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Revista Pauta Nossa dezembro/2017

Revista destinada a divulgar nosso entorno através da arte e cultura edição nº3 dezembro 2017

Revista destinada a divulgar nosso entorno através da arte e cultura edição nº3 dezembro 2017

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Dezembro/<strong>2017</strong> Nº 3<br />

UBERABA<br />

RUTH GOBBO<br />

A alma por trás das lentes<br />

HAVANA<br />

O FILME DA MINHA VIDA<br />

abre festival internacional<br />

de cinema<br />

MONTES CLAROS<br />

PETER PAN DE J.M BERRIE<br />

ganha coreografia em palco mineiro


ESPAÇO DE<br />

TODAS AS ARTES<br />

EDITORIAL<br />

hegamos à terceira edição da <strong>Revista</strong><br />

C<strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong>. Temos muito a comemorar.<br />

Um projeto simples e coletivo, criado<br />

para divulgar nosso entorno através da<br />

cultura e está aos poucos sendo abraçado pelos<br />

leitores.<br />

Certo que muitas vezes temos dificuldade<br />

de dar significado a essa palavra, devido a<br />

sua complexidade. No entanto, vamos descartar,<br />

totalmente, a concepção de que a cultura<br />

é algo somente ligado as definições da<br />

Europa nos séculos XVIII e XIX, onde a definiam<br />

a partir das ideias elitistas. Isso fez com<br />

que o mundo tivesse a ideia distorcida e separatista<br />

entre acadêmico e popular.<br />

<strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong> não trabalha com essa<br />

visão. O ceramista do Vale do Jequitinhonha é<br />

reverenciado igual ao escultor Fernando<br />

Botero.<br />

Por isso, todas as páginas são destinadas<br />

a contar a história de sua região, através das<br />

produções artísticas, quer leve o selo da academia<br />

ou não.<br />

Seja <strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong>! Conte-nos a sua história.<br />

Boas Festas<br />

3<br />

Equipe <strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong>


ÍNDICE<br />

06<br />

10<br />

13<br />

16<br />

19<br />

20<br />

RIO DE JANEIRO<br />

Prêmio troféu literatura <strong>2017</strong><br />

MARCO ANTONIO<br />

Sobre como sou professor<br />

SIQUEIRA CAMPOS<br />

De ferramenta de marketing à publicação<br />

SÃO BERNARDO DO CAMPO<br />

SEM PRECONCEIRO Pri Ferras:<br />

Erotísmo na literatura brasileira<br />

PATIS<br />

PROJETO DE LITERATURA<br />

Estudandes de escola pública lançam livros<br />

GIRO<br />

Agenda cultural<br />

EXPEDIENTE<br />

CAPA – foto de Camila Machado<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong> não possui<br />

organograma.<br />

* Angela Macário - Gota de<br />

água<br />

Queremos saber um<br />

pouco de sua cidade e região.<br />

Fale sobre pontos turísticos,<br />

26<br />

29<br />

33<br />

38<br />

43<br />

51<br />

PRÊMIO<br />

Conceição Evaristos é a<br />

grande vencedora do prêmio<br />

de literatura <strong>2017</strong><br />

SANTOS<br />

Nina Reis escreve sobre paixões<br />

humanas<br />

CINEMA<br />

O filme da minha vida<br />

BELO HORIZONETE<br />

120 anos de BH<br />

CAPA<br />

As lentes poderosas de<br />

Ruth Gobbo<br />

MONTES CLAROS<br />

Garoto que não quer crescer<br />

inspira coreografia<br />

agenda cultural, curiosidades...<br />

Envie sua página no e-<br />

m a i l f a b i o l a c a n g u s-<br />

su@yahoo.com.br<br />

No assunto escreva<br />

PAUTA NOSSA . Textos e<br />

fotos devem ser encaminhadas<br />

até o dia 8 de <strong>dezembro</strong>,<br />

para ser incluída na<br />

próxima edição.


PRÊMIO TROFÉU<br />

LITERATURA <strong>2017</strong> HOMENAGEIA<br />

ESCRITORA CAROLINA MARIA DE JESUS<br />

RIO DE JANEIRO<br />

Carolina Maria de<br />

Jesus, Homenageada pelo<br />

t r o f é u L i t e r a t u r a<br />

2 0 1 7 , n a s c e u e m<br />

Sacramaneto MG,em 1914<br />

e morreu em São Paulo,<br />

1977.<br />

Carolina de Jesus é<br />

considerada uma das<br />

p r i m e i r a s e m a i s<br />

importantes escritoras<br />

negras do Brasil. A autora<br />

viveu boa parte de sua<br />

vida, na favela do Canindé,<br />

na zona norte de São<br />

Paulo. A autora sustentou a<br />

si mesma e seus três filhos<br />

como catadora de papéis.<br />

Em 1958, ela foi descoberta<br />

pelo jornalista Audálio<br />

Dantas, que publicou o<br />

diário de Carolina sob o<br />

nome Quarto de Despejo.<br />

Com o dinheiro do livro, a<br />

autora se mudou da favela.<br />

Chegou a publicar outros<br />

livros, mas nenhum repetiu<br />

o enorme sucesso de sua<br />

primeira publicação.<br />

A obra da autora foi<br />

alvo de diversos estudos,<br />

tanto no Brasil quanto no<br />

exterior.


RIO DE JANEIRO<br />

TROFÉU LITERATURA<br />

<strong>2017</strong><br />

Troféu Literatura <strong>2017</strong>. Entrega do Troféu<br />

Literatura <strong>2017</strong>, no Hotel Copacabana Palace, no Rio<br />

de Janeiro, em 1 de <strong>dezembro</strong> de <strong>2017</strong>. pelas editoras ZL<br />

Editora e ZL Book Livros.<br />

Aos vencedores, <strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong> parabeniza e<br />

agradece a todos por acreditarem em nossa cultura!<br />

7


8<br />

RIO DE JANEIRO


RIO DE JANEIRO<br />

A a r t i s t a p l á s t i c a<br />

Lionizia Goyá foi a responsável<br />

por pintar um retrato da<br />

escritora Carolina Maria de<br />

J e s u s , h o m e n a g e a d a d o<br />

Troféu Literatura <strong>2017</strong>, o qual<br />

foi ofertado na cerimônia de<br />

p r e m i a ç ã o n o H o t e l<br />

Copacabana Palace, no dia<br />

primeiro de <strong>dezembro</strong>.<br />

9


SOBRE COMO<br />

SOU PROFESSOR<br />

10<br />

MARCO ANTÔNIO SANTOS<br />

O encontro<br />

Todo ser humano traz em si virtudes que ao<br />

reagir com o mundo comunicam aquilo que ele é.<br />

Neste processo, o indivíduo conduz o seu próprio<br />

descortinar e escolhe a luz que quer brilhar de si nos<br />

olhos dos que lhe são importantes. Não imagino<br />

alguém que queira apenas passar e tampouco estou<br />

disposto a refletir a natureza do desamor. O desamor<br />

não pode ser referência. Penso no compromisso<br />

efetivo com a fraternidade, a empatia e a alteridade.<br />

Creio que ninguém é um fim em si mesmo e que não<br />

portamos todo o sentido de nossa existência. De tudo<br />

isto nascem nossas inúmeras buscas, inclusive a da<br />

própria felicidade.


