IV Simpósio Interdesigners
Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners
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O CAMINHO<br />
TRANSDICIPLINAR DO DESIGN ABERTO<br />
Santos, Diego Ramires Silva /<br />
UN<strong>IV</strong>ERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI<br />
diegodeiscila@hotmail.com<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Ao longo das últimas décadas se evidenciou o acesso a bens e produtos de<br />
consumo por parte de novas classes socioculturais no mundo todo. Houve<br />
transformações dosgrupos e da própria sociedade por meio de métodos, meios e<br />
mecanismos. Maglio (2009) evidencia a produção de bens no passar das décadas<br />
dos ultimo século e chama a atenção pela exponencial transformação que se<br />
observou em diversos setores dentro das cidades. Nesse panorama se evidencia a<br />
cada dia mais o design aberto (Open design), ou seja, um desenvolvimento que compreende<br />
com a participação de inúmeras pessoas e busca desenvolver esforços<br />
positivos na elaboração colaborativa de ferramentas efetivas em sua finalidade.<br />
Definição que caminha junto de Hummels (2011), e corrobora com outros autoresque<br />
buscam evidenciar processos de construção democrática dentro de contextos<br />
e áreas do saber. Entretanto, vale ressaltar que essa possibilidade de projeto ou<br />
desenho aberto não é exclusiva do campo do design ou das artes. Autores como<br />
Edgar Morin (2003) buscaram sempre atrair as atenções para novas abordagens e<br />
possibilidades que entendam a complexidade humana como um todo, fazendo ter<br />
conhecimento das limitações que muitas áreas do saber possuem.<br />
Uma cabeça bem-feita é uma cabeça apta a<br />
organizar os conhecimentos e, com isso, evitar sua<br />
acumulação estéril. Todo conhecimento constitui,<br />
ao mesmo tempo, uma tradução e uma reconstrução,<br />
a partir de sinais, signos, símbolos, sob a<br />
forma de representações, idéias, teorias, discursos.<br />
A organização dos conhecimentos é realizada em<br />
função de princípios e regras que não cabe analisar<br />
aqui; comporta operações de ligação (conjunção,<br />
inclusão, implicação) e de separação (diferenciação,<br />
oposição, seleção, exclusão). O processo é circular,<br />
passando da separação à ligação, da ligação à<br />
separação, e, além disso, da análise à síntese,<br />
da síntese à análise. Ou seja: o conhecimento<br />
comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação,<br />
análise e síntese. Nossa civilização e, por conseguinte,<br />
nosso ensino privilegiaram a separação em<br />
detrimento da ligação, e a análise em detrimento da<br />
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