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Artigo de<br />
Revisão<br />
COLÁGENO HIDROLISADO:<br />
uma opção segura na prevenção e<br />
no tratamento da Osteoartrite<br />
Dr. Silvio Figueira Antonio<br />
Preceptor de ensino do Serviço de Reumatologia do Hospital<br />
do Servidor Público Estadual de São Paulo Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO).<br />
Presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).<br />
CRM/SP 44.173<br />
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Artigo de<br />
Revisão<br />
COLÁGENO HIDROLISADO:<br />
uma opção segura na prevenção e<br />
no tratamento da Osteoartrite<br />
Dr. Silvio Figueira Antonio<br />
Preceptor de ensino do Serviço de Reumatologia do Hospital<br />
do Servidor Público Estadual de São Paulo Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO).<br />
Presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).<br />
CRM/SP 44.173<br />
A osteoartrite (OA), também conhecida<br />
como osteoartrose ou simplesmente artrose, é<br />
a doença reumatológica mais comum, com alta<br />
prevalência entre indivíduos com mais de 65<br />
anos de idade. Estudos epidemiológicos realizados<br />
nos Estados Unidos demonstram que mais de<br />
50 milhões de pessoas apresentam hoje essa<br />
enfermidade 1 . Estudos arqueológicos demonstram<br />
alterações artríticas em quase todos os<br />
seres vertebrados, incluindo nossos ancestrais.<br />
Em 2000, a Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) promoveu a “Década do Osso e da<br />
Articulação”, que foi motivada pelo reconhecimento<br />
do aumento na prevalência dessa doença,<br />
estimulando a investigação e diagnósticos mais<br />
precoces e novas possibilidades terapêuticas.<br />
A OA, além de sua enorme frequência, é<br />
uma das principais causas para diminuição na<br />
qualidade de vida e incapacidade funcional, em<br />
especial na população idosa. No cenário atual,<br />
observa-se um aumento significativo na expectativa<br />
de vida de nossa população, e a necessidade<br />
de tratamentos adequados e seguros torna-se<br />
ainda mais importante. Projeções para 2020 estimam<br />
que 30 milhões de brasileiros estejam na<br />
terceira idade, e, em 2050, o grupo de adultos<br />
jovens e idosos se igualará numa taxa esperada<br />
de 18% da população 2 .<br />
A OA apresenta uma alta prevalência, acometendo<br />
10% a 12% dos indivíduos acima<br />
de 60 anos de idade 3 . Nos Estados Unidos, os<br />
dados estatísticos mostram que 27 milhões de<br />
pessoas acima dos 25 anos de idade já apresentam<br />
algum sintoma da doença 4 . A OA promove<br />
cerca de 30% a 40% consultas em ambulatórios<br />
especializados e perfaz 7,5% dos afastamentos<br />
do trabalho, sendo a quarta causa de aposentadoria<br />
por invalidez no Brasil. Antes dos 45<br />
anos de idade, os homens são mais acometidos<br />
que as mulheres, porém após essa faixa é mais<br />
frequente no sexo feminino. Está presente em<br />
todas as etnias, com uma frequência maior<br />
em mulheres afrodescendentes 5 .<br />
Trata-se de uma doença de caráter insidioso,<br />
caracterizada por mudanças estruturais nas<br />
articulações ao longo de muitos anos. O dano<br />
articular progressivo culmina com alterações<br />
irreversíveis, resultantes da perda da matriz<br />
extracelular da cartilagem, presença de sinovites<br />
persistentes ou transitórias, e em um prejuízo<br />
evolutivo do osso subcondral. Há desenvolvimento<br />
de cistos e geodes e a clássica formação<br />
de osteófitos marginais, sendo esse um processo<br />
dinâmico na tentativa da articulação em promover<br />
