais<br />

tenue, buscando levar a minha alegria, aos meus leitores.<br />

EVa: A rivalidade existente entre autores independentes, selos<br />

e até mesmo editoras de pequeno porte, é visto como algo bom?<br />

Você acha que essa competição é necessária por se tratar de um<br />

negocio como qualquer outro?<br />

R.V.: Na verdade, toda rivalidade é positiva, desde que não exista a<br />

intenção de prejudicar os demais profissionais.<br />

Não parece, mas no mundo da revisão, existe muito disso.<br />

Creio que essa profissão deveria ser mais valorizada, pois sem a revisão,<br />

não existiria a obra final.<br />

EVa: Você participa ou já participou de algum projeto? Coletânea<br />

ou Antologia, o que foi importante para você? Se não participou,<br />

no que acha que isso lhe ajudaria?<br />

R.V.: Atualmente participo da Antologia de Poemas, da “Sociedade<br />

dos Poetas Vivos”, que deverá ser lançado em fevereiro/2<strong>01</strong>8, pela <strong>Ed</strong>itora<br />

Coerência.<br />

Creio que todo tipo de projeto, vem para engrandecer o trabalho dos<br />

autores, fazendo ainda, com que eles saiam do anonimato..<br />

EVa: Já realizou alguma publicação (que não fosse antologias)<br />

da qual teve que pagar por ela? Se sim, o que lhe motivou a fazer<br />

isso?<br />

R.V.: Ainda não tive oportunidade.<br />

EVa: Na sua opinião, porque as editoras ficaram menos acessíveis<br />

e porque tantas outras surgiram com a opção de publicar<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

42


INA VASCONCELLOS<br />

novos autores onde o mesmo pague pela tiragem?<br />

R.V.: Não importa a maneira e onde as obras de um autor é publicada;<br />

desde que as editoras estejam hábeis para isso.<br />

Acho justo o autor pague pelas tiragens, pois de uma forma ou outra,<br />

recuperarão esse valor, na venda de suas obras.<br />

EVa: Literatura é um mundo à parte? Deveria ser uma religião<br />

mesmo estando presente em todos os assuntos do mundo? Ou<br />

Literatura é apenas uma obrigação para o ser humano?<br />

R.V.: Literatura é arte...é vida!<br />

Não importa onde ela se encontre, nos jornais, livros, escritas por<br />

historiadores ou não, ou apenas num pequeno pedaço de papel.<br />

Faz Arte, quem tem o dom para isso.<br />

Nada é obrigatório!<br />

Tudo na vida é irrestrito, mutável e criativo.<br />

Faça parte dessa história!<br />

“A imaginação é mais importante que a ciência,<br />

porque a ciência é limitada, ao passo que a<br />

imaginação abrange o mundo inteiro.”<br />

Albert Einstein<br />

BIOGRAFIA<br />

Regina Vasconcellos, nasceu em 26/05/1956, no bairro da Aclimação<br />

em São Paulo, onde morou e cresceu.<br />

Formou-se em Pedagogia, com Especializações em Magistério, Orientação<br />

<strong>Ed</strong>ucacional e Vocacional, pela FMU.<br />

Alguns anos depois, fez uma nova Especialização, desta vez em Necessidades<br />

Especiais; saindo das escolas “tradicionais”, começando assim,<br />

a trabalhar na APAE – SP, onde viu de fato, que o magistério teria<br />

sido uma escolha acertada. “Trabalhar com crianças especiais, é algo que<br />

engrandece a alma e o coração.”<br />

Começou a esboçar alguns poemas, na década de 70, que foram guardados<br />

por muitos anos.<br />

Casou-se e teve três filhas.<br />

Divorciou-se em 1991, o que a deixou muito abalada e triste; foi quando<br />

sua inspiração aflorou e então os versos, começaram a fazer parte de<br />

sua vida, até como uma terapia e continua com força total.<br />

Em 2009, nasceu João Victor, seu neto, agora com oito anos.<br />

Ele também a inspira e lhe traz muita alegria. Sempre gostou da Língua<br />

Portuguesa, como um todo.<br />

Após aposentar-se, começou a estuda-la com afinco.<br />

Passou a dar aulas particulares de Português e fazer revisões de textos.<br />

Em 2<strong>01</strong>7, iniciou uma Pós-Graduação em “Revisão Prática de Textos”,<br />

