IV Simpósio Interdesigners
Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners
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expansão criativa se alcança também novas escalas dentro do simbolismo. Como<br />
quando se desenvolve projetos, em volta da sustentabilidade por exemplo, e se<br />
pode apresentar diferentes mensagens na obra. Assim se pode repensar tendências,<br />
princípios e estilos que carreguem novas metodologias em seu cerne.<br />
3. CONCLUSÃO<br />
É da natureza humana associar diversas áreas e buscar as integrar ao longo<br />
de suas manifestações. Todavia se entende que é necessário manter um foco de<br />
elaboração e significado ao se criar elementos e ferramentas dentro de uma determinada<br />
área. O design aberto compõe a possibilidade de uma aproximação<br />
entre diferentes pontos de vista e realidades que podem (ou não) influenciar toda<br />
a dinâmica do desenvolvimento de um projeto. Cabe aos envolvidos a percepção<br />
de que todo conhecimento é limitado e necessita de uma observação em um<br />
novo patamar, panorama ou perspectiva. Nesse sentido é necessário fomentar<br />
caminhos capazes de criar vínculos entre novas áreas e aquelas que se trabalha.<br />
Existem assim autores e obras que podem compor e auxiliar todo um acervo que<br />
sustenta uma linha de pensamento e podem ser trazidos para outra área e mesmo<br />
assim contribuir amplamente.<br />
Tal mobilização garante ainda mais a consolidação de um determinado plano ou<br />
projeto pois garante a eficiência junto a outras realidades. O entendimento dessa<br />
possibilidade é ainda transpassado pela participação democrática e o acesso as informações<br />
de maneira geral. Frente a isso se encontra a transdiciplinaridade, ou<br />
seja, um campo que define e enquadra todas as contribuições entre áreas do saber<br />
em busca da construção do conhecimento. Assim se faz necessária a necessidade<br />
de uma popularização dessa abordagem e a manutenção dos espaços capazes de<br />
aproximar os sujeitos interessados. É fundamental a criação de “trincheiras de<br />
resistência” capazes de evidenciar a participação da população e das diferentes<br />
áreas do saber. Logo é interessante também a criação de projetos transdiciplinares<br />
capazes de carregar uma identidade junto do contexto e que compreendam suas limitações.<br />
Nesse sentido o design aberto é uma importante área de dialogicidade e<br />
aproximação das experiencias presentes em várias esferas. Muito mais do que uma<br />
apropriação de discursos, se espera a criação do dialogo e aproximações entre os<br />
saberes humanos. Corresponde a um exercício de reflexão junto ao mundo e a si<br />
mesmo, pois parte da percepção de que juntos os sujeitos são capazes de atingir<br />
seus objetivos de maneira eficiente e democrática.<br />
Ao se reconhecer no outro, os sujeitos desenvolverão além de projetos, novas<br />
perspectivas de criação e transformação dentro e fora do design. O que se objetiva<br />
é que assim como existem pessoas que “pensam fora da caixa” em outras áreas,<br />
também existam designers que realmente façam desse modo. Não somente reproduzam<br />
as caixas que lhe são oferecidas e busque somente cores ou elementos<br />
ligeiramente diferentes. Se espera que superando as “caixas das áreas” possa ser<br />
possível uma abordagem critica-superadora dos conceitos que não lhe agradam.<br />
É necessária uma reflexão de identidade e do caráter individualista que se é<br />
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