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REVISTA CUIDADOS PELA VIDA - ACHÉ 7022968 - BIO 7022969<br />
EDIÇÃO <strong>11</strong> // ANO 2<br />
LONGEVIDADE<br />
Qual é a fórmula para um<br />
envelhecimento saudável?<br />
Especialista responde<br />
RAIO-X<br />
Faça o check-up! Conheça<br />
cinco exames indicados para<br />
o coração<br />
LONGE DO TOC<br />
“Estou mais confiante”, diz<br />
p<strong>ed</strong>agoga que supera a cada<br />
dia a doença<br />
A IMPORTÂNCIA<br />
DO CUIDADOR<br />
Entenda os desafios do profissional e como ele<br />
pode lidar com o paciente
EDITORIAL<br />
Conteúdo<br />
COORDENAÇÃO // RAFAEL MUNHOS<br />
REPORTAGEM // RAFAEL MUNHOS<br />
CARLOS EDUARDO SANGENETTO<br />
FABRÍCIO MAINENTI<br />
Arte<br />
DIREÇÃO // LEANDRO SANTOS<br />
DESIGN // JHONATHAN MARTINS<br />
Projeto<br />
CAMILA CRISPINIANO<br />
RENATA HERNANDES MARCELINO<br />
FRANCISCO MALENA<br />
ICONS4U<br />
WEBEDIA<br />
Agradecimentos desta <strong>ed</strong>ição:<br />
ANA CAROLINA, FERNANDA CHAPOCHNICK,<br />
GINA MAROCHIO, HÉLIO CASTELLO,<br />
MARCELO ROZENFELD LEVITES, RUBENS<br />
MATTAR JÚNIOR, SÔNIA CASTELO BRANCO<br />
FORTUNA, GÊRHARD BREDA, RAYANE VIEIRA,<br />
ROSSANA FONSECA, VINICIUS NICOLAU<br />
Produção<br />
ICONS4U<br />
Publicação Digital<br />
YUMPU<br />
A função de um cuidador é essencial na vida de quem necessita de<br />
ajuda, em muitas situações, torna-se um grande amigo do seu paciente.<br />
Mas qual é o melhor momento de ter um profissional dentro<br />
de casa? Será que um familiar pode exercer essa função com qualidade?<br />
A nossa matéria principal conta a história da psicóloga Sônia Fortuna<br />
que, aos 70 anos, cuida da irmã portadora do Mal de Alzheimer.<br />
Sônia também dá dicas surpreendentes sobre como lidar com quem<br />
esteja precisando de ajuda.<br />
Você sabe qual o segr<strong>ed</strong>o da longevidade? Todos gostaríamos da resposta,<br />
mas é possível chegar lá com saúde. Para você se empolgar,<br />
conversamos com Marcelo Levites, coordenador de um programa de<br />
longevidade que consiste em socializar o idoso com uma série de atividades<br />
benéficas para a coordenação motora e a saúde mental. Eles<br />
adoram e qualquer pessoa pode fazer. Aliás, você sabia que uma simples<br />
conversa com o médico faz diferença para o coração? Se você deseja<br />
cuidar da saúde cardíaca, a nossa seção Raio-X traz a função de cinco<br />
exames de rotina, explicando para que serve e para quem é indicado.<br />
E você conhece uma pessoa com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)<br />
ou que sofre da doença? Não é fácil, mas é possível amenizar.<br />
Na seção História de Superação, vamos contar a trajetória da Ana Carolina,<br />
que já passou por situações constrang<strong>ed</strong>oras por causa da doença<br />
e depois de muitos anos aprendeu a lidar com mais tranquilidade.<br />
Contatos<br />
SITE // www.cuidadospelavida.com.br<br />
FACEBOOK // www.fb.com/cuidadospelavida<br />
EMAIL // <strong>revista</strong>@cuidadospelavida.com.br<br />
E uma dúvida: a asma pode ser considerada uma doença her<strong>ed</strong>itária?<br />
A alergista Érica Azev<strong>ed</strong>o explica se é apenas uma coincidência, e<br />
também dá dicas importantes para os pais identificarem as complicações<br />
respiratórias em crianças.<br />
A Revista CUIDADOS PELA VIDA é uma publicação de<br />
distribuição gratuita, destinada aos participantes do CUIDADOS<br />
PELA VIDA, o programa de benefícios do Aché Laboratórios.<br />
Os artigos aqui assinados são de total responsabilidade<br />
dos autores e não representam a opinião da <strong>revista</strong>, da<br />
icons4u, do programa CUIDADOS PELA VIDA ou do Aché<br />
Laboratórios. Não é permitida a reprodução total ou parcial<br />
sem prévia autorização. O conteúdo apresentado não tem<br />
como objetivo substituir as orientações médicas. Para<br />
manter-se em dia com seu tratamento, visite regulamente<br />
seu médico. O acesso à informação sobre saúde é o<br />
primeiro passo para uma maior qualidade de vida.<br />
Compartilhe esta ideia!<br />
E tem mais pra você.<br />
Uma boa leitura!<br />
EQUIPE CUIDADOS PELA VIDA
REVISTA CUIDADOS PELA VIDA // EDIÇÃO <strong>11</strong> // ANO 2<br />
06ASMA É HEREDITÁRIA?<br />
08CAPA // O BOM CUIDADOR<br />
Especialista tira a dúvida e orienta aos<br />
cuidados com as crianças.<br />
A cuidadora Sônia Fortuna explica<br />
como é o seu processo diário e qual a<br />
fórmula da profissão.<br />
SU<br />
12<br />
RAIO-X<br />
Conheça cinco exames preventivos<br />
essenciais para a saúde do coração.<br />
MÁ<br />
14<br />
EM<br />
BUSCA DA<br />
LONGEVIDADE<br />
O que é preciso para chegar à terceira<br />
idade com saúde? Especialista dá a dica!<br />
RIO<br />
18 HISTÓRIA<br />
DE SUPERAÇÃO<br />
Conheça a história da p<strong>ed</strong>agoga que<br />
enfrentou diversas situações por causa<br />
do Transtorno Obsessivo Compulsivo.<br />
BENEFÍCIOS DO<br />
20OS<br />
ÔMEGA-3<br />
Saiba por que este tipo de gordura é<br />
importante para o funcionamento do<br />
organismo.<br />
22 QUEM FOI QUE DISSE?<br />
Compartilhe sua opinião. Participe!
