Batalha Espiritual - Nelson Braido

BATALHA
ESPIRITUAL
Nelson Braido

Nelson Braido

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CONTEÚDO
1 - Origem do diabo 10
- O que a Bíblia diz sobre o diabo 11
- Quinze nomes do diabo 12
2 - Origem dos demónios 13
- Quantas espécies há de demónios 14
- Textos que falam da existência de demónios 16
3 - Origem do espiritismo 17
- Espiritismo no tempo de Moisés 18
- Feitiçaria entre os gregos 19
- Feitiçaria entre os romanos 19
- Feitiçaria na Idade Média 19
- O espiritismo moderno 19
- Personagens importantes do espiritismo 20
- Uma reportagem abafa o espiritismo 22
- Catarina, uma alcoólatra 23
- Iniciadas desde crianças no espiritismo 24
- Os mortos não voltam 25
- Os diferentes ramos do espiritismo 25
- Doutrinas espíritas à luz da Bíblia 29
- Crenças umbandistas e a Bíblia 36
- Entidades dos espíritas 37
- A prática da macumba 41
4 - O que é opressão demoníaca 43
5 - O que é possessão demoníaca 46
- Causas da possessão demoníaca 48
- Características do possesso de Gadara 48
- A missão da Igreja 49
6 - As armas espirituais 51
7 - Orientação aos novos libertos 58
8 - Nove passos para a libertação 61
9 - Atitudes em relação a Satanás 62
10 - Conclusão 63
11 - Oração de guerra espiritual 64

INTRODUÇÃO
Durante muito tempo percebi que os cristãos
estremeciam ao ouvir falar em obras de macumbaria,
despachos nas encruzilhadas e nos cemitérios, feitiços, etc.
Visitar um centro de macumba era ideia que trazia um certo
pavor. Os objetos e coisas usadas na prática de magia e
ocultismo amedrontavam-nos. Evitávamos qualquer conversa
ou entendimento com macumbeiros e seus adeptos,
sem desejarmos qualquer ligação com eles.
É chegada a hora de os servos de Jesus de Nazaré
levantarem a cabeça e tomarem posição certa, sem temer
todas essas coisas que pertencem aos arraiais de Satanás.
Nos meios umbandistas já se acredita que a umbanda
será religião oficial do país, e estão enviando esforços para
esse fim. Pensam que todas as nações e religiões do mundo
curvar-se-ão diante de Oxalá, o Cristo da umbanda. Seria
isso verdade?
Talvez você fique impressionado se souber que no
Vale do Amanhecer, em Brasília, estão acampados
aproximadamente 20.000 médiuns com atividades
ininterruptas, diuturnamente, e que autoridades e pessoas
importantes de todas as camadas sociais estão envolvidas
na prática da magia, sob várias formas.
Coisas terríveis têm acontecido no mundo inteiro e
especialmente no nosso Brasil. É o resultado do espiritismo.
Há depravação moral em todas as partes. O vocabulário das
coisas mais obscenas e pornográficas tem sido atração para
os terreiros de umbanda e quimbanda. Uniões conjugais
ilícitas, lares desfeitos, filhos abandonados, pessoas
acometidas de loucura... Os hospitais e clínicas de repouso
não vencem o atendimento ao povo. Os psiquiatras estão
assustados. A irritação nervosa, o desemprego, a irresponsabilidade
nos serviços, as contendas, brigas, mortes, desiquilíbrios
económicos e outros males dessa natureza são os
frutos produzidos pelo espiritismo em todas as formas. O
que fazer diante desses problemas alarmantes? Cruzar os
braços e deixar o barco correr?
Este livro vai lhe ajudar a entender e a combater todos
esses malefícios.

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pessoas o adoram conscientemente.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIABO
Há no mundo muitas religiões: budismo, bramanismo,
islamismo, espiritismo, etc. (ou com suas ramificações e
suas múltiplas seitas e sub-seitas). Há também o satanismo
(ou demonismo, diabolismo) com suas seitas.
O famoso fundador da LBV - Legião da Boa Vontade,
Alziro Zarur, fez um poema para o "Irmão Satanás", e na
parte final do poema diz: "Por que não transformá-lo num
bom amigo em vez de combatê-lo? Amigos meus, oremos
por Satã, amemo-lo de todo coração. Por mim, com honra,
eu amo Satanás". Que horror!
Em 1981, a revista Manchete publicou uma
reportagem completa sobre Luiz Howart, cearense, que
adora Satanás. Ele diz: "O diabo é o meu Deus" e prega a
vitória do diabo até o ano 2.016. Ele espera ter uma catedral
de Satã em cada estado. Tem um programa de rádio onde
começa dizendo: "Tremei céus e terra, que o diabo é
anunciado com grande poder e glória para dominar o
homem". O papa do diabo promete riquezas, saúde e muita
liberdade em nome do próprio diabo.
Vemos que a crença no diabo existe e que milhares de
10
O que a teologia diz dos anjos bons e dos maus? A
Bíblia diz que Satanás foi um anjo chamado Lúcifer, que se
rebelou contra Deus e por isso foi expulso do céu junto com
todos os anjos que haviam aderido à sua revolta. Lúcifer era
um anjo perfeito, "querubim da guarda". Era um espírito
inteligente e perfeito, porém não imutável, pois podia
escolher, e tinha o poder de autodeterminação. E ao rebelar-se
contra Deus, querendo ser maior que o Criador,
Lúcifer caiu e foi transformado em Satanás. Os anjos que o
seguiram transformaram-se em demónios, em espíritos maus.
Há várias passagens bíblicas que falam sobre este
assunto. Vejamos:
Ezequiel 28:1-17 diz que ele, o querubim da guarda,
era perfeito, até que se achou iniquidade nele quando
levantou-se contra o Criador.
Isaías 14:12-15 fala do orgulho de Satanás: "Subirei ao
céu, acima das estrelas de Deus e exaltarei o meu trono...
Serei semelhante ao Altíssimo." A nenhum ser humano se
pode atribuir essas qualidades. Temos aqui a descrição de
Lúcifer antes e depois da queda.
Apocalipse 12:7-9 diz: "E foi expulso o grande dragão,
a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, o sedutor
de todo o mundo. Sim, foi atirado para a terra e com ele os
seus anjos".
São estes espíritos maus que os médiuns aceitam
equivocadamente como sendo espíritos de mortos ou outras
entidades.
11

OS QUINZE NOMES
DO DIABO NA BÍBLIA
1) Acusador - Ap 12:10
2) Adversário - IPe 5:8
3) Belial - 2Co 6:15
4) Belzebu - Mt 12:24-27
5) Deus deste mundo - 2Co 4:4
6) Diabo - Ap 12:9
7) Dragão - Ap 12:9
8) Espírito imundo - Mc 9:25
9) Homicida - Jo 8:44
10) Príncipe dos demónios - Mt 12:24
11) Príncipe deste mundo - Jo 12:31
12) Serpente - Ap 12:9
13) Tentador - ITs 3:5
14) Anjo do abismo - Ap 9:11
15) Maligno - IJo 5:19
12
Os demónios são anjos que foram enganados por
Satanás e também são inimigos de Deus (Ap 12:4). Já vimos
que quando Satanás se rebelou contra Deus, conseguiu liderar
uma terceira parte dos anjos, que se transformou em
demónios. Os demónios são, portanto, a terceira parte dos
anjos (Ap 12:4).
Segundo Efésios 6:12, os demónios moram nos ares e
são chamados de principados, potestades, príncipes das
trevas deste século, hostes espirituais da maldade...
Os demónios são espíritos que não têm corpo e buscam
desesperadamente uma pessoa ou um animal (Mt 8)
para realizar seu trabalho de roubar, matar e destruir (Jo
10:10). Quando são expulsos de um corpo procuram outro,
até encontrar (Lc 11:24-26).
A Bíblia é muito clara neste assunto. Jesus deu aos
doze apóstolos "poder e autoridade sobre todos os demónios"
(Lc 9:1). Mais tarde, Jesus enviou mais setenta discípulos
a pregar de dois em dois e eles foram. Quando retornaram,
jubilosos, disseram: "Senhor, os próprios demónios se
submeteram a nós pelo teu nome"(Lc 10:17).
13

