06.01.2018 Views

IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

es e, nos fins de semana, 100 mil, mas logo no dia de seu lançamento a circulação<br />

foi de 100 mil, e cresceu cerca de 50 mil nos próximos dias, até chegar a 250 mil<br />

exemplares por dia, durante uma semana (Anj, 2016). Entre os motivos de sucesso<br />

de vendas do jornal, pode-se considerar, além do planejamento feito para o seu<br />

lançamento, as inovações na linguagem, como cor das páginas, textos sintéticos e<br />

condensados, design sedutor, limpo e agradável – se comparado aos sensacionalistas<br />

anteriores –, infográficos, mapas, ilustrações, fotografia em formato grande,<br />

títulos atraentes e caixas complementares de informação. Outros afirmam (Prevedello,<br />

2008) que a estrutura da Infoglobo, por pertencer a um grande grupo<br />

multimídia, foi fundamental para isso. Uma companhia que dispunha de rádios e<br />

televisão para a sustentação do sucesso de circulação de seu periódico podia ser<br />

muito bem-sucedida a ponto de tirar do posto de líder, no Rio de Janeiro, o tradicional<br />

“O Dia”.<br />

2.4 Infográficos sequenciais<br />

À medida que a infografia cresceu na imprensa, criou-se a necessidade de<br />

classificá-la. Com a intenção de estabelecer um filtro para discriminar o que é e o<br />

que não é infografia, Sancho (2000) propõe tipologias para infográficos; o objetivo<br />

principal é a identificação de classes e as modalidades. A taxonomia articula ferramentas<br />

da semiótica, semântica e a produção do sentido; orienta os significados<br />

dos signos linguísticos-visuais e o morfológico-sintático que operam no âmbito<br />

da produção gráfica (composição, estilo, tipografia, ilustrações e combinação dos<br />

signos).<br />

Em uma primeira classificação, Sancho (2000) distinguiu entre infografias<br />

individuais e coletivas, denominadas megainfografias (no original, em espanhol,<br />

megainfografías). As infografias individuais contém os elementos necessários para<br />

a construção de uma unidade de conteúdo, são sintéticas e exercem a função de<br />

complemento e apoio aos textos. A partir de então, distinguiu as classes (1) comparativa,<br />

(2) documental, (3) cênica e (4) mapa.<br />

Comparativas – são estruturadas com esquemas e gráficos estatísticos, o<br />

principal objetivo é comparar dados e representações. Documentais – possuem<br />

um enfoque explicativo e são apresentadas em linhas do tempo, oferecem muitas<br />

informações que são tomadas a partir do fatos, com base nos documentos históricos<br />

que comprovam o delinear dos eventos e assuntos; como a informação<br />

geralmente é de grande valor, o viés de conteúdo é educativo. Mapas – referem-<br />

-se a espaços físicos ou geográficos que podem ser mapas geográficos (realistas<br />

ou distorcidos), planos e locais; trazem facilidade para que o leitor possa situar-se.<br />

Cênicas – descrevem o passo-a-passo dos eventos, podem incluir infográficos de<br />

processos, propõem uma narrativa de fato, a descrição ou a reprodução de uma<br />

lugar ou objetivo que represente informação; faz com que o leitor fique muito<br />

próximo da “cena”, ou, até mesmo, como se estivesse no local do acorrido.<br />

As infografias coletivas, megainfografias ou infografias sequenciais, para<br />

Sancho (2000), têm a capacidade de substituir os textos, são autossuficientes<br />

86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!