Marco Antônio Santos<br />

NOVEMBRO/<strong>2017</strong><br />

«Aos poucos fui<br />

percebendo solenes<br />

fragmentos<br />

de vida sendo<br />

entregue aos<br />

meus cuidados»<br />

N u m a d e s s a s<br />

buscas tive um encontro<br />

encantador. Foi engraçado<br />

porque para mim era<br />

como se apenas brincasse.<br />

Aos poucos fui percebendo<br />

solenes fragmentos<br />

de vida sendo entregues<br />

a o s m e u s c u i d a d o s .<br />

Foram acordos tacitamente<br />

construídos. As pessoas<br />

iam surgindo e oportunizando<br />

que algo de mim<br />

repercutisse em sonhos e<br />

projetos. Até que num<br />

momento ímpar, em vez<br />

de meu nome alguém me<br />

chamou de professor. Eis<br />

aí o meu encontro.<br />

Reflexões sobre aprender<br />

e saberes:<br />

Nossos sentidos<br />

são milagres manifestos.<br />

Passam a vida inteira num<br />

leva e traz constante: do<br />

mundo pra gente, da gente<br />

por mundo. Quando se<br />

aprende é como se eles,<br />

nossos sentidos, ganhassem<br />

mais espaço e por<br />

consequência passassem<br />

a ser capazes de trazer<br />

mais coisas.<br />

É mais fácil ser feliz<br />

quando se aprende. Se o<br />

fundamento é acessível,<br />

não só o sorriso é mais<br />

forte, mas a dor, por vezes,<br />

passa a ser mais comedida<br />

e passageira.<br />

Léo Buscaglia disse<br />

em um de seus livros que<br />

“educar é conduzir, com<br />

amor, alguém em torno de<br />

si”. Não me atrevo a tentar<br />

alcançar o sentido do autor<br />

e contento com que estas<br />

palavras trouxeram a mim:<br />

educar é potencializar os<br />

sentidos, depois o próprio<br />

educando se permite a<br />

aprender.<br />

Da minha parte<br />

escolhi participar de um<br />

processo bem peculiar: a<br />

preparação para concursos<br />

públicos.<br />

É mesmo diferente<br />

do que se faz nas escolas<br />

c o n v e n c i o n a i s e n a<br />

Academia. Neste espaço,<br />

as pessoas têm propósitos<br />

quase que estritamente<br />

pragmáticos, mas nem por<br />

isto perdem o lado poético<br />

da dinâmica da educação.<br />

A sobrevivência digna<br />

envolve o sustento pessoal<br />

e o zelo no ofício.<br />

Falamos também destas<br />

coisas.<br />

Aí um professor se<br />

realiza não só quando as<br />

vitórias acontecem, mas<br />

no momento que se constata<br />

no aluno a convicção<br />

de que nele há uma força,<br />

uma capacidade, uma luz<br />

.<br />

«A sobrevivicencia<br />

digna<br />

envolve o sustento<br />

pessoal e o<br />

zelo no ofício»<br />

11


COBERTURA<br />

Marco Antônio Santos<br />

12<br />

«Diante de mim<br />

uma figura simpática,<br />

vivida e lacrimejante. Seus<br />

olhos eram contudentes<br />

para que não<br />

se duvidasse da verdade<br />

de tudo aquilo»<br />

UM TESTEMUNHO:<br />

A g u a r d a v a p o r<br />

a t e n d i m e n t o e m u m a<br />

repartição pública quando<br />

um aluno me abordou<br />

dizendo:<br />

_ Este senhor quer<br />

conhecer você.<br />

Diante de mim uma<br />

figura simpática, vivida e<br />

lacrimejante. Seus olhos<br />

eram contundentes para<br />

que não se duvidasse da<br />

verdade de tudo aquilo. De<br />

sua boca um sonoro e<br />

denso "obrigado".<br />

Primeiro, uma de<br />

suas filhas foi aluna minha.<br />

Figura encantadora que<br />

mereceu estímulo e ensinamento.<br />

Embora o amor que<br />

exala em nosso ofício seja<br />

um só. Como sementes que<br />

caem em diferentes solos,<br />

há pessoas que florescem<br />

de modo especial. Então foi<br />

assim, a filha daquele<br />

homem foi uma das flores<br />

q u e c o n t e m p l e i . E s t a<br />

a p r o v a d a n a C a i x a<br />

Econômica Federal.<br />

Depois de um tempo,<br />

outro concurso de banco<br />

oficial e na turma uma outra<br />

moça cujos traços não<br />

negavam o vínculo familiar.<br />

O mesmo brilho, o mesmo<br />

resultado: aprovação no<br />

Banco do Brasil.<br />

Passa o tempo e me<br />

vejo em um desafio diferente.<br />

A escola para a qual<br />

t r a b a l h a v a e n f r e n t o u<br />

graves problemas e a turma<br />

foi abandonada com o<br />

curso em andamento.<br />

Reuni-me com os professores<br />

e compartilhei a preocupação<br />

com os alunos.<br />

Seguimos o curso até o<br />

final, mesmo sem a escola.<br />

Na turma, outra das filhas<br />

daquele moço. Mais uma<br />

aprovação.<br />

Sou pai e sei o quanto<br />

que nos preocupamos em<br />

ver nossos filhos com<br />

fi r m e z a n o c a m i n h o .<br />

Daquelas três histórias de<br />

vida, diante das dificuldades<br />

do mundo, havíamos<br />

plantado um bom começo.<br />

Tanta coisa, tanto<br />

esforço, tanta luta e aquele<br />

simples obrigado só me fez<br />

pensar: _Meu Deus, sintome<br />

capaz de fazer tudo de<br />

novo porque o Senhor está<br />

comigo.<br />

«Reuni-me com<br />

os professores e<br />

compartilhei a<br />

preocupação com os<br />

alunos.<br />

Seguimos o curso<br />

até o final mesmo<br />

sem a escola»<br />

*Marco Antonio C. Santos,<br />

Além de ser oficial de<br />

justiça,há anos dedica a arte de<br />

ministrar aulas preparatórias para<br />

concurso. Nos intervalos dessas<br />

atividades, reserva tempo para<br />

escrever crônicas e tecer alguns<br />

comentários sobre nossa cultura e<br />

política.


DE FERRAMENTA DE MARKETING<br />

À PUBLICAÇÃO<br />

28<br />

SIQUEIRA CAMPOS<br />

30<br />

26<br />

Com o objetivo de<br />

divulgar um blog literário,<br />

Era uma vez Livros & Cia, a<br />

escritora Letícia Godoy<br />

criou o concurso de contos<br />

“Era uma vez... Contando<br />

histórias” com o tema<br />

verdades e mentiras. Para<br />

inspirar, ela publicou techos<br />

literários de Diderot e<br />

Virgínia Woolf e o resultado<br />

virou a Antologia “As faces<br />

da Verdade”.<br />

A ideia deu tão certo,<br />

que superou a existência do<br />

blog em questão. Dos<br />

vários contos participantes,<br />

Letícia selecionou os cinco<br />

q u e m e l h o r s e<br />

enquadravam à temática e<br />

acabaram sendo lançados<br />

em formato digital.<br />

—Está imperdível.<br />

São contos instigantes e<br />

muito bem escritos. Os<br />

cincos selecionados que<br />

merecem ser lidos pelas<br />

pessoas que gostam de<br />

uma boa leitura são: O rapto<br />

do autor Douglas da Costa;<br />

Amor e seus enganos da<br />

autora Ingrid M.S.; A vida é<br />

13


SIQUEIRA CAMPOS<br />

mesmo cheia de surpresa<br />

da autora Louise Bonotto;<br />

Cartas para você da autora<br />

Suzana Chaves Linhares e<br />

<strong>Pauta</strong> Veladas do autor<br />

T h i a g o P e r e i r a —<br />

recomenda Letícia.<br />

Além desses contos<br />

selecionados no concurso,<br />

a antologia tem um texto de<br />

Caroline Defanti, autora<br />

convidada e também um da<br />

própria Letícia.<br />

— O leitor também<br />

se encantará com Duas<br />

Caras. Caroline consegue<br />

nos prender com seu jeito<br />

de contar história e espero<br />

que Mulher importada,<br />

escrito por mim, também<br />

seja atraente.<br />

A autora comemora<br />

o resultado da antologia e<br />

d i z q u e c o n s e g u i u<br />

c o n q u i s t a r u m d o s<br />

principais objetivos do<br />

lançamento literário.<br />

— O objetivo da<br />

antologia em si era divulgar<br />

novos nomes da literatura<br />

nacional e muitos deles já<br />

publicaram livros, após a<br />

antologia, o que de fato me<br />

deixo muito feliz. Eu cuidei<br />

de todo o preparo da<br />

publicação que se deu pelo<br />

meio digital através da<br />

plataforma Amazon. Só<br />

posso agradecer a todos<br />

que confiaram em meu<br />

trabalho, tanto os autores<br />

quanto os leitores.<br />

DEDICAÇÃO A LITERATURA<br />

14<br />

L e t í c i a G o d o y ,<br />

natural de Curitiba/PR,<br />

mudou ainda criança, para<br />

Siqueira Campos, interior<br />

do estado, onde reside.<br />

A p a i x o n a d a p o r<br />

l i t e r a t u r a , f o r m o u e m<br />

L e t r a s / I n g l ê s n a<br />

Universidade Estadual do<br />

Norte do Paraná e fez curso<br />

de especialização pela<br />

Unesp, na área de preparação<br />

e revisão textual, a<br />

qualificando para atuar<br />

como revisora, crítica<br />

literária e mentoring, ajudando<br />

com sua experiência,<br />

jovens escritores.<br />

CAPA<br />

AUTORA<br />

L e t í c i a d i z q u e<br />

escrever sempre fez parte<br />

de seu universo. Ela já<br />

escrevia aos 8 anos de<br />

idade, contudo, sua<br />

primeira publicação foi<br />

aos 18 anos, no primeiro<br />

ano do curso de<br />

letras.<br />

— U m a d e<br />

nossas professoras<br />

organizou uma antologia<br />

de contos como<br />

e n c e r r a m e n t o d a<br />

oficina de produção de<br />

textos e eu tive 3 contos<br />

selecionados. O nome<br />

é Pontos da Vida e<br />

como foi algo bastante<br />

restrito, não tem mais<br />

livros físicos disponíveis,<br />

contudo, o meu<br />

capítulo nessa antologia<br />

foi aprimorado<br />

posteriormente e eu<br />

relancei os contos com<br />

algumas modificações<br />

e um conto extra na<br />

Amazon, na pequena<br />

.


