Velozes F1 - R17 / ESTADOS UNIDOS

Tudo sobre a Fórmula 1 / 2017. Nesta edição, os resultados do GP do Japão e uma análise completa dos carros e dos pilotos para o GP dos Estados Unidos em Austin: os pneus, as possíveis estratégias, os horários e muito mais. Também contamos a história de Mario Andretti, o maior piloto americano de todos os tempos. E você ainda ganha um mini-poster desse grande piloto e um lindo calendário de mesa para você imprimir aí na sua casa. Tudo sobre a Fórmula 1 / 2017. Nesta edição, os resultados do GP do Japão e uma análise completa dos carros e dos pilotos para o GP dos Estados Unidos em Austin: os pneus, as possíveis estratégias, os horários e muito mais. Também contamos a história de Mario Andretti, o maior piloto americano de todos os tempos. E você ainda ganha um mini-poster desse grande piloto e um lindo calendário de mesa para você imprimir aí na sua casa.

memorandum321
from memorandum321 More from this publisher

Fórmula 1 / <strong>R17</strong><br />

Vettel quebra,<br />

Lewis Hamilton vence<br />

e põe a mão na taça<br />

Tudo Sobre O Grande Prêmio dos<br />

1


2


Fórmula 1 / <strong>R17</strong> - GP dos Estados Unidos<br />

3


HAMILTON PÕE A MÃO NA TAÇA<br />

A Ferrari segue no seu inferno astral: depois do desastre na largada em Singapura e<br />

das quebras nos turbos nas duas Rossa na Malásia, Vettel vê suas chances ao título<br />

afundarem de vez por causa de um simples cabo de vela.<br />

Sem marcar pontos, Seb viu Hamilton vencer e disparar na liderança do Mundial.<br />

Max Verstappen mais uma vez brilhou e chegou em segundo, muito próximo de<br />

Hamilton, enquanto Ricciardo garantiu mais um pódio na temporada.<br />

Felipe Massa fez uma corrida decente e marcou 1 ponto, numa prova em que Ocon foi<br />

outro dos jovens protagonistas e chegou a andar em terceiro no começo da disputa.<br />

E a Renault anunciou a dispensa imediata de Palmer para por Sainz no cockpit já nos<br />

Estados Unidos.<br />

4


A sexta-feira teve<br />

muita chuva em Suzuka,<br />

pouca ação e muito<br />

tempo para brincar de<br />

barquinhos de papel na<br />

terra do origame.<br />

A Force India levou a Suzuka um Assento da Sogra de<br />

novo tipo, em dois níveis e uma ranhura para o ar passar.<br />

A novidade ajudou Ocon e Perez, que fizeram P6 e P7,<br />

mas Ocon largou de P5 após a penalização de Bottas<br />

Já no sábado o tempo esteve seco e ninguém pôde segurar Hamilton,<br />

enquanto Bottas perdeu cinco posições no grid por troca da caixa de câmbio<br />

5


POLE POSITION<br />

1 44 L. HAMILTON (HAM)<br />

Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team 2 5 S. VETTEL (VET)<br />