uma reparação tecidual (Figura 1).<br />
Normal<br />
Cápsula<br />
Cartilagem<br />
Sinóvia<br />
Osso<br />
Joelho<br />
Figura 1. Joelho normal e com osteoartrose.<br />
Osteoartrose<br />
Cápsula espessada<br />
Formação cística e<br />
esclerose do osso<br />
subcondral<br />
Osteofitose<br />
Hipertrofia sinovial<br />
Alteração do<br />
contorno ósseo<br />
2<br />
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FATORES DE RISCO<br />
O principal sintoma do paciente é a dor articular,<br />
que pode estar presente por meses ou anos.<br />
É descrita como profunda, às vezes mal definida e<br />
agravada pela utilização das articulações, principalmente<br />
naquelas que suportam carga (joelhos<br />
e quadris) e é aliviada pelo repouso. No início<br />
pode ser intermitente, porém com a progressão<br />
da doença torna-se constante, com intensidade<br />
crescente, até culminar com a incapacidade de<br />
movimento e de marcha. A dificuldade no início<br />
do movimento nas grandes articulações é<br />
referida como rigidez protocinética. A rigidez<br />
matinal nas mãos, típica de portadores de OA<br />
nodal, dura cerca de 15 minutos até no máximo<br />
30 minutos. Pode ocorrer derrame articular<br />
em proporções variáveis, principalmente nos<br />
joelhos e nos quadris. No exame das articulações<br />
acometidas, nota-se a presença de crepitação<br />
articular. Nas fases mais avançadas, existem<br />
atrofia e encurtamento muscular, bloqueio de<br />
movimentos e deformidades articulares irreversíveis.<br />
Os fatores de risco para OA estão listados<br />
no quadro 1.<br />
Quadro 1. Fatores de risco para a OA<br />
Idade<br />
Trauma articular<br />
Injúrias repetitivas e sobrecarga articular<br />
Obesidade<br />
Etnia<br />
Fatores genéticos/hereditariedade<br />
Sexo feminino<br />
Defeitos congênitos ou do desenvolvimento<br />
Fraqueza do quadríceps (OA de joelhos)<br />
Doença inflamatória articular prévia<br />
Doenças metabólicas/endócrinas<br />
Defeitos proprioceptivos<br />
A OA está fortemente associada com a idade,<br />
mas alterações cartilaginosas encontradas nessa<br />
patologia são diferentes daquelas encontradas<br />
no envelhecimento normal 5 .<br />
COMPOSIÇÃO DA CARTILAGEM<br />
A cartilagem articular é um tecido especializado,<br />
de alta resistência, dotado de flexibilidade,<br />
e possui uma superfície articular lisa de baixa<br />
resistência à fricção. Essas propriedades tornam<br />
a cartilagem própria para participar na distribuição<br />
de carga e na absorção de impactos.<br />
É constituída por condrócitos, que são responsáveis<br />
por cerca de 10% de seu volume total e 90%<br />
pela matriz extracelular. A matriz extracelular tem<br />
a função de lubrificação e proteção. Possui 70%<br />
de água e o restante constitui-se de proteínas<br />
fibrosas, como os glicosaminoglicanos, proteoglicanos<br />
e colágeno, sendo este 95% do tipo II.<br />
A substância gelatinosa e as fibras colágenas são<br />
produzidas pelos condrócitos, que também secretam<br />
os proteoglicanos, que compõem a molécula<br />
de agrecano. O colágeno contribui com cerca de<br />
60% do peso líquido da cartilagem, enquanto os<br />
proteoglicanos, que são embebidos por colágeno,<br />
proporcionam sua elasticidade e propriedades de<br />
suporte de carga e contribuem com cerca de 30%.<br />
As proteínas não colágenas completam o restante.<br />
A proporção relativa desses componentes da<br />
cartilagem é crucial para seu funcionamento normal,<br />
e mudanças nessas proporções, derivadas<br />
tanto de doenças como de injúrias, alteram suas<br />