SIQUEIRA CAMPOS<br />

na pequena coletânea<br />

chamada Memorial das<br />

Desventuras.<br />

A o s 1 9 , L e t í c i a<br />

publicou a primeira edição<br />

de Jurada Pelas Sombras,<br />

romance de darkfantasy e o<br />

lançamento dele foi na<br />

bienal de SP de 2014.<br />

Depois, por alguns problemas,<br />

a escritora teve um<br />

hiatus de 2 anos e voltou em<br />

2016 com o primeiro volume<br />

da trilogia fantástica chamado<br />

Deixe-me Entrar.<br />

— É o meu livro de<br />

maior sucesso e a primeira<br />

edição encontra-se esgotada.<br />

Estou renegociando<br />

para relançá-lo ao lado dos<br />

próximos volumes, inclusive<br />

Deixe-me Ver saiu também,<br />

mas por alguns probleminhas<br />

técnicos não será<br />

comercializado. Também<br />

publiquei Borborema, meu<br />

romance policial que também<br />

está com a edição<br />

c h e g a n d o a o fi m . E l e<br />

encontra disponível na<br />

Amazon e também pode ser<br />

comprado diretamente<br />

comigo (tenho alguns<br />

exemplares).<br />

PRÓXIMO LANÇAMENTO<br />

Para 2018, Letícia<br />

Godoy lançará Operação<br />

Shanghai, um livro em coautoria<br />

com a escritora Malu<br />

Ghiraldeli.<br />

15


SEM PRECONCEITO<br />

PRI FERRAZ: EROTÍSMO NA<br />

LITERATURA BRASILEIRA<br />

30<br />

SÃO BERNARDO DO CAMPOS<br />

28<br />

26<br />

Mulher, profissional, mãe. Priscila<br />

Ferraz, 33 anos, natural de São Bernardo do<br />

Campo, São Paulo, dedica também a escrever<br />

histórias que abusam do erotismo e<br />

conquistam leitoras brasileiras.