Scuderia Ferrari<br />

3 3 D. RICCIARDO (RIC)<br />

Red Bull Racing TAG Heuer 4 33 M. VERSTAPPEN (VER)<br />

Red Bull Racing TAG Heuer<br />

5 88 E. OCON (OCO)<br />

Sahara Force India Racing 6 77 V. BOTTAS (BOT)<br />

Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team<br />

7 11 S. PEREZ (PER)<br />

Sahara Force India Racing 8 19 F. MASSA (MAS)<br />

Williams Martini Racing<br />

9 2 S. VANDOORNE (**)<br />

McLaren Honda Racing 10 7 K. RÄIKKÖNEN (RAI)<br />

Scuderia Ferrari<br />

11 27 N. HULKENBERG (HUL)<br />

Renault <strong>F1</strong> 12 20 K. MAGNUSSEN (MAG)<br />

HAAS <strong>F1</strong> Team<br />

13 8 R. GROSJEAN (GRO)<br />

HAAS <strong>F1</strong> Team 14 10 P. GASLY (GAS)<br />

Scuderia Toro Rosso<br />

15 18 L. STROLL (LAN)<br />

Williams Martini Racing 16 9 M. ERIKSSON (ERI)<br />

Sauber <strong>F1</strong> Team<br />

17 36 P. WEHRLEIN (WEH)<br />

Sauber <strong>F1</strong> Team 18 30 J. PALMER (PAL)<br />

Renault <strong>F1</strong><br />

19 55 C. SAINZ (SAI) (*)<br />

Scuderia Toro Rosso 20 14 F. ALONSO (ALO)<br />

McLaren Honda Racing<br />

Notas:<br />

Pole-position # 71 de Hamilton<br />

6


Veja Este Sensacional Modelo Em Papel Para Montar<br />

Réplica Oficial do<br />

carro restaurado pela DANA,<br />

o primeiro carro de Fórmula 1<br />

construído no hemisfério sul!<br />

Kit Completo Para Você Montar<br />

‣ PEÇAS PRÉ-CORTADAS<br />

‣ BASTA DESTACAR, DOBRAR E COLAR<br />

‣ IMPRESSÃO DE ALTA QUALIDADE<br />

‣ INSTRUÇÕES DE MONTAGEM<br />

‣ RÉPLICA FIEL DO FITTIPALDI FD-01<br />

‣ RECEBA PELO CORREIO NA SUA CASA<br />

Compre direto no nosso site : www.goeverest.biz<br />

Um Produto Da<br />

Modelismo Em Papel<br />

7


Vettel (acima) novamente teve problemas técnicos na Ferrari no domingo. Desta vez foi uma vela que se partiu...<br />

A equipe ainda tentou trocar a vela no grid, mas não deu tempo. Seb largou assim mesmo, mas logo começou a cair de posições<br />