06<br />
CUIDADOS E BEM-ESTAR<br />
A ASMA É<br />
UMA DOENÇA<br />
HEREDITÁRIA?<br />
POR CARLOS EDUARDO SANGENETTO<br />
IMAGEM: THINKSTOCK<br />
ÉRICA AZEVEDO<br />
Alergista e imunologista pela<br />
Associação Brasileira de Alergia e<br />
Imunologia (Asbai). Atende em seu<br />
consultório na Barra da Tijuca, no<br />
Rio de Janeiro/RJ.<br />
CRM: 52-83907-8<br />
Uma questão levantada muitas vezes no universo de<br />
pessoas que sofrem com complicações respiratórias<br />
é se a asma pode ser considerada uma doença her<strong>ed</strong>itária,<br />
já que vários pacientes são filhos de quem teve<br />
ou ainda possui esse problema. Não pode ser apenas<br />
coincidência, né? Vamos tentar entender isso.<br />
Antes de tudo, a asma é apontada pelos médicos<br />
como uma doença multifatorial e que precisa ser tratada<br />
para não causar problemas mais graves. “Existe<br />
uma suscetibilidade genética, contudo, outros fatores<br />
é que se os pais que possuem histórico de atopia, ou<br />
seja, uma tendência her<strong>ed</strong>itária a desenvolver manifestações<br />
alérgicas, a chance do filho vir a ter asma,<br />
rinite ou qualquer outra complicação é maior.<br />
Mais fatores de risco da asma<br />
Além da ligação familiar, existem mais fatores de risco<br />
para a asma, como a exposição ao tabagismo, já que a<br />
fumaça do cigarro é nociva para a saúde, obesidade e<br />
até mesmo o uso de alguns m<strong>ed</strong>icamentos podem con-<br />
Como identificar a asma em<br />
crianças?<br />
Saber se seu filho tem asma não é das tarefas mais<br />
fáceis, o problema pode ser bem difícil de ser identificado<br />
em crianças muito novas. Crianças pequenas<br />
podem apresentar crises de broncoespasmo,<br />
sem que isso signifique que ela desenvolverá asma<br />
no futuro. Tais crises podem ser provocadas por<br />
estímulos externos, como vírus, e ser transitórias.<br />
“O ideal é que<br />
a criança seja<br />
avaliada por um<br />
especialista para<br />
um diagnóstico<br />
e tratamento<br />
adequado”<br />
também vão contribuir para o desenvolvimento da<br />
tribuir para o aparecimento ou exacerbação da asma.<br />
Por causa disso, o recomendado é que um médico<br />
asma”, afirma a alergista Érica Azev<strong>ed</strong>o.<br />
seja procurado para uma avaliação correta: “O ide-<br />
Por outro lado, há também fatores que colaboram<br />
al é que a criança seja avaliada por um especialista<br />
Apesar dos casos comuns de pais e filhos sofrerem<br />
para a proteção dos indivíduos contra a doença. O<br />
para um diagnóstico e tratamento adequado caso<br />
com a mesma doença, não existe um cálculo para<br />
aleitamento materno exclusivo e um estilo de vida ati-<br />
ela apresente dispneia (cansaço), chiado no peito<br />
sabermos a probabilidade da doença continuar pela<br />
vo e ao ar livre “parecem proteger contra o desenvol-<br />
ou tosse seca frequente”, orienta a alergista.<br />
família. Ainda segundo a Dra Érica, o que se observa<br />
vimento de alergias”, conta Érica Azev<strong>ed</strong>o.
