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edição de 6 de novembro de 2017

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iência são o verda<strong>de</strong>iro teste, a<br />

entrega da promessa. Assim se<br />

constrói a reputação”, <strong>de</strong>staca.<br />

conexões<br />

Experiências são o foco <strong>de</strong><br />

inúmeros segmentos para estabelecer<br />

conexões com diferentes<br />

públicos. A produtora<br />

Wish passou os últimos <strong>de</strong>z<br />

anos elaborando experiências<br />

memoráveis para empresas e<br />

seus diversos públicos – funcionários,<br />

representantes <strong>de</strong> vendas,<br />

jornalistas e sharehol<strong>de</strong>rs,<br />

entre outros. A empresa nasceu<br />

há 29 anos e acabou unindo sua<br />

origem <strong>de</strong> “fazedora <strong>de</strong> viagens<br />

e <strong>de</strong> eventos” para se especializar<br />

no segmento das experiências<br />

para clientes corporativos.<br />

Natasha <strong>de</strong> Caiado Castro,<br />

sócia-fundadora da empresa,<br />

afirma que “estamos vivendo<br />

a era da experiência”. “Os millennials<br />

não aceitam nenhuma<br />

informação final, só acreditam<br />

no que vivenciaram. Novas<br />

experiências dão novas sensações,<br />

que remetem a produtos<br />

e serviços e ditam a relação que<br />

se tem com eles”, diz.<br />

Estudiosa das novas tendências<br />

nas escolas Stanford e Disney,<br />

com as quais mantém parcerias,<br />

Natasha busca a conexão<br />

com o que há <strong>de</strong> mais novo em<br />

vivências humanas focadas em<br />

construção <strong>de</strong> marcas. A empresa<br />

já proporcionou experiências<br />

que vão <strong>de</strong> dirigir supermáquinas<br />

na Route 66, nos<br />

Estados Unidos (para clientes<br />

<strong>de</strong> uma empresa asiática), ou<br />

reviver a Belle Epoque <strong>de</strong> Paris<br />

recebendo pessoas no Maxim’s<br />

com a presença <strong>de</strong> Pierre Cardin.<br />

Ou, ainda, uma visita <strong>de</strong>talhada<br />

a vinhedos franceses normalmente<br />

fechados ao público,<br />

como a casa Rotschild, com direito<br />

a conhecer rótulos clássicos<br />

<strong>de</strong>senhados por Picasso.<br />

O briefing: encantar e marcar<br />

as pessoas para que elas nunca<br />

se esqueçam da experiência.<br />

“os millennials<br />

não aCeitam<br />

nenhuma<br />

informação final,<br />

só aCreditam no<br />

que vivenCiaram”<br />

Eduardo Tracanella: “Este ano nos propusemos a ser a marca host do evento”<br />

Natasha <strong>de</strong> Caiado Castro: “Estamos vivendo a era da experiência”<br />

“Até hoje esse cliente espera<br />

que eu bata a meta do impacto<br />

emocional que causamos com<br />

esse evento”, comenta.<br />

Para encantar e conquistar<br />

os próprios clientes e prospectar<br />

outros, a Wish realiza o que<br />

chama <strong>de</strong> “wish trip”, viagens<br />

que são uma “amostra” daquilo<br />

que é capaz <strong>de</strong> proporcionar,<br />

para lugares como Istanbul, na<br />

Turquia, e à feira Imex, em Las<br />

Vegas e Vale do Silício (EUA).<br />

Kito Manzano, sócio da agência<br />

Rock e convidado para uma<br />

<strong>de</strong>las, trabalha em projetos<br />

voltados para esse segmento, e<br />

afirma que viver um momento<br />

único é o maior aliado das campanhas<br />

<strong>de</strong> incentivos, ativações<br />

e promoções voltadas a qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> público. “O limite<br />