Hamilton largou na<br />

ponta e não foi mais<br />

incomodado por<br />

ninguém. Verstappen<br />

ainda se aproximou<br />

no final, mas já não<br />

tinha mais pneus<br />

para atacar.<br />

Ocon (à esquerda) fez um corridaço no Japão! Merecia o pódio<br />

8


Pos Piloto Carro<br />

1 HAMILTON Mercedes 53 voltas<br />

2 VERSTAPPEN Red Bull + 1,211<br />

3 RICCIARDO Red Bull +9,679<br />

4 BOTTAS Mercedes +10,580<br />

5 RÄIKKONEN Ferrari +32,622<br />

6 OCON Force India +1'07,788<br />

7 PEREZ Force India +1'11,424<br />

8 MAGNUSSEN Haas +1'28,953<br />

9 GROSJEAN Haas +1'29,883<br />

10 MASSA Williams 52 v<br />

11 ALONSO McLaren 52 v<br />

12 PALMER Renault 52 v<br />

13 GASLY Toro Rosso 52 v<br />

14 VANDOORNE McLaren 52 v<br />

15 WEHRLEIN Sauber 51 v<br />

16 STROLL Williams 45 v<br />

17 HULKENBERG Renault 40 v<br />

18 ERICSSON Sauber 7 v<br />

19 VETTEL Ferrari 4 v<br />

20 SAINZ JR Toro Rosso 0 v<br />

Foi a última corrida de Palmer<br />

na Renault em 2017<br />

Volta Mais Rápida:<br />

V. Bottas > 1’33,144 (50)<br />

Notas:<br />

Vitória # 61 de Hamilton na F-1


56 Voltas (5,513 m) = 308,405Km<br />

Recorde Existente : 1”39,347 / Vettel (2012)<br />

10


Sexta-feira, 20 de outubro de 2017<br />

Treino Livre 1 22:30 (quinta-feira) – 13:00<br />

Treino Livre 2 (sexta-feira) – 17:00<br />

Sábado, 21 de outubro de 2017<br />

Treino Livre 3 14:00<br />

Classificação – 16:00<br />

Domingo,22 de outubro de 2017 Largada – 17:00<br />

11


MUNDIAL DE PILOTOS 2017 / CLASSIFICAÇÃO APÓS SUZUKA<br />

POS No. PILOTO PTS<br />

1 44 LEWIS HAMILTON 306<br />

2 5 SEBASTIAN VETTEL 247<br />

3 77 VALTTERI BOTTAS 234<br />

4 3 DANIEL RICCIARDO 192<br />

5 7 KIMI RÄIKKÖNEN 148<br />

6 33 MAX VERSTAPPEN 111<br />

7 11 SERGIO PÉREZ 82<br />

8 31 ESTEBAN OCON 65<br />

9 55 CARLOS SAINZ JR. 48<br />

10 27 NICO HÜLKENBERG 34<br />

11 19 FELIPE MASSA 34<br />

12 18 LANCE STROLL 32<br />

POS No. PILOTO PTS<br />

13 8 ROMAIN GROSJEAN 28<br />

14 20 KEVIN MAGNUSSEN 15<br />

15 2 STOFFEL VANDOORNE 13<br />

16 14 FERNANDO ALONSO 10<br />

17 30 JOLYON PALMER 8<br />

18 94 PASCAL WEHRLEIN 5<br />

19 26 DANIIL KVYAT 4<br />

20 9 MARCUS ERICSSON 0<br />

21 36 ANTONIO GIOVINAZZI ITA 0<br />

22 10 PIERRE GASLY 0<br />

23 22 JENSON BUTTON 0<br />

MUNDIAL DE CONSTRUTORES 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />

1 MERCEDES 540<br />

2 FERRARI 395<br />

3 RED BULL 303<br />

4 FORCE INDIA 147<br />

5 WILLIAMS 66<br />

6 TORO ROSSO 52<br />

7 H A A S<br />

43<br />

8 RENAULT<br />

42<br />

9 McLAREN 23<br />

SAUBER<br />

10 5<br />

12


OS PNEUS PARA O GP DOS <strong>ESTADOS</strong> <strong>UNIDOS</strong><br />

Ultra-Macios Super-Macios Macios<br />

As Escolhas dos Pilotos<br />

13


Austin, no Texas, estabelecida como uma das cidades mais<br />

modernas do país, Austin ganhou rapidamente sua<br />

reputação como um lugar para se divertir e experimentar<br />

um estilo de vida exclusivamente americano com um ritmo<br />

um pouco mais relaxado e com sua sensação amigável e<br />

crescente reputação de alto nível, verdadeiramente<br />

americano, na comida, no entretenimento e no esporte,<br />

recebeu a Fórmula 1 com os braços abertos.<br />

Quando a <strong>F1</strong> bateu na porta do Texas para ser a nova casa<br />

do Grande Prêmio nos Estados Unidos, Austin decidiu ir<br />

com tudo para o desafio, e construir uma das pistas<br />

tecnicamente mais avançadas do mundo. Para responder<br />

ao desafio, o arquiteto e designer Hermann Tilke se propôs<br />

a projetar uma pista adequada ao retorno da <strong>F1</strong> aos<br />

