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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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entendemos por fim que um pensamento criativo é antes de tudo uma cooperação<br />

maquínica de nossa subjetividade, precisamos estabelecer novas formas de avaliar<br />

e de analisar as estruturas das peças.<br />

E que estas novas formas tenham olhos abertos para uma miríade de possibilidades<br />

que, embora não tenham se atualizado, estão presentes virtualmente na<br />

multiplicidade daquele projeto. E que, ao invés de ignorar os meios em detrimento<br />

do fim, que façamos o caminho reverso: que tomemos o meio como começo para<br />

depois se pensar na conformidade com os fins. Pois como diz Guattari, “as mentalidades<br />

coletivas mudam e mudarão amanhã cada vez mais rápido”. Ainda há espaço<br />

para análises objetivas, mas que sejam pautadas antes como um dos inúmeros<br />

processos maquínicos do que tomados como manifestações territorializadas e cristalizadas<br />

no tempo. Não podemos tratar o design e suas produções de maneiras<br />

cientificistas e objetivas.<br />

Ou melhor, mantermos as reflexões neste paradigma apenas impede que o<br />

design possa alçar voo e que explore os territórios vizinhos, faça um salto longínquo<br />

ou ainda cave túneis em rizomas por entre esses territórios. Se, de fato, identificamos<br />

os fatores e incorporações subjetivas nas peças, temos de abrir mão de dados<br />

determinísticos e partir para interpretações cada vez mais embasadas e minuciosas<br />

das significações e representações. Temos enfim que enxergar o design com<br />

novos olhares.<br />

5. Bibliografia<br />

DELEUZE, G. Diferença e Repetição. Tradução de Luiz Orlandi e Roberto<br />

Machado – Lisboa: Relógio d’Água, 2000. 284p<br />

DELEUZE G.; GUATTARI F. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia, vol 1.<br />

Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa - Rio de Janeiro: Editora 34,<br />

1995. 96p.<br />

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas.<br />

Tradução de Salma Tannus Muchail – São Paulo: Martins Fontes, 1992. 404p<br />

GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. Tradução de Ana Lúcia<br />

de Oliveira e Lúcia Claudio Leão – São Paulo: Editora 34, 1992. 208p<br />

ZOURABICHVILI, F. O Vocabulário de Deleuze. Tradução André Telles – Rio<br />

de Janeiro: UNICAMP, 2004. 66p. Disponível em Acesso em<br />

18/09/2017.<br />

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