Jesus sabia da existência dos demónios. Muitas vezes,
durante o seu ministério terreno, ele os expulsou. De Maria
chamada Madalena saíram sete (Lc 8:2).
O Novo Testamento está cheio de esmagadoras evidências
no tocante à existência de demónios quanto à
- sua natureza: Lc 4:33;
- sua atividade maléfica: Mc 9:20-26;
- sua destruição final: Mt 25:41.
QUANTAS ESPÉCIES HÁ DE DEMÓNIOS
Um dia, quando Jesus expulsava demónios de um
homem, perguntou-lhe: "Qual é o teu nome?". "Legião é o
meu nome, porque somos muitos", respondeu-lhe (Mc 5:9).
A Bíblia fala de
- espíritos imundos: Mc 9:25;
- espírito surdo e mudo: Mc 9:25;
- espíritos malignos: At 19:12-16;
- espíritos mentirosos: IRs 22:22-23;
- espírito de adivinhação: At 16:16;
- espírito do anti-Cristo: IJo 4:3;
- anjos decaídos: Jd 6.
A situação desses anjos foi semelhante à de seu chefe:
ficaram desprovidos do amparo divino e passaram a viver
errantes à procura do que fazer. São como o próprio Lúcifer:
anjos caídos, espíritos sem corpo que vivem à procura de
corpos para, através deles, poderem levar avante seu intento
maligno.
Satanás pode facilmente, como também seus anjos,
transformar-se em anjo de luz. Por esta razão muitas pessoas
têm seguido caminhos que a princípio parecem bons, mas
14
no final se revelam de trevas e só trazem tristezas, misérias
e tragédias.
Muitas pessoas têm procurado os demónios e abrem
a vida a eles, porque pensam ser "anjos de luz". Com nomes
bonitos e cheios de aparatos, os demónios vêm
enganando as pessoas com doutrinas diabólicas. Chamamse
Orixás, Caboclos de Luz, Exú, Eres, Cosme & Damião, e
põem-se no lugar de médicos, poetas famosos, etc. Mas, na
verdade, são anjos caídos, com a diabólica missão de afastar
o homem de Deus e destruí-lo.
Logo que cheguei à cidade de Ponta Grossa comecei
a orar pelos doentes e apareceram casos de possessão
demoníaca. Após realizar uma reunião de libertação, uma
senhora me pediu para ir orar por sua sogra, que estava
muita enferma. Marquei o dia da visita, e quando lá cheguei,
encontrei toda a família reunida esperando-me para assistir
o trabalho e receber as orações. Logo que entrei na casa vi
um grande altar na parede; comecei a conversar com a
família e me identifiquei. Eu estava na casa de uma curandeira
famosa do bairro. Era uma senhora de 55 anos que
recebia o espírito do Dr. Leocádio, médico falecido há algum
tempo, e que se incorporava nela para curar as pessoas que
ali chegavam. Fazia 45 anos que ela recebia aquele guia.
Inicialmente ela não aceitou a hipótese de que recebia um
demónio e não o espírito do Dr. Leocádio. Pedi a orientação
do Espírito Santo naquela hora e mandei que ela invocasse
aquele guia e eu ia falar com ele na presença de seus filhos.
E naquele momento a mulher se retorceu toda e uma voz
grossa saiu de dentro dela e se identificou como sendo o Dr.
Leocádio. De imediato ordenei que ficasse amarrado em
nome de Jesus Cristo. Depois, passei a fazer perguntas ao
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l
espírito, e os filhos que estavam assistindo afirmaram que
aquele guia realmente era o que sempre incorporava na
mãe. A primeira pergunta que fiz foi: "Você é espírito da
luz ou das trevas?" E em nome de Jesus ordenei que
respondesse. E o demónio me disse: "Sou espírito das trevas,
você já sabe disso". A segunda pergunta: "Qual a sua missão
neste corpo?" Ele respondeu: "Minha missão é colocar
doença e enganar essa família; quero destruí-la". Após estas
respostas, a família ficou aterrorizada com a identificação
do "guia de luz" que há 45 anos estava orientando a família.
Afirmei-lhes que iria provar que ele era das trevas ordenando
que saísse em nome de Jesus Cristo, comprovando
mais uma vez que ele não era da luz. E saiu.
Após a libertação, a mulher que recebia o guia me
disse com os olhos cheios de lágrimas: "Nunca ninguém me
disse que ele era das trevas". Então largou a prática de
consultá-lo e aceitou Jesus como seu salvador, abandonando
a velha vida e tornando-se uma nova criatura.
TEXTOS QUE FALAM
DA EXISTÊNCIA DE DEMÓNIOS
Ap 12:9; Mt 25:41; Lv 17:7; 51106:37; Lc 8:26-33; Lc 4:33;
Apl6:.13el4; Ef 2:2; Ef 6:10-12.
ORIGEM DO ESPIRITISMO
Muito se tem dito e muito mais se tem perguntado
sobre a origem do espiritismo. Quem o fundou? Quando
surgiu?
Respostas diversas têm sido dadas a estas perguntas.
Muitos espíritas dizem com orgulho que a sua religião veio
antes de Cristo, e com isto concordamos. O espiritismo tem
acompanhado a história há milénios.
O espiritismo teve seu começo no Éden. Se por espírita
se entende a pessoa que faz contato com espíritos, como
o entendia Kardec, então podemos afimar que a doutrina
espírita começou mesmo no Éden. Foi junto à árvore da
ciência do bem e do mal que se deu o primeiro encontro de
um espírito mau com uma pessoa humana (Gn 3:1-4).
As práticas espíritas são muito antigas. Já eram
encontradas em tempos anteriores à vinda de Cristo. São as
formas de adivinhações e de consulta a mortos, a oráculos
e a deuses. Essas e outras práticas eram feitas visando a
obtenção de benefícios ou então para levar alguém a se
prejudicar. Era comum, nos tempos antigos, a presença de
um mago entre os auxiliares de generais e reis com a função
de desvendar o futuro. Eram esses magos uma espécie de
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17

sacerdotes, adivinhos, que consultavam os astros e os deuses
através de formas mágicas.
Entre os babilónicos, persas, hindus, gregos e povos
cananeus, o culto aos mortos, assim como o ocultismo e o
encantamento, eram longamente praticados.
Temos na própria lei de Deus mandamentos que
proibiam Israel de consultar os mortos, passar pelo fogo,
adivinhar, prognosticar, agourar, fazer feitiçaria. Era proibido
ser necromante ou mágico (Dt 18:9-14).
FEITIÇARIA ENTRE OS GREGOS
Os gregos tinham o costume de consultar os oráculos,
pessoas que supunham ter ligações com deuses e que por
meios miraculosos podiam prever acontecimentos futuros.
Pitágoras (580 a 500 a.C.) cria na transformação das
almas: "Os astros são deuses", dizia.
FEITIÇARIA ENTRE OS ROMANOS
O ESPIRITISMO
NO TEMPO DE MOISÉS
No tempo de Moisés existiam os magos do Egito que
faziam muitos milagres, ao ponto de repetir os mesmos
sinais que ele fazia diante do Faraó:
- quando a vara se transforma em serpente (Ex 7:9-10): os magos
fizeram o mesmo que Moisés fez, lançaram as varas no chão
e elas se transformaram em serpentes (Ex 7:11), porém Deus ]
operou um milagre e as obras do diabo foram desbaratadas, l
O v. 12 diz que "A vara de Arão tragou as varas deles";
- a praga das rãs: Moisés e Arão estenderam as mãos sobre os
rios e subiram as rãs (Ex 8:5-6), e os magos fizeram o mesmo
com os seus encantamentos. Fizeram subir rãs sobre a terra
do Egito; aí tentaram fazer a terceira praga que Moisés fez,
mas foram derrotados e reconheceram que o que Moisés
fazia era pelo dedo de Deus (Ex 8:19). E os magos foram
derrotados, porque as obras de Deus sempre desbarataram
as de Satanás.
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Os romanos também consultavam os mortos e
pratricavam a feitiçaria. A antiga lei romana intitulada "Lei
das Doze Tábuas" culminava com a pena de morte para
quem lançasse fluidos malignos sobre as searas alheias (ano
451 a 450 a.C.).
FEITIÇARIA NA IDADE MÉDIA
A Idade Média foi uma época em que a feitiçaria
cresceu assustadoramente. Houve nesse período da história
uma verdadeira "epidemia" de feiticeiros, bruxos, maléficos,
sortílegos e endemoninhados.
O ESPIRITISMO MODERNO
O espiritismo, como se pratica hoje, não surgiu
repentinamente mas sim gradatívamente, desenvolvendose
através das várias formas do ocultismo, e as forças do
inferno foram se levantando lentamente até chegar onde
estamos nos dias de hoje.
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PERSONAGENS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO^-
Frcinz Anton Mesmer: médico alemão, foi precursor do
espiritismo e do hipnotismo. Fazia passes, e com a imposição
das mãos pessoas caíam em sono artificial e profundo, on
Swedemborg: era sueco contemporâneo de Mesmer.
Filósofo místico, declarou haver recebido de Deus poder
para duas coisas: explicar as Escrituras e comunicar-se com
outros mundos. Seus seguidores praticavam a mediunidãde
para entrar em contato com outros mundos.
Irmãs Fox: fundadoras do espiritismo, confessaram
depois que ele era falso. A história de um "fantasma" que,
através de pancadas nas paredes de madeira e no assoalho
de uma casa entrou em contato com as meninas Margarida
e Catarina Fox, respectivamente de 12 e 9 anos de idade^Sé
apresentada como o "fenómeno" que marcou o início oficial
do espiritismo moderno. Essa história, tida como verdadeira,
tem sido utilizada em livros, revistas e jornais tanto por
escritores espíritas como por intelectuais de outras confissões
religiosas, inclusive por evangélicos. É lamentável.si
O que na verdade aconteceu na vila de Hydesviite,
Nova Iorque, EUA, em 1847 (dez anos antes de Allan Kardíic
lançar na França o "Livro dos Espíritos"), envolvendo um
"fantasma" e aquelas duas meninas, não foi o que os espíritas
chamavam de "o início da comunicação dos seres do alémtúmulo
com o mundo dos vivos". O que ocorreu na casa
habitada por um casal de crentes metodistas, que tinham
como filhas as meninas Catarina e Margarida Fox, não
passou inicialmente de uma brincadeira delas para impressionar
a ingénua e supersticiosa senhora Fox. Mas essa
brincadeira resultou numa sucessão de fenómenos enganosós
e numa história elaborada com astúcia, cuja trajetória e
desfecho serviram aos desígnos do "pai da mentira", Satanás
Qo 8:44).
Porém, 40 anos depois, toda a verdade foi espontaneamente
revelada pelas próprias fundadoras do espiritismo.
Apesar de ter sido um acontecimento de imensa
repercussão na época, esse fato é hoje quase totalmente
desconhecido do povo brasileiro, inclusive da maioria dos
espíritas. Daí a razão de o estarmos divulgando, pois, segundo
observou Álvaro Negromente, "há muitos espíritas
de boa fé, honestos e retos, que servem à causa do espiritismo
com dedicação, convictos de estarem com a verdade".
É necessário, portanto, que eles sejam eficientemente
evangelizados pela mensagem bíblica e pelo conhecimento
dos fatos que passamos a apresentar a seguir.
A autenticidade dos documentos e das revelações
que fazemos nesta matéria pode ser confirmada por cinco
autores fidedignos: Álvaro Negromente, Pascoal Lacroix,
Boaventura Kloppenburg, Rafael Gasson e Fernando Palmes.
Após trabalhar como médium durante 40 anos na
divulgação e na evolução do espiritismo, Margarida Fox,
uma de suas fundadoras, escreveu e enviou uma carta ao
diretor do jornal nova-iorquino New York Herald, de ampla
circulação. O diretor leu-a e divulgou-a imediatamente.
Publicada no dia 25 de maio de 1888, a carta teve, entre os
milhares de leitores do Herald, o efeito de uma bomba
nuclear explodindo em pleno centro da cidade. Ao
comprarem o jornal, os espíritas mal acreditavam no que
liam, "pois o deus deste século lhes havia cegado o
entendimento" (2Co 4:4).
O conteúdo da carta continha as seguintes revela-