pela Faculdade Unyleya.<br />

Criou a “Vasconcellos Revisa” – Revisão de Textos, na qual trabalha<br />

como autônoma, em vários segmentos da área.<br />

Participou, como colaboradora da Arte do Terror.<br />

Faz parte do Grupo “Sociedade dos Poetas Vivos”, onde publicará,<br />

juntamente com outros autores, uma Antologia de Poemas.<br />

Considera-se uma pessoa batalhadora, sonhadora, romântica e determinada.<br />

Acredita que tudo é possível, à medida que, realmente nos empenhamos<br />

para realizarmos.<br />

“Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia.”<br />

Vinicius de Moraes<br />

REGINA VASCONCELLOS<br />

(11) 99238.0066<br />

43 E-<strong>Vista</strong>


Vizinhos<br />

Todo mundo tem vizinhos, mas o que<br />

eles realmente fazem dentro de seus lares<br />

ninguém sabe. Nesse livros vamos descobrir<br />

o que vizinhos de apartamentos fazem,<br />

o que escondem e quem realmente<br />

são. Descubra de forma aterrorizante o<br />

que pode se passar dentro do apartamento<br />

ao lado. Você realmente conhece seu<br />

vizinho?<br />

Divulgue Conosco<br />

contato@e-vista.net<br />

44


O carioca Jorge <strong>Ed</strong>uardo Machado, de<br />

38 anos, é jornalista formado pela UFRJ,<br />

em 2002. Repórter com passagens pelos<br />

jornais O Globo, Extra e Folha Dirigida,<br />

além da Rádio Nacional, foi, ainda,<br />

revisor da Empresa Municipal de Multimeios<br />

da Prefeitura do Rio (Multirio).<br />

Também bacharel em Direito, atualmente<br />

é analista judiciário do Tribunal<br />

Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.<br />

Premiado em diversos concursos literários,<br />

publicou obras em antologias de<br />

contos. Agora, lança seu primeiro livro<br />

solo.<br />

O DIABO MORA NESTA CASA E OUTRAS HISTÓRIAS<br />

A coletânea reúne 22 contos e microcontos escritos pelo autor entre 2004 e<br />

2<strong>01</strong>6. Sem aderir ao horror gratuito regado a tripas e sangue, as narrativas entrelaçam<br />

dramas humanos e conflitos sobrenaturais, como na obra-título, O<br />

diabo mora nesta casa, na qual, ao relembrarem o exorcismo de uma menina,<br />

seus familiares deixam emergir segredos inconfessáveis. A presença demoníaca<br />

é recorrente nos relatos (como em Amarga dádiva e Natal sombrio), mas<br />

há outras entidades mitológicas que aterrorizam os protagonistas (a exemplo<br />

de Trinta moedas e 13 meninos). Em Statu quo, o mito do vampirismo é usado<br />

como metáfora para a crítica socia l. Há, ainda, textos que, apesar de não<br />

apresentarem o elemento supernatural, mortificam pela construção de um<br />

suspense que conduz à supremacia da violência, seja física ou psicológica (casos<br />

