AMOSTRA REVISTA ENTRE FLORES E CUPCAKES
A maioria das coisas boas da vida precisa ser cultivada. Na da na vida é de graça. Você recebe algo aqui hoje, apenas para devolvê-lo logo adiante. E é forçado a misturar e transformar tudo para fazer a vida florescer e crescer. E a gente vai aprendendo, qual o tempo de cozimento e a quantidade de tempero. Os ingredientes que combinam e a dosar o que é azedo. A gente acaba aprendendo a fazer a porção certa e a apreciar o aroma de cada dia. O perfume que vem com o vento, janela adentro, vem trazendo pedacinhos de felicidade que se constrói com o tempo. Com aquele sol que vem de dentro, como fermento, para fazer tudo germinar. E dia após dia, a gente se põe a trabalhar, através de longas chuvas e do sol escaldante, as sementes resistem e persistem, vencendo a batalha da vida que é se transformar para continuar.
A maioria das coisas boas da vida precisa ser cultivada. Na da na vida é de graça. Você recebe algo aqui hoje, apenas para devolvê-lo logo adiante. E é forçado a misturar e transformar tudo para fazer a vida florescer e crescer.
E a gente vai aprendendo, qual o tempo de cozimento e a quantidade de tempero. Os ingredientes que combinam e a dosar o que é azedo. A gente acaba aprendendo a fazer a porção certa e a apreciar o aroma de cada dia. O perfume que vem com o vento, janela adentro, vem trazendo pedacinhos de felicidade que se constrói com o tempo. Com aquele sol que vem de dentro, como fermento, para fazer tudo germinar.
E dia após dia, a gente se põe a trabalhar, através de longas chuvas e do sol escaldante, as sementes resistem e persistem, vencendo a batalha da vida que é se transformar para continuar.
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E D I T O R I A L<br />
Santos, JaKe dos; Revista Entre Flores e<br />
Cupcakes, 2018, 56 p.<br />
Edição e diagramação: Opus Litterae.<br />
ISBN 0090987674465<br />
Poesia, Fine Art, Contos, Literatura Brasileira.<br />
Todos os direitos reservados. É expressamente<br />
proibida a reprodução total ou em<br />
partes desta obra sem a autorização prévia<br />
da autora.<br />
A maioria das coisas boas da vida precisa<br />
ser cultivada. Nada na vida é de graça. Você<br />
recebe algo aqui hoje, apenas para devolvêlo<br />
logo adiante. E é forçado a misturar e<br />
transformar tudo para fazer a vida florescer e<br />
crescer.<br />
E a gente vai aprendendo qual o tempo de<br />
cozimento e a quantidade de tempero. Os<br />
ingredientes que combinam e a dosar o que<br />
é azedo. A gente acaba aprendendo a fazer<br />
a porção certa e a apreciar o aroma de cada<br />
dia. O perfume que vem com o vento, janela<br />
adentro, vem trazendo pedacinhos de felicidade<br />
que se constrói com o tempo. Com<br />
aquele sol que vem de dentro, como fermento,<br />
para fazer tudo germinar.<br />
E dia após dia, a gente se põe a trabalhar,<br />
através de longas chuvas e do sol escaldante,<br />
as sementes resistem e persistem, vencendo<br />
a batalha da vida que é se transformar<br />
para continuar.<br />
2
S U M Á R I O<br />
QUEM FAZ<br />
04<br />
Um pouco sobre JaKe dos Santos, Administradora, escritora, artista e a mente por<br />
trás desta obra.<br />
AS PEDRAS DE<br />
KIROCUI<br />
07<br />
Um conto exclusivo para dar uma ideia do que aguarda o leitor nas próximas<br />
publicações da autora JaKe dos Santos.<br />
FINE ART<br />
08<br />
O termo em inglês está ganhando adeptos e admiradores em<br />
<strong>ENTRE</strong> FORES E<br />
<strong>CUPCAKES</strong><br />
09<br />
A série poética é formada por 21 poesias sobre como a vida pode<br />
ser doce e amarga ao mesm tempo e, ainda assim, proporcionar as melhores<br />
3
QUEM FAZ<br />
ACREDITE<br />
Acredite<br />
Que você fale o<br />
que pensa<br />
Acredite<br />
Que não lhe vale a<br />
ofensa<br />
Acredite<br />
Que assim a alma<br />
aguenta<br />
Acredite<br />
A gente é o que a<br />
gente pensa<br />
A<br />
dministradora, escritora, artista<br />
e booktuber, JaKe dos Santos<br />
vive atualmente no interior<br />
do Sul de Minas, entre as<br />
montanhas onde ela cria e recria universos<br />
fantásticos. Sua carreira como escritora começou<br />
em 2015 quando lançou seu primeiro<br />
livro, uma coletânea de poesias intitulada<br />
“Cartas”. A autora tem um canal no Youtube<br />
focado na Literatura Fantástica e em aspectos<br />
na nacionalidade brasileira, como cultura,<br />
folclore e outros fatos curiosos além, é<br />
claro, de muitas resenhas.<br />
A autora, de forma despretensiosa, foi incorporando<br />
o desenho ao universo literário até<br />
que, em fevereiro de 2017, surgiu uma série<br />
poética chamada “Texto sem Letra”, com a<br />
proposta de entregar o texto poético da forma<br />
mais antiga de se entregar poesia: a declamação.<br />
JaKe deu às poesias um significado<br />
visual com suas ilustrações.<br />
4
5<br />
Algumas ilustrações de JaKe dos Santos
Série poética<br />
“Songs from<br />
the core”.<br />
O<br />
utra série poética criada pela autora<br />
JaKe dos Santos recebeu o título de<br />
“Songs from the core” (Canções do<br />
íntimo, em tradução literal) e foi um<br />
experimento em inglês que reuniu algumas das<br />
6<br />
poesias escritas originalmente na língua estrangeira.<br />
Esta série serviu como base para experimentos<br />
artísticos e está disponível no canal da<br />
autora.