SÃO BERNARDO DO CAMPO<br />

TEMÁTICA ANTIGA<br />

Ao contrário do que<br />

muitos p o s s a m<br />

pensar, a literatura erótica<br />

conquista leitores muito<br />

antes dos contos publicadas<br />

em revistas masculinas e da<br />

trilogia 50 Tons de Cinza.<br />

Títulos como O Crime do<br />

Padre Amaro de Eça de<br />

Queiroz, Decameron de<br />

B o c a c c i o e R e l a ç õ e s<br />

Perigosas de Choderlos de<br />

Laclos são exemplos de<br />

como esse tema pode ser<br />

instigante e ultrapassa<br />

barreiras do tempo, mesmo<br />

enfrentando os obstáculos<br />

do socialmente aceitável.<br />

Pri Ferraz, funcionária<br />

do Banco do Brasil,<br />

resolveu mergulhar nesse<br />

universo e levar principalmente<br />

às mulheres, suas<br />

histórias, com temáticas, já<br />

abordadas por outros<br />

autores, mas com um olhar<br />

contemporâneo e com o<br />

sotaque nacional.<br />

Sobre o porquê<br />

abordar o erotismo em<br />

suas obras, Pri revela<br />

escrever desde os 15 anos<br />

de idade, e ao se tornar<br />

adulta percebeu que faltava<br />

algo em seus personagens<br />

e descobriu que abordar a<br />

intimidade dos seus personagens<br />

os deixavam mais<br />

completos.<br />

Apesar de abandonar<br />

a faculdade de psicologia,<br />

a escritora sabe a<br />

importância de abordar<br />

todas às nuances de um<br />

personagem e como isso<br />

pode facilitar uma maior<br />

conexão com o leitor.<br />

17


SÃO BERNARDO DO CAMPO<br />

SEXUALIDADE FEMININA<br />

17<br />

Sim, há aqueles que<br />

torcem o nariz sobre a<br />

literatura erótica. Se for<br />

baseada em gosto pessoal,<br />

está correto uma vez que<br />

isso é questão individual.<br />

Mas negar a existência de<br />

qualidade em diversas<br />

obras que desvendam a<br />

sexualidade seria incorrer<br />

no simplismo. Esse é um<br />

dos alertas feitos por especialistas.<br />

P r i s c i l a d i z q u e<br />

nunca sofreu preconceito<br />

por fomentar o erotismo em<br />

seus livros e conto e afirma<br />

ser de suma importância<br />

esses temas abordados<br />

abertamente por mulheres<br />

em redes sociais e em<br />

conversa como amigas.<br />

—Sim, ainda vivemos<br />

em uma sociedade<br />

machista, mas percebemos<br />

que nós mulheres falamos<br />

mais abertamente sobre<br />

sexo e os livros “hots”<br />

contribuíram para essa<br />

liberdade de falar sobre o<br />

que sentem ou gostam.<br />

Hoje, nos grupos de leituras<br />

as mulheres participam<br />

a t i v a m e n t e , i n c l u s i v e<br />

falando sobre algo que no<br />

dia a dia, ainda não conseguem<br />

abordar. Muitas<br />

a c a b a m e s c l a r e c e n d o<br />

dúvidas — a autora relata.<br />

LIVROS<br />

Diretamente com a autora<br />

nas redes sociais<br />

Pri Ferraz Autora


PROJETO DE LITERATURA<br />

ESTUDANTES DE ESCOLA PÚBLICA<br />

LANÇAM LIVROS<br />

16<br />

PATIS<br />

Estudantes entre 11 e 12 anos de idade, da<br />

cidade de Patins no Norte de Minas, lançam<br />

livros, sob a coordenação de Patrícia Lopes, com<br />

o projeto que tem por objetivo levar o aluno,<br />

além de aprender gramática, refletir sobre a<br />

sociedade e ao mesmo tempo se posicionar<br />

criticamente diante da realidade.<br />

Ao todo, o projeto envolveu 32 estudantes<br />

da Escola Municipal Francisco Soares, que além<br />

de leitores se descobriram autores.<br />

A coordenadora contou com o apoio de<br />

outros professores, como Fredson Reis, professor<br />

de Geografia, uma vez que os pequenos autores<br />

abordaram o seu entorno, o campo, fazenda e o<br />

seu dia a dia.<br />

Cada livro teve em média, 15 páginas, e um<br />

custo de R$46,50, bancado com ajuda dos<br />

funcionários da escola e os próprios pais.<br />

A iniciativa deu tão certo, que muitas<br />

crianças desejam explorar um pouco mais o<br />

universo da escrita.<br />

Alguém duvida que elas consigam?<br />

O certo é: quando incentivada, a cultura<br />

gera bons frutos!<br />

19<br />

Informação: Juliana Peixoto-G1


BELO HORIZONTE<br />

Onze anos após sua estreia,<br />

“Minha Mãe É Uma Peça” volta aos<br />

palcos com uma remontagem<br />

especial. O espetáculo, concebido e<br />

escrito por Paulo Gustavo e<br />

inspirado em sua própria mãe, estará<br />

em cartaz no Km de Vantagens Hall<br />

BH, no dia 16 de <strong>dezembro</strong>, com<br />

duas sessões, às 19h e às 22h.<br />

Local: Av. Sra. do Carmo, 230 -<br />

Savassi, Belo Horizonte - MG,<br />

30330-000<br />

GIRO<br />

Exposição<br />

A Fundação Clóvis Salgado<br />

apresenta a exposição Diego e Frida:<br />

um sorriso no meio do caminho na<br />

CâmeraSete – Casa da Fotografia de<br />

Minas Gerais no período de 29 de<br />

novembro a 18 de fevereiro.<br />

O acervo é composto por quase<br />

40 fotos de acervos pessoais de<br />

amigos e familiares dos artistas<br />

mexicanos Diego Rivera e Frida<br />

Kahlo, coletadas ao longo de 25 anos,<br />

desde o casamento, em 1929, até a<br />

morte de Frida, em 1954<br />

Endereço: Avenida Afonso Pena, 737<br />

- Centro<br />

Telefone: 31 3236-7400 31 3222-6917


GIRO<br />

FLORIANÓPOLES<br />

“A infinidade de expectativas que<br />

socialmente recaem sobre a mulher-mãe<br />

é proporcional ao peso da sua escolha por<br />

filhos, sejam eles biológicos ou afetivos. É<br />

eternamente esperado das mulheres que<br />

concebam pérolas. Sempre. Pérolas são<br />

dores travestidas de beleza.” A afirmação<br />

vem de oito artistas brasileiras - Ana<br />

Sabiá, Clarissa Borges, Juliana Crispe, Lu<br />

Renata, Paula Huven, Priscila Costa,<br />

Roberta Barros e Silvana Macêdo –<br />

interessada em discutir nas artes visuais o<br />

maternalismo, um termo inglês que indica<br />

a luta feminista contra os modelos patriarcais<br />

e machistas.<br />

Local: Museu da Imagem e Som de Santa<br />

Catarina<br />

Data: de 2 de <strong>dezembro</strong>/<strong>2017</strong> a 14 de<br />

janeiro/2018<br />

PORTO ALEGRE<br />

ROSA DE SARON<br />

Data: 17/12/<strong>2017</strong><br />

Horário: 21h<br />

Local: Teatro do Bourbon Country -<br />

Bourbon Shopping Country<br />

21<br />

Endereço: Avenida Túlio de Rose, 80 -<br />

Passo da Areia<br />

Contatos:<br />

www.teatrodobourboncountry.com.br


GIRO<br />

FORTALEZA<br />

Exposição "Palavra em<br />

Movimento", de Arnaldo<br />

Antunes<br />

Q u a n d o : t e r ç a - f e i r a a<br />

sábado, das 10h às 20h; e<br />

aos domingos, das 12h às<br />

19h<br />

L o c a l : C a i x a C u l t u r a l<br />

Fortaleza (av. Pessoa Anta,<br />

287 - Praia de Iracema<br />

Data: até 22 de <strong>dezembro</strong><br />

de <strong>2017</strong><br />

Entrada gratuita<br />

info: (85) 3453 2770<br />

FEIRA DE SANTANA<br />

22<br />

14 Bis apresentará seu<br />

show na cidade de Feira de<br />

Santana/BA no dia 19 de Dezembro<br />

de <strong>2017</strong>, terça-feira.<br />

Cidade: Feira de Santana / BA<br />

Data: 19/12/<strong>2017</strong>, terça-feira<br />

Local: Praça Pública


GIRO<br />

NATAL<br />

Um presente de Natal<br />

O espetáculo que já se<br />

caracterizou como o Auto de<br />

Natal mais tradicional e há 19<br />

anos encanta públicos de todas<br />

as idades, será apresentado<br />

nesta semana. Um Presente de<br />

Natal apresenta “O Nosso<br />

Quintal”<br />

São mais de 50 artistas em cena<br />

sob o roteiro e direção de Diana<br />

Fontes, texto e música de Danilo<br />

Guanais e concepção plástica de<br />

Marcos Leonardo. Para esta<br />

edição, o espetáculo traz ao<br />

palco mensagens sobre a esperança,<br />

a sensibilidade, sobre não<br />

perdermos o nosso ser criança.<br />

Local: Cidade da Criança<br />

Censura livre.<br />

Data: 21/12 Horário: 19h<br />

RECIFE<br />

ACADEMIA DA BERLINDA<br />

A festa é organizada pela própria banda, que<br />

foi fundada em 2004 em Olinda. Conhecido pelo<br />

repertório autoral, o grupo é formado por Alexandre<br />

Urêa (voz, timbales), Tiné (voz, pandeiro, maraca),<br />

Yuri Rabid (baixo), Gabriel Melo (guitarra), Hugo Gila<br />

(MicroKorg), Irandê César (bateria e percussão) e<br />

Tom Rocha (percussão e bateria).<br />

22/12/<strong>2017</strong>, às 22h00 – Clube Bela Vista<br />

Av. Aníbal Benévolo - Alta Santa Terezinha, Recife -<br />

PE, 51130-220, Brasil<br />

23


MANHÃ DE DOMINGO<br />

CENA MINAS<br />

EDITAL<br />

Até o dia 29 de<br />

<strong>dezembro</strong>, as organizações<br />

da sociedade civil<br />

(OSC) podem se inscrever<br />

no edital de Chamamento<br />

Público do Prêmio Cena<br />

Minas. O objetivo do pleito<br />

é estabelecer um Acordo<br />

de Cooperação entre a<br />

Secretaria de Estado de<br />

Cultura e uma OSC para a<br />

realização de propostas<br />

técnicas que viabilizem a<br />

premiação do edital, que<br />

destina R$ 2 milhões para<br />

atender 60 projetos já<br />

executados nas áreas do<br />

O P r ê m i o C e n a<br />

Minas tem como objetivo<br />

incentivar as produções de<br />

teatro, dança e circo por<br />

meio do estímulo à produção<br />

e pesquisas de linguagens.<br />

Além disso, a premiação<br />

fomenta a circulação<br />

artística e contribui para a<br />

formação de público em<br />

artes cênicas.<br />

Em sete edições, o<br />

circo, dança e teatro.<br />

A s i n s c r i ç õ e s<br />

podem ser realizadas via<br />

Correios, por meio do envio<br />

da documentação via<br />

Sedex. Os interessados<br />

também podem se inscrever<br />

presencialmente no<br />

P r o t o c o l o C e n t r a l d a<br />

Cidade Administrativa<br />

(Rodovia Papa João Paulo<br />

II, 4001, Prédio Gerais, 1°<br />

andar, lado par, Bairro<br />

S e r r a V e r d e , B e l o<br />

H o r i z o n t e / M G , C E P<br />

31.630-901), de segunda a<br />

sexta-feira, das 8h às 17h.<br />

PRÊMIO CENA MINAS<br />

Prêmio Cena Minas atingiu<br />

uma marca de 307 projetos<br />

contemplados, beneficiando<br />

140 cidades beneficiadas<br />

com ações do prêmio<br />

por edição. Desde o seu<br />

lançamento, o programa<br />

investiu cerca de R$ 9,3<br />

milhões direcionados ao<br />

fomento do teatro, da dança<br />

e do circo, em suas diversas<br />

expressões artísticas.


GIRO<br />

CONCEIÇÃO EVARISTO É A<br />

GRANDE VENCEDORA<br />

DE PRÊMIO<br />

DE LITERATURA DE <strong>2017</strong><br />

PRÊMIO CAPA<br />

20<br />

Mineira, que venceu na categoria<br />

Conjunto da Obra, é a primeira escritora<br />

negra a receber o prêmio desde que ele foi<br />

criado em 2007; de forma inédita, o edital<br />

consagra as mulheres em todas as categorias,<br />

demonstrando a pujança da produção<br />

feminina.<br />

25


PRÊMIO<br />

CONJUNTO DA OBRA DE MINEIRA<br />

CONQUISTA COMISSÃO<br />

26<br />

Uma das principais<br />

premiações do gênero no<br />

país, o Prêmio Governo de<br />

Minas Gerais de Literatura,<br />

da Secretaria de Estado de<br />

Cultura, anuncia os vencedores<br />

de mais edição. A<br />

m i n e i r a C o n c e i ç ã o<br />

Evaristo, nascida no morro<br />

do Pindura Saia, em Belo<br />

Horizonte, é a grande<br />

vencedora do edital. Pela<br />

primeira vez, uma escritora<br />

negra é a ganhadora na<br />

categoria Conjunto da<br />

Obra. Autora de uma obra<br />

extensa, que inclui prosa e<br />

poesia, a belo-horizontina<br />

também ficou conhecida<br />

pela importância e densidade<br />

de seus romances, como<br />

“Ponciá Vicêncio” (2003) e<br />

“Becos da Memória (2006)”,<br />

que trata da complexidade<br />

humana e dos sentimentos<br />

de quem sofre com o preconceito,<br />

a fome e a miséria.<br />

— Estou muito feliz e<br />

emocionada com o prêmio<br />

que vêm da minha terra.<br />

Dia 29/11 foi meu aniversário.<br />

É mesmo um present<br />

ã o ” , a fi r m o u , b e m -<br />

humorada, Conceição<br />

Evaristo.


