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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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truturação de metodologias de criação. Seu entendimento de abertura pode ser<br />

caracterizado como reflexão dentro das próprias artes como defende Eco (1962),<br />

que aproxima do desenvolvimento tecnológico e das transformações sociais dos<br />

grupos e nichos. Discurso esse que é semelhante ao de autores pós-modernistas<br />

herdeiros de Nietzsche e Marx) que defendem que toda a arte deve se manter<br />

atenta a tecnologia e seus impactos na vida humana, ou seja, quais consequências<br />

poderão ser discutidas e consolidadas (Kilduff e Mehra, 1997).<br />

Desse modo o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas virtuais é um<br />

grande pilar quando se observa os movimentos de transformações socioculturais<br />

dentro de contextos globais e locais. Assim, é importante compreender que tal<br />

elemento (tecnologia) é ainda mais evidente uma vez que se considera a potência<br />

das redes sociais e da internet como espaço de acesso aos campos do conhecimento.<br />

Tanto que Cabeza e Moura evidenciam essas plataformas como elemento<br />

chave no design aberto do Brasil.<br />

O movimento de design Livre/aberto no Brasil<br />

está sustentado num ecossistema de indivíduos,<br />

usuários, designers, fabricantes, fazedores ou comunidades<br />

frequentemente associados para<br />

produzir conteúdos culturais, conhecimento,<br />

hardware, software e outros tipos de informações,<br />

e, no caso do Open Design, produtos, sistemas e<br />

serviços que oferecem soluções a seus interesses<br />

particulares ou comunitários. A maioria dessas<br />

pessoas cria espaços de encontro, discussão, fabricação,<br />

aprendizagem, desenvolvimento e<br />

design como hackerspaces, fablabs, makerspaces,<br />

1000k garagens, plataformas de discussão<br />

e compartilhamento, lojas tecnológicas, transformando,<br />

mesclando e criando, suas ideias e as<br />

ideias de outros em objetos tangíveis e ferramentas<br />

de produção e fabricação digital. A informação<br />

e o conhecimento produzido é compartilhado pela<br />

internet, por meio das redes sociais, blogs, grupos<br />

virtuais, sites e plataformas especializadas desenvolvidas<br />

por eles em uma sinergia local-global, para<br />

que possa ser compartilhada, modificada, distribuída,<br />

visualizadas, misturada, entre outros (2014,<br />

p.9).<br />

Todavia Manuel Castells (2003, p.225) coloca a internet como instrumento de libertação<br />

para os informados e opressão para os desinformados, excluindo aqueles<br />

que são definidos como sem um valor.<br />

Valor esse que é construído e ressignificado por propostas dentro e fora da rede,<br />

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