As pedras de Kirocui<br />
H<br />
á<br />
muito tempo, numa tribo perdida no<br />
espaço viviam os Kirocui. Homens e mulheres<br />
de pele negro-avermelhada coexistiam<br />
com a natureza em um acordo de paz<br />
com os espíritos da floresta. Hakunamagi e Haknamagé<br />
eram irmãs, ambas tinhas a pele negra como a noite e<br />
uma brilho de luar estava no lugar da tonalidade avermelhada<br />
que havia nos demais. As duas eram faceiras e<br />
arteiras, já eram mulheres feitas mas tinham o espírito<br />
infantil quase angelical. Os Kirocui eram conhecidos<br />
pelas terras perdidas por onde viviam como caçadres e<br />
guerreiros sem piedade, mas as irmãs não tinham habilidade<br />
para nenhuma das duas coisas, em vez disso faziam<br />
as tarefas mais simples e menos perigosas. Sempre que<br />
voltavam de uma caçada, seja ela por alimento ou por<br />
uma inimigo, a tribo fazia um ritual de celebração em<br />
que o xamã abria caminho para que os espíritos de batalha<br />
voltassem ao seu descanso eterno. Hakunamagé ficou<br />
responsável por preparar as cuias para o ritual e<br />
Hakunamagi se dispôs a fazer um presente para os espíritos<br />
levarem para a eternidade.<br />
Hakunamagé decorou lindas cerâmicas com padrões lineares<br />
em tinta branca e estava levanto-os para a tenda<br />
onde seria feito o ritual. Hakunamagi seguiu-a, ainda<br />
sem o presente dos espíritos. Dentro da tenda havia algumas<br />
lanças decorativas, várias urnas dos guerreiros<br />
convocados para a batalha que haviam enfrentado nos<br />
últimos dias, um tambor grande e uma cuia grande com<br />
água limpa e terra preta no fundo. Hakunamagé depositou<br />
delicadamente as cuias decoradas ao lado da cuia<br />
maior, decorada com círculos e dirigiu-se à saída quando<br />
foi interrompida pelo som surdo e baixo do tambor. Hakunamagi<br />
estava com uma das mãos sobre a membrana e<br />
um vento não natural percorreu toda a tenda. As duas<br />
estremeceram de medo e, depois que nada aconteceu,<br />
começaram a rir como crianças. Hakunamagi dançou<br />
com os dedos sobre a membrana do tambor e Hakunamagé<br />
dançou timidamente na entrada da tenda. No<br />
mesmo instante uma lufada de ar quente roçou a nuca de<br />
Hakunamagé e sua irmã ficou pálida do outro lado da<br />
tenda. As urnas brilharam numa luz dourada e tremeram<br />
suavemente. Os espíritos estavam se agitando dentro<br />
delas. O xamã agarrou o braço de Hakunamagé e ordenou<br />
que dissesse o que havia acontecido ali. Ela não hesitou<br />
e descreveu o que fizeram. Quando terminaram de<br />
se explicar o xamã deu alguns passos afrente e fez uma<br />
espécie de oração e as urnas estremeceram, desta vez<br />
com mais violência e se partiram, deixando que os ossos<br />
dentro delas caíssem espalhados pela tenda. Com um<br />
gesto suave o xamã ordenou que elas fossem levadas<br />
pelos homens que aguardavam suas ordens.<br />
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para ter acesso ao<br />
conteúdo exclusivo:<br />
7<br />
O xamã explicou à tribo que os espíritos de guerra perderam<br />
o descanso eterno ao qual deveriam retornar por<br />
causa da imprudência das duas irmãs e que agora era<br />
necessário oferecer algo tão valioso quanto para recuperar<br />
o equilíbrio dado pela natureza a vida que ali havia.<br />
Não houve julgamento, mas ambas foram condenadas.<br />
Homens cavaram duas covas grandes o suficientes para<br />
que coubessem as duas irmãs. Hakunamagé admitiu sua<br />
culpa por não ter repreendido sua irmã, mas o xamã lhe<br />
advertiu que não poderia deixar-lhe sem julgamento<br />
para fazer justiça aos espirito guerreiros que tiveram<br />
suas urnas destruídas. Ela aceitou a punição com um<br />
aceno e o xamã ofereceu-lhe uma bebida quente. O liquido<br />