GIRO PRÊMIO<br />

ITUMBIARA<br />

QUEM É CONCEIÇÃO EVARISTO?<br />

108 ANOS DO «CAMINHO DA CACHOEIRA<br />

Conceição nasceu<br />

numa favela da zona sul de<br />

Belo Horizonte, vem de uma<br />

família muito pobre, com<br />

nove irmãos e sua mãe, e<br />

teve que conciliar os estudos<br />

trabalhando como<br />

empregada doméstica, até<br />

concluir o curso normal, em<br />

1971, já aos 25 anos.<br />

Mudou-se então para o Rio<br />

de Janeiro, onde passou<br />

num concurso público para<br />

o magistério e estudou<br />

Letras na UFRJ.<br />

Na década de 1980,<br />

entrou em contato com o<br />

grupo Quilombhoje. Estreou<br />

na literatura em 1990, com<br />

obras publicadas na série<br />

Cadernos Negros, publicada<br />

pela organização.<br />

É mestra em Literatura<br />

Brasileira pela PUC-Rio, e<br />

doutora em Literatura<br />

C o m p a r a d a p e l a<br />

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l<br />

Fluminense.<br />

S u a s o b r a s , e m<br />

especial o romance Ponciá<br />

Vicêncio, de 2003, abordam<br />

temas como a discriminação<br />

racial, de gênero e de<br />

classe. A obra foi traduzida<br />

para o inglês e publicada<br />

nos Estados Unidos em<br />

2007. Atualmente leciona na<br />

UFMG como professora<br />

visitante.<br />

E m 2 0 1 7 ,<br />

Conceição Evaristo foi<br />

tema da Ocupação do Itaú<br />

Cultural de São Paulo.<br />

Fotos: Arquivo pessoal<br />

Conceição Evaristo é<br />

militante do movimento<br />

negro, com grande participação<br />

e atividade em<br />

eventos relacionados a<br />

militância política-social.<br />

27


GIRO PRÊMIO<br />

PRÊMIO<br />

O prêmio tem como<br />

objetivo divulgar a literatura<br />

brasileira, reconhecendo<br />

grandes nomes nacionais e<br />

abrindo espaço para os<br />

jovens escritores mineiros.<br />

O edital distribui R$ 258 mil<br />

em quatro categorias:<br />

Poesia (R$ 30 mil); Ficção<br />

(R$ 30 mil); Conjunto da<br />

obra (R$ 150 mil); e Jovem<br />

Escritor Mineiro (R$ 48 mil).<br />

MULHERES<br />

MOSTRAM PODER<br />

NA LITERATURA<br />

Além da vitória de<br />

Conceição Evaristo, as<br />

mulheres levaram prêmios<br />

e m t o d a s a s o u t r a s<br />

categorias desta edição. Na<br />

c a t e g o r i a F i c ç ã o<br />

( R o m a n c e ) a o b r a<br />

vencedora foi “Mobiliário<br />

para uma fuga em março”,<br />

sob o pseudônimo O.<br />

Callas, de Marana Borges.<br />

Na categoria Poesia, a obra<br />

vencedora foi “Fabulário”,<br />

sob o pseudônimo Esme, de<br />

Ana Cláudia Costa dos<br />

Santos. A Jovem Escritor<br />

desta edição é Sara Abreu<br />

Pinheiro e Silva, que venceu<br />

com o projeto “Membro<br />

Fantasma”. Na categoria<br />

Jovem Escritor, a Comissão<br />

Julgadora decidiu também<br />

dar menção honrosa para “A<br />

Casa dos Amores Loucos”<br />

com pseudônimo Tatiana<br />

Metanova e de autoria de<br />

Giovanna Ferreira Silva.<br />

28<br />

Como?<br />

Envie e-mail com<br />

matérias e fotos,<br />

s o b r e e v e n t o s<br />

c u l t u r a i s , o u<br />

mesmo, sobre os<br />

a rt i s t a s d e s u a<br />

cidade e região.<br />

fabiolacangussu@yahoo.com<br />

Não esqueça de escrever no assunto do e-mail: PAUTA NOSSA


GIRO<br />

NINA REIS ESCREVE<br />

SOBRE<br />

PAIXÕES HUMANAS<br />

SANTOS CAPA<br />

20<br />

“Nina Reis é mulher, mãe, esposa, filha,<br />

auxiliar administrativa em uma empresa de<br />

telecomunicações e escritora”. Essa é a<br />

autodescrição da autora que descobriu sua<br />

vocação, ainda na infância, brincando de ser<br />

novelista, juntamente com a irmã e primas.<br />

29


SANTOS<br />

Natural da cidade de<br />

Santos/SP, Nina Reis diz<br />

ser apaixonada pelo seu<br />

entorno no qual observa e<br />

se inspira para criar personagens<br />

ricos em nuances e<br />

com boa dose de credibilidade.<br />

Ela começou sua<br />

carreira em 2011 ao participar<br />

de concurso de contos<br />

promovidos por um blog a<br />

suas leitoras.<br />

— Escrevi o conto “A<br />

História de Nós Dois”.<br />

Conquistei o segundo<br />

lugar, então eu percebi, o<br />

que havia começado como<br />

uma brincadeira de criança<br />

se transformou naquilo que<br />

eu queria fazer. Assim,<br />

esse conto acabou dando<br />

origem a Série Santuário.<br />

A fi c i o n a d a p o r<br />

literatura, Nina conta que<br />

ESCRITORA APAIXONADA<br />

POR SEU ENTORNO<br />

ao ler Marion Zimmer<br />

Bradley, Zélia Gattai e Nora<br />

Roberts ela descobriu<br />

desejar fazer o mesmo.<br />

— Além dessas três<br />

autoras, existem dezenas<br />

de talentos que me conquistam,<br />

como Danilo<br />

Barbosa, Linda Howard,<br />

Cora Coralina, Clarice<br />

Linspector, Rubens Alves,<br />

Martinha Fagundes e<br />

muitos outros nomes.<br />

ROMANTISMO EM CADA PÁGINA<br />

30<br />

Nina Reis escreve<br />

para quem não tem problemas<br />

de vivenciar paixões.<br />

Segundo a autora, ela ama<br />

escrever sobre pessoas<br />

apaixonadas pela vida, por<br />

seus trabalhos e ideais,<br />

levando o leitor a refletir.<br />

C o m o e x e m p l o ,<br />

Nina fala sobre suas obras:<br />

SANTUÁRIO<br />

A Série conta a<br />

história de ex-soldados<br />

das forças especiais de<br />

várias partes do mundo<br />

que se uniram para formam<br />

um esquadrão de mercenários<br />

sediado no Brasil. O<br />

.


SANTOS<br />

principal argumento da<br />

série é a frase: Honorare<br />

ad Finem (Honra até o<br />

Fim).<br />

Esses homens e<br />

mulheres, marcados por<br />

c i c a t r i z e s f í s i c a s e<br />

emocionais, descobriram<br />

por experiências vividas<br />

que para fazer o bem, as<br />

vezes, você precisa estar<br />

do lado errado da lei.<br />

Cada livro da série<br />

conta a história de um<br />

soldado. E meio a missões<br />

secretas e repletas de<br />

perigos, em que voltam<br />

feridos e traumatizados,<br />

e l e s i r ã o u m a u m<br />

encontrar mulheres e<br />

homens tão determinados<br />

e intensos quantos eles.<br />

São histórias sobre<br />

amizade, lealdade, honra e<br />

amor, com muita ação.<br />

Livros publicados da Série<br />

Santuário:<br />

A História de Nós Dois<br />

(Físico e E-book)<br />

Outra Vez Você (E-book)<br />

Em Teus Braços (E-book)<br />

MEU DESTINO É<br />

VOCÊ<br />

Em Meu Destino é<br />

Você conto a história de<br />

amor entre a violoncelista<br />

Eva Martins e o paisagista<br />

Theo Santini.<br />

Eva é uma mulher<br />

negra, nascida em uma<br />

comunidade carente da<br />

cidade de São Paulo e<br />

conhece a música clássica<br />

ainda criança quando a<br />

ONG Instituto se instala na<br />

comunidade.<br />

Q u a n d o o l i v r o<br />

começa, Eva acaba de<br />

receber um convite para<br />

i n t e g r a r a L o n d o n<br />

Symphonic Orchestra e<br />

Theo Santini está a caminho<br />

de um compromisso<br />

profissional. Irá entregar<br />

um projeto pra participar da<br />

licitação do jardim da Casa<br />

das Rosas.<br />

Quando se conhecem<br />

e se apaixonam, Eva<br />

está de mudança para o<br />

exterior para realizar o<br />

sonho para qual se preparou<br />

a vida inteira. Theo tem<br />

raízes profundas no Brasil.<br />

Será que para viver<br />

um grande amor, ela terá de<br />

abrir mão do sonho de toda<br />

uma vida?<br />

É um livro que fala de<br />

amor, amizade determinação,<br />

escolhas e também<br />

sobre o racismo.<br />

31


SANTOS<br />

CONTOS<br />

Além dos livros da<br />

Serie Santuário e Meu<br />

Destino é Você a autora<br />

também publicou o Livro<br />

dos Contos Uma Flor no<br />

Meu Caminho e Um Amor<br />

de Secretária (E-book e<br />

Físico), o conto Um amor<br />

para Jane (Físico e E-<br />

book).<br />

AQUISIÇÃO<br />

Minhas histórias<br />

estão disponíveis no formato<br />

e-book através do site<br />

Amazon. É só digitar no<br />

campo de busca Nina Reis.<br />

Livro físico deverá ser<br />

adquirido diretamente<br />

com a Foto: autora. Altemiro Contato Olinto nas<br />

redes Site sociais - Vida e de no turista site<br />

oficial<br />

http://autoraninareis.<br />

wixsite.com/ninareis<br />

32<br />

MONTES CLAROS/MG


O FILME DA<br />

MINHA VIDA<br />

CINEMA<br />

Depois de brilhar nas telas brasileiras, O Filme<br />

de minha vida arrumou as malas para desembarcar<br />

nas salas de cinemas internacionais, encantado públicos<br />

diversos, provando que a parceira entre o diretor<br />

Selton Melo e a produtora Vânia Catani é o que se pode<br />

chamar toque de Midas.<br />

Em novembro, quem teve a oportunidade de<br />

emocionar com a produção brasileira foi o público<br />

norte americano. E o mês de <strong>dezembro</strong> coroa a trajetória<br />

de sucesso. O Filme de minha Vida abriu o Festival<br />

Internacional Novo Cinema Latino-Americano, com<br />

sede em Havana/Cuba.<br />

33


CINEMA<br />

O FILME DA MINHA VIDA<br />

UM VOTO PARA A POESIA DAS COISAS SIMPLES<br />

34<br />

*PP Roque.<br />

Havana Filme Festival<br />

Uma das notícias<br />

que mantém suspensos os<br />

espectadores de Havana é<br />

descobrir qual filme vai<br />

"abrir" cada nova edição do<br />

Festival Internacional do<br />

N o v o C i n e m a L a t i n o -<br />

Americano, com sede em<br />

Havana e estabelecido há<br />

décadas como um dos<br />

eventos finais do ano com<br />

maior apelo ao público e<br />

aos participantes. Este ano,<br />

a cerimônia de abertura<br />

desta edição foi agraciada<br />

com o filme O filme da<br />

minha vida, um drama do<br />

cineasta brasileiro Selton<br />

Mello, lançado em agosto<br />

deste ano no Brasil.<br />

O filme da minha<br />

vida baseia-se no livro Um<br />

pai de cinema, do escritor<br />

chileno Antonio Skármeta,<br />

segundo a qual o romance<br />

refere-se à "relação de pais<br />

e filhos, afeições e pertences<br />

difíceis a alguém ou a<br />

algo". As obras deste autor<br />

multifacetado foram levadas<br />

as grandes telas em<br />

várias ocasiões, como é o<br />

caso da Ardent Patience ,<br />

d i r i g i d a p e l o p r ó p r i o<br />

Skarmeta; A dança da<br />

vitória , de Fernando<br />

Trueba; O carteiro , de<br />

Michael Radford e, mais<br />

recentemente, Não, de<br />

Pablo Larraín.<br />

BRASIL<br />

Aparentemente, foi ideia de<br />

Skarmeta fazer o filme no<br />

Brasil, pelo que eles sugeriram<br />

Selton Mello como o<br />

diretor ideal por se interessar<br />

em contar "pequenas<br />

histórias" e que eles têm a<br />

singularidade de virar<br />

família.