de Yin-Yang e Primeira vez). Um traço marcante em todos os contos são<br />

os finais surpreendentes, à moda do cineasta M. Night Shyamalan, de quem o<br />

autor é fã.<br />

45


CANVA<br />

Vamos<br />

falar de<br />

“designer”?<br />

S<br />

abemos que a Propaganda<br />

é a alma do negócio, mas<br />

sabemos que nem todos<br />

temos a sabedoria de lidar<br />

com imagens e fontes, piorou<br />

com “softwares” de edição e derivados. E se o<br />

assunto for criatividade para propaganda, fica<br />

mais difícil. Isso é compreensível já que muitos<br />

são bons em alguns setores e não existe regra<br />

para isso. Mas, se você é daqueles que não<br />

têm dinheiro o suficiente para pagar “designer”<br />

que crie tudo da forma que você deseja ou se<br />

não sobrou dinheiro para a propaganda, eis que<br />

temos essa pequena e preciosa Dica.<br />

Iremos falar brevemente sobre o Canva.<br />

Muitos já conhecem o site e recentemente lançaram<br />

seu App para dispositivos móveis o que é mais uma<br />

mão na roda para quem não possui um PC disponível o<br />

tempo todo. Embora a diferença entre PC e dispositivos<br />

móveis para esse tipo de site seja grande, é possível<br />

lidar muito bem com a criação de projetos pelo aparelho móvel.<br />

Canva é uma espécie de site kit media (por assim dizer), nele<br />

todo o trabalho de “marketing” pode ser realizado seja com modelos<br />

prontos (onde você apenas edita as informações), ou você pode<br />

criar seu próprio projeto com o formato escolhido.<br />

O que podemos criar no Canva? Coisa simples e fundamental<br />

para o dia a dia na divulgação do seu livro, por exemplo, mas o<br />

Canva não se limita aos livros ou autores, no site é possível criar<br />

“marketing” para praticamente tudo, dos principais estão:<br />

— Posts de redes sociais<br />

— Documentos (Oficio, Apresentação, Currículo, Anuário,<br />

Papel timbrado, Certificado, etc.)<br />

— Blogs e eBooks (Capa de livro, Imagem de fundo de tela,<br />

Infográfico, Capa de CD, Banner online e para blog, etc.)<br />

— Materiais de Marketing (Cartaz, Menu, Panfleto, Logotipo,<br />

Cartão de visita, etc.)<br />

— Cabeçalhos de e-mail, social media, Eventos e Anúncios.<br />

Estes são os destaques, mas são imensas as opções quando<br />

o assunto é imagem e texto.<br />

Para usar o Canva é bem simples. Ele possui o idioma<br />

Português, além de disponib<br />

como quase tudo hoje em d<br />

Gratuita: esta oferece in<br />

e é ultra indicada para que<br />

algo pré-criado. Caso você<br />

coisa, também é recomen<br />

salvam naquele momento<br />

anunciar uma promoção. Po<br />

na criação de pastas para<br />

fontes, o mesmo disponibiliz<br />

usar suas próprias. Ao pesq<br />

terá como resultados mais v<br />

não são lá aquelas coisas.<br />

dos PNG, você não terá tran<br />

quando precisamos apenas<br />

Versão Paga: Ao fazer<br />

300.000 fotos e ilustrações<br />

uploads em pastas, além de<br />

poderá salvar as cores, fonte<br />

os melhores modelos. Esta<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

46


ilizar um breve tutorial no início. As opções<br />

ia, são:<br />

úmeros modelos gratuitos, porém, básicos<br />

m já sabe o que quer e precisa apenas de<br />

queira apenas conhecer ou usar pouca<br />

dado, afinal os modelos gratuitos sempre<br />

de adrenalina ao terminarmos um livro ou<br />

r outro lado, na versão gratuita o site limita<br />

salvar imagens próprias e na utilização de<br />

a apenas algumas fontes e você não poderá<br />

propaganda ou que faça serviços para outros, aumentando assim<br />

a produtividade e claro a qualidade, já que o Canva utiliza de boas<br />

imagens e não tem limites de resolução ou coisas do tipo.<br />

Enfim, se precisa criar uma capa para seu livro seja Wattpad<br />

ou Kindle ou quer apenas atualizar sua página no Facebook ou até<br />

mesmo fazer uma postagem no Instagram, o Canva com certeza<br />

é o primeiro site que você deve testar.<br />

Então, após ler tudo isso, clique no ícone ao final deste texto e<br />

conheça o site, faça login com sua rede social ou crie seu cadastro<br />

e divirta-se com seu lado Designer.<br />

uisar por imagens, na versão gratuita você<br />

etores do que imagens e as que aparecem<br />

O salvamento também é limitado, no caso<br />

sparência no salvamento o que é um tédio<br />

da arte sem fundo.<br />

Imagens criadas no site Canva,<br />

exceto a com o logo que é imagem<br />

reprodução do próprio site.<br />

o Upgrade da conta, você terá acesso a<br />

gratuitas, poderá organizar seus projetos e<br />

compartilhar com outras pessoas (equipe),<br />

s e incluir sua marca além é claro de liberar<br />

versão é indicada para quem utiliza muita<br />

47 E-<strong>Vista</strong>


Conheça nossos Serviços e saiba como<br />

participar das próximas edições<br />

Saiba como divulgar o seu trabalho conosco com vários tipos de serviços e todos<br />

