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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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dicas para disfarçar a bolsa coletora, como: o uso de roupas estampadas, ao usar<br />

uma blusa mais justa, usa-se uma peça de baixo mais solta e vice-versa, shorts,<br />

saias, biquínis, lingeries de cintura alta, faixas e cintas abdominais para esconder e<br />

segurar a bolsa. Porém é prejudicial usar algo que aperte muito a bolsa, podendo<br />

causar vazamentos e desconfortos abdominais.<br />

Essas soluções podem também não funcionar para todos os ostomizados, pois<br />

dependerá muito da posição que o estoma foi feito, e da posição da bolsa. As<br />

soluções encontradas por esse público são sempre relacionadas a esconder e<br />

disfarçar o uso da bolsa, entretanto havendo roupas específicas com soluções funcionais<br />

para ostomizados, eles poderiam sentir-se bem mais seguros em relação ao<br />

uso e suas respectivas imagens corporais. No cenário nacional não existe vendas<br />

específicas de roupas para ostomizados no mercado, entretanto no cenário internacional<br />

são encontradas algumas iniciativas, como a da designer Jasmine Stacey,<br />

como diz o Daily Mail (2015).<br />

Ela passou por cirurgia quando tinha apenas 20 anos, e precisou usar a bolsa<br />

coletora, depois disso, e decidiu criar a coleção de lingeries justamente pela falta<br />

de oferta no mercado, e pela dificuldade de encontrar peças que a deixassem confortáveis<br />

com o próprio corpo se sentindo sexy. A linha de lingerie é feita de seda<br />

inglesa e tem peças que valorizam o corpo da mulher. A designer acredita que<br />

apesar do procedimento invasivo, e um processo de aceitação difícil, mulheres<br />

ainda podem continuar se sentido sexys, e a lingerie pode ajudar muito nesse fator.<br />

Além disso o intuito também é mostrar as pessoas que utilizam a bolsa coletora, que<br />

isso não é algo tão ruim quanto parece. Stacey espera que as lingeries empoderem<br />

mulheres para que se sintam confiantes tendo bolsas, cicatrizes ou àquelas que<br />

simplesmente querem moldar a silhueta. Porém o único problema disso tudo, é que<br />

elas acabam não sendo muito acessíveis, com preços que variam entre £26 a £118<br />

(libras esterlinas).<br />

Apesar do mercado da moda voltado para pessoas ostomizadas ser escasso,<br />

existem outros âmbitos que oferecem maior parcela de ajuda, dentre estes existem<br />

órgãos nacionais e internacionais que tentam favorecer a vida dos ostomizados,<br />

assim como diversos decretos públicos. Dentre estes encontra-se em primeira<br />

instância a ABRASO, Associação Civil, fundada em 1985, sem fins lucrativos que<br />

é constituída de Associações de Representação Estadual e Municipal das pessoas<br />

ostomizadas nas cinco regiões do Brasil que é voltada a defesa da cidadania da<br />

pessoa com ostomia, em todas as idades.<br />

Existem também alguns outros associados que contribuem direta ou indiretamente<br />

como: a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ministério da<br />

Saúde Instituto Nacional de Câncer, International Ostomy Association (Associação<br />

Internacional da Ostomia), entre outros.<br />

No Brasil existem leis de proteção e garantia de direitos a deficientes físicos,<br />

dentre estas encontra-se o Decreto nº 3.298, de 20/12/1999 (art. 4º, inciso I; art.<br />

19, parágrafo único, IX) - Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989,<br />

dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Defi-<br />

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