CINEMA<br />

ADAPTAÇÃO<br />

A adaptação cinematográfica<br />

foi da responsabilidade<br />

do próprio Mello -<br />

vencedor do Coral Prize for<br />

Acting em 2001 por A left of<br />

t h e f a t h e r - c o m<br />

MarcelloVindicatto, com<br />

quem o jovem diretor<br />

colaborou em roteiros para<br />

seus dois filmes anteriores,<br />

Feliz Natal e El clown . Além<br />

disso, certamente muitos se<br />

lembrarão da telenovela<br />

popular, transmitida há<br />

vários anos em Cuba, La<br />

fuerza del deseo , na qual<br />

Mello interpretou Abelardo,<br />

um dos filhos de Barón<br />

Sobral.<br />

SINÓPSE Situado no Brasil<br />

rural dos anos sessenta, o<br />

filme da minha vida revela<br />

a história de Tony, filho de<br />

um francês com um brasileiro,<br />

que vai à capital para<br />

estudar na universidade e<br />

ter uma vida perfeita. Mas<br />

ao se formar e retornar à<br />

sua cidade natal, ele<br />

receberá a notícia de que<br />

seu pai voltou para a<br />

França sem qualquer<br />

explicação. Depois de<br />

várias tentativas fracassadas<br />

de entrar em contato<br />

com seu pai, Tony tentará<br />

se recuperar dessa perda<br />

preenchendo sua vida com<br />

outras experiências, como<br />

romance, viagens e cinema.<br />

Ele começa a trabalhar<br />

como professor em uma<br />

escola onde terá que lidar<br />

com estudantes adolescentes<br />

e todos os conflitos que<br />

envolvem essa idade, para<br />

se descobrir como uma<br />

figura abrangente e protetora.<br />

Sempre com o cinema<br />

de pretexto e as revelações<br />

de fundo serão feitas o<br />

levaando a descobrir o<br />

paradeiro de seu pai e os<br />

verdadeiros motivos para<br />

sua partida.<br />

35


CINEMA<br />

36<br />

ELENCO<br />

Fiel a seu treinamento<br />

de atuação, Selton Mello<br />

junta-se ao elenco liderado<br />

por Johnny Massaro que<br />

interpreta Tony e Bruna<br />

Linzmeyer (Luna) - que<br />

esteve presente na gala de<br />

abertura deste Festival -,<br />

conhecido pelo público<br />

cubano devido a seu desempenho<br />

como Leil, autista no<br />

romance recentemente<br />

transmitido Rastros de<br />

mentira . O papel do pai foi<br />

reservado ao ator francês<br />

Vincent Cassel (Nicolás),<br />

que foi visto ultimamente<br />

em vários lançamentos<br />

brasileiros. Ondina Clais,<br />

como Sofía e Beatriz<br />

Arantes, como Petra, entre<br />

outros.<br />

PRODUÇÃO E<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

A p r o d u ç ã o f o i<br />

compartilhada entre a<br />

Bananeira Filmes e a Globo<br />

Films, que contou com o<br />

apoio da RioFilme, ANCINE<br />

e BRDE e a distribuição foi<br />

r e a l i z a d a p e l a M G M<br />

International e Vitrine. A<br />

filmagem ocorreu entre os<br />

meses de abril e maio deste<br />

mesmo ano em vários<br />

locais nas terras altas do<br />

sul do Brasil. Uma região<br />

apenas filmada, cenário de<br />

episódios importantes da<br />

história brasileira e cujas<br />

p a i s a g e n s c h e i a s d e<br />

neblina e luzes serviram a<br />

intenção do diretor de fazer<br />

um filme bonito, uma<br />

homenagem a Tolstoi e seu<br />

pensamento "que apenas a<br />

beleza - a estética - isso<br />

nos salvará ».


CINEMA<br />

WALTER CARVALHO<br />

Precisamente para<br />

capturar aquela beleza,<br />

Mello convocou para a<br />

direção de fotografia o<br />

experiente Walter Carvalho,<br />

c o n s i d e r a d o u m d o s<br />

g r a n d e s m e s t r e s d a<br />

fotografia na história do<br />

cinema brasileiro, entre<br />

eles, Carandiru (Héctor<br />

Babenco, 2003) e a versão<br />

c i n e m a t o g r á fi c a d e<br />

Budapeste , um romance do<br />

músico e escritor Chico<br />

Buarque, dirigido pelo<br />

próprio Carvalho e estreado<br />

em título cinematográfico<br />

durante 2009.<br />

LIRISMO<br />

Mais do que um<br />

drama familiar, o resultado<br />

final foi um filme de grande<br />

beleza e lirismo, onde esse<br />

Brasil dos anos sessenta<br />

parece mais um país e um<br />

tempo míticos onde o pai<br />

ansiava por Tony, existe e a<br />

idade da juventude não<br />

parece terminar. É também<br />

um trabalho sobre a memória:<br />

o histórico, o social, o<br />

familiar, o nosso, que<br />

podemos perder ou tesouro<br />

se conservarmos os pequenos<br />

momentos que tornam<br />

nossa vida grande e imperecível<br />

como a dos personagens<br />

de um filme.<br />

Matéria publicada no site<br />

do Festival Internacional del Nuevo Cine<br />

Latinoamericano<br />

habanafilmfestival.com<br />

O Filme da Minha Vida<br />

agora pode ser assistido do<br />

conforto da sua casa.<br />

Disponível no NOW, Vivo Play,<br />

YouTube, Google Play e iTunes.<br />

37


GIRO<br />

120 ANOS DE<br />

BELO HORIZONTE<br />

BELO CAPA HORIZONTE<br />

20<br />

A capital mineira completa 120 anos.<br />

Praticamente um adolescente em comparação<br />

as outras capitais. Sua população estimada é de<br />

2,5 milhões de habitantes. Com uma área de<br />

aproximadamente 331 km², possui uma<br />

geografia diversificada, com morros e baixadas<br />

e cercada pela Serra do Curral, o que faz jus ao<br />

nome que leva, Belo Horizonte!


BELO HORIZONTE<br />

TODAS AS ARTES<br />

Há muito a se<br />

f a l a r d e B e l o<br />

Horizonte, mas a<br />

<strong>Pauta</strong> <strong>Nossa</strong> optou<br />

por fazer um breve<br />

r e g i s t r o s o b r e a<br />

importância da cultura<br />

à capital que<br />

construiu um “Palác<br />

i o ” à s a r t e s , o<br />

Palácio das Artes<br />

MÚSICA<br />

Belo Horizonte é o<br />

berço de um dos maiores<br />

movimentos da música<br />

brasileira, nos anos 60,<br />

Clube da Esquina e que<br />

influenciam até hoje a<br />

música brasileira. O membros<br />

desse clube são<br />

reverenciados mundo a fora<br />

como Milton Nascimento,<br />

Lô Borges, Tavinho Moura,<br />

Wagner Tiso, Beto Guedes,<br />

Flávio Ventuniri.<br />

Não podemos deixar<br />

de aplaudir 14Bis, Wander<br />

Lee, Skank, Pato Fu,<br />

Sepultura e JQuest, entre<br />

outros.<br />

39


BELO HORIZONTE<br />

LITERATURA<br />

40<br />

Na década de 20,<br />

surgiu em Belo Horizonte a<br />

geração de escritores de<br />

raro brilho, que conquistou o<br />

cenário nacional, dentre<br />

eles Carlos Drummond de<br />

Andrade, Ciro dos Anjos,<br />

P e d r o N a v a , A l b e r t o<br />

Campos, Emílio Moura,<br />

João Alphonsus, Milton<br />

Campos, Belmiro Braga e<br />

Abgar Renault, que se<br />

encontravam no Bar do<br />

P o n t o , n a C o n f e i t a r i a<br />

Estrela ou no Trianon para<br />

produzir os textos que<br />

revolucionaram a literatura<br />

brasileira.<br />

Em 1925, Carlos<br />

Drummond de Andrade e<br />

seus companheiros lançaram<br />

A <strong>Revista</strong> que, apesar<br />

da vida breve, foi importante<br />

veículo de afirmação do<br />

modernismo em Minas.<br />

Ao longo dos anos<br />

s u c e d e r a m - s e m u i t o s<br />

outros intelectuais e poetas<br />

como Fernando Sabino,<br />

Hélio Pellegrino, Otto Lara<br />

Resende, Ziraldo e Paulo<br />

Mendes Campos.<br />

Atualmente, na<br />

área literária, destaca-se<br />

também a realização anual<br />

do Concurso Nacional de<br />

Literatura Prêmio Cidade<br />

de Belo Horizonte, que foi<br />

instituído pelo Decreto nº<br />

204 de 1947, e é promovido<br />

pelo Município de Belo<br />

Horizonte e coordenado<br />

pela Fundação Municipal<br />

de Cultura, tendo como<br />

finalidade distinguir obras<br />

i n é d i t a s , e m L í n g u a<br />

Portuguesa, de autores<br />

brasileiros natos ou naturalizados<br />

em três categorias<br />

Ensaio; Poesia e Autor<br />

Estreante e Dramaturgia


BELO HORIZONTE<br />

TEATRO E BALÉ<br />

No teatro, os grandes<br />

expoentes são o Grupo<br />

Galpão e o Giramundo<br />

Teatro de Bonecos, que é<br />

u m i m p o r t a n t e g r u p o<br />

especializado em teatro de<br />

bonecos. Eles mantêm um<br />

museu de bonecos que<br />

criaram desde a sua fundação<br />

em 1970, tendo lançado<br />

seu primeiro álbum<br />

completo em 1981 e 11<br />

trabalhos desde então.<br />

Há muitos grupos<br />

artísticos brasileiros notáveis<br />

que têm sua origem<br />

em Belo Horizonte, como o<br />

Grupo Primeiro Ato e o<br />

Grupo Corpo, que é talvez<br />

o mais famoso grupo de<br />

dança contemporânea do<br />

país. Ele foi criado na<br />

cidade em 1975, excursionando<br />

e sendo aclamado<br />

por plateias em todo o<br />

mundo.<br />

FOTO: GUTO MUNIZ<br />

GALPÃO<br />

41


BELO HORIZONTE<br />

EVENTOS<br />

FOTO: GUTO MUNIZ<br />

42<br />

Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros,<br />

mostras e festivais artísticos. Anualmente, são realizados o<br />

Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o<br />

Festival Internacional de Teatro de Bonecos, o Festival<br />

Internacional de Dança (FID), o Festival Internacional de Corais<br />

(FIC), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional<br />

de Curtas e a Mostra de Cinema Mundial - Indie Brasil.<br />

Bienalmente, são realizados o Encontro Mundial de Artes<br />

Cênicas (ECUM), o Encontro Internacional de Literaturas em<br />

Língua Portuguesa, o Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB)<br />

