Velozes F1 / R20 abudhabi

Fórmula 1 / R20
Vettel venceu bonito!

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Fórmula 1 / R20 ABU DHABI
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VETTEL DÁ A SUA RESPOSTA
Vettel correu pelo vice campeonato contra Valtteri Bottas e finalmente conseguiu dar
à Ferrari um desempenho forte e eficiente como no começo da temporada. O finn por
sua vez fez a pole mas teve uma atuação discreta e terminou atrás de Vettel,
enquanto o campeão Hamilton, com o mesmo carro, largou dos boxes e chegou a
liderar a prova. Dani Ricciardo também faz uma bela corrida de recuperação e chegou
em sexto.
Felipe Massa fez sua última corrida no Brasil com uma apresentação de gala, e
terminou num excelente sétimo lugar – o melhor do resto, segurando Alonso atrás de
si a corrida inteira! Um adeus digno, na pista onde ele brilhou tantas vezes.
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Hamilton não deu uma volta
sequer. Bateu na Curva do
Laranja na volta de abertura
no Q1 e ficou sem marcar
tempo para a classificação
Felipe Massa esteve bem durante
todo o fim de semana e marcou o P7
para a largada. Dali ele logo superou
Alonso e se instalou atrás do trio de
carros que dominam a F1 atual.
Guindado à condição de protagonista da equipe para ser o vice,
Bottas correspondeu à altura e fez a pole-position para o Grid de
Largada, batendo Vettel no primeiro embate entre ambos no Brasil
POLE POSITION
1 77 V. BOTTAS (BOT)
Mercedes AMG Petronas F1 Team 2 5 S. VETTEL (VET)
3 7 K. RÄIKKÖNEN (RAI)
5 11 S. PEREZ (PER)
Scuderia Ferrari
Scuderia Ferrari 4 33 M. VERSTAPPEN (VER)
Red Bull Racing TAG Heuer
Sahara Force India Racing 6 14 F. ALONSO (ALO)
7 27 N. HULKENBERG (HUL)
9 19 F. MASSA (MAS)
McLaren Honda Racing
Renault F1 8 55 C. SAINZ (SAI) (*)
Renault F1
Williams Martini Racing 10 88 E. OCON (OCO)
11 8 R. GROSJEAN (GRO)
Sahara Force India Racing
HAAS F1 Team 12 2 S. VANDOORNE (**)
13 20 K. MAGNUSSEN (MAG)
McLaren Honda Racing
HAAS F1 Team 14 3 D. RICCIARDO (RIC)
Red Bull Racing TAG Heuer
15 36 P. WEHRLEIN (WEH)
Sauber F1 Team 16 18 L. STROLL (LAN)
17 9 M. ERIKSSON (ERI)
Williams Martini Racing
Sauber F1 Team 18 28 B. HARTLEY (HAR)
19 10 P. GASLY (GAS)
Scuderia Toro Rosso
Scuderia Toro Rosso 20 44 L. HAMILTON (HAM)
Mercedes AMG Petronas F1 Team

Vettel tomou a ponta na largada e a partir daí dominou a corrida,
enquanto Hamilton largava dos boxes com um conjunto motor
totalmente novo, pronto para ser esmirilhado com vontade.
Na relargada,
Felipe deixa a
McLaren de
Alonso para
trás e se firma
em P5. Será o
“Melhor do
Resto” no final
do seu último
GP do Brasil.
Na segunda perna do Esse do Senna, Mag
dá uma fechada em Vandoorne, que tinha
feito uma ótima largada, e joga a McLaren
contra a Red Bull de Dani Ricciardo.
O australiano roda e cai para último, os
outros dois abandonam a corrida ali
mesmo. Parabéns, Kevin!
Um quilômetro adiante, a outra Haas perde
o controle no Laranja e toca a Force India
de Ocon. Grosjean volta à prova, mas a
jovem promessa de França tem dois pneus
furados e não conseguirá chegar nos boxes.
Tudo isso acabou obrigando a entrada do
Safety Car e a passagem dos carros por
dento dos pits enquanto limpavam a pista.

Volta 29, Vettel faz sua parada, uma volta depois
de Bottas, e volta meio segundo à frente da
Mercedes. Qualquer ilusão de que Valtteri
passaria a dar um sufoco em Seb e brigar pela
vitória se esvaíram rapidamente; na volta
seguinte a Ferrari já tinha mais de 1 segundo de
vantagem sobre o Pratinha 77.
