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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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que carregamos conosco como os primórdios dessa modalidade tecnológica. No<br />

início dos anos 80, relógios digitais com funções similares aos monitores de atividades<br />

físicas dos dias de hoje já eram comercializados (figura 1).<br />

Apesar do conceito de tecnologia utilizada sobre o corpo humano ser antiga,<br />

as possibilidades que este dispositivo engloba à partir da evolução da interface<br />

são perceptivelmente um elemento essencial na ressignificação desta vertente<br />

tecnólogica. Neste processo de introdução de novas tecnologias, designers e desenvolvedores<br />

lançam mão da similaridade deste produto com um outro, familiar e<br />

menos intimidador: o relógio de pulso. O skeumorfismo, característica comumente<br />

usada para descrever um recurso de design de interface, significa “manter as características<br />

sugestivas de um design ornamental das estruturas originalmente<br />

presentes” (BASALLA, 1988, p. 107). Pode-se observar que muitas tecnologias<br />

vestíveis assemelham-se à anéis, pulseiras, relógios, pingentes, óculos, camisetas<br />

e outros acessórios de moda aos quais estamos habituados. Porém sua finalidade<br />

e funcionamento difere-se dos tradicionais adornos corporais. Muito do<br />

funcionamento das tecnologias vestíveis prezam pela comunicação homemmáquina-homem:<br />

nosso corpo produz informações, que são capturadas pelos sensores,<br />

transformadas em códigos que são processados pelo computador. Esse processamento<br />

e interpretação dos dados se torna uma informação, que vai ser comunicada<br />

ao usuário através de uma interface.<br />

Outro avanço essencial à tecnologia vestível e sua diversidade foram o desenvolvimento<br />

de novos materiais. E- textiles, na definição dada por Rebeccah<br />

PailesFriedman em entrevista À Forbes em 2014, “são tecidos capazes de fazer<br />

aquilo que o tecido comum não pode: comunicar, transformar, conduzir energia e<br />

até mesmo crescer”. Fios de costura condutíveis capazes de utilizar a resistência<br />

galvânica da pele como forma de enviar impulsos elétricos portadores de informações,<br />

permitindo diferentes comportamentos de envio de informações controlados.<br />

Com um simples dobrar de cotovelos (figura 2), aumentam ou diminuem a resistência<br />

do circuito, deixando passar então impulsos elétricos são alguns exemplos<br />

de aplicações destes novos materiais e, consequentemente, trazem novos diálogos<br />

entre corpo e máquina. Um exemplo dessa aplicação é a camiseta de entrada de<br />

dados criada por estudantes de engenharia da Northeastern University com o<br />

intuito de rastrear e prevenir os comportamentos que levam a lesão de cotovelo,<br />

comum entre jogadores de beisebol. Em seu artigo Wearable Sensors: Opportuni-<br />

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