i
coes: Margarida confessava ter ficado muito triste ao saber,
através de uma reportagem lida naquele mesmo jornal, que
sua irmã Catarina fora vítima de uma desgraça. A carta não
nos revela que desgraça foi essa, mas soube-se que o caso
envolvera os dois filhos de Catarina, Purdy e Henry.
Em seguida, sem maiores cerimónias, a fundadora
do espiritismo confessa: "O espiritsmo é uma praga e Deus
tem posto sua marca contra ele. Chamo-o de praga, pois é
utilizado para encobrir pessoas sem coração..." E na
sequência de suas revelações, Margarida citou vários nomes
de pessoas (inclusive um ex-ministro de Portugal) que
viviam sendo constantemente enganadas por médiuns.
Segundo a concepção do espiritismo, médium é aquele
ou aquela que serve de intermediário nas comunicações
entre vivos e mortos. Esses médiuns, afirma a fundadora
do espiritismo, "atiram loucamente as espetaculares fraudes
que inundam Nova Iorque".
Antes de fazer algumas considerações sobre fanatismo
e concluir a carta, Margarida torna a afirmar: "Seja qual for
a forma sob a qual se apresente, o espiritismo tem sido e será
sempre uma praga e uma armadilha para os que nele se
envolvem. Nenhuma pessoa de bom senso pode pensar de
outro modo".
UMA REPORTAGEM
ABAFA O ESPIRITISMO
Imediatamente, milhares de cartas começaram a ser]
enviadas à redação do jornal, suplicando que Margarida]
desmentisse aquelas declarações. Outras pediam que aS;
duas irmãs demonstrassem publicamente a falsidade di
espiritismo e lançassem por terra o nome de milhares de
médiuns que estavam enriquecendo às custas do povo.
Quatro meses após toda aquela agitação, Margarida voltou
para os Estados Unidos. Ela havia escrito a famosa carta
durante o curto período que passara morando na Inglaterra.
Logo após sua chegada, um repórter do jornal visitou-a
em sua casa, na West Forty-Fourth Street, em Nova
Iorque, e fez uma reportagem que mais uma vez causou
agitação entre os espíritas e leitores em geral, sob o título:
"Célebre médium declara que os espíritos não voltam".
O repórter descreveu Margarida "como uma pequena
e magnética senhora de meia-idade, cujo rosto ostenta sinais
de muitos sofrimentos e de larga e universal experiência". A
médium contou ao repórter "a história de uma vida das
mais estranhas e fantásticas que jamais foram narradas".
CATARINA, UMA ALCOÓLATRA
Através dessa reportagem, alguns pontos obscuros
da carta ficaram esclarecidos. Ficamos sabendo, por exemplo,
que, por razões morais, a sociedade (para a prevenção
da crueldade) havia tirado os dois filhos de Catarina de sua
companhia, e esta fora detida sob a acusação de "negligenciar
o cuidado de seus filhos Purdy e Henry, devido à bebida
e à preguiça". Essa tinha sido "a tragédia que se abateu
sobre minha irmã e meus sobrinhos", segundo se expressara
Margarida na carta. Que belo exemplo dado por essas fundadoras
do espiritismo! Uma, alcoólatra; e a outra (também
alcoólatra), mentirosa, como veremos a seguir.
Ao saber do que ocorrera à sua irmã e aos seus
sobrinhos, Margarida, que estava na Inglaterra, fez algo que
22
23

*
m
• *
*
é marca registrada do espiritismo: enganou as autoridades
de Nova Iorque, enviando-lhes um telegrama em nome de
um tio paterno dos meninos, Edward Jescken (que estava na
Rússia e de nada sabia), onde este "assumia" a responsabilidade
sobre as crianças. As autoridades acreditaram, devolveram
os meninos a Catarina e esta viajou com os filhos
para a Inglaterra a fim de entregá-los ao "tio Edward", que
não era outra pessoa senão a própria Margarida.
Eis o belo testemunho de credibilidade e idoneidade
moral dada por esta fundadora do sistema religioso que
afirma ser a verdade, a terceira revelação, "surgida na terra
para corrigir os erros e omissões de Moisés e Jesus Cristo",
conforme afirmou Kardec! Diante desses fatos, muito
esclarecedoras são as palavras proféticas do apóstolo Paulo:
"Porque já o ministério da injustiça opera com todo poder,
sinais e prodígios de mentira" (2Ts 2:7-9). Faz-se necessário,
portanto, que todos tomem conhecimento do que realmente
aconteceu em Hydesville. Como cristãos, cumpramos nossa
obrigação de esclarecer os que jazem nas trevas e nas sombras
da morte (Lc 1:79).
INICIADAS DESDE
CRIANÇAS NO ESPIRITISMO
Baseando-se certamente nas declarações que
Margarida fizera na famosa carta, o autor da reportagem
pergunta: "Uma vez que a senhora abomina o espiritismo,
como é que o praticou durante tanto tempo?" Em sua
resposta, Margarida revela outros detalhes, esclarecendo
toda a história. Leia, a irmã mais velha de Catarina e
Margarida, havia-as arrastado às práticas enganosas do
24
espiritismo após descobrir que as meninas faziam uso de
certas "habilidades" e truques em suas brincadeiras para
^impressionar a mãe. "Ela é minha detestável inimiga",
desabafa Margarida referindo-se à sua irmã. "Eu a odeio.
Meu Deus, eu a envenenaria! Não, não faria isso, mas eu a
í açoitaria com a minha língua. Nossa irmã serviu-se de nós
em suas exibições, ganhamos dinheiro para ela. Oh, estou
atrás dela! Sabe o senhor que se pode matar, às vezes, sem
usar armas?"
Quem poderia inspirar à fundadora do espiritismo
esse impulso assassino, essa propensão fraticida senão o
diabo, aquele que foi homicida desde o princípio? (Jo 8:44)
OS MORTOS NÃO VOLTAM
Dando continuidade às revelações, Margarida
declarou ao repórter: "Sabia, então, que todos os efeitos
|por nós produzidos eram absolutamente fraudulentos.
|Ora, tenho explorado o desconhecido na medida em que
uma criatura o pode. Tenho ido aos mortos procurando
receber deles um pequeno sinal. Nada vem daí, nada, nada.
Tenho estado junto às sepulturas, na calada da noite, com
licença dos encarregados. Tenho me assentado sozinha em
túmulos, para que os espíritos daqueles que repousam
fdebaixo da pedra pudessem vir ter comigo. Nada! Não, não,
'os mortos não hão de voltar, nem aqueles que caem no
[inferno. Assim diz a Bíblia Sagrada, e eu também o digo".
OS DIFERENTES RAMOS DO ESPIRITISMO
Espiritismo é toda religião que se baseia na crença da
25

"
s.
t
comunicabilidade dos espíritos com os vivos. Divide-se em
dois principais ramos: espiritismo de mesa ou kardecismo,
impropriamente chamado científico e simplesmente
conhecido por espiritismo; e espiritismo de terreiro, que
recebe várias designações conforme suas origens e lugares
em que se desenvolve, como umbanda, quimbanda,
candomblé e xangô, todas mais comumente conhecidas
pelo nome de macumba. \
O espiritismo kardecista originou-se, como já citado,
da codificação das crenças espíritas feitas por Allan Kardec,
na França, em 1856. A macumba, magia, feitiçaria ou
espiritismo de terreiro originaram-se nas crenças e práticas
trazidas para o Brasil pelos africanos, aqui misturadas com
as crenças ameríndias, católicas e espíritas.
As obras de Allan Kardec são de grande ênfase religiosa,
justificando o fato de o espiritismo ser aceito como mais
uma religião. E vem se esforçando, inclusive, para ser representado
como religião cristã, não obstante negar praticamente
todos os ensinos de Jesus Cristo.
Esse aspecto religioso do espiritismo, principalmente
o do cristianismo, é que tem atraído multidões, que
de outra forma o renegariam. Há, entre os católicos, os que
vivem em perfeita "simbiose religiosa", praticando o espiritismo
e ao mesmo tempo o catolicismo. A propósito, o es-;
piritismo vem adotando para seus centros e diversas instituições
nomes de santos católicos, e com isso cada vez
mais se disfarça, atraindo os que, por não conhecerem as
escrituras e não sendo regenerados, têm uma concepção
insuficiente e distorcida do cristianismo.
Por outro lado, a atração exercida pelo mistério, aliada
à possibilidade, segundo pensam os seus seguidores, de as
26
pessoas poderem se comunicar com entes já falecidos, e
mais a facilidade de se obterem curas e solução de vários
problemas, fazem com que a multidão de enganados cresça
rapidamente.
O espiritismo no Brasil se estrutura em centros locais,
que se relacionam uns com os outros, formando a
Confederação Espírita do Brasil.
O espiritismo kardecista não tem propriamente um
culto a Deus; os seus adeptos reúnem-se em Centros para
consultar os mortos por meio de médiuns. Essas consultas
têm por finalidade a cura de enfermidades ou solução de
problemas sentimentais, familiares, financeiros, etc. Não
têm, entretanto, nada que lhes dê o aspecto de culto de
adoração a Deus.
Já o umbandismo resulta do sincretismo das crenças
trazidas da África pelos escravos com as crenças dos
ameríndios, do catolicismo e do kardecismo. O umbandismo
recebe nomes diferentes em certas regiões: candomblé na
Bahia, xangô no Nordeste e umbanda no Rio de Janeiro, São
Paulo e outros estados. São práticas que diferem umas das
outras apenas em alguns pormenores sobre as entidades
com que trabalham e sobre o ritualismo, mas, basicamente,
são todas de uma só natureza, podendo agrupar-se,
realmente, sob o nome de umbandismo ou macumba.
Os umbandistas insistem em distinguir-se de um
outro grupo de confrades, aos quais se referem como
quimbandistas (adeptos de quimbanda), dizendo que,
enquanto a umbanda procura praticar o bem, a quimbanda
pratica o mal.
O umbandismo não tem um corpo de doutrinas, daí
a dificuldade que os umbandistas encontram de se
27

H i
unificarem, a despeito dos esforços que vários deles desenvolvem
para isso. Baseia-se o umbandismo em lendas; aceita
como deuses algumas entidades imaginárias, ou seja, místicas;
consulta o que supõe ser espíritos de caboclos (índios e
pretos africanos). Mas não tem sistema coerente de crenças
formando doutrina.
As crenças umbandistas podem ser assim resumidas:
espíritos nunca encarnados (deuses) se conunicaram um dia
com seres terrenos num passado longínquo. Em virtude da
inferioridade dos terrestres, essas comunicações tinham por
finalidade a prática do mal, e os seus praticantes ou sacerdotes
eram chamados magos. Tais práticas foram desenvolvidas
na África, daí o nome de magia negra, em virtude da cor de
seus habitantes. Os selvagens usavam ritos nos quais
figuravam instrumentos apropriados e objetos como
amuletos, animais, fogo, água, vento, sol, lua, etc... Faziam
suas reuniões com danças e músicas, e para facilitar a
incorporação dos espíritos, constantemente se embriagavam
e faziam oferendas às entidades. A oferenda se chamava
cangerê, nome que por extensão passou a designar a própria
macumba em alguns lugares do Brasil. Esses trabalhos de
magia tinham por finalidade a vingança, a conquista e o
domínio sobre pessoas ou grupo de pessoas. Essas reuniões
é que ficaram com o nome de quimbanda ou magia negra.
Legiões de espíritos evoluídos intervieram para anular
as forças do mal, apresentando-se como cablocos (índios),
africanos, sereias, etc. As práticas dos adeptos dessas falanges,
supostamente organizadas para vencer o mal, é que
domina propriamente a umbanda. Portanto, quando dizemos
umbanda, referimo-nos a todo fetichismo africano
mesclado às crenças ameríndias, católicas e espíritas, que o
28
povo, com naturalidade, chama de macumba.
Em resumo, a crença umbandista diz que existem no
espaço milhares de entidades incorpóreas e de espíritos
desencarnados que atuam sobre os homens, uns para o mal,
outros para o bem; que esses espíritos estão organizados em
grupos de falanges, cada um deles obedecendo a um chefe
— o orixá --, simbolizado por uma cor e atendendo ao
chamado de seus adeptos por meio de "pontos" cantados ou
riscados. Os espíritos desencarnados são de índios e pretos
africanos, os quais atendem ao chamado de pais-de-santo
quando praticam rituais apropriados, e neles se incorporam
para transmitir suas mensagens e operar, conforme o caso,
o mal ou o bem. Para atuar, os espíritos precisam ser
agradados por oferendas, também chamadas de cangerês.
São elas que aparecem constantemente nas encruzilhadas.
Além dessas crenças características, os umbandistas
mantêm as crenças básicas do espiritismo kardecista. Hoje,
mais de um terço da população brasileira está nas garras de
Satanás! São mais de 40 milhões de pessoas enganadas,
necessitando conhecer a verdade de que só Jesus liberta.
DOUTRINAS ESPÍRITAS À LUZ DA BÍBLIA
Confrontaremos nesta parte as doutrinas espíritas da
linha de pensamento de Allan Kardec, o famoso espiritismo
conhecido como de mesa branca. Sabemos que os espíritas
não crêem na Bíblia como sendo palavra de Deus. O uso que
fazem dela se restringe a apenas alguns textos, os quais
interpretam a seu modo exatamente para confundir as pessoas.
Entretanto, o contexto bíblico põe por terra todas as
afirmações que constituem a base do espiritismo, como
29