propriedades mecânicas e comprometem o funcionamento<br />
fisiológico e a estabilidade articular<br />
(Quadro 2).<br />
Quadro 2. Os cinco tipos mais comuns de colágeno<br />
TIPO<br />
Tipo I<br />
Tipo II<br />
Tipo III<br />
Tipo IV<br />
Tipo V<br />
LOCALIZAÇÃO<br />
Derme, tendões, ligamentos e osso<br />
Cartilagem, vítreo, núcleo pulposo<br />
Pele, parede vascular, fibras reticulares em<br />
vários tecidos<br />
Lâmina basal, camada secretora da membrana<br />
basal<br />
Pulmão, córnea, cabelos, membranas fetais e<br />
ossos<br />
FISIOPATOLOGIA DA OSTEOARTRITE<br />
Várias hipóteses são consideradas para explicar<br />
o que ocasiona a degradação da cartilagem<br />
articular, e as principais são a sobrecarga mecânica<br />
local, mudanças progressivas na matriz cartilaginosa<br />
e nos condrócitos induzidos pela idade, uma<br />
mutação no DNA dos condrócitos resultando um<br />
fenótipo atípico, e as alterações metabólicas e<br />
nutricionais locais. Em condições normais, a matriz<br />
extracelular está sujeita a um processo equilibrado<br />
de remodelação perene, em que enzimas<br />
degradativas (metaloproteinases, colagenases,<br />
estromelisinas e gelatinases) são contrabalanceadas<br />
por inibidores da degradação cartilaginosa<br />
(TIMP-1, TIMP-2), inibidores teciduais das metaloproteinases,<br />
da alfa-2-macroglobulinas, citocinas<br />
anti-inflamatórias (IL-4, IL-10, IL-13) e o inibidor<br />
do ativador do plasminogênio (PAI-1) tecidual e<br />
pelas citocinas pró-inflamatórias 6 .<br />
3<br />
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“ Estudos pré-clínicos sugerem<br />
que o colágeno hidrolisado<br />
alcança a articulação e estimula<br />
o tecido cartilaginoso. O emprego<br />
desse nutriente pode melhorar<br />
potencialmente as condições<br />
articulares e reduzir os sintomas<br />
dolorosos (...)<br />
“<br />
No início do processo fisiopatológico da OA,<br />
ocorre uma tentativa de reparação da cartilagem,<br />
com um aumento na síntese de colágeno e de proteoglicanos,<br />
porém essa produção geralmente<br />
não é efetiva. Ocorre, então, o aparecimento<br />
de fissuras e ulcerações, com diminuição progressiva<br />
de sua espessura, afetando posteriormente<br />
o osso subcondral. Os condrócitos degenerados<br />
secretam citocinas pró-inflamatórias (IL-1 e<br />
TNF-alfa) e aumentam, dessa maneira, a concentração<br />
de espécies reativas de oxigênio (EROs)<br />
e óxido nítrico, o que promove inflamação na<br />
membrana sinovial e manutenção do processo<br />
inflamatório, facilitando uma maior destruição<br />
cartilaginosa 7 .<br />
O dano oxidativo derivado da produção crônica<br />
e aumentado das EROs está associado ao<br />
envelhecimento em vários tecidos humanos e<br />
também em modelos animais, desempenhando,<br />
dessa maneira, um papel importante na fisiopatologia<br />
da OA. Esse aumento da concentração<br />
de EROs promove um estresse oxidativo intracelular,<br />
que excede sua capacidade antioxidante.<br />
A produção excessiva de EROs pode levar a<br />
danos em lipídeos, proteínas, membranas e<br />
ácidos nucleicos, desempenhando também um<br />
papel fundamental como sinalizador intracelular<br />
que amplifica respostas inflamatórias. Atua<br />
sobre a ativação do fator de transcrição nuclear<br />
Kappa-β que orquestra a expressão de vários<br />
genes que perpetuam a resposta inflamatória.<br />
Os condrócitos humanos produzem EROs,<br />
incluindo radicais hidroxil-superóxido, peróxido<br />
de hidrogênio e também espécies reativas<br />
de nitrogênio, principalmente o óxido nítrico 8 .<br />
Níveis elevados de EROs foram detectados na<br />