Estados Unidos, de forma a fazer justiça ao esporte.<br />

Situado em 1.500 hectares, bem ao lado de Austin,<br />

Texas; o Circuito das Américas (COTA) foi feito<br />

especialmente para o esporte. Os seus contornos foram<br />

esculpidos com a ideia de manter a velocidade ideal nas<br />

curvas, proporcionando oportunidades de ultrapassagem e<br />

incorporando elementos de outras pistas existentes, para<br />

criar o melhor show possível para os espectadores. Com a<br />

criação do COTA, Austin proporciona um cenário perfeito<br />

para a <strong>F1</strong>, um destino único e muito especial.<br />

O nível de aderência da pista do COTA é bastante bom em<br />

comparação com outros circuitos, e os pilotos ficam felizes<br />

com a forma com os pneus se apresentaram nesse circuito<br />

exigente. Existem setores deste circuito que colocam<br />

muito estresse no ombro direito do pneu, pois há mais<br />

curvas à esquerda, mas de modo geral este circuito ainda é<br />

bastante equilibrado.<br />

Pode-se dizer que ter três opções mais macias de pneus no<br />

Circuito das Américas este ano foi uma mudança bemvinda<br />

para os pilotos e deu-lhes opções suficientes para<br />

lidar com as condições variáveis.<br />

Tal como acontece com a maioria das pistas modernas, a<br />

chave para ser rápido no Circuito das Américas ainda é boa<br />

tração e boa estabilidade sob frenagem - a maioria das<br />

curvas (e certamente as mais importantes, as 1, 11 e 20)<br />

são ainda de baixa velocidade, mesmo com os carros<br />

atuais. Mas esta pista também tem mais curvas de alta do<br />

que qualquer outra no calendário depois de Suzuka e<br />

Silverstone e, portanto, não é de admirar que os pilotos a<br />

adorem. Com apenas uma longa reta, a sensibilidade de<br />

energia é baixa a média, e altos níveis de downforce são<br />

recomendados. É um circuito comum de média velocidade<br />

em geral. A curva 19 absolutamente cega é um ponto de<br />

acesso incidente.<br />

E não é apenas a Force India que estará de<br />

rosa durante o fim de semana de Austin, já<br />

que todo o comprimento de 5.153 quilômetros<br />

do Circuito das Américas será dedicado à causa<br />

da luta pela cura do câncer de mama.<br />

Outubro é mês de prevenção do câncer de<br />

mama, simbolizado por uma fita rosa.<br />

E para complementar essa ação de<br />

conscientização, os pneus Ultra Macios da<br />

Pirelli terão a faixa em rosa, e não no roxo<br />

tradicional.<br />

14


PREVISÃO VELOZES <strong>F1</strong> - As chances de cada equipe em Austin<br />

MERCEDES – O ar mais quente do<br />

Texas será uma vantagem para a Mercedes,<br />

dando bom aquecimento dos pneus. A<br />

chance de trocas e quebras de componentes<br />

ainda é alta, e os carros deverão receber um<br />

acerto de potência mais conservador, já que<br />

Hamilton não precisa mais vencer para ser o<br />

campeão. O mercado americano, contudo, é<br />

importante para a marca, e os esforços serão<br />

dobrados para fazerem uma boa figura.<br />

FERRARI – Tem mostrado ter carros<br />

bem velozes, mas que estão no limite e por<br />

isso as quebras recentes. O COTA é uma boa<br />

pista para a aerodinâmica e acerto de<br />

chassis, mas com uma estratégia de pneus<br />

igual ao da rival, os ferraristas não terão<br />

nada além da qualidade de seu chassis para<br />

tentar a dobradinha que precisa para se<br />

manter vivos nos torneios de pilotos e de<br />

construtores.<br />

RED BULL – Mostrou uma enorme<br />

evolução e está muito mais confiante com a<br />