veremos a seguir.
- Possibilidade de comunicação de espíritos de
pessoas mortas com seres vivos. Não há base nas escrituras
para essa crença. Deus condena consultar os mortos em Dt
18:9-14, Is 8:19-20, Lv 19:26-31 e Jr 27:9-10. Em Êx 22:18 lemos
que "A feitiçaria não deixará viver". Em Dt 18:7 está
escrito: "Quem consultar os adivinhos será extirpado do
meio do povo de Deus". Um caso que merece destaque, na
Bíblia, é o de Saul e a feiticeira (ISm 28:8-19). Saul foi
escolhido como rei de Israel, e enquanto o Espírito de Deus
estava sobre ele, obteve vitórias (ISm 11:6). Sabemos que a
sua humildade e obediência a Deus duraram apenas dois
anos. O primeiro erro de Saul foi oferecer holocausto em
lugar de Samuel e sem a sua permissão, sendo que somente
o sacerdote poderia fazê-lo. Foi repreendido por Samuel, o
qual referiu-se a ele usando quatro expressões bastante
duras: procedeste nesciamente; não guardaste o mandamento
que o Senhor te ordenou; não crescerá o teu reinado;
o Senhor buscou para si um novo homem que lhe agrade.
A Bíblia diz que "um abismo chama outro abismo"
(SI 42:7). Havendo a concupiscência, vai-se rápido da luz ao
pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte, diz a
carta de Tiago (1:15). E assim foi com Saul.
Outros erros de Saul (ISm 14): fez o que quis sem
consultar o Senhor; mandou matar Jônatas; Deus o mandou
destruir Amaleque e tudo o que estivesse lá: o rei, homens,
mulheres, crianças, ovelhas, camelos, tudo, e Saul foi e
tomou a Agague, rei de Amaleque, e trouxe-o vivo,
contrariando a Deus! (ISm 15:8)
Quando a pessoa é advertida e apesar da advertência
continua no erro, está sendo rebelde. Pecado não confessado,
30
não arrependido, gera morte. Por isso Saul recebeu a grande
sentença divina: "Porque tu rejeitas a palavra do Senhor, ele
também rejeitou a ti para que não sejas rei"(lSm 15:23).
Devido à sua desobediência, o Senhor se arrependeu de
haver constituído Saul rei sobre Israel. Samuel ungiu um
novo rei, e Davi reinou sobre o povo. O espírito do Senhor
se retirou de Saul e veio um espírito mau para o atormentar
(a vinda desse espírito sobre Saul seria o salário do seu
pecado). Se o Espírito do Senhor se afasta de uma pessoa, o
seu coração fica aberto para o mal, a casa fica desocupada. Aí
Saul, sem o Espírito Santo, quis matar Davi, lançando sua
lança contra ele: "Encravarei Davi na parede", disse.
Saul ficou endemoninhado e tentou vinte e uma
vezes assassinar Davi, e com o agravante da premeditação.
Saul matou oitenta e cinco sacerdotes porque um deles deu
alimento a Davi. Tentou também matar o seu próprio filho,
Jônatas, por ser amigo dele. Saul ficou louco, esquizofrênico
e endemoninhado.
Era triste a situação de Saul, sem paz e sem o Espírito
de Deus. Nesta situação, quis consultar o Senhor, e Ele não
lhe respondeu nem por sonho, nem por urim, nem por
profetas (ISm 28:6). Porque a Bíblia diz que Deus não ouve
a pecadores que não se arrependem, por isso não podia
responder-lhe (Jo 9:31). E Saul era um rebelde que fazia a sua
própria vontade: no lugar de se humilhar diante do Senhor,
permaneceu com o coração endurecido. Em vez de se
arrepender e pedir perdão a Deus dos seus erros, cometeu
outro grande pecado, mandando buscar uma feiticeira, uma
adivinhadora para consultar (ISm 28:7), e no seu orgulho
deve ter falado assim: "Se Deus não me ouve e nem me
responde, então procuro o diabo". E não é isto que está na
31

»*r
moda, hoje? (Existem pessoas que consultam o diabo, e já
existem até igrejas consagradas exclusivamente a ele!)
Saul, diante da feiticeira, disse-lhe: "Faze-me subir a
Samuel". Saul havia desobedecido a Samuel, tentando matálo,
e agora fazia este pedido. Enquanto estava vivo não quis
consultá-lo, depois que Samuel morreu quis ouvi-lo através
de uma feiticeira. Que absurdo!
Saul perguntou à feiticeira: "Que é que vês?" (Saul |
nada via, somente a feiticeira.) "Vejo deuses (espíritos) que j
sobem da terra", respondeu-lhe ela. Note que eram muitos,;
e o pedido era de ver apenas um, o de Samuel. Como ela
precisava agradar o consulente, disse-lhe: "Vem subindo
um homem ancião e está envolto em uma capa". Sabemos
que os demónios conhecem as pessoas e, após a morte,
podem perfeitamente tomar a forma da pessoa, bem como
imitar o seu tom de voz. Acreditar que Samuel apareceu é
crer no absurdo, é crer que Deus responde através de feiti-;
caria. Se Deus não respondeu a Saul por meios certos'!
(profetas, sonhos, urim, Espírito Santo), como poderia^
responder-lhe através do diabo ou da feitiçaria? Sabemos'
que foi o diabo que falou por meio da feiticeira e que afir-'
mou a Saul: "Amanhã tu estarás comigo". E, de fato, Saul
suicidou-se, violando a Palavra de Deus que ordena: "Não
matarás" (ISm 31:1-13).
- Reencarnação. A ideia não se sustenta diante da
Bíblia, senão vejamos: o corpo volta ao pó da terra, e o Espírito
a Deus (Ec 12:7); o homem morre uma vez só (Hb 9:27).
Os espíritas usam os textos bíblicos de Mt 11:10-14 e
Mq 4:5 para dizer que João Batista era Elias reencarnado.'
Mas os judeus não criam em reencarnação. Em Luc 1:17
32
aparece a expressão "virtude de Elias", e isto significa
poder espiritual. Os discípulos perguntaram a João Batista
se ele era Elias e ele respondeu: "Não sou" (Jo 1:21).
Em Jo 3:1-2 fala-se do novo nascimento espiritual e
não em reencarnação, como afirmam os espíritas. O verso 6
diz: "O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do
espírito é espírito". Jo 1:12-13 fala que depende de aceitar, de
receber Jesus para passar por este novo nascimento.
- Salvação pelo aperfeiçoamento através da evolução
espiritual e do sofrimento e pela prática de boas obras. A
salvação é pela fé em Jesus Cristo, apenas (Jo 1:12; 3:1-18;
5:24; 6:47; At 16:31; Rm 3:10-12, 23-28; 10:9; Is 64:6; Ef 2:8-9).
Essas passagens são claras e não precisam de comentários,
basta lê-las.
- Existência de diferentes mundos para a habitação
dos espíritos em vários estágios de evolução espiritual. Em
Jo 14:2, a expressão "na casa de meu Pai há muitas moradas"
significa a amplitude do reino de Deus, o qual comportará a
todos os seus servos. A Bíblia diz que há apenas dois destinos
finais para quem morre: céu e inferno. O homem, crendo em
Jesus, vai para o céu; e rejeitando a Jesus, será condenado e
vai para o inferno (Jo 3:18). Jesus disse ao ladrão na cruz:
"Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23:43). Não teve estado
intermediário.
- Deus existe, mas está longe demais e só se manifesta
por meio de intermediários, que são os espíritos-guias.
Toda a Bíblia revela que Deus nos busca e está perto, que
vem ao coração daquele que crê para nele habitar. João diz
33