cartilagem de camundongos idosos em comparação<br />
com jovens. A produção aumentada de<br />
mediadores inflamatórios pode estimular um<br />
aumento ainda mais significativo na produção<br />
de EROs, determinando dano às proteínas intracelulares<br />
e nos condrócitos e ainda na matriz<br />
extracelular, favorecendo a produção de metaloproteinases.<br />
As EROs causam danos a vários<br />
componentes da articulação, incluindo o colágeno,<br />
os proteoglicanos e o hialuronato, além<br />
de promover uma peroxidação lipídica. O produto<br />
final dessa alteração é o malondialdeído<br />
(MDA), que se encontra elevado no plasma e no<br />
líquido sinovial de pacientes com OA 9-11 .<br />
AÇÃO DO COLÁGENO NA OSTEOARTRITE<br />
O colágeno hidrolisado tem sido empregado<br />
de maneira exponencial no tratamento da OA.<br />
Essa indicação tem respaldo em um estudo realizado<br />
com 97 atletas que apresentavam dores<br />
articulares devido a sobrecargas em exercícios,<br />
na Universidade da Pensilvânia, EUA. O desenho<br />
do estudo foi apropriado na demonstração que<br />
o colágeno hidrolisado, utilizado como suplemento<br />
nutricional, ingerido por um período<br />
maior do que 24 semanas nesses indivíduos<br />
fisicamente ativos, foi eficaz na redução dos<br />
sintomas dolorosos e no desconforto articular.<br />
Estudos pré-clínicos sugerem que o colágeno<br />
hidrolisado alcança a articulação e estimula o<br />
tecido cartilaginoso. O emprego desse nutriente<br />
pode melhorar potencialmente as condições<br />
articulares e reduzir os sintomas dolorosos associados<br />
a exercícios extenuantes em atletas 12 .<br />
O colágeno é a proteína estrutural principal<br />
em diferentes tecidos conectivos presente em<br />
animais. É mais abundante nos tecidos fibrosos,<br />
tais como os tendões e os ligamentos, porém<br />
também se encontra em quantidades elevadas<br />
na córnea, na cartilagem, nos ossos, nos vasos<br />
sanguíneos, no intestino delgado e nos discos<br />
intervertebrais. É a maior proteína fibrosa<br />
não solúvel encontrada na matriz extracelular<br />
da pele, juntamente com a elastina e o ácido<br />
hialurônico. O colágeno consiste em 28 proteínas<br />
distintas, que são responsáveis por 25% a<br />
35% da massa proteica total nos mamíferos.<br />
Com base em sua estrutura e em sua organização<br />
tridimensional, as famílias de proteínas<br />
colágenas podem ser agrupadas em colágeno<br />
formador de fibrilas, colágenos associados a<br />
fibrilas, formadores da rede colágena, fibrilas<br />
âncoras, colágenos transmembranosos, colágenos<br />
de membrana basal e outros com funções<br />
específicas. No corpo humano, 80% a 90% do<br />
4<br />
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colágeno total consiste de formadores de fibrilas.<br />
As fibrilas colágenas do tipo II e XI estão<br />
envolvidas na formação da matriz fibrilar na cartilagem<br />
articular 13 .<br />
Um estudo clássico, realizado com condrócitos<br />
bovinos em cultura com colágeno<br />
degradado, demonstrou a estimulação da<br />
biossíntese e secreção de colágeno tipo II.<br />
Sabe-se que os condrócitos alteram seu fenótipo<br />
quando em culturas por longos períodos,<br />
ocasionando um aumento na produção do colágeno<br />
tipo I em detrimento do colágeno tipo II.<br />
Foi demonstrada uma manutenção na quantidade<br />
produzida de colágeno tipo II pelos<br />
condrócitos quando embebidos com colágeno,<br />
sendo esse fato dose-dependente 14 .<br />
O colágeno hidrolisado consiste de pequenos<br />
peptídeos com baixo peso molecular (0,3 – 8k Da),<br />