evolução do motor Renault. Num ambiente<br />

mais frio, deu trabalho à Mercedes e não<br />

tomou da segunda Ferrari em Suzuka, mas vai<br />

estar mais quente em Austin e isso pode<br />

aumentar a distância para as duas equipes<br />

rivais. Como a estratégia de pneus é a mesma<br />

dos demais, somente problemas com<br />

Mercedes ou Ferrari trará alguma chance.<br />

FORCE INDIA – Voltou ao seu melhor<br />

rendimento e adotou uma estratégia de<br />

pneus mais audaciosa, talvez pensando em 2<br />

paradas e o uso de 2 jogos de Ultras na<br />

corrida. Como as equipes atrás do time rosa<br />

no Mundial também parecem partir para<br />

essa mesma tática, a F-India não tem muito<br />

a perder e deverá impor a superior<br />

qualidade de sua aerodinâmica e a força do<br />

motor Mercedes às suas rivais.<br />

WILLIAMS –Como o desenvolvimento do<br />

FW40 já foi suspenso, pouco se espera da<br />

Williams em Austin. Talvez por isso, os<br />

pilotos optaram pela estratégia de pneus<br />

mais arriscada, 9 jogos de Ultras, e deverá<br />

optar por 2 pit stops na corrida. Pode ser<br />

uma estratégia boa, mas para ela funcionar<br />

os carros brancos terão que classificar bem<br />

no grid e não se meter em disputas e batidas<br />

nas primeiras voltas.<br />

McLAREN – Outra equipe que deverá<br />

adotar a tática de duas paradas. Também<br />

levará 9 Ultras para o Texas, mas como está<br />

andando bem mais que as Williams, deverá<br />

tirar maior proveito e andar muito forte o<br />

tempo todo. O motor tem aguentado bem às<br />

últimas provas e é importante para a equipe<br />

andar bem nos Estados Unidos, tanto pelos<br />

interesses da Honda quanto da própria<br />

McLaren.<br />

TORO ROSSO – Sainz já correrá pela<br />

Renault em Austin e a volta de Kvyat será<br />

um teste para o carro, já que o outro piloto<br />

será um novato na <strong>F1</strong>. Com uma dupla de<br />

pilotos desacreditados, a estratégia será<br />

conservadora, o que é o melhor a se fazer na<br />

circunstância. O carro tem potencial para ir<br />

ao Q2, falta ver se terá pilotos para isso.<br />

H A A S – Correndo em casa, a Haas terá<br />

em Austin seu último pacote de evolução do<br />

ano. Pode-se esperar uma ótima apresentação<br />

no Texas, brigando mesmo com Renault<br />

e McLaren pelo Q3 e pelos pontos,<br />

repetindo a performance de Suzuka. Claro<br />

que terá que passar pela primeira curva sem<br />

batidas e empurrões, uma situação<br />

recorrente este ano.<br />

RENAULT – Com muitas novidades na<br />

parte aerodinâmica, a Renault está na briga<br />

com Force India, Haas e McLaren pelos<br />

pontos restantes da corrida.<br />

Embora já esteja trabalhando o carro do ano<br />

que vem, a Renault ainda tem o objetivo de<br />

ser a quinta marca no Mundial. Mas para isso<br />

precisará dos pontos com os dois pilotos, e<br />

terá Sainz no lugar de Palmer para atingir<br />

essa meta, mais uma boa tática de pneus.<br />

SAUBER –Numa pista onde o equilíbrio<br />

do chassis é tão importante quanto a<br />

potência, o carro, com o motor Ferrari<br />

defasado, não aspira mais nada nesta corrida<br />

a não ser completar com os dois carros.<br />

Aliás, a Sauber não aspira mais nada este<br />

ano! Não vê a hora de 2017 acabar e pular de<br />

cabeça na sua função de Time B da Ferrari<br />

em 2018. Assim, nem o desenvolvimento<br />

deste carro está mais sendo feito.<br />

15


. E as chances de cada piloto .<br />

HAMILTON está em seu melhor<br />

momento da carreira, seguro e<br />

muito focado. Não precisa mais<br />