que o Verbo (Jesus) se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14).
Jesus disse a Felipe: "Há tanto tempo estou convosco e não
me tendes conhecido" (Jo 14:6-11). E as Escrituras ressaltam
ainda muito mais a proximidade de Deus: Jesus entra no
coração de quem o aceita (Ap 3:20); Jesus faz morada no
coração de quem o ama (Jo 14:23); "Buscai ao Senhor
enquanto está perto" (Is 55:6-7).
- Jesus é considerado meramente um homem que
alcançou grande desenvolvimento espiritual. Jesus tinha
as duas naturezas, a humana e a divina. Provas de que Jesus
era divino (Deus) existem várias: "No princípio era o Verbo
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1:1-14);
Jesus é o Cristo e o filho de Deus (Mt 16:15-17); Jesus desceu
do céu Qo 6:38); Jesus e o Pai são um (Jo 14:7-11 e 10:30); o
próprio nome de Jesus mostra a sua divinidade: "Emanuel",
Deus Conosco (Mt 1:23); Jesus é o Senhor e Rei de todo o
universo (Fl 2:10-11, ITm 6:15 e Ap 17:14).
- O espiritismo julga ser, ele próprio, a "Terceira
Revelação", o Espírito Santo prometido por Jesus. Isso é
blasfémia contra o Espírito Santo, que é uma pessoa e não
um movimento criado pelo homem. O Espírito Santo é uma
pessoa (Jo 14:16), prometido por Jesus, por isso tem atributos
de pessoa: pensa, compreende e raciocina (Rm 8:27), sente
(Is 63:10, Ef 4:30), tem vontade (At 16:6), age como pessoa
ensinando (Jo 14:26), convencendo (Jo 16:8), falando (At
8:29,10:19) e intercedendo pelos cristãos (Rm 8:26). O Espírito
Santo é uma pessoa da Trindade, é Deus, é igual ao Pai e ao
Filho (Jo 10:30) no batismo (Mt 28:19) e na bênção apostólica
(2Co 13:13); é também apresentado como o Espírito de Deus
•34
(Ez 36:27; Gn 1:2) e como o Espírito de Jesus (At 16:6-7).
- Crença de que se devem fazer orações pelos mortos
e espíritos sofredores. Essa crença é semelhante à dos católicos.
Os católicos crêem no "purgatório" e querem tirar as
almas católicas de lá por meio de suas preces. Os espíritas
crêem na erraticidade dos espíritos, isto é, que quando a
pessoa morre, o espírito fica errante no espaço, muitos deles
sofrendo, até que se reencarne mais uma vez. A Bíblia não
ensina sobre "purgatório" nem sobre "erraticidade de
espíritos". Depois da morte virá o juízo e não a reencarnação
(Hb 9:27). O rico morreu e foi para o tormento, e Lázaro para
o seio de Abraão (Lc 16:19-31). Definiu-se bem os dois
lugares.
- Os espíritas negam a existência do céu. Jesus declara
ele próprio ter descido do céu e pertencer ao céu (Jo 3:12-
13). O céu está preparado para o cristão (Co 1:5; IPe 1:4).
Jesus subiu ao céu depois de ressuscitar (At 1:9-11). O céu é
descrito no Apocalipse como uma cidade maravilhosa de
beleza indescritível, onde os salvos habitarão na presença
de Deus para sempre (Ap 21:1-27, 22:1-5).
- Os espíritas negam a existência do inferno e das
penas eternas. Jesus fala do inferno, onde poderão ser lançadas
todas as pessoas pecadoras (Mt 5:29-30); Jesus fala do
inferno como o lugar onde podem perecer a alma e o corpo
(Mt 10:28); Pedro ensina que Deus lançou no inferno os
anjos que se rebelaram no céu contra Ele (2Pe 2:4); Jesus fala
que no último dia, no juízo final, os homens serão separados,
uns para o tormento eterno e outros para a vida
35

eterna (Mt 25:31-46); na Bíblia, o inferno é o lugar de fogo e
enxofre (Ap 20:10); no lago de fogo e enxofre serão lançados,
além do diabo e seus anjos, todos os que não tiveram os seus
nomes escritos no Livro da Vida (Ap 20:15 e 21:8).
- Os espíritas negam a existência do diabo. Há vários
textos bíblicos que afirmam sua existência: Mt 4:1 e 25:41;
Ap 12:9,12 e 20:10; Ef 4:27; Tg 4:7; 2Co 11:13-14.
CRENÇAS UMBANDISTAS E A BÍBLIA
Existem várias. Uma é a de que Deus precisa se manifestar
por meio de intermediários chamados "orixás", sendo que
a Bíblia declara que há somente um mediador entre Deus e
os homens: Jesus Cristo (ITm 2:5).
Outra crença é a de que Jesus é um orixá e chefe de linha, um
espírito que evoluiu em virtude de muitas encarnações. Isso
é blasfémia, pois comparar Jesus com um simples espírito de
caboclo que baixa nos terreiros, risca pontos e bebe cachaça
é um absurdo. A Bíblia diz: Jesus é eterno (Jo 1:1); Jesus é
Deus encarnado (Jo 1:14; 2Co 5:19); todas as coisas foram
feitas por Jesus (Jo 1:3); Jesus é Senhor do Universo (Fl 2:10-
11); somente no nome de Jesus há salvação (At 4:12); Jesus
é Deus, é o redentor, está vivo e virá para o juízo final.
Crença que há entre Deus (Zambi) e Jesus (Oxalá) um mediador,
que é São Miguel. Mas, isso já está claro em ITm 2:5,
que diz que só Jesus é o mediador.
Crença que não existe Satanás e sim Exú, e que este Exú
é recuperável pela evolução espiritual, quando a Bíblia fala
que Satanás (Belzebu) é um espírito sem possibilidade de
recuperação, pois Jesus já designou o seu lugar final, que é
36
no lago de fogo (Ap 20:7-10). São estes os espíritos de caboclos
e pretos velhos que os espíritas recebem nos centros
pensando ser espíritos desencarnados.
Crença de quando morre o corpo, a alma se reintegra na
energia cósmica. Em Lc 16:19-26 vemos que o rico no tormento
mantém a sua personalidade: ele abriu os olhos; viu; falou,
fazendo o pedido à Abraão; reconheceu Lázaro; tinha
consciência do sofrimento; e tinha lembrança de seus
parentes ainda vivos. Por aí se vê que a doutrina espírita é
uma verdadeira confusão: crê na reencarnação e crê que a
alma se reintegra na energia cósmica. É uma fábrica de loucuras!
Crença na purificação por meio de descargas com pólvoras,
defumadores e banhos ritualísticos. É a preocupação dos espíritas
pelo fato de não se purificarem dos pecados, mas sim
dos maus fluidos, dos espíritos desencarnados. Entretanto,
a Bíblia fala que o sangue de Jesus nos purifica de toda
injustiça e limpa todos os pecados confessados (IJo 1:9).
Quanto a afastar os maus espíritos, a Bíblia diz: "Resisti ao
diabo e ele fugirá de vós" (Tg 4:7). Ela também fala categoricamente
do destino final dos espíritas e de todos os que
não aceitarem Jesus: "No lago que arde com fogo e enxofre,
o que é a segunda morte" (Ap 21:8).
ENTIDADES DOS ESPÍRITAS
Orixás - São entidades espirituais que, segundo a
crença africana, guiam os homens. São divindades
representativas das forças da natureza: Oxossi (deus das
matas); Xangô (deus dos trovões); Ogum (deus das guerras),
etc. Esses deuses eram considerados entidades proteto-
37

,

!
.
i
I
seguintes observações: l- Os macumbeiros transformaram
Jesus - que é o filho de Deus, Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores, que morreu e ressuscitou por nós - num orixá,
entre muitos outros orixás. Isso é uma blasfémia contra
Jesus. 2- A Bíblia fala da existência de legiões, principados,
potestades, hostes espirituais, que são verdadeiras legiões
de demónios (Efésios 6:10-12). Os umbandistas os chamam
de "espíritos" e "entidades", o que para Satanás não faz
diferença. Dêem-lhes os iludidos os nomes que lhes derem,
eles continuarão a realizar as suas obras: roubar, matar e
destruir.
Os exús da quimbanda - a quimbanda reconhece nos
exús um tipo de espírito mais destacado, como seres formando
enormes e numerosos exércitos, agindo em todos os
setores da Terra. Essa afirmação corresponde ao que a Bíblia
diz: que os demónios formam numerosos exércitos chefiados
por Lúcifer, o anjo de luz decaído, e agem por toda a
Terra. A diferença é que, à luz da Bíblia, esses demónios são
combatidos em nome do Senhor Jesus, e lá na quimbanda
são adorados e recebem oferendas e até cultos de adoração.
Os exús recebem vários nomes e atuam em vários
sentidos. Eis alguns nomes: Exú das Sete Encruzilhadas,
Exú das Sete Ventanias, Exú das Sete Montanhas, Exú das
Sete Cachoeiras, Exú das Sete Poeiras, Exú das Sete Escamas,
Exú das Sete Espadas e Exú Pombas. E ressaltamos um, entre
estes: o Exú Pomba-Gira, um exú feminino representado
geralmente pela estátua de uma mulher branca, avermelhada,
de seios nus e sorriso maroto. Esse demónio age na
área do sexo, levando homens e mulheres à prostituição, ao
homossexualismo e à infidelidade.
40
A PRÁTICA DA MACUMBA
Não vou entrar nos pormenores da macumba. Porque
o meu alvo, ao escrever este livro, é que os leitores tenham
uma noção daquilo que o diabo faz lá nos Centros e como é
que ele recebe adoração. Quero apenas destacar as coisas
que são usadas nas seções: pontos, rituais, oferendas e
descargas, a fim de ajudar o leitor a ter uma ideia do que seja
a macumba como culto religioso, ou seja, deixar claro que a
macumba é um culto pagão e demoníaco. Não pense,
portanto, na macumba como sendo apenas alguma coisa do
nosso folclore, mas sim como algo que representa um mal
muito grande.
Na macumba não há culto a Deus; há, isto sim,
culto ao demónio e adoração e honra ao próprio Satanás,
na pessoa do exú. Os que trabalham na macumba são:
chefes de terreiro ou pais-de-santo (os que dirigem o terreiro,
presidindo os trabalhos), filhos de terreiro (os médiuns
que atuam para invocar as entidades que baixarão no terreiro),
cambanos (os médiuns que realizam várias tarefas,
como defumar o terreiro antes das seções) e cavalos (os que
recebem os espíritos).
Quanto às coisas usadas na macumba, evidenciamos
o defumador, usado nas aberturas e encerramentos de "giras"
(seções) para purificação tanto do terreiro como dos participantes.
Quanto às de despacho, são: parati (chamado
marafo), charutos, cachimbos, fumo de rolo, cigarro, farofa
com azeite-de-dendê e animais como galinhas pretas e gatos
pretos. Das pombas, os macumbeiros retiram as penas
brancas para traçar, nas mesas ou no chão, os pontos riscados
com os quais invocam as falanges de espíritos de sua
41

preferência. Já a pólvora, depois de incendiada, é usada
para descarga do ambiente ou de determinadas pessoas que
supostamente estejam carregadas de maus fluidos.
«
A opressão maligna caracteriza-se pela atuação dos
demónios sobre a vida das pessoas. Essa atuação não significa
possessão, isto é, os demónios não entram no coração do
indivíduo tirando-lhe a consciência. Agem externamente
apenas, assediando a pessoa com sugestões, tentações e
doenças malignas. Alguns sintomas da opressão:
Mania de perseguição: geralmente a pessoa oprimida
pensa que todas as pessoas (parentes, vizinhos, companheiros
de trabalho, pai ou mãe) estão contra ela e sabem de
sua vida íntima. Há uma força pessimista que reina dentro
de sua mente.
Medo doentio: a opressão maligna sempre infunde na
mente do oprimido o medo por lugares escuros, por entidades
espirituais, feitiço ou macumba. Essas pessoas não
podem passar por uma encruzilhada e ver um despacho ou
um sapo que entram numa crise espiritual tremenda.
Ódio e ressentimento: quase sempre são consequências
da opressão maligna, e muitas vezes constitui uma fonte
para a possessão maligna. Em Efésios 4:26-27 lemos: "Iraivos
e não pequeis; não se ponha o sol sobre a ira, nem deis
lugar ao diabo".
43

