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iência são o verda<strong>de</strong>iro teste, a<br />
entrega da promessa. Assim se<br />
constrói a reputação”, <strong>de</strong>staca.<br />
conexões<br />
Experiências são o foco <strong>de</strong><br />
inúmeros segmentos para estabelecer<br />
conexões com diferentes<br />
públicos. A produtora<br />
Wish passou os últimos <strong>de</strong>z<br />
anos elaborando experiências<br />
memoráveis para empresas e<br />
seus diversos públicos – funcionários,<br />
representantes <strong>de</strong> vendas,<br />
jornalistas e sharehol<strong>de</strong>rs,<br />
entre outros. A empresa nasceu<br />
há 29 anos e acabou unindo sua<br />
origem <strong>de</strong> “fazedora <strong>de</strong> viagens<br />
e <strong>de</strong> eventos” para se especializar<br />
no segmento das experiências<br />
para clientes corporativos.<br />
Natasha <strong>de</strong> Caiado Castro,<br />
sócia-fundadora da empresa,<br />
afirma que “estamos vivendo<br />
a era da experiência”. “Os millennials<br />
não aceitam nenhuma<br />
informação final, só acreditam<br />
no que vivenciaram. Novas<br />
experiências dão novas sensações,<br />
que remetem a produtos<br />
e serviços e ditam a relação que<br />
se tem com eles”, diz.<br />
Estudiosa das novas tendências<br />
nas escolas Stanford e Disney,<br />
com as quais mantém parcerias,<br />
Natasha busca a conexão<br />
com o que há <strong>de</strong> mais novo em<br />
vivências humanas focadas em<br />
construção <strong>de</strong> marcas. A empresa<br />
já proporcionou experiências<br />
que vão <strong>de</strong> dirigir supermáquinas<br />
na Route 66, nos<br />
Estados Unidos (para clientes<br />
<strong>de</strong> uma empresa asiática), ou<br />
reviver a Belle Epoque <strong>de</strong> Paris<br />
recebendo pessoas no Maxim’s<br />
com a presença <strong>de</strong> Pierre Cardin.<br />
Ou, ainda, uma visita <strong>de</strong>talhada<br />
a vinhedos franceses normalmente<br />
fechados ao público,<br />
como a casa Rotschild, com direito<br />
a conhecer rótulos clássicos<br />
<strong>de</strong>senhados por Picasso.<br />
O briefing: encantar e marcar<br />
as pessoas para que elas nunca<br />
se esqueçam da experiência.<br />
“os millennials<br />
não aCeitam<br />
nenhuma<br />
informação final,<br />
só aCreditam no<br />
que vivenCiaram”<br />
Eduardo Tracanella: “Este ano nos propusemos a ser a marca host do evento”<br />
Natasha <strong>de</strong> Caiado Castro: “Estamos vivendo a era da experiência”<br />
“Até hoje esse cliente espera<br />
que eu bata a meta do impacto<br />
emocional que causamos com<br />
esse evento”, comenta.<br />
Para encantar e conquistar<br />
os próprios clientes e prospectar<br />
outros, a Wish realiza o que<br />
chama <strong>de</strong> “wish trip”, viagens<br />
que são uma “amostra” daquilo<br />
que é capaz <strong>de</strong> proporcionar,<br />
para lugares como Istanbul, na<br />
Turquia, e à feira Imex, em Las<br />
Vegas e Vale do Silício (EUA).<br />
Kito Manzano, sócio da agência<br />
Rock e convidado para uma<br />
<strong>de</strong>las, trabalha em projetos<br />
voltados para esse segmento, e<br />
afirma que viver um momento<br />
único é o maior aliado das campanhas<br />
<strong>de</strong> incentivos, ativações<br />
e promoções voltadas a qualquer<br />
tipo <strong>de</strong> público. “O limite<br />
é a criativida<strong>de</strong>, o respeito pelo<br />
público-alvo e fugir da promessa<br />
exagerada. O cuidado com a<br />
ação <strong>de</strong>ve ser absoluta, pois, se<br />
algo <strong>de</strong>r errado, o efeito será inverso,<br />
todo trabalho estará perdido<br />
e a marca arranhada”, diz<br />
Carmela Borst, atual head<br />
<strong>de</strong> marketing para a América<br />
Latina da Infor, também convidada<br />
<strong>de</strong> uma “wish trip” recente,<br />
afirma que o conceito <strong>de</strong><br />
“customer experience” po<strong>de</strong><br />
ser usado na jornada do cliente<br />
no mundo (digital e físico), para<br />