08<br />
REVISTA CUIDADOS PELA VIDA | 09<br />
SAÚDE E TRATAMENTO<br />
A IMPORTÂNCIA<br />
DO CUIDADOR<br />
Entenda os desafios do profissional e<br />
como ele pode lidar com o paciente<br />
POR RAFAEL MUNHOS<br />
Cuidados com as roupas, manter ambientes sempre<br />
limpos e higienizados, dar banho, fazer comida e m<strong>ed</strong>icar<br />
nos horários estipulados, entre inúmeras outras<br />
funções fazem parte da rotina de um bom cuidador.<br />
Em decorrência do aumento da longevidade, houve<br />
um crescimento na procura desse profissional de saúde<br />
para atender as necessidades do paciente, principalmente<br />
para quem está na terceira idade.<br />
Se você tem aquela visão de que o profissional é apenas<br />
um ajudante, está bem enganado! Vai muito além<br />
disso. Em muitos lares, o cuidador é integrante da<br />
família e uma verdadeira companhia para o paciente.<br />
Na maioria das vezes, é com ele que acontece a<br />
socialização.<br />
Há casos de que a família não se sente à vontade para<br />
contratar um profissional, como o custo-benefício e<br />
a insegurança de ter um em casa. São nessas ocasiões<br />
que o próprio membro familiar se pr<strong>ed</strong>ispõe a<br />
tomar conta do paciente. Independente da escolha,<br />
é importante que a família esteja ciente para tomar a<br />
melhor decisão para a saúde do parente.<br />
O QUE PRECISA<br />
PARA SER UM BOM<br />
CUIDADOR?<br />
Entender o paciente e<br />
gostar do que faz.<br />
IMAGENS: THINKSTOCK E ARQUIVO PESSOAL
10<br />
REVISTA CUIDADOS PELA VIDA | <strong>11</strong><br />
COMO O FAMILIAR<br />
AUXILIA O PACIENTE?<br />
Ele adquire conhecimentos<br />
para auxiliar no andamento<br />
doméstico do paciente e deve<br />
estar presente nesta relação.<br />
Para Sônia, este é o segr<strong>ed</strong>o de um bom cuidador: ter o<br />
paciente como amigo. “O grande problema é assumir a<br />
responsabilidade dessa pessoinha, a direcionar as tarefas,<br />
o doente deseja participar das próprias decisões”, e ainda<br />
ressalta: “Muitas pessoas chegam a mim sem paciência<br />
para cuidar do pai, do avô ou do tio porque é ranzinza<br />
ou mal humorado, mas isso faz parte da adaptação. O<br />
cuidador tende a ‘estudar’ o paciente, sendo ou não<br />
parente, e a entender seus m<strong>ed</strong>os, limitações, gostos e<br />
desejos. A partir dessa análise, o processo de cuidado<br />
de viverem em grupos. Também existem os que não<br />
gostam de casas de repouso por causa da quantidade<br />
de regras e o receio de viver em um ambiente longe da<br />
família. O importante é respeitar sem que ele se sinta<br />
inútil. Gosto de dizer que precisa ter uma comunhão<br />
de almas”.<br />
Suas experiências a fizeram escrever os bem-suc<strong>ed</strong>idos<br />
livros “O que está acontecendo com o vovô?”,<br />
“Terapias Expressivas” e “Qualidade de Vida e Doença<br />
se torna mais interessante. Pode ser difícil de acr<strong>ed</strong>itar,<br />
de Alzheimer”, todos voltados a orientações sobre pes-<br />
mas os meus pacientes cozinhavam comigo”.<br />
soas que sofrem com a doença incurável.<br />
e conta com a ajuda de acompanhantes no auxílio di-<br />
Com anos de profissão, Sônia relata que as dúvidas<br />
A escolha do cuidador<br />
ário, mesmo assim, mora sozinha por vontade própria.<br />
mais frequentes estão em volta de como lidar com o<br />
A psicóloga a deixa procurá-la quando quiser, e apesar<br />
paciente. “Quando eu ouço ‘Como eu posso lidar com<br />
Para Sônia, um ponto importante para uma boa relação<br />
de estarem a algumas quadras de distância, Sônia não<br />
esse velho com demência’, digo para o cuidador fazer<br />
cuidador-paciente está na seleção correta do profissio-<br />
descuida das limitações da irmã e busca com frequên-<br />
um exame de consciência. Se o profissional ou o fami-<br />
nal. “Os especialistas que acompanham a minha irmã<br />
Cuidadora, irmã e amiga<br />
cia informações sobre o seu estado de saúde. “Quando<br />
ela veio para São Paulo, passei a conviver com seus<br />
liar não está apto, ele deve recusar e não se tornar um<br />
refém infeliz. As casas para idosos são oportunidades<br />
são de confiança, mas já precisei demitir outros porque<br />
não tiveram condições e vontade para lidar com ela.<br />
problemas. Aí comecei a entender como nós,<br />
O pior é que, para muitos, o importante é apenas o di-<br />
Aos 70 anos, a psicóloga carioca Sônia Castelo Bran-<br />
cuidadores, somos responsáveis por esse do-<br />
nheiro. O preconceito com idosos também acontece e<br />
co Fortuna é referência na sua profissão. D<strong>ed</strong>icada ao<br />
ente. Minha irmã era independente, com a do-<br />
tem que ser verificado antes da contratação. Afinal, as<br />