vencer para ganhar o título, e<br />

talvez isso o deixe ainda mais<br />

agressivo em pista!<br />

BOTTAS tem sido burocrático, o<br />

que é decepcionante. Mostrou<br />

alguma garra contra Ricciardo<br />

em Suzuka, mas depois se<br />

acomodou. Pode ter um novo<br />

pacote aero em Austin.<br />

VERSTAPPEN Está usando a<br />

estratégia de arriscar para cima<br />

dos postulantes ao título. Se<br />

conseguir dar um bom pulo na<br />

largada, conseguirá outro ótimo<br />

resultado no Texas.<br />

PEREZ está pilotando muito,<br />

mas ao mesmo tempo tem se<br />

metido em incidentes que lhe<br />

prejudicam a corrida. Com o<br />

carro que tem nas mãos, fará<br />

uma corrida para o P7 ou mais<br />

GROSJEAN Pode brigar pelo Q3<br />

e tentará marcar pontos com um<br />

stint muito longo no começo da<br />

corrida para voar no final. É uma<br />

boa estratégia se os demais<br />

fizerem mesmo 2 paradas<br />

MAGNUSSEN tem alternado<br />

boas e más corridas. Suzuka é<br />

uma pista técnica, onde ele pode<br />

mostrar sua força mental e<br />

brigar por pontos, mesmo se não<br />

sair de uma boa posição no grid.<br />

BRENDON HARTLEY foi chamado<br />

de surpresa para a vaga de Gasly e<br />

terá um fim de semana infernal<br />

pela frente! Mesmo assim, já é<br />

um piloto com boa experiência e<br />

deverá dar conta do recado.<br />

STROLL não conhece a pista e ainda terá<br />

as dificuldades atuais da Williams em<br />

termos de chassis e aero. Tem dado<br />

conta do seu trabalho com muito<br />

talento e surpreendeu a aqueles que o<br />

julgaram no começo da temporada.<br />

WEHRLEIN fora da Sauber em 2018,<br />

vai largar em último ou penúltimo e<br />

brigar com Ericsson na corrida. Só!<br />

MASSA não sabe como<br />

será seu futuro na<br />

Williams, por isso começa<br />

a se divertir com a sua<br />

pilotagem e deixar as<br />

preocupações para trás.<br />

O carro está uma draga, e<br />

Felipe ainda tem que ser<br />

o tutor de Stroll e<br />

obedecer à equipe,<br />

mas tem obtido<br />

resultados muito<br />

satisfatórios. É só<br />

o que lhe resta<br />

na Fórmula 1<br />

ALONSO<br />

O carro está a<br />

cada dia mais<br />

resistente e<br />

veloz, e Alonso<br />

tem aproveitado para ir<br />

ao Q3 e andar nos<br />

pontos. O problema é<br />

quando precisa trocar<br />

os componentes e<br />

tomar penalizações,<br />

mas sem isso ele dará<br />

um espetáculo aos<br />

norte-americanos.<br />

VETTEL viu sua chance de título<br />

escorrer pelos dedos. Deverá ter<br />

o melhor carro da prova e deve<br />

aproveitar esta chance para<br />

reduzir sua desvantagem.<br />

KIMI precisa ajudar Vettel e<br />

segurar Hamilton, mas ao mesmo<br />

tempo precisa que a Ferrari lhe<br />

ajude, dando-lhe um carro veloz<br />

e confiável. Está numa fase boa e<br />

poderá ir ao pódio em Austin<br />

RICCIARDO Tem sido muito<br />

sólido e vai correr para mais um<br />

pódio, até porque o RB-13<br />

melhorou muito. Talvez o clima<br />

no Texas atrapalhe, mas o<br />

show dele está garantido!<br />

OCON mostrou em Suzuka<br />

uma performance de<br />

campeão. Numa pista como o<br />

COTA, basta ele ter cabeça e<br />

evitar problemas que os<br />

pontos chegarão fácil<br />

HULKENBERG O motor da<br />

Renault não será uma ajuda<br />

numa pista veloz e de curvas<br />

exigentes, mas o chassis pode<br />

ajudar a se manter nos pontos.<br />

PALMER não se segurou no<br />

posto e foi substituído por Sainz<br />

Jr. SAINZ deverá andar muito<br />

próximo de Hulk, e veremos se a<br />