e o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ). Além desses, a<br />

Campanha de Popularização do Teatro e da Dança acontece nos<br />

meses de janeiro e março, quando dezenas de peças teatrais são<br />

oferecidas a preços populares à população, levando um grande<br />

número de pessoas aos teatros da capital mineira.<br />

fonte: Prefeitura de Belo Horizonte


AS LENTES PODEROSAS<br />

DE RUTH GOBBO<br />

CAPA<br />

*Viviane Silva Alves<br />

Fotos: Viviane e arquivo pessoal<br />

Com jeito de menina faceira, Ruth Gobbo seduz<br />

com sua obra. Ela é uma daquelas artistas que<br />

encanta pela beleza e pelo carisma que lhe é tão<br />

peculiar. Suas lentes são incansáveis e insaciáveis,<br />

atuam desbravando o oceano para captar belas<br />

imagens, eternizando momentos ímpares e acima de<br />

tudo, nos encantando com seu olhar sensível para<br />

coisas belas e ricas de conteúdo.<br />

43


CAPA<br />

QUEM É RUTH GOBBO?<br />

44<br />

Ruth Gobbo é<br />

fotógrafa e jornalista,<br />

n a t u r a l d e<br />

Sacramento, Minas<br />

Gerais. Desde muito<br />

cedo esteve envolvida<br />

n o m e i o a r t í s t i c o<br />

desenvolvendo atividades<br />

em dança, teatro,<br />

pintura e música,<br />

mas a fotografia foi a<br />

forma que encontrou<br />

de colocar em prática<br />

todas as experiências<br />

adquiridas ao desemp<br />

e n h a r a s d e m a i s<br />

atividades artísticas.<br />

Ruth tem um certo<br />

fascínio pela cultura<br />

africana que a acompanha<br />

desde sempre.<br />

Ela costuma dizer que<br />

é 100% negra aqui (e<br />

bate a mão no peito<br />

s o b r e o c o r a ç ã o ) .<br />

Tanto que em seu<br />

acervo fotográfico<br />

e x i s t e m i m a g e n s<br />

marcantes de negros,<br />

registradas por suas<br />

lentes no tour feito<br />

pela América do Sul e<br />

Norte e continente<br />

Africano.


CAPA<br />

EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL<br />

ÁFRICA DE MANDELA<br />

Em viagem à África<br />

do Sul a fotógrafa Ruth<br />

Gobbo e o fotógrafo<br />

Marujo (José Antônio dos<br />

Santos) conseguiram<br />

autorização para fazer a<br />

a g e n d a d e N e l s o n<br />

Mandela, de acordo com a<br />

fotógrafa a agenda do<br />

presidente iniciou as 6h<br />

da manhã e se estendeu<br />

até as 20h, e neste tempo<br />

ela passou o dia todo<br />

registrando momentos de<br />

Mandela, tratado como<br />

Mandiba pelo povo, que<br />

quer dizer “pai”.<br />

R u t h G o b b o<br />

explicou que para acompanhar<br />

a agenda do<br />

presidente, a restrição era<br />

não usar flashes, por<br />

causa do problema de<br />

visão decorrente dos anos<br />

de prisão. Ela discorre<br />

ainda que Mandela era do<br />

povo, disse que pegou em<br />

sua mão e se emocionou<br />

com a oportunidade de está<br />

perto de alguém com tal<br />

importância para a humanidade,<br />

um símbolo de<br />

generosidade e união.<br />

Ruth Gobbo teve o privilégio<br />

de conhecer e acompanhar<br />

um dos maiores líderes da<br />

humanidade.<br />

MANDELA<br />

45


CAPA<br />

PROJETO BRAZILIAN EYES<br />

46<br />

O e n c o n t r o c o m<br />

Nelson Mandela rendeu à<br />

fotógrafa a participação no<br />

projeto BrazillianEyes, em<br />

Miami – EUA, em 2015, uma<br />

espécie de concurso que<br />

resultou na publicação do<br />

livro Brazilian Eyes. Ruth<br />

explica que cada inscrito<br />

poderia enviar até três fotos,<br />

ela porém enviou apenas<br />

uma, a de Mandela. “Para<br />

minha felicidade, ela foi uma<br />

das 40 selecionadas e<br />

durante a exposição é<br />

que fiquei sabendo<br />

que era uma foto<br />

inédita”, comemora<br />

Ruth Gobbo.<br />

Os trabalhos de<br />

R u t h G o b b o s ã o<br />

intensos, cheios de<br />

uma carga emocional<br />

quase palpável, em<br />

suas fotos ela retrata<br />

c o m o n i n g u é m a<br />

essência do momento<br />

fotografado


CAPA<br />

EXPOSIÇÕES<br />

N a s e x p o s i ç õ e s<br />

realizadas pela fotógrafa,<br />

todos detalhes são muito<br />

bem executadoS, desde<br />

s u a s i n s t a l a ç õ e s q u e<br />

r e t r a t a m a e x p r e s s ã o<br />

cultural das fotos expostas,<br />

bem como a inovação com<br />

experiências sensoriais que<br />

contam com vídeo, som,<br />

como foi a exposição de<br />

Congada e Moçambique<br />

documentadas pela fotógrafa.<br />

Ruth explica que “a<br />

experiência revela à alma a<br />

noção do ritmo, aguça o<br />

comum acordo dos sentidos:<br />

audição, tato e visão”.<br />

Ela acrescenta ainda que<br />

“gosto de instalações para<br />

fotografia documental. Por<br />

mais que seja um registro,<br />

tem que ir além, mostrar o<br />

sentimento do autor ao<br />

fazer a captura”.<br />

Ela enfatiza que cada foto é<br />

uma experiência única para<br />

ela, sensível a ponto de se<br />

importar em como as pessoas<br />

vão sentir seu trabalho,<br />

não é apenas uma exposição<br />

de trabalhos inanimados<br />

e sim uma experiência<br />

de sensibilidade para as<br />

pessoas que se dispõem<br />

em apreciar suas obras.<br />

47


CAPA<br />

48<br />

No mês de novembro, Ruth Gobbo realizou mais um<br />

brilhante trabalho, intitulado 100% Afro, com exposição na<br />

Concha Acústica, em Uberaba, como forma de comemoração ao<br />

Dia da Consciência Negra. A fotógrafa disse que este trabalho<br />

possibilitou um resgate cultural entre Brasil e África, uma<br />

releitura das tribos que habitam o Vale do Omo., e também a<br />

sequencia da primeira parte do projeto 100% Afro, lançada no<br />

dia 13 de maio.