Rubens Barrichello assistiu a corrida junto de
Toto Wolff, nos boxes das Mercedes.
Sebastian Vettel comemorou a vitória dando zerinhos na pista
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A corrida anterior
Pos Piloto Carro
1 VETTEL Ferrari 71 voltas
2 BOTTAS Mercedes + 2,762
3 RÄIKKONEN Ferrari + 4,600
4 HAMILTON Mercedes + 5,468
5 VERSTAPPEN Red Bull + 32,940
6 RICCIARDO Red Bull + 48,691
7 MASSA Williams + 1'08,882
8 ALONSO McLaren + 1'09,363
9 PEREZ Force India +1'09,500
10 HULKENBERG Renault 70 v
11 SAINZ JR Renault 70 v
12 GASLY Toro Rosso 70 v
13 ERICSSON Sauber 70 v
14 WEHRLEIN Sauber 70 v
15 GROSJEAN Haas 69 v
16 STROLL Williams 69 v
17 HARTLEY Toro Rosso 40 v
18 OCON Force India 0 v
19 VANDOORNE McLaren 0 v
20 MAGNUSSEN Haas 0 v
Volta Mais Rápida:
M. Verstappen > 1’11,044 (64)
Notas:
Vitória # 47 de Sebastian Vettel na F-1

MUNDIAL DE PILOTOS 2017 / CLASSIFICAÇÃO APÓS O BRASIL
POS No. PILOTO PTS
1 44 LEWIS HAMILTON 345
2 5 SEBASTIAN VETTEL 302
3 77 VALTTERI BOTTAS 280
4 3 DANIEL RICCIARDO 200
5 7 KIMI RÄIKKÖNEN 193
6 33 MAX VERSTAPPEN 158
7 11 SERGIO PÉREZ 94
8 31 ESTEBAN OCON 83
9 55 CARLOS SAINZ JR. 54
10 19 FELIPE MASSA
42
11 27 LANCE STROLL
40
12 18 NICO HÜLKENBERG
35
POS No. PILOTO PTS
13 8 ROMAIN GROSJEAN 28
14 20 KEVIN MAGNUSSEN 19
15 14 FERNANDO ALONSO
15
16 2 STOFFEL VANDOORNE 13
17 30 JOLYON PALMER 8
18 94 PASCAL WEHRLEIN 5
19 26 DANIIL KVYAT 5
20 9 MARCUS ERICSSON 0
21 36 ANTONIO GIOVINAZZI ITA 0
22 10 PIERRE GASLY 0
23 22 JENSON BUTTON 0
24 13 BRENDON HARTLEY 0
MUNDIAL DE CONSTRUTORES 2017 / CLASSIFICAÇÃO
1 MERCEDES 625
2 FERRARI 495
3 RED BULL 358
4 FORCE INDIA 177
5 WILLIAMS 68
6 TORO ROSSO 53
7 RENAULT
49
8 H A A S
47
9 McLAREN 28
SAUBER
10 5
9

Round 20
Extensão da Pista : 5,554m
Numero de voltas: 55 = 305,470 km
Programação:
Treino Livre 1 / Sexta-feira, 24 de Novembro: 07:00 – 08:30 (SporTV)
Treino Livre 2 / Sexta-feira, 24 de Novembro : 11:00 – 12:30 (SporTV)
Treino Livre 3 / Sábado, 25 de Novembro : 08:00 – 09:00 (SporTV)
Classificação / Sábado 25 de Novembro : 11:00 – 12:00 (SporTV)
Domingo, 26 de Novembro : Largada 11:00 (Globo)
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ENTRE O SOL E A LUA
O Grande Prêmio de Abu Dhabi - capital dos Emirados Árabes Unidos, destacou-se desde
o princípio como sendo a primeira corrida de F1 que começa de dia e termina de noite.
Nas suas duas primeiras edições, em 2009, a corrida foi a etapa de encerramento do
Mundial.
Sebastian Vettel venceu naquele primeiro ano, tirando o vice-campeonato das mãos de
Barrichello. Já em 2010 foi outra história: Fernando Alonso chegou à rodada final na
liderança do Mundial, seguido por Mark Webber e Sebastian Vettel em terceiro na tabela de
pontos. O alemão cravou a pole-position e venceu a corrida e o seu primeiro título mundial,
enquanto Alonso ficava preso atrás da Renault de Vitaly Petrov.
