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IV Simpósio Interdesigners

Livro de Atas da Quarta Edição do Simpósio Interdesigners

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não deveria haver trânsito entre ideias, quando sabemos que a criatividade do ser<br />

humano não deve ser isolada em si mesma.<br />

Aos poucos redescobrimos pontos em comum<br />

em áreas que antes julgávamos completamente<br />

alheias umas às outras - intersecções entre arte e<br />

dinheiro, ciência e religião, paixão e lucro - que nos<br />

fazem repensar completamente o cenário em que<br />

habitamos. Estamos, como Mould no final dos anos<br />

70, descobrindo que existem formas de facilitar a<br />

vida de cada um dos DJs do mundo - e todo mundo<br />

é um DJ em potencial. Como tal, todo ser humano<br />

edita sua própria realidade a partir de sentimentos,<br />

conceitos, princípios e valores que são, voltando à<br />

metáfora, as canções que ele quer que o resto do<br />

mundo ouça. (PARA ENTENDER, 2011)<br />

Das licenças apresentadas, sem dúvidas a Creative Commons é a mais aconselhada<br />

a designers, músicos e diferentes tipos de artistas ou ramos que trabalhem<br />

com criação e produção, uma vez que ela permite um uso menos burocrático da<br />

obra, promovendo uma maior liberdade de uso para terceiros e incentivando um<br />

contínuo desenvolvimento artísticointelectual. Ainda que as CCs existam mundialmente,<br />

suas regras foram adequadas às leis de direitos autorais dos países onde<br />

foram aplicadas, fato que prejudica o caráter democrático que o Open Design<br />

busca e que o próprio criador das CCs um dia sonhou. Ainda é um desafio tornar<br />

mundial a abertura da web, por mais que o seu alcance já seja. Como já abordado,<br />

é importantíssima a ética do usuário na hora de se apropriar de uma obra, para que<br />

ele não prejudique o proprietário original do projeto e para que devolva-o para a<br />

rede, contribuindo com o compartilhamento de ideias. Se as pessoas tiverem mais<br />

empatia, colocarem-se no lugar do outro e usarem todos os recursos de maneira<br />

consciente, boa parte dos problemas do mundo podem ser dialogados e resolvidos.<br />

O Open Design é uma das iniciativas que busca uma maior aproximação entre<br />

diferentes pessoas, que encoraja atitudes mais sociais e horizontais, para que a<br />

sociedade seja cada vez menos competitiva e aprenda a se ajudar. Mais do que uma<br />

corrente do design, o Open Design é um estilo de vida que engloba todos os modos<br />

de vida sustentáveis e colaborativos como o hackerismo, o Do It Yourself, o remix,<br />

o aproveitamento de bens materiais e imateriais. Portanto, o Open Design é uma<br />

excelente alternativa para resgatar a coletividade e a empatia que o ser humano<br />

um dia perdeu.<br />

9. Bibliografia<br />

Arduino: The Documentary. Direção: Raúl Alejos, Rodrigo Calvo. LABoral Centro<br />

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