produzido a partir do colágeno natural, o qual<br />
é encontrado nos ossos, na pele e nos tecidos<br />
conectivos dos animais, por meio do processo de<br />
hidrólise enzimática. Devido a essa característica,<br />
o colágeno hidrolisado é facilmente absorvido e<br />
distribuído nos tecidos humanos. Após a administração<br />
oral, o colágeno hidrolisado alcança<br />
o intestino delgado, onde é absorvido tanto na<br />
forma de pequenos peptídeos colágenos como<br />
também de aminoácidos livres 14 .<br />
Estudos indicam que os peptídeos de colágeno<br />
em quantidade adequada fornecem a<br />
principal matéria-prima na forma de aminoácidos<br />
para estimular os condrócitos na produção<br />
do colágeno tipo II, função essa que diminui<br />
com o envelhecimento. Portanto, os peptídeos<br />
de colágeno podem restabelecer o equilíbrio<br />
entre a perda e a formação da massa cartilaginosa,<br />
prolongando a saúde das articulações e<br />
prevenindo as alterações bioquímicas e físicas<br />
inerentes ao processo de senescência 15-17 .<br />
O colágeno hidrolisado é absorvido e distribuído<br />
aos tecidos articulares, possuindo<br />
propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.<br />
Um estudo mostrou que a administração oral de<br />
colágeno hidrolisado marcado com carbono 14<br />
leva a um acúmulo desse marcador na cartilagem<br />
de camundongos. Experiências em animais<br />
sugerem que a ingestão oral de peptídeos de<br />
colágeno pode apresentar efeitos benéficos na<br />
saúde articular e na prevenção e no tratamento<br />
da OA 17 . Outro estudo em modelos animais<br />
demonstrou que os peptídeos de colágeno<br />
reduziram as alterações morfológicas associadas<br />
com a degradação cartilaginosa nos joelhos.<br />
No entanto, é preciso citar que um trabalho<br />
que avaliou alterações na cartilagem utilizando<br />
ressonância magnética com gadolínio, no acompanhamento<br />
de pacientes utilizando colágeno<br />
hidrolisado, não apresentou resultados conclusivos,<br />
em função da grande variabilidade na<br />
amostra de pacientes 15 .<br />
A dose de 10 gramas de colágeno hidrolisado,<br />
em tomadas diárias, foi efetiva na redução<br />
da dor em pacientes portadores de OA em joelhos<br />
e nos quadris. A distribuição no ambiente<br />
articular com essa dosagem foi verificada e se<br />
evidenciou aumento na concentração sérica de<br />
hidroxiprolina 17,18 .<br />
Um estudo clínico comparou a eficácia e a<br />
tolerabilidade do colágeno hidrolisado com o<br />
sulfato de glicosamina no tratamento da OA de<br />
joelhos. Demonstrou uma resposta satisfatória<br />
no grupo de pacientes estudados que receberam<br />
o colágeno hidrolisado, com uma melhora<br />
importante nos índices de dor, estado funcional<br />
da articulação avaliada e uma consequente<br />
melhora na qualidade de vida. Neste estudo,<br />
notou-se uma ação discretamente mais rápida<br />
na melhora dos sintomas álgicos no grupo de<br />
pacientes que receberam colágeno hidrolisado,<br />
com igual incidência de efeitos colaterais 19 .<br />
Estudos adicionais são necessários, porém a<br />
opção do uso associado dessas substâncias torna-se<br />
uma opção interessante no manejo dos<br />
pacientes, tanto do ponto de vista preventivo<br />
como na diminuição do consumo de analgésicos<br />
e anti-inflamatórios não hormonais.<br />
A fonte de obtenção do colágeno hidrolisado<br />
é motivo de ensaios clínicos na atualidade.<br />
Um estudo recente demonstrou que o colágeno<br />
de origem suína e o colágeno de origem bovina<br />
são suplementos igualmente efetivos na melhora<br />