!
preferência. Já a pólvora, depois de incendiada, é usada ;
para descarga do ambiente ou de determinadas pessoas que
supostamente estejam carregadas de maus fluidos.
42
A opressão maligna caracteriza-se pela atuação dos
demónios sobre a vida das pessoas. Essa atuação não significa
possessão, isto é, os demónios não entram no coração do
indivíduo tirando-lhe a consciência. Agem externamente
apenas, assediando a pessoa com sugestões, tentações e
doenças malignas. Alguns sintomas da opressão:
Mania de perseguição: geralmente a pessoa oprimida
pensa que todas as pessoas (parentes, vizinhos, companheiros
de trabalho, pai ou mãe) estão contra ela e sabem de
sua vida íntima. Há uma força pessimista que reina dentro
de sua mente.
Medo doentio: a opressão maligna sempre infunde na
mente do oprimido o medo por lugares escuros, por entidades
espirituais, feitiço ou macumba. Essas pessoas não
podem passar por uma encruzilhada e ver um despacho ou
um sapo que entram numa crise espiritual tremenda.
Ódio e ressentimento: quase sempre são consequências
da opressão maligna, e muitas vezes constitui uma fonte
para a possessão maligna. Em Efésios 4:26-27 lemos: "Iraivos
e não pequeis; não se ponha o sol sobre a ira, nem deis
lugar ao diabo".
43

Dores-de-cabeça: é natural que as pessoas as tenham
quando provocadas por tensões emocionais, desgastes físicos,
pressão alta ou má digestão. Mas, quando se tornam
constantes, na maioria das vezes significam opressão. Tenho
orado por inúmeros casos de pessoas que possuem essas
dores constantemente, e quando eu expulso a opressão, a
dor sai na hora. Há casos de pessoas que, ao entrarem na
igreja, passam a senti-las imediatamente: são sintomas claros
de opressão. Geralmente essas pessoas já fizeram exame
de eletroencefalograma e nada foi constatado. Nesse caso,
somente Jesus pode trazer a libertação.
Desejo de morrer: toda pessoa que deseja dar fim à sua
vida é oprimida pelo diabo. Jesus disse que o diabo veio para
matar, roubar e destruir: matar o corpo, roubar a vida e tudo
o que dá alegria de viver; destruir o lar, a família, a natureza
divina do homem e levar o ser humano ao desespero.
Sempre que oramos por estas pessoas os espíritos opressores
saem e elas não querem mais morrer, e sim viver. Uma
pesquisa norte-americana revelou que 33% dos jovens
universitários nos Estados Unidos tentam o suicídio e que
11% morrem por este método. Não por falta de amigos ou de
dinheiro, mas por falta de Deus em suas vidas.
Satanás é o acusador das pessoas, e quando elas não
têm Jesus no centro de suas vidas, ele chega e diz: "Você não
tem amigos, você é um miserável; você pecou, não há
perdão para você e a sua igreja não lhe dará apoio; não há
mais solução para você, acabe com a sua vida: morrendo
você vai descansar. Tome veneno, jogue-se do alto do
edifício, etc". O triste é que tais pessoas se matam para
"descansar", e, no entanto, vão passar a eternidade junto
dos mesmos demónios que as perturbaram, porque, se-
44
gundo a Bíblia, não há salvação para quem se suicida. Não
adiantam-missas de corpo-presente, velas, fitas e nem as
estúpidas ideias da "evolução do espírito" ou da "reencarnação",
tão pregadas pelos espíritas. Ap 22:15 e ICo 3:15-
17 dizem: "Ficarão fora do reino de Deus os homicidas...";
"Se alguém destruir o seu corpo (o templo de Deus), Deus o
destruirá". Quando comparecerem diante do tribunal de
Deus, serão julgadas por causa destas palavras.
Outros sintomas menos generalizados: nervosismo,
insónia, desmaio, audição de vozes e vícios diversos.
45

Dentro da umbanda, quimbanda, candomblé e de
todas as formas de espiritismo, ou as pessoas são oprimidas
ou são possessas. Possessão é um estado em que uma pessoa
se torna possuída por espíritos imundos. Há espíritos
que se dizem "deuses", como os orixás, e há também aqueles
que se dizem espíritos desencarnados. Esses espíritos se
identificam como grandes poetas do passado ou como o
espírito de uma pessoas falecida há pouco tempo. Em todo
caso de possessão nos Centros, os guias pedem para a pessoa
se desenvolver, ir adiante nesse trabalho. É aí que muita
gente cai no laço do diabo e resolve trabalhar com os guias
para praticar caridade, a fim de obter o aperfeiçoamento da
alma e desenvolver sua mediunidade, o que é um verdadeiro
engano de Satanás.
Nos casos chamados de "encosto", os Centros utilizam-se
de defumadores, insenso, despachos, trabalhos, gira
especial ou limpeza do corpo para afastá-lo, usando dos
próprios demónios para combater outros demónios, só que
com nomes trocados.
Possessão é ter o corpo usado pelos demónios para
46
habitação, e a mediunidade é sinónimo de possessão. No
espiritismo, quando a pessoa está possessa ou com um
encosto, significa que tem "guias" ao seu lado, que tanto
podem protegê-la como destruí-la. Jesus ensinou que a
finalidade dos demónios, em todos os casos, é a mesma:
roubar, matar e destruir. Se uma pessoa está realmente vivendo
na luz e na presença de Jesus, o guia e a luz verdadeiros
(Jo 3:19 e 12:35), nenhum demónio, que é das
trevas, pode se alojar nessa pessoa, porque a luz expulsa as
trevas. Se alguém, entretanto, não está com sua vida consagrada
a Cristo, então está desprotegido e, conseqúentemente,
a sua vida está aberta à entrada de demónios, os
quais não desejarão permanecer apenas do lado de fora,
mas sim adentrá-la e habitá-la. Não existe meio-termo na
vida cristã: ou se está no reino de Deus ou se está no de
Satanás, pois se Satanás está ao redor do cristão como um
leão, rugindo e buscando devorá-lo, o que não fará com os
indefesos, despreocupados e ignorantes da fé salvífica de
Jesus?
Tenho encontrado muitas pessoas possessas, e quando
pergunto ao demónio se ele voltaria à pessoa possessa
depois de ela aceitar Jesus, a resposta é sempre a mesma: "Se
aceitar Jesus, não posso fazer mais nada!"
Certa vez orei várias vezes por uma jovem e o demónio
voltou várias vezes a perturbá-la. Aí então fiz-lhe um
convite para que aceitasse Jesus em seu coração, e ela me
disse: "Pastor, eu não tenho Jesus como meu salvador, mas
eu o aceito como tal. Entrego o meu corpo, alma e espírito
para o Senhor Jesus". E em lágrimas repetiu uma oração de
renúncia a Satanás e de entrega ao Senhor Jesus. Nunca
mais o demónio pôde perturbar aquela jovem.
47

CAUSAS DA POSSESSÃO DEMONÍACA
Envolvimento com a macumba ou espiritismo: toda pessoa
que passa a se relacionar com o espiritismo ou mesmo ler
literaturas desse género, está abrindo o seu coração para esses
demónios. No Velho Testamento o castigo por sua prática
era a morte: "A feiticeira não deixarás viver" (Ex 22:18;
Lv 19:26-31).
Consagração aos demónios: há muitos pais que consagram
e batizam os seus filhos nos Centros e, quando eles
crescem, ficam possuídos pelos demónios. Há um demónio
cuja missão é "proteger" as crianças, que se chama Cosme &
Damião. Os pais que frequentam esses ambientes fazem
isso com muita naturalidade. Sendo assim, o ministro do
evangelho terá que fazer uma oração de renúncia e quebrar
todos os votos e compromissos feitos pelos pais ou
parentes no passado, anulando a maldição hereditária.
Não ter Cristo no coração: esta é a causa básica. Não é
errado afirmar que qualquer pessoa que não tenha Jesus é
uma porta aberta para a possessão demoníaca (Lc 11:24-26).
CARACTERÍSTICAS DO POSSESSO DE GADARA
Há um caso exemplar de possessão na Bíblia: o do
louco de Gadara, o qual Jesus libertou. Endemoninhado, tinha
consigo vários espíritos imundos (legião) incorporados
(Mc 5:1-13). Tinha uma força extraordinária, ao ponto de
ninguém conseguir prendê-lo. Possuía acessos de ira, despedaçava
correntes e arrebentava qualquer coisa que o
prendesse. Sua personalidade estava dividida: procurava a
ajuda de Jesus e ao mesmo tempo o temia. Resistia espiri-
48
tualmente à fé cristã. Tinha hiperestesia, uma qualidade
metafísica sobrenatural: o gadareno era clarividente, pois
imediatamente soube que era Jesus que lhe vinha ao encontro.
Variação de voz: uma legião falava através do gadareno.
Transparência: os demónios saíram do homem e entraram
numa manada de porcos.
O caso de transparências sempre acontece nos
trabalhos de libertação: certa vez, quando eu orava por um
homem possesso, o demónio saiu do pai e entrou na filha.
O homem ficou liberto, mas a filha ficou possessa. Depois
que expulsei o demónio da filha, ele ainda entrou numa
terceira pessoa que estava no local!
A MISSÃO DA IGREJA
Vivemos em plena era do demonismo. O espiritismo
está, sob suas mais diversas ramificações, dominando a
mente das pessoas. A igreja atual tem que agir, passar da
mera pregação pentecostal que está na moda, para a pregação
plena e completa. Sair por aí dizendo que Jesus Cristo
salva, batiza com o Espírito Santo, mas que antes de tudo
liberta as pessoas que estão oprimidas pelo diabo e seus
asseclas. Se a igreja atual não agir contra os demónios, eles
começarão a entrar nela -- se já não o estiverem fazendo.
Jesus disse que as portas do inferno não poderiam
prevalecer contra a igreja. Seus discípulos entenderam
muito bem que a nossa principal luta não é contra a carne e
nem contra o sangue (as pessoas), mas contra as hostes de
Satanás (Ef 6:12).
O apóstolo Paulo afirma que a igreja é um corpo cuja
cabeça é Jesus. Logo, não existe igreja fraca, a não ser sob o
49