tratamento de família, a especialista se depara com<br />
ença comecei a observá-la de outra ma-<br />
coordenadas devem estar claras entre paciente, famí-<br />
inúmeros casos de clientes que não sabem como pro-<br />
neira. Às vezes, eu ligo perguntando<br />
lia, cuidador e profissionais de saúde”.<br />
c<strong>ed</strong>er com o parente.<br />
Voluntária da Associação Brasileira de Alzheimer<br />
(ABRAz) e presidente do Fórum dos Portadores de Pa-<br />
se quer que eu apareça, ela diz que<br />
não está com vontade, então eu<br />
ob<strong>ed</strong>eço. Algumas horas depois,<br />
ligo novamente para conversarmos<br />
O CUIDADOR<br />
PROFISSIONAL E O<br />
FAMILIAR PRECISAM:<br />
E que tal um joguinho de memória ou de tabuleiro para<br />
estimular o paciente? Sônia aposta em diversos recursos<br />
para a reabilitação, mas cada caso carece avaliação<br />
tologias do Estado de São Paulo (SOBESP), Sônia pres-<br />
e fica tudo resolvido. Isso é displi-<br />
antecipada. “Antes de qualquer decisão, o cuidador<br />
supõe da ideia de que é preciso conhecer o familiar<br />
cência? Não, é saber que o doente<br />
• Manter as mãos e roupas limpas, para evitar<br />
precisa conhecer as habilidades e interesses do pa-<br />
antes de tomar uma atitude precipitada. “Eu trabalho<br />
necessita de liberdade para en-<br />
sujeiras que podem transmitir doenças;<br />
ciente”, garante.<br />
atendendo pacientes com demência usando a m<strong>ed</strong>icina<br />
de família. Todo o processo é realizado com os familiares<br />
porque eles precisam entender a definição de<br />
tender seus problemas e seguir<br />
adiante”, conta ela, que<br />
aprendeu a compreender os<br />
• Manter as unhas curtas, para não machucar<br />
a pele do paciente;<br />
• Manter cabelos limpos e amarrados;<br />
A recompensa<br />
envelhecimento e velhice. Se os adolescentes têm suas<br />
horários da irmã. “O médico<br />
Embora a tarefa do cuidador chegue à exaustão, a gra-<br />
limitações por causa da idade, os mais velhos também<br />
mandava ela almoçar por<br />
• Evitar perfumes e cremes de fortes odores;<br />
tificação vai além da faixa salarial, pois ele enxerga o<br />
têm as suas”, conta.<br />
volta de meio-dia e meia,<br />
mas ela não estava acostu-<br />
• Evitar o uso de óleos por serem, na maioria,<br />
escorregadios;<br />
quão bem pode estar fazendo para o paciente. Não é<br />
mesmo, Sônia? “Para mim, ser cuidadora é uma das<br />
Ao sair do consultório, Sônia se depara com a situação<br />
mada a comer neste horário,<br />
atribuições mais felizes que eu tive na vida. Não tenho<br />
em família. Sua irmã, com 87 anos, sofre de Alzheimer<br />
deixei pela livre escolha”.<br />
do que me arrepender”.
12<br />
REVISTA CUIDADOS PELA VIDA | 13<br />
RAIO-X<br />
Check-up do coração<br />
Uma simples conversa com o médico pode fazer uma grande diferença<br />
na saúde do coração. Ao contrário do que é recomendado<br />
por profissionais de saúde, muitas pessoas passam longe do consultório<br />
médico por preguiça ou por m<strong>ed</strong>o do resultado do diagnóstico.<br />
Infelizmente, o número de mortes em decorrência de problemas<br />
cardíacos são expressivos, devido a diversos fatores, inclusive pela<br />
negligência do paciente. Somente entre janeiro e agosto de 2017,<br />
mais de 200 mil brasileiros morreram por doenças cardiovasculares<br />
no Brasil, segundo a Soci<strong>ed</strong>ade Brasileira de Cardiologia.<br />
Para prevenir complicações por problemas vasculares (também recomendável<br />
antes de começar qualquer atividade física), é importante<br />
fazer um check-up do coração. Pensando nisso, o cardiologista<br />
Dr. Hélio Castello separou cinco exames preventivos importantes<br />
que podem ajudá-lo a ter uma vida mais duradoura. Veja as diferenças<br />
e busque uma orientação médica:<br />
IMAGENS: THINKSTOCK<br />
EXAME<br />
ECOCARDIOGRAMA COM DOPPLER<br />
Exame de ultrassonografia do coração.<br />
PARA QUE SERVE: Avaliar a função do músculo cardíaco (miocárdio), funcionamento das válvulas, presença de<br />
doenças congênitas, de tumores cardíacos, de doenças do pericárdio (membrana que envolve o coração) e no<br />
acompanhamento de patologias crônicas.<br />
INDICADO PARA: Pacientes de risco médio ou alto, acompanhamento de doenças, suspeita de disfunção do<br />
funcionamento muscular e das válvulas, além de diagnóstico das doenças congênitas.<br />
CONTRAINDICAÇÃO: Nenhuma.<br />
EXAME<br />
TESTE ERGOMÉTRICO<br />
Teste de esforço na esteira ou bicicleta.<br />
PARA QUE SERVE: Avaliar performance cardiovascular ao esforço e afastar ou confirmar a suspeita de isquemia (falta<br />
de sangue no músculo cardíaco).<br />
INDICADO PARA: Todos os pacientes estáveis que tenham suspeita clínica de angina ou isquemia do coração. Pode<br />