que ele tenha a melhor experiência<br />
em qualquer canal. “Hoje<br />
conhecemos também o conceito<br />
<strong>de</strong> Fisital, justamente o<br />
encontro entre o mundo físico –<br />
em eventos – com o digital, em<br />
campanhas que po<strong>de</strong>m incluir<br />
realida<strong>de</strong> aumentada e gamificação,<br />
por exemplo. Eu acredito<br />
muito em marketing <strong>de</strong><br />
experiência, afinal somos todos<br />
seres humanos, carregamos na<br />
memória as experiências que<br />
vivemos”, conclui.<br />
mAis Ação<br />
Marcas como Itaú e Doritos<br />
têm levado essa estratégia<br />
a novos patamares. Eduardo<br />
Tracanella, superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
marketing do Itaú Unibanco,<br />
afirma que cada vez mais marcas<br />
serão construídas a partir<br />
da experiência e cada vez menos<br />
a partir da comunicação.<br />
No Itaú, segundo ele, trabalha-<br />
-se com uma métrica: acredita-<br />
-se que 70% da marca é construída<br />
a partir da experiência<br />
com a marca core, com o banco,<br />
e 30% a partir da comunicação.<br />
“E quando olho para os 30%<br />
<strong>de</strong> comunicação, boa parte disso<br />
será construída a partir <strong>de</strong><br />
experiência. Cada vez mais as<br />
pessoas esperam que as marcas<br />
falem menos, e façam mais.<br />
Gosto <strong>de</strong> citar uma frase da escritora<br />
e poeta Maya Angelou,<br />
que afirma que as pessoas po<strong>de</strong>m<br />
esquecer o que foi dito, o<br />
que foi feito, mas nunca esquecerão<br />
como as fizemos sentir”,<br />
diz Tracanella.<br />
A publicida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> alguma<br />
forma, <strong>de</strong>corre ou culmina em<br />
alguma experiência, o que é<br />
uma tendência, segundo o executivo.<br />
Um bom exemplo disso<br />
é a campanha Leia para uma<br />
criança. O conceito <strong>de</strong> Fale menos<br />
e mostre mais também foi<br />
posto em prática nas novida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>ste ano no Rock in Rio, quando<br />
o objetivo da marca era ser a<br />
mais lembrada do festival - um<br />
<strong>de</strong>safio e tanto para um banco.<br />
As ações foram <strong>de</strong>senvolvidas<br />
em parceria com Africa, Sunset<br />
e Tudo, além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
time ligado ao anunciante. Nesse<br />
universo, a criação colaborativa<br />
é fundamental. “Este ano<br />
nos propusemos a ser a marca<br />
host do evento: que nossos convidados<br />
nos sentissem ‘queridos’<br />
e conseguissemos engajá-<br />
-los em conversas. Era preciso<br />
falar as verda<strong>de</strong>s da marca, mas<br />
<strong>de</strong> maneira que fosse relevante<br />
para as pessoas. Nosso mote foi<br />
O que o mundo separa, a música<br />
aproxima. Toda a experiência,<br />
seja a partir das ativações, da<br />
forma como a marca se portou,<br />
acabou sendo consistente e relevante<br />
para as pessoas”, disse<br />
Tracanella.<br />
Entre as muitas ações do<br />
banco no evento, a presença<br />
surpresa da cantora e drag<br />
queen Pabllo Vittar na Arena<br />
Itaú - uma reação em real time<br />
da marca diante da ausência da<br />
Lady Gaga no festival - foi uma<br />
das mais acertadas. A tecnologia<br />
atuou forte, permitindo<br />
“check-in” com o Facebook na<br />
chegada, “experiências instagramáveis”<br />
ao longo do evento<br />
e o fornecimento <strong>de</strong> informações<br />
sobre o evento com a ajuda<br />
<strong>de</strong> um BOT <strong>de</strong> IA. “O bacana<br />
é que funciona: as pessoas se<br />
conectam. Por exemplo: 57%<br />
do share of voice dos patrocinadores<br />
do RIR foi para o Itaú,<br />
um banco. Isso é muito interessante,<br />
se consi<strong>de</strong>rarmos que<br />
Coca-Cola ficou em segundo lugar,<br />
com 24%. Tivemos 86% <strong>de</strong><br />
sentimento positivo em relação<br />
à marca durante o evento”.<br />
jornal propmark - 6 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> 35