Completamente diferente de 2010, em 2011 Abu Dhabi trocou datas com o Brasil e foi a
penúltima etapa do Mundial, mas Sebastian Vettel já chegou ao Emirado campeão Mundial.
Em 2012, a corrida foi vencida por Kimi Räikkonen, com Lotus-Renault, no seu ano de
retorno à F-1 e em 2013 Vettel e a Red Bull celebraram com vitória o tetra-campeonato de
ambos. Depois disso, Yas Marina foi território exclusivo da Mercedes.
A corrida deste ano marca o adeus de Felipe Massa da Fórmula 1, assim como será a última
corrida dos carros sem o Halo, aquela proteção para a cabeça dos pilotos e a última
apresentação da McLaren-Honda.
Poderá também ser a última prova de F-1 de Pascal Wehrlein e de Kevin Magnussen.
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PREVISÃO VELOZES F1 - As chances de cada um no Emirado
MERCEDES – Os carros prateados
venceram os últimos 3 anos e nada indica
que será diferente desta vez. Hamilton teve
excesso de confiança no Brasil e deverá estar
mais atento. Bottas fez outra corrida fraca no
Brasil, a despeito da pole-position no sábado,
e em nenhum momento atacou Vettel. Suas
chances de conquistar o vice-campeonato
são minúsculas e ele precisará mostrar muito
mais garra e velocidade no ano que vem.
FERRARI – A Ferrari pode surpreender e
ir forte para Yas Marina com um pacote
aero mais eficiente. A Vettel basta um
oitavo lugar para ser o vice-campeão Se o
Bottas vencer. Kimi por sua vez mostrou
muita dificuldade em pilotar um carro feito
para o estilo de Vettel e deverá se contentar
em brigar com as Red Bulls pelo quarto
lugar na corrida e no campeonato – se é
que isto seja algo de valor para ele...
RED BULL – Difícil saber o que esperar
dos taurinos. Claro que Max será espetacular
e Dani será extremamente eficiente, mas os
carros tiveram um desempenho inconstante
nas última corridas e ora vão muito bem, ora
ficam para trás.
Pelo tipo de traçado, com duas longas retas, é
provável que não briguem pela vitória, e até
um pódio não deverá ser muito fácil para
eles.
FORCE INDIA – Com um carro muito
equilibrado, forte em todo tipo de pista na
comparação com seus concorrentes diretos,
a Force India teve um ano memorável. Nos
Emirados, deverá brigar principalmente com
a Renault pelas posições entre P7 e P10.
Ocon tem superado Perez nos treinos mas o
mexicano mostra mais consistência na hora
da corrida e deverá fechar o ano à frente do
seu colega-rival francês.
WILLIAMS – Surpreendeu nas duas
últimas corridas mas não deverá ser tão forte
numa pista que exige boa aerodinâmica.
Como estará Massa em sua última corrida?
Motivado? Menos guerreiro? A forma como
a Williams o dispensou não foi nada elegante
e isso pode pesar neste fim de semana. Para
Stroll, mais uma chance de fechar seu ano de
estréia batendo Felipe nos pontos – apenas 2
pontos os separam, Massa à frente.
McLAREN – Última aparição com o
motor Honda. O motor foi muito bem no
Brasil e deverá repetir a forma em Yas
Marina. Já o chassis foi excelente o ano
todo.
Alonso está muito motivado e vai dar
show, como sempre. Vandoorne deu
uma caída neste final de temporada e
precisa fechar o ano em alta, nos pontos.
TORO ROSSO – Um carro que se
mostrou difícil ao longo do ano e que está ás
turras com a fornecedora de seu motor, já
que vai de Honda em 2018.
Hartley e Gasly não terão muito o que fazer
nessa situação, a não ser tentar se manter à
frente das Sauber e torcer para que a
Renault não some mais que 3 pontos, para a
equipe de Faenza ficar com o sexto posto no
Mundial e os milhões que vêm por isso.
H A A S – Se mostrou um carro bom de
treino e tão resistente quanto qualquer
outro, mas seus pilotos...difícil uma corrida
onde Grosjean ou Magnussen não estejam
metidos em batidas, empurrões e ações
pouco ortodoxas. Vai ficar bem perto do top
10 nos Emirados e pode beliscar algum
ponto e, com sorte, até deixar a Renô para
trás no Mundial, mas o mais normal é que
só fique à frente da STR e da Sauber.