ser usado para avaliação de rotina, pré-operatória ou acompanhar evolução de doenças crônicas.<br />
CONTRAINDICAÇÃO: Para gestantes, pacientes com sintomas típicos e intensos ao repouso, após infarto recente com<br />
risco de instabilidade, arritmias graves e insuficiência cardíaca de importante repercussão clínica.<br />
EXAME<br />
ANGIOTOMOGRAFIA DE AORTA E ARTÉRIAS CORONÁRIAS<br />
Exame de tomografia com equipamento específico.<br />
PARA QUE SERVE: Avaliar a anatomia cardíaca, coronária e grau de obstruções dos vasos.<br />
HÉLIO CASTELLO<br />
Cardiologista e diretor do<br />
Grupo Angiocardio.<br />
CRM - 55768<br />
EXAME<br />
ELETROCARDIOGRAMA<br />
Avalia a atividade elétrica do coração.<br />
PARA QUE SERVE: É o exame básico para diagnosticar o infarto do miocárdio na emergência, avaliar cicatrizes de<br />
infartos antigos, alterações do ritmo cardíaco (arritmia) e sugerir crescimento de câmaras cardíacas (átrio e ventrículo).<br />
INDICADO PARA: O eletrocardiograma é um tipo de exame usado como triagem quando há suspeita de problemas<br />
cardiológicos, podendo ser feito em qualquer idade, a depender do quadro clínico.<br />
CONTRAINDICAÇÃO: Nenhuma.<br />
INDICADO PARA: Pacientes com forte suspeita de obstrução coronária, porém sem evidência comprovada de<br />
isquemia. Também para pacientes com suspeita de doenças da aorta e valva.<br />
CONTRAINDICAÇÃO: São relativas, podendo ser para gestantes, crianças, pacientes com deficiência renal ou com<br />
alto risco de déficit renal e alérgicos ao iodo.<br />
EXAME<br />
CATETERISMO CARDÍACO<br />
Introdução de tubo através de vaso do braço ou virilha até o coração.<br />
PARA QUE SERVE: Diagnosticar obstruções coronarianas, alterações nas válvulas, déficit de contração do miocárdio,<br />
doenças congênitas, entre outras, determinando conduta a seguir, que pode ser, clínica, cirúrgica ou invasiva.<br />
INDICADO PARA: Pacientes em quadro agudo de infarto ou outras patologias de alto risco, para quem possui fortes<br />
evidências de doença cardíaca coronária, das válvulas ou congênita.<br />
CONTRAINDICAÇÃO: São relativas, podendo ser para gestantes, crianças, pacientes com deficiência renal ou com<br />
alto risco de déficit renal e alérgicos ao iodo.
14<br />
CUIDADOS E BEM-ESTAR<br />
EM BUSCA<br />
DA LONGE-<br />
VIDADE<br />
Qual o segr<strong>ed</strong>o para chegar<br />
à maturidade com saúde?<br />
POR RAFAEL MUNHOS<br />
Por que deixar para amanhã o que você pode fazer<br />
hoje? O ditado cai direitinho para quem deseja chegar<br />
a uma velhice com saúde de ferro. Programar-se para<br />
ter uma vida mais saudável se tornou um hábito constante<br />
da população mundial, que hoje conta com as<br />
facilidades das academias populares, alimentos orgânicos,<br />
terapias e m<strong>ed</strong>itações, e até vídeos <strong>ed</strong>ucativos<br />
pela internet.<br />
Se compararmos a qualidade de vida nos últimos 100<br />
anos, os números são surpreendentes. Conforme o<br />
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a<br />
expectativa de vida da população brasileira aumentou<br />
41,7 anos em pouco mais de 100 anos, isto é, em<br />
1900, a expectativa era de 33,7 anos; hoje atinge a<br />
marca de 75,4 anos.<br />
O crescimento dos espaços públicos ativa a vontade<br />
da população em se exercitar e socializar. É possível<br />
encontrarmos academias ao ar livre, grupos de caminhadas,<br />
inclusive, eventos pelas r<strong>ed</strong>es sociais, entre<br />
outras modalidades. Hospitais e instituições também<br />
adotaram m<strong>ed</strong>idas para aproximar os pacientes a desenvolver<br />
a prática saudável, assim, desmistificando a<br />
ideia de que são locais temidos.<br />
Referência na cidade de São Paulo, o Centro de Longevidade<br />
do Hospital 9 de Julho oferece atividades<br />
IMAGENS: THINKSTOCK E ARQUIVO PESSOAL
16<br />
REVISTA CUIDADOS PELA VIDA | 17<br />
MARCELO ROZENFELD LEVITES<br />
Clínico-geral e coordenador do<br />
programa de longevidade do<br />
Hospital 9 de Julho.<br />
CRM: 104800<br />
para pessoas com mais de 50 anos voltadas a promover<br />
a saúde física e mental. A programação possui<br />
caminhadas, aulas de dança, leitura, palestras e sessões<br />
de cinema. “Nós sugerimos algumas atividades<br />
como a caminhada, o clube da leitura uma vez por<br />
mês, um grupo de apoio ao cuidador e a arteterapia.<br />
“Acho que o povo<br />
brasileiro precisa<br />
encontrar a vocação<br />
de aproximar um ao<br />
outro, aí vai ter uma<br />
mudança”<br />
Eles encontram uma saída real.”, define o coordenador<br />
do projeto, Marcelo Rozenfeld Levites. Ele também<br />
relata a procura de pessoas com parentes que<br />
sofrem do Mal de Alzheimer. “O clube da memória é a<br />