global das desordens físicas relacionadas com a<br />
OA, sendo, portanto, úteis na melhora da qualidade<br />
de vida nesses pacientes. Ambas as fontes<br />
de colágeno mostraram um papel regulatório<br />
na diferenciação dos condrócitos e na síntese de<br />
proteoglicanos, resultando em um processo<br />
de regeneração cartilaginosa 16 .<br />
A vitamina C é o principal nutriente envolvido<br />
na síntese do colágeno e tem participação<br />
fundamental na sua formação. Quando o colágeno<br />
é produzido, ocorrem reações intra e/ou<br />
5<br />
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“ Ressaltamos que cada porção de<br />
12 gramas de MATRICE contém 10<br />
gramas de peptídeos de colágeno,<br />
quantidade considerada ideal em<br />
diversos estudos realizados em<br />
pacientes com OA 23 . Além disso,<br />
em cada porção do composto há<br />
uma maior concentração dos três<br />
principais aminoácidos envolvidos<br />
na síntese de colágeno: prolina,<br />
glicina e hidroxiprolina.<br />
“<br />
extracelulares. A vitamina C desempenha um<br />
papel fundamental na fase intracelular, promovendo<br />
a hidroxilação da prolina e da lisina<br />
que resulta na formação do pró-colágeno, uma<br />
molécula precursora que, no ambiente extracelular,<br />
se transforma em colágeno na forma ativa.<br />
Na ausência de vitamina C, a formação do<br />
colágeno não ocorre, podendo evoluir com<br />
distúrbios característicos da deficiência dessa<br />
substância.<br />
Em estudos clínicos, a deficiência de vitamina C<br />
constitui um fator de risco no desenvolvimento<br />
e progressão da osteoartrite devido à sua ação<br />
antioxidante, a qual se apresenta como condroprotetora.<br />
A segurança em longo prazo<br />
da administração de altas doses de vitamina C<br />
em pacientes idosos com OA ainda necessita<br />
de estudos complementares, porém seu<br />
efeito antioxidante comprovado mostra-se<br />
benéfico nesse grupo de pacientes nas doses<br />
preconizadas 20-22 .<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Em conclusão, a OA possui uma etiologia multifatorial,<br />
sendo a doença osteoarticular mais<br />
comum, representando um problema socioeconômico<br />
importante na atualidade. O tratamento<br />
atual é composto de medidas farmacológicas<br />
e não farmacológicas, com objetivo comum<br />
de redução da dor, manutenção da função e<br />
melhora na qualidade de vida, além da desejada<br />
prevenção ou retardo da progressão do dano<br />
estrutural. A suplementação com o colágeno<br />
hidrolisado mostra-se uma alternativa válida no<br />
tratamento da OA, apesar da necessidade de<br />
estudos clínicos mais abrangentes e bem conduzidos.<br />
O colágeno hidrolisado pode ser ingerido<br />
em todas as faixas etárias com segurança, sendo<br />
a administração oral simples e segura, com uma<br />
absorção e distribuição tecidual satisfatória.<br />
É importante o esclarecimento que, de maneira<br />
geral, os peptídeos de colágeno podem ser obtidos<br />
de diferentes fontes animais, incluindo aves,<br />
suínos, bovinos e peixes. No entanto, os estudos<br />
mostram não haver diferença significativa<br />
entre as diferentes fontes de obtenção, ou seja,<br />
a composição dos peptídeos em aminoácidos é<br />
essencialmente idêntica 16 .<br />
Ressaltamos que cada porção de 12 gramas<br />
de MATRICE contém 10 gramas de peptídeos de<br />
colágeno, quantidade considerada ideal em<br />
diversos estudos realizados em pacientes com<br />
OA 23 . Além disso, em cada porção do composto<br />
há uma maior concentração dos três principais<br />
