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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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de revisão de literatura e pesquisa documental. Os estudos e referencial teórico<br />

são relacionados ao design social, inclusivo e de moda, a ostomia, aos ostomizados<br />

e as questões médicas e órgãos representativos deste público que se encontram<br />

na categoria de deficientes físicos. E, demonstra como os agentes (designers e<br />

profissionais que atuam no mercado de moda) podem intervir positivamente, e<br />

contribuir para a qualidade de vida dos portadores de um estoma, incentivando<br />

assim mais produções e desenvolvimento de pesquisas e projetos futuros dentro<br />

desse tema ainda inexplorado. A nossa proposta e intenção é contribuir com os<br />

estudos a respeito desta temática que envolve o design social e inclusivo na área<br />

de moda e os sujeitos ostomizados.<br />

2. Fundamentação Teórica<br />

Sabemos que o ser humano deve ser o foco primário do design, dos projetos,<br />

sistemas e objetos, sejam de informação ou de uso, conforme indica Bomfim<br />

(1997). Sendo assim, o conhecimento a respeito das pessoas, de suas características<br />

indicará ao designer como conduzir o projeto e as soluções ao encontro dos<br />

requisitos de tarefas e das necessidades do usuário, fato que ocorre via design<br />

participativo, ou seja, o design desenvolvido para as pessoas, conhecendo-as e incorporando-as<br />

no desenvolvimento dos projetos e soluções. (Krippendorff, 2000)<br />

No cenário do design contemporâneo passam a ser incorporados com maior<br />

ênfase e valorização os temas relacionados a inclusão e aceitação e de muitas coisas<br />

que durante muito tempo foi (e, talvez continue sendo?) considerado “fora dos<br />

padrões” pela sociedade, veem sendo incorporados a novas discussões e projetos<br />

que visam melhorar o ambiente do portador de deficiência física, tornando-o mais<br />

acessível, e integrando-o de maneira mais efetiva com a sociedade, tomando suas<br />

características não como defeitos, mas sim como possíveis oportunidades para o<br />

desenvolvimento de algo inclusivo, que sirva a todos, mas que atenda às necessidades<br />

dos públicos e nichos específicos, como é o caso dos ostomizados. Para isto<br />

é importante trazer a luz e, não apenas retomar, mas ensinar, divulgar, escrever<br />

e repetir muitas vezes que o designer tem responsabilidade social, econômica e<br />

ambiental com a sociedade, e com o contexto no qual está inserido.<br />

Assim, como afirma Papanek (1971) o designer deve compreender as pessoas e<br />

o mundo, estudando-o profundamente e percebendo suas efetivas necessidades.<br />

Afinal, é a área do design que tem como objetivo e pode contribuir de forma efetiva<br />

para a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos,<br />

sistemas ou objetos de uso e de informação, de modo a suprir as necessidades<br />

dos consumidores e lhes trazer maior satisfação, conforto e melhorias na vida<br />

cotidiana. O design tem que ser interdisciplinar, pois quando se fecha, torna-se um<br />

processo introspectivo, reformulando apenas coisas que já existem.<br />

Sem ligação com outros conhecimentos, ele fica sem rumo, tornando-se obsoleto<br />

e momentâneo. Entretanto, quando ele abrange diferentes áreas, torna-se<br />

universal, sustentável e inovador. (PAPANEK, 1971) A atuação na vertente interdisciplinar<br />

possibilita ricas e produtivas relações que podem ser constituídas pela<br />

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