grande sensação do projeto porque estimula a mente<br />
dos pacientes. Depois vem a caminhada, a leitura e as<br />
palestras como preferências”.<br />
O maior incômodo para Levites ainda é a falta de<br />
acessibilidade nas ruas das cidades, o que dificulta a<br />
prática ao ar livre e limita o deslocamento de transeuntes.<br />
“Precisamos de ruas e acessos facilitados,<br />
hoje o ônibus não tem preparação para o deficiente<br />
e para o idoso. O Brasil ainda não está adaptado a<br />
prestar serviço de qualidade. Acho que o povo brasileiro<br />
precisa encontrar a vocação de aproximar um<br />
ao outro, aí vai ter uma mudança”, constata.<br />
“UNS 30 ANOS<br />
A MAIS ESTÁ<br />
NA MEDIDA<br />
CERTA”<br />
Idade não quer dizer nada para Gina Marochio. Aos<br />
63 anos, a jornalista aposentada é exemplo de quem<br />
pretende chegar a uma idade avançada feliz e vantajosa.<br />
A paulista participa há nove anos do Centro<br />
de Longevidade do Hospital 9 de<br />
Julho e, desde então, participa<br />
de caminhadas, discussões literárias<br />
e festas organizadas pela<br />
equipe. Diante de várias atividades,<br />
Gina identifica que cultivar<br />
amizades é uma das melhores<br />
maneiras para gozar de um envelhecimento<br />
saudável. “Interagir com outras pessoas<br />
foi ótimo pra mim, até temos um grupo no Whatsapp<br />
onde comemoramos aniversário das pessoas<br />
da caminhada. Como em qualquer lugar, existem as<br />
mais animadas e outras mais fechadas, que conseguimos<br />
colocar um sorriso no rosto”.<br />
Com dificuldades para se locomover, Gina conta<br />
com a ajuda da bengala para andar desde que sofreu<br />
com o rompimento do músculo do quadril. Mesmo<br />
assim, sua limitação não a priva das funções diárias.<br />
Vou com alegria andar de ônibus até o Centro<br />
de Longevidade e me sinto bem. Estou ótima e de<br />
bem com a vida. Me acho muito bonita e confiante.<br />
Acr<strong>ed</strong>ita que até me chamaram para ser modelo?<br />
Que petulante eu sou, hein?”, conta, rindo.<br />
Esse bom humor contagia amigos, até os<br />
mais pessimistas. “Acho triste. Já encontrei<br />
algumas pessoas assim e tento<br />
fazê-las mudar de ideia ou a procurar<br />
ajuda profissional. Até tenho conseguido<br />
resultados positivos,<br />
vamos dizer que consigo<br />
abrir 70% dos olhos<br />
de amigos por causa<br />
da minha persistência”.<br />
Casada e com uma filha, ela nutre uma<br />
“Interagir com<br />
outras pessoas foi<br />
ótimo pra mim”<br />
relação bastante afetiva com a família, o<br />
que considera um bom termômetro para<br />
o bem-estar. “Toda família tem problemas,<br />
mesmo algumas rusgas, sei como contornar<br />
para que não me abale.<br />
A família é o nosso ponto<br />
de partida e de chegada.<br />
Precisamos ser tolerantes<br />
para que esse convívio traga<br />
bons fluidos”.<br />
Exemplo de vitalidade,<br />
Gina deseja viver muitos anos com prazer e<br />
saúde. Para ela, as fórmulas estão no nosso dia<br />
a dia e são fáceis de conquistar. “Tudo depende<br />
do nosso estilo, mas é preciso fazer exercícios,<br />
ter bons hábitos de sono e relaxamento,<br />
e alimentar-se bem. Por exemplo,<br />
eu como de três em três horas, mas sem<br />
exagero. Chegar aos 100 anos é possível,<br />
só precisamos começar a preparar desde<br />
já”. Mas será que Gina tem essa pretensão?<br />
“Não, mas uns 30 anos a mais está<br />
na m<strong>ed</strong>ida certa”, deseja ela.
18<br />
HISTÓRIA DE<br />
SUPERAÇÃO<br />
Uma nova vida com menos TOC<br />
POR RAFAEL MUNHOS<br />
Ao começar a ent<strong>revista</strong>, Ana Carolina estava temerosa<br />
por revelar seus sentimentos, achando que poderia<br />
expor demais sua vida pessoal. Durante a conversa,<br />
sentiu-se gratificada e fortalecida por identificar que<br />
sua trajetória complicada em razão do TOC (Transtorno<br />
Obsessivo Compulsivo) teve solução e hoje<br />
consegue lidar melhor com a doença.<br />
Vamos à história. Durante a juventude, a p<strong>ed</strong>agoga<br />
carioca desenvolveu diversos tipos de TOC, com gravidade<br />
a mania excessiva por limpeza. Ela não saía de<br />
casa antes de verificar, por pelo<br />
menos dez vezes seguidas, se o<br />
gás da cozinha e a torneira estavam<br />
fechados corretamente.<br />
“Meu m<strong>ed</strong>o era gastar a água do<br />
planeta, inundar a casa e perder<br />
tudo. Como ficava sozinha desde<br />
os 10 anos de idade, era uma<br />
responsabilidade minha”.<br />
Aos 18, uma situação inusitada<br />
agravou a doença. Durante uma<br />
conversa com um vend<strong>ed</strong>or de<br />
canetas, Ana Carolina ficou comovida com a história<br />
de vida dele, principalmente por descobrir que ele<br />