RENAULT – Com uma dupla de pilotos
que a deixa mais confortável, a equipe
francesa deverá fechar sua temporada de reestréia
em alta, talvez com ambos chegando
nos pontos, ainda que seja em P9 e P10.
Sainz Jr está dando um sufoco em
Hulkenberg, que tem reagido à altura, e essa
briga ajuda a equipe a desenvolver melhor o
carro, já com soluções para 2018 sendo
testadas.
SAUBER – Pior equipe da F1, a Sauber
não tem mais os problemas financeiros que a
castigaram no ano passado, mas das mesma
maneira não teve como melhorar um projeto
ruim de carro. Com a ajuda da Ferrari em
2018 as perspectivas são melhores.
Ericsson nem sempre mostra estar no nível
que se exige. Wehrlein por sua vez nunca
esteve em condições de explorar melhor o
potencial do carro e viu sua carreira na F1
ruir, mais um talento desperdiçado.
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OS PNEUS PARA O GP DO BRASIL
Ultra-Macios Super-Macios Macios
As Escolhas dos Pilotos
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Felipe MASSA .
Nossa homenagem nesta edição vai para o piloto
brasileiro Felipe MASSA, que está encerrando sua carreira na
Fórmula 1 e fará neste Grande Prêmio de Abu-Dhabi sua
última corrida na categoria.
Felipe nasceu em São Paulo em 25 de abril de 1981, mas
cresceu na cidade de Botucatu, no interior paulista. Iniciou sua
carreira automobilística no kart, em 1990. Aos dezesseis anos,
trabalhou como ajudante de cozinheiro no refeitório de
Interlagos em época de Grande Prêmio do Brasil para vivenciar
de perto o ambiente da Fórmula 1.
Nos carros, estreou na Fórmula Chevrolet em 1998 e se sagrou
campeão em 1999. Depois do título, a transferência para a
Europa seria o passo natural na temporada posterior.
Em 2000, com verba suficiente apenas para as provas iniciais,
Felipe entrou na Fórmula Renault italiana, divisão de base que
costumava reunir mais de 50 carros naquela época, e foi logo
mostrando do que era capaz: venceu a abertura do calendário
em Mugello e passou a despertar interesse de imediato.
Repetiu a dose na etapa seguinte e fez o mesmo na primeira
corrida do Campeonato Europeu da categoria, cuja
participação só acabaria sendo possível graças ao apoio da
própria equipe. Resultado: Felipe dominou ambos
campeonatos e ganhou os dois títulos em disputa.
A Fórmula 3000 Europeia se transformaria num sucesso
absoluto em 2001. Felipe alcançou o título com seis vitórias
em oito rodadas e como prêmio maior assinou um contrato
com a Ferrari por um período de oito anos. Em setembro, já
vinculado à equipe de Maranello e com sua carreira dirigida
por Nicolas Todt, filho do chefão da Ferrari e futuro presidente
da FIA Jean Todt, realizou o primeiro teste na Fórmula 1 a
convite da Sauber, uma das equipes interessadas no potencial
daquele jovem piloto, e que estava buscando um substituto
para Kimi Räikkönen, de partida para a McLaren.
A estreia, com apenas 20 anos de idade, foi no GP da Austrália
de 2002. Conquistou seu primeiro logo na segunda etapa, com
o 6º lugar no GP da Malásia – e numa época em que apenas os
seis primeiros pontuavam. No balanço final da temporada,
somou quatro pontos.
Mas, ainda muito jovem e sem a experiência necessária, cometeu
alguns erros naturais para um novato e, ao desobedecer ordens de
equipe para deixar seu parceiro passar, foi devolvido à Ferrari.
De volta à Scuderia, desempenhou a função de piloto de testes em
2003, ano em que a dupla titular era formada por Michael
Schumacher e Rubens Barrichello.
Mais maduro, Felipe regressou à Sauber para mais dois anos em
2004 e 2005. Ao longo desse tempo, se preparou para vôos mais
altos, ainda que a Sauber não fosse equipamento suficiente para
brigar por pódios e boas posições de largada.