desceu-lhe queimando e depois ela sentiu-se entorpecer<br />
aos poucos. Os homens colocaram-na dentro de uma<br />
das covas onde ela ficou inerte. Já Hakunamagi começou<br />
a espernear sentindo medo de sua more iminente. Implorou<br />
ao xamã que a poupasse, mas não admitiu sua culpa.<br />
Os homens colocaram-na dentro da cova ao lado da irmã<br />
e bloqueou a superfície com estacas de madeira para que<br />
ela não saísse.<br />
Dias se passaram, a tribo seguiu com a rotina de caçadas<br />
e batalhas, seus rituais sendo realizados a despeito das<br />
duas irmãs na cova. Choveu e fez muito sol, a terra começava<br />
a invadir as covas das irmãs e, enquanto Hakunamangé<br />
permanecia inerte em sua cova, Hakunamagi<br />
reunia todas suas forças para evitar que fosse soterrada.<br />
Um dia a chuva veio furiosa e encheu de água a cova de<br />
Hakunamagi, sem conseguir lutar com a água ela se deu<br />
por vencida. A cova onde estivera Hakunamagé estava já<br />
coberta de terra e ficou encharcada de água.<br />
Muitos dias se passaram até que a água secou completamente<br />
e a cova de Hakunamagi ficou exposta novamente.<br />
Mas dentro havia apenas uma pedra em forma de<br />
estrela rosada. Homens vestidos com roupas em tom de<br />
terra e chapéus brancos vasculhavam o local em busca<br />
de algo quando se depararam com a cova aberta, protegida<br />
apenas por uma cortina fina de vegetação. Ficaram<br />
intrigados e resolveram coletar a pedra para ver o que<br />
era. Acreditando que era algo de valor e na esperança de<br />
encontrar mais pedras preciosas, os homens começaram<br />
a escavar as áreas em volta da cova. Encontraram outra<br />
pedra, no lugar que seria a cova de Hakunamagé, mas<br />
esta era inteiramente preta e lisa. Os homens chamaram<br />
a primeira pedra de Estrela Rosa, por causa do formato e<br />
da cor e a segunda de Jeremyevite em homenagem à<br />
esposa de um deles que havia sofrido um acidente fatal<br />
naquela expedição.
Fine Art<br />
O<br />
termo Fine Art é muito antigo e iPhoto inteiramente dedicado ao assunto, o primeiro<br />
do gênero no Brasil. E o termo ainda se<br />
surgiu com o intuito de distinguir<br />
a arte pura da arte comercial. Embora<br />
não haja estudos aprofunda-<br />
maioria fotografias, com técnicas e materiais<br />
estende a impressão de obras, em sua grande<br />
dos sobre o tema ou registros acadêmicos estritamente<br />
dedicados ao assunto o termo é definido<br />
de forma genérica como um tipo de arte sem<br />
fins lucrativos, criada puramente pelo valor estético,<br />
mas sem nenhuma utilidade prática.<br />
resistentes a ação do tempo e que preservam as<br />
cores impressas.<br />
Apesar do termo ser mais frequentemente aplicado<br />
à fotografia, há uma série de artistas que<br />
fazem ilustrações ou pinturas Fine Art de altíssima<br />
qualidade e estão expostas pelas galerias<br />
Eram designadas como Belas Artes e incluíam<br />
“arte sem fins lucrativos,<br />
pintura, música, poesia, arquitetura e outras virtuais ou em redes sociais como o Instagram,<br />
formas de arte como o teatro. Até o criada século XX puramente mesmo pelo que em menor quantidade ou não tão<br />
havia três ramificações do que se considerava evidentes quanto as fotografias. As ilustrações,<br />
Fine Art: as Belas Artes, a fotografia Fine valor Art e estético muito “ frequentemente associadas à materiais de<br />
a impressão Fine Art; após esse período a fotografia<br />
englobou o termo e passou a destacar-se<br />
na categoria.<br />
publicidade estão ganhando espaço em galerias<br />
e atraindo o olhar de apreciadores de arte, tanto<br />
quanto quadros e fotografias.<br />
Se visto de um ponto de vista mais técnico e<br />
crítico, o termo Fine Art (ou Fines<br />