é soropositivo. A reação foi de um abraço amigável.<br />
Para ela, uma situação comum e sem consequências,<br />
mas que transformou-se num conflito pessoal.<br />
“Minha mãe colocou terror, dizendo que as pessoas<br />
nem sempre são boas e que ele poderia passar algo<br />
para mim. Desde então, o TOC fez parte da minha<br />
vida com mais força”, conta.<br />
“Estou mais<br />
confiante,<br />
sem crises de<br />
ansi<strong>ed</strong>ade,<br />
não sou<br />
assintomática.”<br />
A partir deste momento, Ana Carolina passou por<br />
uma série de situações das quais não tinha controle.<br />
O incômodo habitual a fez questionar qualquer possibilidade<br />
de intimidade. “Fiquei um ano sem beijar na<br />
boca. Também perdi um namorado por causa desse<br />
pânico. Com o meu atual, no<br />
início do namoro conversamos<br />
sobre o tempo em que cada um<br />
estava sem ter relação sexual e,<br />
para me prevenir, fizemos exames<br />
de sangue”.<br />
Atitudes como lavar as mãos frequentemente<br />
e não se acomodar<br />
aos assentos de transporte<br />
público se tornaram habituais.<br />
Segundo ela, muitos dos seus<br />
problemas estão relacionados<br />
aos pensamentos intrusivos, ou seja, insegurança dos<br />
atos, ter feito algo de errado e não lembrar. “Eu justamente<br />
não bebo pela fobia de fazer algo que não<br />
me sinta bem”.<br />
O começo da mudança<br />
Ana Carolina permanecia isolada e infeliz consigo e<br />
com pessoas à sua volta. Até que a p<strong>ed</strong>agoga percebeu<br />
a importância do auxílio profissional como possibilidade<br />
de recuperação. “No início, eu me tratava<br />
com psiquiatra particular, que me recomendava o<br />
tratamento m<strong>ed</strong>icamentoso, mas tive uma melhora<br />
significativa neste ano quando conheci o Riostoc, é<br />
como se fosse os alcoólatras anônimos. Lá, eles me<br />
falaram do IPUB (Instituto de Psiquiatria da UFRJ) e,<br />
assim, reiniciei um novo tipo de recurso. Já no primeiro<br />
mês, tive melhoras”.<br />
“Fiquei um ano sem<br />
beijar na boca. Perdi<br />
um namorado por<br />
causa desse pânico.”<br />
Os animais, se tornaram o grande remédio para o alívio<br />
da doença. Ana Carolina não mora sozinha, vive<br />
com 7 gatos e, nos finais de semana, o namorado<br />
chega com o seu cãozinho para visitá-la. Com a casa<br />
cheia, ela diz que não se preocupa com os pelos, e<br />
deixa de aviso que vive num ambiente descontaminado.<br />
“Foram gatos que eu resgatei por alguns com necessidades<br />
especiais. Aliás, o felino é bom para quem<br />
tem TOC, pois alivia a tensão. Se você quer animais,<br />
precisa abstrair os pelos, senão não vive”.<br />
“Sou outra pessoa”<br />
Com várias mudanças nos últimos anos, Ana Carolina<br />
só agradece por ter buscado ajuda no momento em<br />
que achava não ter mais solução. Hoje é uma mulher<br />
vitoriosa por superar a doença aos poucos. “Sou outra<br />
pessoa, mais confiante, sem crises de ansi<strong>ed</strong>ade,<br />
não sou assintomática. Vivo em paz, voltei a ler, a ver<br />
mais filmes, a ter mais ânimo para sair”, conta, feliz.<br />
CONTE SUA<br />
HISTÓRIA<br />
PRA GENTE!<br />
Superou um<br />
problema de<br />
saúde?<br />
Adotou<br />
um hábito<br />
saudável?<br />
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história. Você pode virar matéria<br />
e ajudar milhares de pessoas!<br />
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20<br />
CUIDADOS E BEM-ESTAR<br />
OS BENEFÍCIOS<br />
DO ÔMEGA-3<br />
PARA A SAÚDE<br />
DO CORAÇÃO<br />
POR FABRÍCIO MAINENTI<br />
IMAGEM: THINKSTOCK<br />
RUBENS MATTAR JÚNIOR<br />
Cardiologista graduado pela<br />
Faculdade de M<strong>ed</strong>icina de<br />
Uberlândia (MG) e atende em<br />
São Paulo.<br />
As doenças cardiovasculares são a principal causa de<br />
morte no Brasil e representam cerca de 29% dos óbitos<br />
no país. Um estudo da Organização Mundial de Saúde<br />
(OMS) aponta que, em poucos anos, o Brasil subirá<br />
Benefícios do ômega-3 para a<br />
saúde do coração<br />
O ômega-3 é uma gordura poli-insaturada da família<br />
em excesso. Níveis altos de triglicerídeos no sangue<br />
elevam o risco para o desenvolvimento de doenças<br />
cardiovasculares.<br />
profundas e frias. Salmão, bacalhau, sardinha, cavalinha<br />
e atum são alguns exemplos.<br />
Entretanto, o consumo desses alimentos no Brasil<br />
CRM-SP: 30054<br />
para primeiro no ranking mundial desse tipo de morte.<br />
dos ácidos graxos, conhecido por contribuir na ma-<br />
“O ômega-3 exerce inúmeros efeitos sobre diferentes<br />
está abaixo dos 12 quilos por pessoa ao ano recomen-<br />
De acordo com dados da Soci<strong>ed</strong>ade Brasileira de Car-<br />
nutenção da saúde do coração e também do cérebro.<br />