Quando, em meados de 2005, Barrichello e a Ferrari anunciaram o
rompimento prematuro do contrato do brasileiro – que iria até o
final de 2006, não foi surpresa a Ferrari anunciar que Massa seria o
companheiro de Schumacher a partir de 2006. Felipe retribuiu a
confiança com poles e vitórias nos GP da Turquia (sua primeira na
categoria e também a primeira das três que alcançaria em Istambul)
e do Brasil, onde trocou o tradicional macacão vermelho da Ferrari
por um com as cores verde e amarela da bandeira de seu país. Foi o
fim de um tabu de 12 anos sem uma vitória brasileira em Interlagos.
Soube-se mais tarde que Massa foi trazido para a equipe apenas
para completar o tempo que faltava até Kimi Räikkonen ficar livre
de seu contrato com a McLaren e assumir o posto ao lado de
Michael Schumacher.
Surpreendentes acontecimentos nos bastidores de Maranello,
contudo, resultaram na aposentadoria de Schumacher ao final do
ano, anunciada em setembro/2006 em plena Monza. E Felipe
Massa acabou sendo confirmado como piloto titular da equipe.
Em 2007, sem a proteção de Schumacher, com quem Felipe
desenvolveu uma excelente relação de companheirismo, e tendo a
seu lado o calado e fechado Räikkonen, Felipe estava em condições
de liderar a equipe ao título mundial, mas Kimi mostrou seu cartão
de visitas vencendo logo de cara o GP da Austrália, na abertura do
Mundial. Embora Massa tenha reagido com duas vitórias nas
rodadas 3 e 4, o brasileiro chegou à rodada final sem chances de
conquistar o título, e acabou dando suporte a Kimi para este vencer
o Mundial, abrindo caminho na liderança para a vitória de
Räikkonnen no GP do Brasil e o protegendo de Fernando Alonso.
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Felipe MASSA
2008 acabou sendo o grande ano de Massa na Fórmula 1.
Começou com dois abandonos nas duas primeiras provas, mas
duas vitórias, um segundo e um terceiro lugares nas quatro
provas seguintes o puseram empatado com Kimi no Mundial,
os dois lutando contra Lewis Hamilton, da McLaren.
Um quinto lugar no Canadá e a vitória na França o levaram à
liderança isolada nos pontos, mas Hamilton reagiu com duas
vitórias enquanto Massa amargou um péssimo resultado em
Silverstone sob forte chuva.
A luta entre os dois continuou ponto-a-ponto, e enquanto
Felipe sofria uma terrível pane no motor a 3 voltas do final
quando liderava em Hungaroring, Hamilton via sua chegada na
frente em Spa ser transformada num terceiro lugar e a vitória
ser entregue a Massa numa decisão polêmica do Diretor de
Prova.
Massa voltou a ter um resultado fraco na Itália, e então veio o
primeiro GP de Cingapura... Massa fez a pole e saiu liderando a
corrida, mas na volta 14 um acidente com a Renault de Nelson
Piquet Jr obrigou a entrada do Safety Car. Massa parou para
abastecer, e recebeu o sinal da equipe para partir quando a
mangueira ainda estava presa ao seu carro. Arrastando o tubo
de plástico, Massa teve que parar no pit lane e esperar seus
mecânicos virem retirar o penduricalho da lateral da Ferrari.
Além do tempo perdido, seu carro foi punido com um “drive
thru” pelos boxes, o que o atrasou ainda mais. Para
completar, ele ainda rodou sozinho na corrida. Meses depois,
descobriu-se que o acidente de Piquet Jr tinha sido proposital,
para que seu companheiro Alonso se beneficiasse de ter
parado cedo nos boxes para reabastecer, assumir a ponta e
vencer a corrida, o que de fato ocorreu. Os pontos perdidos
nesta corrida fizeram muita falta no final!
E aquele final de campeonato não poderia ser mais
dramático! Interlagos, casa de Massa, decidiria tudo. A vitória
apenas não bastava, era preciso vencer e esperar que Hamilton
não chegasse acima do sexto lugar. Massa fez a pole, Lewis era
apenas o quarto no grid – o que lhe bastava na corrida.
Na hora da largada, uma forte chuva lavou a pista, mas Massa fez a
sua parte e venceu de ponta a ponta.
Mas atrás, o drama se desenrolava nas voltas finais. Retardado na
largada, o piloto da McLaren caiu para o sétimo lugar, mas foi
abrindo caminho até subir para o quarto posto. A esta altura a
pista já estava seca, mas a dez voltas do fim a chuva voltou.