CAPA<br />

Para a realização<br />

de mais este bonito trabalho<br />

foi feito estudo técnico<br />

pelas artistas Marilese<br />

P a c h e c o e R o s a l i n a<br />

Cardoso, que desenvolveram<br />

uma tinta especial e<br />

natural que foram usadas<br />

para fazer as pinturas<br />

corporais dos modelos<br />

fotografados por Ruth<br />

Gobbo, que retratou por<br />

meio de uma releitura os<br />

índios do Vale do Omo que<br />

se pintam e adornam com<br />

corantes naturais, desenvolvendo<br />

verdadeiras<br />

obras de arte pelo corpo.<br />

R u t h G o b b o é<br />

daquelas profissionais<br />

incansáveis, com uma<br />

vivacidade e amor pelo<br />

que faz incomparáveis.<br />

Seu talento e amor pela<br />

fotografia a fazem se<br />

destacar. Muito mais que<br />

um rosto bonito, muito mais<br />

do que registro de fatos e<br />

a c o n t e c i m e n t o s , R u t h<br />

Gobbo registra momentos,<br />

revelando uma sensibilidade<br />

tocante e respeito a<br />

cada um que teve o prazer<br />

de ver seus momentos<br />

eternizados por suas<br />

lentes poderosas.<br />

49


GIRO<br />

GAROTO QUE NÃO<br />

QUER CRESCER<br />

INSPIRA COREOGRAFIA<br />

MONTES 48CAPA CLAROS<br />

20<br />

O personagem criado por J. M. Barrie, Peter Pan,<br />

nasceu com a peça de teatro Peter and Wendy, e deu<br />

origem a um livro homônimo para crianças, publicado<br />

em 1911, faz parte do imaginário infantil de crianças de<br />

várias partes do mundo, provocando diversas<br />

adaptações para o cinema e mesmo peças. O personagem<br />

é um garoto que se recusa a crescer e que passa a vida<br />

experimentando mágicas aventuras. Desta vez, ganha<br />

adaptação com coreografia lúdica e assinatura das<br />

técnicas do balé clássico e contemporâneo, encantando<br />

plateia no interior de Minas Geraes, Montes Claros.<br />

51


MONTES CLAROS<br />

CONTOS DE FADAS<br />

TAMBÉM ENCANTAM ADULTOS<br />

52<br />

Uma das primeiras<br />

perguntas a ser feita quando<br />

se monta um espetáculo<br />

é qual o tema a ser explorado.<br />

Para Luna Guimarães,<br />

responder essa pergunta<br />

foi simples. Peter Pan é o<br />

seu conto preferido, pela<br />

astúcia e agilidade do<br />

protagonista , a delicadeza<br />

de Wendy e a possibilidade<br />

de voar com a ajuda de<br />

Sininho.<br />

— Eu sonhava com<br />

essa história. Quando eu já<br />

tinha 20 anos, tive o prazer<br />

de participar da montagem<br />

de Peter Pan, no estúdio de<br />

dança em que eu participava<br />

como bailarina. Quando<br />

abrir a minha própria<br />

escola, tive vontade de<br />

recontar esse conto, agora<br />

através do meu olhar.<br />

Neste ano, vi que eu tinha<br />

alunos com o perfil para os<br />

personagens principais e<br />

que eles também gostavam<br />

desse conto. Tinha tudo<br />

para dar certo e deu —<br />

comemora Luna.<br />

COREÓGRAFO<br />

O espetáculo cênico<br />

da Luna – Escola do Corpo<br />

acontece anualmente, com<br />

a participação de todos os<br />

alunos e professores que<br />

desejam fazer parte das<br />

peça escolhidas para a<br />

ocasião.<br />

Segundo Luna, os<br />

professores da escola são<br />

os coreógrafos e alguns<br />

participam dançando e os


MONTES CLAROS<br />

e os demais, optam por<br />

atuar nos bastidores. Papel<br />

também de suma importância<br />

para que o espetáculo<br />

aconteça e encante a plateia.<br />

— Neste ano participaram<br />

da criação e ensaio<br />

de coreografias os professores:<br />

Letícia Assunção,<br />

Marcélia Pollyana, Rita<br />

Narciso, Silvia Tibo com a<br />

modalidade Balé Clássico.<br />

Giovanni Andrade com<br />

Danças Urbanas. E eu, Luna<br />

Guimarães, coreografei o<br />

Balé Clássico, Dança Livre e<br />

fiz toda a direção da apresentação.<br />

53


MONTES CLAROS<br />

DIDÁTICA DA APRESENTAÇÃO<br />

54<br />

Luna diz que participar<br />

da montagem de um espetáculo<br />

cênico é imprescindível<br />

na formação do artista, seja<br />

ele bailarino, ator ou performer.<br />

«O palco é o espaço da<br />

troca, do diálogo, da libertação<br />

e da catarse. É a ligação<br />

direta entre o artista e o<br />

público.»<br />

— Portanto consideramos<br />

de suma importância<br />

esta montagem para os<br />

alunos aprendizes e para a<br />

cidade de Montes Claros,<br />

que é considerada a “cidade<br />

da arte da cultura”, mas não<br />

possui um edifício teatral –<br />

critica a coreógrafa a falta de<br />

políticas que beneficie os<br />

artistas locais — Não há em<br />

nossa cidade grupos de<br />

profissionais das artes<br />

cênicas e pouco investimento<br />

público na área. Assim,<br />

nossas apresentações tem<br />

como objetivo fomentar e<br />

difundir a arte na cidade;<br />

estimular a formação de<br />

atores e bailarinos; estimular<br />

a criança e o adulto<br />

através da arte; como<br />

também formação de plateia;<br />

promover o acesso a<br />

dança e ao teatro; valorizar e<br />

fomentar a produção artística<br />

local.<br />

A coreógrafa ressalta<br />

que para o aluno, aprender<br />

as coreografias, cuidar da<br />

sua maquiagem e adereços,<br />

decorar o roteiro, treinar a<br />

técnica corporal e expressividade,<br />

enfrentar uma<br />

plateia, ajudar o colega a<br />

trocar de figurino e estar<br />

todos no mesmo ambiente<br />

criando uma outra atmosfera,<br />

faz muita diferença no<br />

s e u d e s e n v o l v i m e n t o<br />

enquanto artista.


MONTES CLAROS<br />

PARTICIPANTES DO<br />

PETER PAN<br />

57 bailarinos subiram ao palco para apresentar a<br />

magia de Peter Pan e Wendy. Mas há muito mais<br />

pessoas envolvidas no projeto, como coreógrafos, as<br />

costureiras, o designer de luz e projeção, o cenógrafo, o<br />

editor da trilha sonora, designer da arte gráfica do<br />

espetáculo entre outros.<br />

55


MONTES CLAROS<br />

IMPORTÂNCIA DA DANÇA<br />

56<br />

Questionada sobre a<br />

importância da dança, Luna<br />

é enfática ao afirmar que ela<br />

deveria fazer parte da vida<br />

de todas as crianças.<br />

— A t r a v é s d e l a<br />

desenvolvemos muitas<br />

habilidades e inteligências.<br />

Flexibilidade, força, equilíbrio,<br />

postura, noção espacial,<br />

ritmo, memória, musicalidade,<br />

trabalho em equipe.<br />

Todas essas noções da<br />

dança proporcionam ao ser<br />

uma Consciência Corporal<br />

que o indivíduo leva pra a<br />

vida dele e aguça as sensibilidades<br />

mais sutis do ser<br />

humano. É algo transformador.<br />

A coreógrafa também<br />

afirma não haver idade<br />

para se dançar.<br />

— Todo corpo que se<br />

move pode dançar. Basta<br />

se permitir – mas ela ressalta<br />

—Claro que, para se<br />

tornar um bailarino clássico<br />

p r o fi s s i o n a l e s e g u i r<br />

carreira, o ideal é começar<br />

cedo. Mas para dançar,<br />

basta ser um corpo.


MONTES CLAROS<br />

O FASCÍNIO PELO CLÁSSICO<br />

Poucos sabem, mas<br />

apesar de todo o ser human<br />

o s e m p r e e x p r e s s a r<br />

através da dança, o balé<br />

nasceu no fim do século XV,<br />

exatamente na cerimônia<br />

de casamento do Duque de<br />

Milão com Isabel de Ararão.<br />

Logo depois, esta arte<br />

t a m b é m fl o r e s c e u n a<br />

França, em outra festa<br />

nupcial, desta vez celebrando<br />

a união entre Catarina de<br />

Médicis e Henrique II, em<br />

1533. Neste momento,<br />

vários espetáculos foram<br />

importados dos italianos,<br />

chegando ao formato<br />

conhecido até hoje, através<br />

do balé romântico, com<br />

a montagem de Giselle,<br />

em 1830.<br />

Mas o que leva as<br />

pessoas a se encantarem<br />

com o clássico?<br />

— Vejo que o Balé<br />

Clássico continua, sim,<br />

encantando quando ele é<br />

visto. Nem sempre as<br />

pessoas tem acesso a ele.<br />

Sinto também que ainda há<br />

uma desvalorização até de<br />

q u e m tem a cesso à s<br />

v e z e s . M a s q u a n d o<br />

veem... os olhos brilham —<br />

Luna afirma.<br />

57


MONTES CLAROS<br />

DANÇA NO INTERIOR<br />

58<br />

S o b r e o p ú b l i c o<br />

montesclarense ela diz ser<br />

pequeno. Contudo, não tem<br />

como expandir uma vez que<br />

não existe espaço físico<br />

para comportar uma grande<br />

plateia.<br />

— Fazer Dança no<br />

interior do Norte de Minas é<br />

uma peleja, como se fala<br />

aqui em nossa terra.<br />

Apesar de Montes<br />

Claros ser uma cidade com<br />

quase 400 mil habitantes e<br />

de ser a maior cidade da<br />

região, ter um curso de<br />

ensino superior em Teatro,<br />

não existe na cidade um<br />

teatro! Nem um sequer —<br />

ela lamenta — Isso dificuldade<br />

bastante o nosso<br />

trabalho e o entendimento<br />

dele para o público e clientes.<br />

Eu tenho uma escola<br />

de dança, e para instigar os<br />

alunos, sempre oferecemos<br />

viagens para assistir<br />

espetáculos e festivais de<br />

dança fora, porque aqui não<br />

tem. Ofereço também<br />

diversos workshops com<br />

professores de outras<br />

cidades para tentar estimular<br />

os meus alunos. Pois a<br />

apreciação da arte para o<br />

estudante em arte é algo<br />

essencial para o seu desenvolvimento<br />

e entusiasmo.


MONTES CLAROS<br />

ESCOLA DO CORPO<br />

Apesar de ser uma<br />

escola particular, que exige<br />

investimento dos alunos , a<br />

Luna — Escola do Corpos,<br />

tem preocupação social,<br />

oferecendo bolsas de<br />

estudos para alguns alunos<br />

que não podem bancar as<br />

mensalidades.<br />

—Todo início de ano<br />

acontece uma audição para<br />

egressos desses alunos. O<br />

candidato responde um<br />

formulário socioeconômico<br />

e passa por uma prova<br />

prática de dança, o que nos<br />

permite fazer diferença na<br />

vida deles.<br />

Rua Olímpio Guedes,<br />

99, Morada do Sol<br />

Montes Claros<br />

(38) 3014-0062<br />

59

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