aspectos fisiológicos e metabólicos relacionados ao<br />
dados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). En-<br />
diologia, mais de 300 mil brasileiros morrem todos os<br />
As substâncias do ômega-3 responsáveis pelo seu<br />
desenvolvimento de doenças cardiovasculares“, infor-<br />
quanto japoneses e portugueses comem mais de 50<br />
anos em decorrência dessas doenças, com cerca de<br />
efeito benéfico para a saúde por meio do auxílio na<br />
ma o cardiologista Rubens Mattar Jr. Alguns exemplos<br />
quilos por ano e a média mundial está em torno dos<br />
350 mil óbitos só em 2016.<br />
manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos são<br />
desses efeitos, segundo o médico, são a diminuição<br />
16 quilos, os brasileiros consomem apenas 8,9 kg/<br />
os ácidos eicosapenta enoico (EPA) e docosahexae-<br />
da pressão arterial e a melhora da função antiarrítmi-<br />
ano. Para controlar os níveis de triglicerídeos, além de<br />
Dentre os fatores de risco para doenças cardiovascu-<br />
noico (DHA). Esses ácidos graxos são considerados<br />
ca, ou seja, da frequência dos batimentos do coração.<br />
uma dieta adequada, evitando o excesso de carboi-<br />
lares, destacam-se o tabagismo, consumo abusivo de<br />
álcool, s<strong>ed</strong>entarismo ou prática de atividade física insuficiente<br />
e má alimentação. Portanto, a mudança de<br />
essenciais para o organismo, pois nós não conseguimos<br />
produzí-los.<br />
Onde podemos encontrar o<br />
ômega-3?<br />
dratos, e da prática regular de atividade física, devem<br />
ser ingeridos alimentos ricos em ômega 3, e uma alternativa<br />
para se obter os seus benefícios é optar pela<br />
estilo de vida é fundamental e deve começar logo com<br />
Considerada a principal gordura originária da alimen-<br />
ingestão de um suplemento com alta concentração<br />
a dieta, apostando no consumo de nutrientes benéfi-<br />
tação, os triglicerídeos são a forma de armazenamen-<br />
As principais fontes de ômega-3 são de origem de<br />
de ômega-3 (EPA e DHA) por cápsula. Consulte um<br />
cos para a saúde do coração, como o ômega-3.<br />
to de energia dos carboidratos e proteínas ingeridas<br />
animal, especialmente em peixes de mar, de águas<br />
profissional de saúde.
22<br />
QUEM FOI<br />
QUE DISSE?<br />
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Alergia<br />
Depressão<br />
Hipertensão<br />
Nessa época do ano, as pessoas sofrem<br />
muito com as alergias, mas pouca gente<br />
sabe que os principais causadores estão<br />
dentro de casa.<br />
ANA HORTA<br />
VIA E-MAIL<br />
R: Olá Ana, é verdade! Desde então, é<br />
importante manter os ambientes higienizados<br />
para evitar a proliferação.<br />
Falando sobre isso, no portal nós temos<br />
matérias que abordam sobre os principais<br />
tipos de alergias e como evitá-las.<br />
Dá uma olhadinha, lá!<br />
Desde minha infância sofro por causa de<br />
depressão. Não tratei no período entre a<br />
infância e a juventude, mas hoje, mesmo<br />
com algumas manias e fobias, estou me<br />
cuidando.<br />
ELISÂNGELA CAMARGO<br />
VIA PORTAL<br />
R: Elisângela, que bom você estar superando<br />
sua depressão. Para fortalecer<br />
essa ideia, gostaríamos de convidá-la<br />
a ler a história de superação da<br />
Thuka Catista, que conseguiu sair da<br />
depressão e hoje vive uma vida saudável.<br />
Pode ser uma boa inspiração!<br />
Quero parabenizar sobre a matéria de relação<br />
entre hipertensão pulmonar com<br />
hipertensão arterial no site. É muito bom<br />
ficar atualizada com essas informações.<br />
CLAUDINEIDE SIARA<br />
VIA FACEBOOK<br />
R: Olá, Claudineide! Ficamos felizes que<br />
você tenha gostado da matéria. A hipertensão<br />
é uma doença crônica que atinge<br />
muitas pessoas e, em diversos casos,<br />
quem sofre não sabe quais tipos existem.<br />
Nos nossos materiais, explicamos da<br />
forma mais didática e informativa para a<br />
compreensão de todos os leitores.<br />
LEIA E<br />
FIQUE BEM<br />
INFORMADO!<br />
LEIA:<br />
cuidadospelavida.com.br/especiais/<br />
juntos-contra-a-hipertensao<br />
ACESSE:<br />
http://cuidadospelavida.com.br/<strong>revista</strong>/junho-9a-<strong>ed</strong>icao
O Saudável Saber é um serviço de apoio ao tratamento prescrito pelo<br />
profissional de saúde, para pacientes cadastrados no Programa Cuidados<br />
Pela Vida. As orientações de enfermeiros do Saudável Saber são gratuitas.<br />
Consulte tarifas de chamada local em sua operadora de preferência. O<br />
conteúdo apresentado não tem como objetivo substituir ou alterar as<br />
orientações médicas. Para manter-se em dia com seu tratamento visite<br />
regulamente seu médico. Consulte termos e condições no regulamento<br />
em http://cuidadospelavida.com.br/o-programa