com a mesma atenção e qualidade que procura.<br />

Seja você um autor, editor, revisor, capista, designer, blogueiro, colunista, jornalista,<br />

etc.<br />

As nossas páginas são indicadas para todos ligados ao setor editorial, em geral.<br />

Para tirar dúvidas, envie-nos um e-mail com o serviço de seu interesse para servicos@e-vista.net.<br />

ENTREVISTA<br />

Em nossa Entrevista Comum, o participante<br />

irá responder a 10 perguntas<br />

sendo 3 delas escolhidas pelo próprio<br />

participante. Além das 10 perguntas,<br />

a entrevista contará com uma minibiografia<br />

e imagem de divulgação.<br />

Também terá um link e um e-mail<br />

para contato. Para saber os limites de<br />

caracteres, por favor nos enviar um<br />

e-mail. O Valor desta entrevista é de<br />

R$30,00 e já conta com revisão profissional.<br />

Na Entrevista Premium, o participante<br />

responderá a 20 perguntas sendo<br />

10 delas feitas pelo próprio participante.<br />

Além dos itens da entrevista<br />

comum, nesta versão será acrescentado<br />

até 5 links e 3 imagens para divulgação.<br />

O Valor desta entrevista é de<br />

R$50,00 e já conta com revisão profissional.<br />

Obs. Caso não queira incluir<br />

as 10 perguntas, iremos realizar mais<br />

10 perguntas fechando o total de 20<br />

perguntas.<br />

E-<strong>Vista</strong><br />

48


Textos - Contos - Amostras<br />

Seu texto, conto, capítulo ou aquela degustação do seu livro. Temos lugar na revista<br />

também. Não importa o gênero literário, do conto de terror ao poema, do capítulo de<br />

um romance a um singelo verso. Criaremos uma arte especifica para seu texto caso não<br />

tenha uma e ainda iremos realizar a revisão profissional para a publicação. O Valor para<br />

esta modalidade é de R$20,00 por texto, caso seja um texto longo, você não precisará<br />

contratar o mesmo serviço duas vezes, iremos calcular antes da publicação, caso o texto<br />

ultrapasse uma página, será cobrado o valor de R$5,00 por página excedida. Simples<br />

e interessante, não é mesmo? Aproveite e divulgue seu texto. Para saber limites e obter<br />

dicas de como divulgar seu texto conosco, envie-nos um e-mail para servicos@e-vista.<br />

net.<br />

Contribuição<br />

Para contribuir com a revista, você poderá nos enviar matérias ou dicas que sejam<br />

voltadas para o setor editorial. Seja uma matéria sobre uma editora ou sobre um site de<br />

publicação ou dicas sobre como criar aquela capa perfeita para um eBook ou até mesmo<br />

como usar um aplicativo para aumentar as leituras de livros ou blogs. Seja qual for sua<br />

contribuição, estando dentro do setor editorial, será muito bem-vinda. O Valor para este<br />

serviço é totalmente gratuito. Precisamos apenas que os textos estejam revisados para<br />

serem publicados, também será necessário o fornecimento de imagens para compor a<br />

matéria ou a dica. Caso necessite, oferecemos a revisão do texto à parte. Em caso de dúvidas,<br />

envie-nos um e-mail para servicos@e-vista.net e para contratar revisão, usar a página<br />

Contato em nosso site.<br />

Divulgação<br />

Para o serviço de Divulgação e demais informações, acesse nosso site: e-vista.net ou envie um<br />

e-mail para servicos@e-vista.net ou revistaevista@gmail.com.<br />

49 E-<strong>Vista</strong>

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