A McLaren chamou seu piloto para montar pneus intermediários e
Hamilton retomou a disputa em quinto lugar. Faltavam apenas 8
voltas, e todos os líderes foram parando para trocar pneus, do que
se aproveitou Timo Glock, da Toyota, para subir de posições. Lewis
veio andando muito forte, arriscando tudo, mas iniciou a última
volta na sexta posição, depois de ser superado por Vettel na
penúltima volta.
Massa cruzou a linha e venceu a corrida e – ao que tudo indicava,
o Campeonato, mas no final da volta, Glock vinha se arrastando
com seus pneus slicks usados numa pista bastante molhada e foi
sendo superado por todos – todos incluindo Lewis Hamilton, que
deixou a Toyota para trás na pequena curva que antecede a linha
final, a menos de 300 metros adiante! Lewis chegou em quinto.
O título de Massa não veio afinal...
A decepção e o desespero tomaram conta dos boxes da Ferrari e
da torcida nas arquibancadas de Interlagos.
300 metros... 39 segundos entre Massa vencer e Hamilton cruzar a
linha em quinto lugar.
Não importa! Felipe Massa saudou sua platéia de cabeça erguida.
Fez um belo campeonato e deu tudo de si. É o que se pode exigir.
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Em 2009 a Ferrari ficou para trás e Massa teve enorme
dificuldade para pontuar, exceto por um 3º lugar na
Alemanha. Na corrida seguinte, contudo, um acidente nos
treinos teria consequências quase fatais: uma mola soltou-se
do carro de Barrichello nos treinos e atingiu a cabeça de Felipe
Massa, 3 centímetros acima de seu olho esquerdo. Felipe
desmaiou na hora, indo bater contra a proteção duas curvas
depois. Fim de temporada para Massa, que foi hospitalizado e
só retornou às pistas em 2010.
Retornou com um novo companheiro, Fernando Alonso. Uma
convivência difícil, pois os dois se estranharam nas pistas
algumas vezes nos anos anteriores.
Apesar de começarem a temporada com uma dobradinha, os
resultados da primeira metade do ano foram abaixo do
esperado para ambos. A virada se deu no GP da Alemanha, e
foi às custas do brasileiro. Líder da corrida, exatamente 365
dias depois de seu quase fatal acidente em Hungaroring,
Massa foi obrigado pela equipe a ceder sua posição ao
asturiano de forma humilhante, e isso foi decisivo para mudar
a cabeça de Felipe Massa na Ferrari para sempre.
Quarto maior vencedor de corridas da Ferrari na F1, Massa
nunca mais voltaria a vencer pela Ferrari, e até sua saída do
time no final de 2013 ele só obteve mais 4 pódios.
Em 2014, Felipe Massa foi buscar inspiração em uma nova
casa, a tradicional Williams. Foi um ato de muita coragem, pois
o time inglês vinha da pior temporada de sua história,
marcando pontos em apenas duas corridas em 2013, mas
conforme a temporada progredia, o carro começou a mostrar
potencial e o ano terminou com uma sequência de 4º - 3º - 2º
lugares nas três últimas provas e o terceiro lugar no Mundial
de Construtores para a Williams.
Repetiu-se a dose em 2015, com Massa novamente levando a
Williams a terminar o campeonato em terceiro lugar, apesar
dos resultados mais modestos.
2016 vinha com grandes esperanças no novo carro, mas logo
ele se mostrou bem inferior aos Williams anteriores e cedo no
ano a equipe decidiu mudar o foco para o carro para 2017 –
quando haveriam importantes mudanças nos carros.
Depois de muito analisar as opções à sua frente, Felipe Massa
decidiu se aposentar da F1 no final de 2016.
A contratação de Bottas pelas Mercedes no final do ano,
contudo, trouxe um convite da Williams para Massa continuar,
e ele voltou ao volante. Mas a equipe perdeu o projetista, o
carro não foi bom, e o ano teve mais decepções do que
alegrias, apesar de Massa ter tido a chance de vencer no
Azerbaijão. No final do ano, Felipe se viu constrangido a ter
que pagar para continuar na Williams, e decidiu que essa
situação não era digna de ser vivida por ele, após tudo que fez.
Terminava assim uma carreira muito honrada na categoria
mais competitiva do mundo, 11 vitórias e aquele vice de 2008.

AS PISTAS DO MUNDIAL 2017
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