ponto de vista organizacional, onde encontramos algumas
carentes do conhecimento do poder de Deus. Há igrejas
que conhecem seu poder teoricamente, através de estudos
e palestras, mas não o colocam em prática. A igreja em que
você está pode ter imperfeições, mas o mais importante é
a sua fé no poder de Deus. Tenho certeza que o Espírito
Santo de Deus dirige seus filhos, razão pela qual sempre
temos pisado na cabeça de Satanás, apesar de tudo aquilo
que existe de falha em nós. Nas reuniões em que ministramos
a Palavra os demónios são humilhados, numa prova
de que o Senhor está conosco. As pessoas são libertas e se
transformam em novas criaturas em Cristo.
Há pessoas que fazem pactos com o diabo e oferecem
manjares às entidades nas encruzilhadas, cemitérios, matas,
pedreiras, cachoeiras, ou então acendem velas para as
almas, orientam-se por horóscopos, consultam búzios,
relacionam-se com os orixás, exús e os mais diversos guias,
e, ao chegarem em nossas reuniões, são completamente
libertas de todas essas opressões. Porque Deus permite que
os demónios se manifestem a fim de serem envergonhados
e principal-mente desmascarados. Dessa maneira, as pessoas
que estão na reunião têm a oportunidade de se
arrependerem, entre-gando suas vidas a Jesus.
Segundo Lc 4:18-19, a missão da igreja é evangelizar
os pobres, curar os quebrantados de coração, apregoar
liberdade aos cativos, pôr em liberdade os oprimidos,
anunciar o ano aceitável do Senhor. Esta foi a missão de
Jesus e o será de sua igreja, a qual recebeu o seu poder e a
sua autoridade (At 1:8 e Mt 10:1).
50
Os soldados, quando saem para a guerra, normalmente
estão bem preparados para a luta e são bastante
experientes no manejo das armas, justamente porque vão
enfrentar o inimigo. Nas guerras usam-se aviões, tanques,
bombas e tudo o que possa derrotar o opositor. Na luta que
os cristãos travam também devem-se usar todas as armas
espirituais -- porque essa luta é espiritual.
A nossa vitória consiste em dominar o deus deste
século, Satanás. Jesus veio a este mundo e entrou em luta
com o diabo e seus anjos. Por outro lado, Satanás procurou
em tudo vencer. Mesmo quando Jesus morreu na cruz, o
inimigo pensou que havia vencido o filho de Deus. Mas, não
foi assim que aconteceu: quando Jesus morreu, ele não foi
derrotado, porque desceu até o hades e tomou das mãos de
Satanás as chaves da morte e do inferno que estavam em
suas mãos (Ap 1:18) e depois pôde afirmar a seus discípulos:
"Todo o poder me foi dado no céu e na terra" (Mt 28:18).
Jesus venceu o mundo espiritual, e a sua igreja deve
usar as armas espirituais para vencer tudo o que é mundano
(que nos fala apenas do mundo), o qual, segundo Paulo,
está dominado pelos espíritos e potestades malignas. A
51

ecomendação do apóstolo é que nos vistamos com toda a
armadura de Deus. Temos, portanto, na Palavra de Deus
armas que o Espírito Santo nos tem revelado, e com a nossa
vida nas mãos de Deus podemos usá-las, não havendo
inimigo que nos possa resistir.
Vamos examinar agora o valor das armas espirituais
à disposição da igreja:
O nome de Jesus Cristo. Quando Jesus enviou seus
discípulos, não os mandou de mãos vazias, desarmados,
pois ele próprio sabia por onde andariam, com quem iriam
se encontrar e também que Satanás iria se levantar contra
eles. Por isso os enviou com a autoridade de usar o seu nome
como arma para derrotar os inimigos. Jesus disse: "Em meu
nome expulsarão demónios" (Mc 16:17). "Deu-lhes poder
sobre os espíritos imundos, para expulsá-los" (Mt 10:1). "Eis
que vos dou poder para pisar em serpentes, escorpiões e
sobre toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum"
(Lc 10:19).
Os apóstolos ouviram estas afirmações e as guardaram
em seus corações. Após a ascensão de Jesus começaram
a usar as instruções recebidas. Em Atos 3:6 encontramos
Pedro usando o nome de Jesus para curar um coxo, dizendo:
"Em nome de Jesus...", usando, portanto, a autoridade recebida.
Como resultado, o coxo andou. Temos outras informações,
em Atos 3:16, onde o mesmo apóstolo dá
testemunho de que foi, na verdade, a autoridade do nome
de Jesus que curou o coxo. Outro exemplo é o do apóstolo
Paulo, em Atos 16:18, quando usou o nome de Jesus para
repreender aquele espírito de adivinho, dizendo: "Em nome
de Jesus Cristo, ordeno-te: sai!" E saiu na mesma hora.
No trabalho de aconselhamento pastoral, tenho dito
52
às pessoas que se envolveram em problemas espirituais, que
na hora em que ouvirem vozes, barulho e coisas estranhas
que denunciem a presença de espíritos, falem em voz alta e
com autoridade: "Em nome de Jesus, saiam de perto de
mim!"
O sangue de Jesus Cristo. O diabo odeia o sangue de
Jesus. O sangue não somente nos purifica dos nossos pecados,
mas também é proteção contra o mal. Não temos base
bíblica para expulsar demónios pelo poder do sangue de
Jesus, mas temos no "nome de Jesus" tal autoridade. Diante
dele, eles se submetem a nós (Lc 10:17).
No Velho Testamento encontramos um episódio
que nos mostra que o sangue, na verdade, é uma proteção
(Ex 12:13). Sobre as casas em que se colocou sangue, o anjo
destruidor passou adiante e a ninguém feriu. E o brado dos
mártires, em Ap 12:11, foi: "Eles venceram pelo sangue do
Cordeiro".
Certa mulher cristã tinha uma vizinha espírita que
não gostava dela. Um dia essa vizinha retirou do varal uma
saia que lhe pertencia e a levou num centro espírita que
frequentava e disse: "Esta saia é de uma mulher crente.
Quero que faça um trabalho para que ela se mude de perto
de mim". A espírita não gostava da crente por causa de seu
bom testemunho: vivia cantando o dia todo, e isso a perturbava.
Entretanto, na hora da sessão, um espírito maligno,
possuindo a médium, disse: "Tire esta saia daqui, tire
esta saia daqui, ela está suja de sangue!" E o trabalho não
pôde ser realizado, porque aquela serva do Senhor estava
protegida pelo sangue de Jesus.
No ministério de libertação existem casos em que os
demónios saem e voltam, por falta de forças espirituais
53

positivas. É preciso resistir ao diabo, pois Tiago diz: "Resisti
ao diabo e ele fugirá de vós" (Tg 4:7). Em tais casos,
o ministrante terá que fazer uma oração buscando proteção,
pedindo a cobertura do sangue de Jesus para a pessoa.
Ficando liberta e coberta por ele, os espíritos, quando
retornam, não podem ter acesso àquele corpo, porque está
coberto com o sangue de Jesus.
A oração. No campo da libertação, o seguidor de
Cristo ou obreiro precisa viver em oração e jejum, porque
até mesmo os dicípulos não puderam expulsar um demónio
por falta dessas devoções. O cristão que não jejua e não
vive na presença do Senhor em oração não está apto para
realizar esse ministério de libertação. Jesus, por exemplo,
orou e jejuou num período de 40 dias: quando Satanás
chegou, ele estava preparado para resistir-lhe e vencê-lo,
e não somente naquele momento, mas em todo o seu
ministério terreno.
Moody e outros evangelistas do passado tinham o
hábito de orar pelas madrugadas adentro, e esta foi uma
das causas do êxito desses servos de Deus. Certo obreiro, que
tinha grandes vitórias em seu ministério, disse: "Oro das 6
da manhã às 6 da manhã"! Vivia em oração... A igreja que
ora e clama a Deus tem os céus se abrindo sobre ela. Coloque-se
na presença do Senhor em oração se você quiser ser
vitorioso e ter vida de poder.
Os anjos. Temos duas definições de dois grandes
homens da história da Igreja sobre anjos. Calvino disse:
"Os anjos são distribuidores, administradores da beneficência
divina; em relação a nós, encarregam-se de nossa
defesa, dirigem o nosso caminho e nos livram do mal".
Lutero: "O anjo é uma criatura espiritual, sem corpo, cri-
54
ada por Deus, a serviço da cristandade e da igreja". De
acordo com Hb 1:12, os anjos são agentes de Deus que ministram
a favor dos santos — que somos nós. Temos também
na vida de Jesus um grande exemplo de como os anjos
agiam. Primeiramente, anunciando seu nascimento; depois,
ajudando na fuga para o Egito para escapar das mãos de
Herodes; e anunciando aos pastores o seu nascimento. Também
foi um anjo que veio servir o Mestre após a tentação no
deserto. Outro veio confortá-lo no Getsêmani. E mesmo na
hora em que estava na cruz, ele afirmou que podia rogar ao
Pai e Ele enviaria doze legiões de anjos, os quais, segundo a
contagem romana, seriam em número de setenta e dois mil.
Na vida de nossos irmãos que viveram após a morte
do Senhor houve experiências maravilhosas com os anjos,
como observamos: tiraram Pedro duas vezes da prisão (At 5
e 12); orientaram Felipe na evangelização (At 8:26); trouxeram
mensagens de conforto e segurança a Paulo (At 27:23
a 25) e a Cornélio (At 10:31).
Muitos afirmam que as experiências dos apóstolos
não se repetem mais. Entretanto, posso afirmar que, se Jesus
é o mesmo, os anjos que ministram libertação, orientação ou
que trouxeram mensagens divinas são os mesmos que hoje
ministram em nosso favor.
Como Pastor e servo do mesmo Jesus que fundou e
dirigiu a igreja primitiva, tenho algumas experiências na
libertação de vidas com a ação ativa dos anjos do Senhor.
A primeira experiência foi quando ainda era estudante de
seminário: após o culto, orei por um homem e os demónios
se manifestaram. O homem era forte fisicamente, e estando
possesso, ninguém podia segurá-lo. Naquela hora difícil o
Espírito Santo me fez lembrar dos anjos e pedi para que eles
55

amarrassem aqueles demónios, e no mesmo instante o homem
caiu com as mãos e os pés invisivelmente amarrados e
totalmente imóvel.
Em Ponta Grossa, Paraná, quando eu pregava num
trabalho de libertação, um irmão teve uma visão de que ao
meu lado estava um anjo de branco. Na hora da oração veio
à frente uma pessoa possessa. Os demónios gritavam: "Mande-me
embora!" Eu lhes perguntei: "Por que vocês não querem
resistir?" E eles responderam: "Este homem de branco
que está ao seu lado nos derrotou; não podemos fazer mais
nada".
Muitos cristãos têm recebido do Senhor visões de
anjos no meio da congregação, e, neste caso, a libertação dos
oprimidos é facilitada porque os demónios são derrotados
pela presença dos anjos.
Orei por uma mulher que mora a 150 quilómetros de
Ponta Grossa. Os demónios se manifestaram nela dizendo
que foram mandados para oprimi-la e que havia macumba
em sua casa. Eu não podia ir até lá devido à distância. Pedi
em oração que Jesus enviasse um anjo naquela hora à casa
da mulher e desfizesse a obra de macumba. No mesmo instante
os demónios se manifestaram e disseram que lá havia
outros, esperando a volta da mulher. Quando orei, pedi
também que os anjos trouxessem os demónios restantes.
Dentro de dois minutos os espíritos malignos que estavam
na casa se manifestaram, e perguntei-lhes: "Onde vocês
estavam? Quem os trouxe aqui?" E eles, mediante o poder
de Jesus, sendo obrigados a dizer a verdade, disseram que
estavam na casa daquela senhora, mas que chegou um anjo,
amarrou-os e trouxe-os ali. Em todos esses testemunhos, as
pessoas ficaram plenamente libertas do poder de Satanás.
56
Os anjos têm-me auxiliado no ministério nas horas
difíceis de luta contra o inimigo. Mas, para que isso ocorra,
há necessidade de que eu esteja submisso ao Senhor e
crendo na promessa de que existem armas espirituais à
minha disposição. Abracemos, portanto, essas verdades para
derrotarmos o nosso adversário e termos vitórias em Jesus.
57