aminoácidos envolvidos na síntese de colágeno:<br />
prolina, glicina e hidroxiprolina.<br />
O grande diferencial na fórmula de MATRICE<br />
é a presença de um complexo antioxidante que<br />
ajuda a promover proteção contra a ação de EROs,<br />
que causam estresse oxidativo, correlacionado<br />
negativamente com a inflamação e consequente<br />
redução na síntese de colágeno endógeno 8 . Cada<br />
porção de MATRICE contém 100% das necessidades<br />
diárias de vitaminas C, E, zinco e manganês e<br />
supre 50% das necessidades de vitamina A.<br />
A associação desse complexo antioxidante<br />
com peptídeos bioativos de colágeno potencializa<br />
a ação do produto na redução do processo<br />
degenerativo cartilaginoso. A vitamina C tem<br />
um papel fundamental na fase intracelular da<br />
síntese do colágeno, promovendo a hidroxilação<br />
da prolina e da lisina em hidroxiprolina e hidroxilisina,<br />
processo esse que resulta na formação<br />
da molécula precursora, o pró-colágeno 20,21 .<br />
O sabor agradável da formulação de MATRICE<br />
e a ausência de qualquer conservante, aromas<br />
ou corantes artificiais garantem uma maior<br />
segurança, facilitando a adesão do paciente ao<br />
uso em longo prazo.<br />
6<br />
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Material destinado à classe médica. 528622 – SEP MATRICE II IMPRESSAO: SET/15<br />
Referências bibliográficas: 1. Bula do produto<br />
MATRICE é um pó para preparo de bebidas, com uma formulação exclusiva a base de peptídeos bioativos obtidos através da hidrólise do colágeno,associado as vitaminas A, C e E, e aos minerais, Zinco e Manganês. Apresentação:<br />
caixas com 30 sachês de 12g cada. Porque tomar peptídeos de colágeno? Estudos indicaram que os peptídeos de colágeno fornecem a principal matéria prima para estimular os condrócitos a produzirem o colágeno tipo II, que<br />
diminui com o passar da idade. Sendo assim, auxiliam a restabelecer o equilíbrio entre a perda e a formação da massa cartilaginosa, prolongando a saúde das articulações. Como MATRICE deve ser consumido? Adicione 1 sachê<br />
(12g) em 200mL de água e mexa até completa dissolução. Ingerir imediatamente após o preparo. Recomendações de uso: recomenda-se o uso de 1 sachê (12g) ao dia ou a critério médico ou do nutricionista. Informação nutricional:<br />
Carboidratos 0,7g, Açúcares 0g, Proteínas 10g, Sódio 62mg, Zinco 7,0mg, Manganês 2,3mg, Vitamina A 300ug, Vitamina C 45mg, Vitamina E 10mg. Não contém quantidades signifi cativas de gorduras totais, gorduras saturadas,<br />
gorduras monoinsaturadas, gorduras poliinsaturadas, gorduras trans, colesterol e fi bra alimentar. NÃO CONTÉM GLÚTEN. NÃO CONTÉM AÇUCAR. Mantenha esta embalagem em local fresco, seco e ao abrigo da luz. Não guardar na<br />
geladeira. Em caso de dúvidas consulte o seu médico ou nutricionista. Fabricado por: Sanavita Indústria e Comércio de Alimentos Funcionais Ltda. Rua Capitão José Pinto Siqueira, 750 – Galpão A – Unileste – Piracicaba – SP. CEP:<br />
13422 – 150. CNPJ: 53.967.360/0001-23. I.E. 535.101.164.111. INDÚSTRIA BRASILEIRA. Envasado por: Grand Pack Embalagens Ltda. Av.Roberto Gordon, 455 – Vila Mary – Diadema – SP. CEP: 09990-090. CNPJ:02.029.962/0001-07.<br />
Distribuído por: <strong>Momenta</strong> Farmacêutica LTDA. Centro de Distribuição Docas 9 e 10. Rodovia Presidente Castelo Branco, km 35,6 – Itaqui – Itapevi/SP. CEP: 06696-000. CNPJ: 14.806.008/0002-35. Responsável Técnico: Anne Louise<br />
de Freitas Marcilio Cruz – CRF/SP:71.619. Produto dispensado da obrigatoriedade de registro conforme RDC27/2010.<br />
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