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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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assim aproximando as diferenças entre os sujeitos semelhantes. Nesse aspecto<br />

quando se busca representar tal linha de contribuição ou pensamento em grupo<br />

é comum se utilizar do conceito de multidisciplinar, ou seja, uma linha de elaboração<br />

que bebe de vários campos e compactua de mecanismos e ferramentas<br />

diversas mas permanece fiel a sua essência de base formativa. Mas existem diferentes<br />

abordagens que oferecem uma interpretação que comungue de autores<br />

de diversas linhas de pensamento e áreas e ainda assim respeite seus conteúdos.<br />

Um procedimento que se assemelha ao do design aberto que aceita e incorpora<br />

a presença de outros colaboradores. Esse processo de abertura (Openness) em<br />

todos os momentos do projeto é importante e reflete o caráter multidisciplinar que<br />

se pode obter em meio a uma construção ou reflexão em grupo. Essa aproximação<br />

pode ser caracterizada em um plano mais abstrato em um movimento semelhante<br />

ao que Paulo Freire define como “Dialogicidade” (1998, p. 96), ou seja, o encontro<br />

entre os sujeitos e tudo aquilo que eles trazem junto de si. Evidenciando assim o<br />

respeito pelas áreas e aos ambientes que se trabalha. Logicamente, Freire buscava<br />

não somente trazer essa noção para seu campo (educação), mas sim para englobar<br />

toda a construção do dialogo.<br />

“E que é o diálogo? È uma relação horizontal de<br />

A com B. Nasce de uma matriz crítica e gera criticidade<br />

(Jaspers). Nutre-se do amor, da humildade,<br />

da esperança, da fé, da confiança. Por isso, só com<br />

o diálogo se ligam assim, com amor, com esperança,<br />

com fé um no outro, se fazem críticos na busca de<br />

algo. Instala-se, então, uma relação de simpatia<br />

entre ambos. Só aí há comunicação. O diálogo<br />

é, portanto, o indispensável caminho (Jaspers),<br />

não somente nas questões vitais para a nossa<br />

ordenação política, mas em todos os sentidos do<br />

nosso ser. Somente pela virtual da crença, contudo,<br />

tem o diálogo estímulo e significação: pela crença<br />

no homem e nas suas possibilidades, pela crença<br />

de que somente chego a ser eles mesmos” (2007,<br />

p.115-116).<br />

É importante evidenciar que nessa aproximação o acesso à informação e aos<br />

campos de conhecimento fomentou bases capazes de conectar saberes semelhantes<br />

e pessoas interessadas, em um processo que autores pós-modernistas como<br />

Deleuze e Guattari colocariam como rizomas. Assim evidenciando a complexidade<br />

humana e do pensamento que muitas vezes vem ao encontro da construção dos<br />

projetos dentro do design.<br />

“O pensamento não é arborescente e o cérebro<br />

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