ff
Satanás procura de toda maneira impedir que um
servo de Deus se encontre com as vidas dominadas por ele,
pois isso lhe resultaria em derrota e humilhação. Ao orarmos
com fé e na direção do Senhor, em favor das pessoas
acometidas por obras malignas, o inimigo manifesta-se com
muita fúria tentando impedir a libertação. Nesse caso nós
devemos:
- Expulsá-lo em nome de Jesus, sem gritaria e sem
sensacionalismo, porém com fé e decisão, conforme a palavra
de Deus (Mc 16:17). Se houver um grupo grande orando,
somente uma pessoa deve expulsar e os outros devem
concordar, segundo o ensinamento em Mateus 18:19.
- Ter decisão e posição de liberto. Orando com fé e
expulsando com convicção, os demónios não resistem,
deixam a pessoa e ela fica liberta. Nesse instante ela deverá
ser convidada a abrir seu coração e convidar Jesus a nele
entrar imediatamente. A "casa", o coração da pessoa, não
pode ficar vazio, para que o segundo estado - o de libertação
-- não se torne pior do que o primeiro -- o de perturbação
58
ou de possessão (Lc 11:21). Levar a pessoa a crer e a sentir no
ato a presença dos anjos é uma realidade necessária no
processo de libertação. Também se deve mostrar o interesse
de Deus em libertar todas as pessoas das garras do inimigo
(At 10:38 e SI 34:7-8), assim como colocar em suas mãos as
armas espirituais apresentadas pela Sua palavra, pois elas
serão vítimas de ataques posteriores e terão que se defender,
uma vez que nem sempre haverá alguém para ajudá-las.
- Pureza da vida e da casa. Havendo interesse pela
libertação, a pessoa aceitará, após a expulsão dos demónios,
as orientações para colocar a vida e a casa em ordem. Todos
os livros de magia, objetos ligados à macumbaria, ídolos do
lar, imagens e figuras pornográficas nas paredes, fotografias
de macumbeiros, assim como outros objetos usados na macumba
como cruxifixo, rosário, patuás, orações escritas e
tudo o mais que tem ligação com ela devem ser totalmente
destruídos e, se possível, queimados a fogo e com oração.
Caso não se observe isso, o demónio poderá voltar porque
as coisas dele ficaram, mesmo a pessoa dizendo que
aceitou a Cristo. Deve-se cortar sem demora todas as ligações
com os demónios!
- Revogação de pactos. Os servos de Deus devem
levar e ajudar as pessoas libertas a anular todo e qualquer
compromisso ou pacto com o demónio. Ela deverá, em voz
alta, com os seus próprios lábios, declarar a anulação de
todos os compromissos assumidos no tempo em que ignorava
essas coisas. Se o seu nome estiver escrito num Centro,
deverá ir até lá e apagá-lo definitivamente. Assim o inimigo
perde as forças e grande parte da vitória já estará conquistada
pelo novo filho de Deus.
- Assistência constante. Conforme o grau de com-
59
l

prometimento, o liberto dependerá de uma assistência
metódica de um servo de Deus para orientá-lo. Há casos de
pessoas que se libertam com facilidade, mas há outros que
encontram mais dificuldade, pois o inimigo oferece
resistência. A persistência é uma boa arma para a luta. Há
casos em que a pessoa até desanima. Posteriormente, ela
voltará a procurar a libertação pela segunda vez.
Todo o esforço empreendido para libertar-se não é
inútil, quando há real interesse nele. Entretanto, é necessário
deixar claro que o liberto poderá ainda sofrer ataques
violentos, mesmo anos depois. Mas se persistir, sempre em
nome de Jesus, o inimigo desistirá de uma vez por todas.
- Assistência da igreja. O novo convertido deve ser
encaminhado para uma igreja onde haja muito calor
espiritual. A ausência dele ~ a frieza --, assim como o comodismo
e o ritualismo morto e cansativo não irão satisfazê-lo.
Isso porque a pessoa já vivera antes num meio onde
viu, sentiu e teve várias experiências espirituais que não
realizaram seus anseios. Agora ela precisa de um ambiente
com a manifestação do poder e do amor de Deus para
compensar. A princípio, jamais estará satisfeita no meio de
uma igreja fria e sem poder espiritual.
1) Aceitar de fato o Senhor Jesus. Aceitar no sentido
bíblico significa crer, confiar e seguir (Rm 8:1; 10:9 e Jo
3:16-21).
2) Participar das reuniões de libertação onde é
ministrada a palavra de Deus com poder (At 8:5-8).
3) Ser batizado (Mc 16:16 e Mt 28:19).
4) Buscar o batismo com o Espírito Santo (At 1:5-8 e
Lc 24:49).
5) Andar em santidade (ITs 4:3-7; Hb 12:14; IPe
1:13-16).
6) Ler a bíblia diariamente (Ap 1:3; Jo 8:47; SI
119:9-11).
7) Evitar as más companhias (SI 1).
8) Orar sem cessar e vigiar (Mt 26:41).
9) Quebrar todos os pactos e maldições hereditárias
(Ex 20:5).
60
61

ATITUDES EM RELAÇÃO A SATANÁS
- Você deve apropriar-se de todos os seus direitos (Hb
2:14). Lembre constantemente Deus disso. Viva uma vida
vitoriosa e nunca aceite derrotas na vida espiritual (Jo 10:10).
- Mantenha sempre o seu auto-domínio (Ef 4:27).
Resguarde-se sempre do seu "eu", que deve ser mantido
sob o domínio de Cristo por meio do Espírito Santo.
- Exerça vigilância constante (IPe 5:8-9).. O diabo
existe e os demónios também. Eles estão ativos e prontos
para tragar alguém (IJo 5:18).
- Exerça resistência em qualquer situação (Tg 4:7).
Assuma atitudes de confiança contra o adversário, tendo
certeza absoluta de que ele, por mais forte que seja, não lhe
vencerá.
- Aproprie-se de toda a armadura de Deus (Ef 6:10-
12). A armadura completa foi feita para o cristão fiel.
Nenhuma área de nossa vida pode ficar sem a proteção
divina. Temos que vestir a armadura de Deus.
Reconheço que este assunto é difícil e muito ainda se
pode dizer sobre ele. Grandes descobertas poderão ser feitas
neste campo e Deus poderá revelar coisas novas ao seu
povo. Não há regra fixa para agir com endemoninhados,
mas a Bíblia tem exemplos e lições sobre como expulsar
demónios, e ela é a nossa arma.
Em cada caso você precisa receber a orientação do
Espírito Santo, ter vida de santidade, de jejum e oração.
Estas são as armas com as quais temos que contar. Uma vida
cheia de Deus e balizada com o Espírito Santo muito pode
fazer neste campo de libertação das almas e no encaminhamento
delas para o reino de Deus.
Leia agora os seguintes textos, e faça também a "Oração
de Guerra" a seguir, caso deseje:
Êxodo 22:18; Apocalipse 22:15; l Timóteo 4:1;
2 Coríntios 4:14; Deuteronômio 18:10-12; 2 Crónicas 33:4-6;
Levítico 19:28-33; 20:6-7 e 23:23.
Que Deus te abençoe e te guarde!
62
63

JL_ JL.
ORAÇÃO DE GUERRA
Pai Celestial, vem, abre meus olhos para que possa
ver como Tu és grande e como Tua provisão é completa para
este novo dia.
Em nome de Jesus Cristo, com ele assumirei meu
lugar na luta contra todos os principados, potestades, poderes
das trevas e espíritos malignos, colocando-os sob
meus pés.
Sinto-me grato porque a vitória que Jesus obteve por
mim na cruz e na sua ressurreição me foi dada, e porque
estou assentado com ele nos lugares celestiais. Portanto, eu
declaro que todos os principados, potestades e espíritos
malignos me são sujeitos no seu nome.
Sinto-me grato pela armadura que me providenciastes.
Eu me cinjo com a verdade e revisto-me da couraça
da justiça, calço as sandálias da paz e coloco o capacete da
salvação. Levanto o escudo da fé contra todos os ardentes
dardos do inimigo e tomo em minha mão a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus. Eu a uso contra as forças
do mal em minha vida. Eu me revisto desta armadura,
vivendo e orando em completa dependência do Espírito
Santo.
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Rejeito em minha vida todas as insinuações, acusações
e tentações de Satanás. Afirmo que a tua palavra, ó Pai,
é verdadeira e faço a escolha de viver todos os dia da minha
vida na Tua luz. Eu faço a escolha de viver em obediência a
Ti e em comunhão contigo. Abre meus olhos e mostra-me as
áreas de minha vida que não Te agradam. Opera em minha
vida para que não haja nela nenhuma base para Satanás
tomar posição segura contra mim. Mostra-me qualquer área
de fraqueza e o que precisa mudar em minha vida. Eu me
revisto da nova vida que recebi no momento em que aceitei
a Cristo como meu Salvador. Desligo-me da velha natureza
com seus medos e inseguranças, e revisto-me da nova natureza.
Amado Pai Celestial, Tu me amas! Tu enviastes Jesus
para quebrar toda a maldição que vem de gerações passadas
em minha vida. Essa maldição que está no meu trabalho,
na minha família e na minha vida vai parar neste momento
em nome do Senhor Jesus Cristo. Nunca mais voltarei a
ter este problema (citar o problema). Entrego esta maldição
ao Senhor Jesus. Creio plenamente e confesso com a minha
boca que ele já me libertou lá na cruz. Tenho comigo o seu
nome, que me protege. Estou perdoado pelo sangue de
Jesus.
Satanás, tu e teus espíritos ouviram a oração que
acabo de fazer. O teu poder está quebrado. Jamais eu ou
alguém de minha família voltará a ser teu escravo. Em nome
de Jesus Cristo, toda maldição, pactos, votos e compromissos feitos
contigo estão quebrados. Tua interferência em minha vida cessou
neste instante!
Eu oro em nome do SENHOR JESUS CRISTO, O
FILHO DO DEUS VIVO! Amém.
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