Adquira<br />
Arts, como<br />
a revista<br />
alguns preferem) pode se referir às<br />
para<br />
“obras criadas<br />
para atingir um nível estético de excelência<br />
ter acesso ao<br />
para que sejam reconhecidos pela conteúdo beleza que exclusivo:<br />
representam” (HELIOPRINTI, 2017). Traduzindo<br />
o termo do inglês (Fine = fino, excelente,<br />
encantador e Art = arte; logo pode-se traduzir<br />
como Arte Fina) têm-se a ideia de que toda Fine<br />
Art será algo de alta qualidade; porém, não é<br />
a qualidade que define esse tipo de arte, tampouco<br />
as técnicas empregadas no mesmo que<br />
podem ser diversas. Ainda assim , os artistas<br />
Fine Art, em sua grande maioria, preocupam-se<br />
em utilizar materiais de ata qualidade em seus<br />
trabalhos reforçando a ideia de que, para ser<br />
Fine Art, os trabalhos devem ter qualidade o<br />
mais próximo do excelente quanto possível.<br />
Sabe-se que a origem do que se considera Fine<br />
REFERÊNCIAS<br />
___ . Impressão Fine Art: o guia<br />
completo para reprodução de Belas<br />
Artes. Helioprinti, 2017.<br />
___. Brasil ganha o primeiro livro de<br />
fotografia Fine Art. Papo de fotografo,<br />
2015.<br />
KUDO, Daisy. Entenda de vez o que é<br />
Art se deu a partir de pinturas, geralmente a Fine Art. Fine Photo: um site<br />
óleo, para diferenciar um quadro encomendado<br />
especializado em Fine Art, 2015.<br />
ou para registro histórico de arte pura, mas foi SCHUSSEL, Jéssica Cavalcante;<br />
a fotografia responsável por popularizar o termo<br />
ainda recente em território brasileiro. Em<br />
VARANI, Tássia Lorenzini. Pin-Ups:<br />
The American Way of Art. Pontifícia<br />
Universidade Católica de São Paulo,<br />
2015 o livro “Fotografia Fine Art” da fotografa<br />
2010.<br />
Danny Bittencourt fora lançado pela editora<br />
8
Outras publicações<br />
CARTAS<br />
O livro “Cartas” fé uma<br />
coletânea de poesias e foi<br />
lançado no ano de 2015 pela<br />
Editora Multifoco.<br />
Dividido em quatro capítulos<br />
o livro trata da vida cotidiana<br />
sob a perspectiva da autora,<br />
de uma jovem chamada<br />
Adelaide, de uma mão que<br />
tenta tirar o filho de um<br />
ambiente de violência<br />
domestica e de um agressor<br />
arrependido depois que<br />
perde sua amada.<br />
CARTAS AO<br />
VENTO<br />
Um livro escrito à várias<br />
mãos, sua ideia surgiu a<br />
partir de um grupo no<br />
Facebook denominado<br />
Projeto Old Mail destinado<br />
à troca de cartas entre<br />
blogueiras de todo o Brasil.<br />
O livro organizado pela<br />
idealizadora do projeto,<br />
Paty Dibona, é composto<br />
por doze contos escritos<br />
como cartas para os mais<br />
diversos destinatários.<br />
A autora JaKe dos Santos<br />
participa dessa antologia<br />
de contos com um conto e<br />
coo revisora dos textos<br />
publicados.<br />
9
DE VOLTA A<br />
SALEM<br />
Passados cem anos, da caça às<br />
bruxas em Salem, os moradores<br />
da cidade sofrem com uma onda<br />
de desaparecimentos sem<br />
explicação. Quando o reverendo<br />
Sweel, descendente do juiz que<br />
condenou as bruxas aparece<br />
enforcado no meio da floresta,<br />
uma suspeita aterradora<br />
assombra a cidade. As bruxas<br />
buscam vingança, e ninguém<br />
está seguro. Tranquem suas<br />
portas ou acendam suas tochas:<br />
estamos de volta a Salem.<br />
BRUXAS: DA SEDUÇÃO<br />
À PERDIÇÃO<br />
uma coletânea onde contos<br />
fantáscos mostram a magia,<br />
sedução, encanto e perigo das<br />
bruxas dos tempos angos aos<br />
tempos modernos. Contos com<br />
um toque de sedução e finais<br />
imprevisíveis onde a perdição<br />
aguarda os homens que ousam<br />
se envolver com mulheres<br />
muitos especiais.<br />
10
JaKe dos Santos<br />
11