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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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tação. ZITKUS (2016) fez uma extensa pesquisa com designers e clientes e sugere<br />

três possíveis soluções ao problema. As pesquisas a respeito de design e acessibilidade<br />

em produtos cotidianos são inúmeras, especialmente com relação a idosos,<br />

com o envelhecimento da população nacional (IBGE, 2010) e global (WHO, 2011).<br />

Idosos tende a sofrer com perda de capacidades físicas, motoras, visão, audição e<br />

memória como consequência do próprio processo de envelhecimento, sendo nesse<br />

sentido, diferente de qualquer outra faixa etária (WHO, 2011). Segundo ROWSON,<br />

YOXALL (2011) “A partir dos 75 anos, estatisticamente 50% das mulheres não<br />

conseguirão acessar 50% das embalagens com tampa que elas comprarem”. O<br />

estudo de WARD, et al. (2010) acerca das embalagens de um medicamento no<br />

Reino Unido ilustra bem o quanto um design não centrado no usuário pode afetar<br />

a vida das pessoas. Potes difíceis de abrir, agravados pelo fato de o remédio ser<br />

usado para tratar doenças como artrite reumatoide, cápsulas similares a de outro<br />

medicamento usado geralmente em conjunto no tratamento, causando confusão<br />

nos pacientes, e informações mal distribuídas e de difícil legibilidade dos rótulos<br />

tiram a liberdade das pessoas, tornando-as dependentes de outros para tarefas<br />

tão básicas quanto tomar um comprimido, e sujeitando-as a confusões e erros. Até<br />

mesmo algumas mortes por overdose acidental foram atribuídas ao design pouco<br />

intuitivo dessas embalagens (WARD, et al., 2010). A integração do design inclusivo<br />

e centrado no usuário nos processos industriais não se faz necessária apenas na<br />

área da saúde, mas em todos os campos que a prática do design abrange. Não é<br />

sempre uma questão de saúde pública, mas de trazer conforto e autonomia para<br />

o indivíduo idoso ou com deficiência ter uma vida completa em sociedade, respeitando<br />

suas limitações sem limitá-lo como pessoa.<br />

3. Materiais e métodos<br />

Desenvolvemos um formulário na plataforma online Google Forms. Nele, perguntamos<br />

gênero e categoria de idade - de 6 a 16 anos, de 17 a 24, de 25 a 40, 41 a<br />

60 ou 61 ou mais - antes de partir para apresentar as embalagens. Cada embalagem<br />

acompanhava uma descrição breve, uma foto e duas perguntas: “Com que frequência<br />

você utiliza embalagens deste tipo?” e “Você sente dificuldade ao abrir o<br />

lacre desse tipo de embalagem?”. A primeira tinhas as opções diariamente, algumas<br />

vezes por semana, algumas vezes por mês, uma vez por mês, raramente e nunca. Já<br />

a segunda era uma escala linear graduada de um (1) a cinco (5), onde o número um<br />

era nenhuma dificuldade e o número cinco era muita dificuldade. Escolhemos dez<br />

embalagens para apresentar neste questionário, todas com lacres descartáveis, do<br />

tipo que é removido apenas uma vez e está presente para As dez embalagens apresentadas,<br />

e suas respectivas descrições escritas, foram: foto de uma embalagem de<br />

margarina de tampa plástica transparente, legenda: “Embalagem 1: lacre metálico<br />

e tampa plástica, retangular (exemplos: margarina, cream cheese)”; foto de uma<br />

embalagem de tempero pronto em forma de tronco de cone de base redonda, com<br />

a tampa plástica levantada e mostrando o lacre metálico, legenda: “Embalagem<br />

2: lacre metálico e tampa plástica, tampa redonda (exemplos: tempero pronto,<br />

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