é a criativida<strong>de</strong>, o respeito pelo<br />

público-alvo e fugir da promessa<br />

exagerada. O cuidado com a<br />

ação <strong>de</strong>ve ser absoluta, pois, se<br />

algo <strong>de</strong>r errado, o efeito será inverso,<br />

todo trabalho estará perdido<br />

e a marca arranhada”, diz<br />

Carmela Borst, atual head<br />

<strong>de</strong> marketing para a América<br />

Latina da Infor, também convidada<br />

<strong>de</strong> uma “wish trip” recente,<br />

afirma que o conceito <strong>de</strong><br />

“customer experience” po<strong>de</strong><br />

ser usado na jornada do cliente<br />

no mundo (digital e físico), para<br />

que ele tenha a melhor experiência<br />

em qualquer canal. “Hoje<br />

conhecemos também o conceito<br />

<strong>de</strong> Fisital, justamente o<br />

encontro entre o mundo físico –<br />

em eventos – com o digital, em<br />

campanhas que po<strong>de</strong>m incluir<br />

realida<strong>de</strong> aumentada e gamificação,<br />

por exemplo. Eu acredito<br />

muito em marketing <strong>de</strong><br />

experiência, afinal somos todos<br />

seres humanos, carregamos na<br />

memória as experiências que<br />

vivemos”, conclui.<br />

mAis Ação<br />

Marcas como Itaú e Doritos<br />

têm levado essa estratégia<br />

a novos patamares. Eduardo<br />

Tracanella, superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

marketing do Itaú Unibanco,<br />

afirma que cada vez mais marcas<br />

serão construídas a partir<br />

da experiência e cada vez menos<br />

a partir da comunicação.<br />

No Itaú, segundo ele, trabalha-<br />

-se com uma métrica: acredita-<br />

-se que 70% da marca é construída<br />

a partir da experiência<br />

com a marca core, com o banco,<br />

e 30% a partir da comunicação.<br />

“E quando olho para os 30%<br />

<strong>de</strong> comunicação, boa parte disso<br />

será construída a partir <strong>de</strong><br />

experiência. Cada vez mais as<br />

pessoas esperam que as marcas<br />

falem menos, e façam mais.<br />

Gosto <strong>de</strong> citar uma frase da escritora<br />

e poeta Maya Angelou,<br />

que afirma que as pessoas po<strong>de</strong>m<br />

esquecer o que foi dito, o<br />

que foi feito, mas nunca esquecerão<br />

como as fizemos sentir”,<br />

diz Tracanella.<br />

A publicida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> alguma<br />

forma, <strong>de</strong>corre ou culmina em<br />

alguma experiência, o que é<br />

uma tendência, segundo o executivo.<br />

Um bom exemplo disso<br />

é a campanha Leia para uma<br />

criança. O conceito <strong>de</strong> Fale menos<br />

e mostre mais também foi<br />

posto em prática nas novida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ste ano no Rock in Rio, quando<br />

o objetivo da marca era ser a<br />

mais lembrada do festival - um<br />

<strong>de</strong>safio e tanto para um banco.<br />

As ações foram <strong>de</strong>senvolvidas<br />

em parceria com Africa, Sunset<br />

e Tudo, além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

time ligado ao anunciante. Nesse<br />

universo, a criação colaborativa<br />

é fundamental. “Este ano<br />

nos propusemos a ser a marca<br />

host do evento: que nossos convidados<br />

nos sentissem ‘queridos’<br />

e conseguissemos engajá-<br />

-los em conversas. Era preciso<br />

falar as verda<strong>de</strong>s da marca, mas<br />

<strong>de</strong> maneira que fosse relevante<br />

para as pessoas. Nosso mote foi<br />

O que o mundo separa, a música<br />

aproxima. Toda a experiência,<br />

seja a partir das ativações, da<br />

forma como a marca se portou,<br />

acabou sendo consistente e relevante<br />

para as pessoas”, disse<br />

Tracanella.<br />

Entre as muitas ações do<br />

banco no evento, a presença<br />

surpresa da cantora e drag<br />

queen Pabllo Vittar na Arena<br />

Itaú - uma reação em real time<br />

da marca diante da ausência da<br />

Lady Gaga no festival - foi uma<br />

das mais acertadas. A tecnologia<br />

atuou forte, permitindo<br />

“check-in” com o Facebook na<br />

chegada, “experiências instagramáveis”<br />

ao longo do evento<br />

e o fornecimento <strong>de</strong> informações<br />

sobre o evento com a ajuda<br />

<strong>de</strong> um BOT <strong>de</strong> IA. “O bacana<br />

é que funciona: as pessoas se<br />

conectam. Por exemplo: 57%<br />

do share of voice dos patrocinadores<br />

do RIR foi para o Itaú,<br />

um banco. Isso é muito interessante,<br />

se consi<strong>de</strong>rarmos que<br />

Coca-Cola ficou em segundo lugar,<br />

com 24%. Tivemos 86% <strong>de</strong><br />

sentimento positivo em relação<br />

à marca durante o evento”.<br />

jornal propmark - 6 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> 35

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