IV Simpósio Interdesigners
Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners
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síntese. Ligação e síntese continuam subdesenvolvidas.<br />
E isso, porque a separação e a acumulação<br />
sem ligar os conhecimentos são privilegiadas em<br />
detrimento da organização que liga os conhecimentos.<br />
(p.23).<br />
Compreendendo isso foi elaborada uma revisão de autores que defendem<br />
a perspectiva de ir além do interdiciplinar e ao mesmo tempo dialogam com o<br />
conceito de design aberto. Por meio de aproximações foi estruturada uma linha<br />
de pensamento que solidifica as várias camadas do saber diante das transformações<br />
que tomam o cotidiano de todos. A consolidação dessa perspectiva se faz pela<br />
presença de discursos e autores importantes em suas áreas e de uma aproximação<br />
dentre eles. Nesse aspecto se mantem a ideia do design ser politico e representar<br />
muito da sociedade e dos seus grupos.<br />
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />
É um movimento da condição humana e representa as múltiplas facetas de uma<br />
sociedade aberta como alega Popper (1974). Referente a questão de aproximação<br />
de áreas do saber, de conteúdos tidos como distantes deve-se compreender<br />
que é essencial quando se assume o saber humano em sua complexidade. É natural<br />
assim a criação de áreas de resistência que representam a contramão de um<br />
sistema que defende e valoriza somente o individualismo e garante mecanismos<br />
capazes de consolidar essa ideologia. Não somente isso, pois existe todo um<br />
exercício de reflexão contra essa postura que muitas vezes limita aconcepção de<br />
ideias e projetos que consigam realmente serem proveitosos em grupos.<br />
O especialista sabe, a cada dia que passa, mais<br />
sobre menos. José Ortega y Gasset ao referir-<br />
-se aos especialistas, os denominou de “novos<br />
bárbaros”: [...] o novo bárbaro é, na verdade, o profissional<br />
mais sábio que nunca, mas o mais inculto<br />
também - é o engenheiro, o médico, o advogado, o<br />
homem de ciência dos nossos dias (GASSET, 1946,<br />
p.32).<br />
O entendimento dessa perspectiva é além de tudo uma postura humana e que<br />
muitas vezes dialoga com a realidade que se encontra os sujeitos e a sociedade.<br />
No campo do design se encontra o design aberto que dialoga totalmente com tal<br />
postura e reflete muito bem o discurso de construção conjunta entre diferentes<br />
sujeitos. Recebendo assim contribuições de seus iguais, o seu resultado não<br />
repousa somente na obra, mas também na produção e no encontro entre esses<br />
sujeitos. Seu objeto é um assim um produto cultural material ativo.<br />
O design aberto é então uma necessidade e direito dentro da elaboração e es-<br />
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