Renault está preparada para ter<br />

dois carros fortes numa corrida.<br />

VANDOORNE passou Alonso na<br />

pontuação do Mundial e está a<br />

tirar tudo que o McLaren-Honda<br />

tem para dar. Se não tomar uma<br />

penalização, vai estar entre os<br />

dez de novo.<br />

KVYAT volta à Toro Rosso com a ida<br />

de Sainz para a Renault. Não se sabe<br />

como estará de cabeça, mas será o<br />

primeiro piloto e terá toda a atenção<br />

da equipe. Pode até fazer uma ótima<br />

. apresentação em Austin.<br />

ERICSSON vai largar em último ou<br />

penúltimo e brigar com Wehrlein na<br />

corrida. Só!<br />

16


O Grande Prêmio dos Estados Unidos foi disputado pela primeira vez em<br />

1908, e desde então já houveram US Grands Prix, em diversas pistas. O país faz<br />

parte do Mundial de Pilotos desde o começo, em 1950, e em 1959 se tornou o<br />

primeiro país a receber duas provas do Mundial numa mesma temporada.<br />

A prova norte-americana foi o palco da primeira vitória do Brasil na Fórmula 1 com<br />

Emerson Fittipaldi vencendo no dia 4 de outubro de 1970 uma corrida longa em<br />

Watkins Glen. Nessa mesma pista, Emerson venceria o título mundial de 1974.<br />

Em 1980, lá estava Emerson no pódio - passando o cetro a Nelson Piquet no dia da<br />

primeira vitória de Piquet na <strong>F1</strong>. Piquet, que venceria seu primeiro título numa<br />

decisão nos Estados Unidos, numa pista montada no estacionamento de um hotel!<br />

Ayrton Senna venceu cinco vezes nos Estados Unidos e Rubens Barrichello também<br />

venceu em solo ianque, em plena Indianápolis de tantas histórias na velocidade 17


A primeira vitória do Brasil na Fórmula 1 foi nos Estados Unidos:<br />

Emerson Fittipaldi , Lotus 72B, Watkins Glen, 4 de outubro de 1970<br />

A <strong>F1</strong> corre atrás de Tio Sam<br />

O U.S. G.P. está para completar 110 anos de<br />

história! Não é brincadeira: o 1º U.S. Grand Prize foi<br />

disputado em 1908, sob os mesmos regulamentos da<br />

FIA para os carros de Grand Prix, e houve uma<br />

mistura de competidores americanos e europeus<br />

para a disputa da corrida em Savannah, Georgia.<br />

O U.S. Grand Prize seguinte sómente seria disputado<br />

em 1910 e permaneceria na Georgia sómente até<br />

1911. A partir de então, a corrida mudou de casa a<br />

cada ano, sendo disputada em lugares tão diferentes<br />

como Milwawkee e São Francisco e, com a chegada<br />

da I Guerra Mundial, deixou de ser organizado a<br />

partir de 1917.<br />

Com o fortalecimento das 500 Milhas de<br />

Indianápolis, que surgiu em 1911 para ser a grande<br />

corrida de automóveis da América, o GP dos Estados<br />

Unidos foi deixado de lado definitivamente.<br />

Quando a Fórmula 1 foi criada, em 1950, o<br />

regulamento de motores adotado pela FIA era<br />

exatamente o mesmo da Indy, e os carros eram bem<br />

semelhantes. Por isso, as 500 Milhas de Indianápolis<br />

foram incorporadas ao Mundial de Pilotos e os<br />

primeiros na prova marcavam pontos no Mundial.<br />

Como se Bill Vukovich se importasse... ou Fangio<br />

tivesse alguma chance de correr em Indianápolis – e<br />

olha que ele tentou!<br />

Em 1959, o russo radicado nos Estados Unidos Alec<br />

Ulmann, organizador das 12 Horas de Sebring,<br />

entrou em contato com os dirigentes da FIA<br />

interessado em organizar o GP dos Estados Unidos<br />

em sua pista, Sebring.<br />

Louis Wagner (Fiat # 16), vencedor do I GP dos Estados Unidos<br />

A FIA deu o seu aval, e assim em 1959 Ulmann<br />

realizou o que chamou de II GP dos Estados Unidos,<br />

valendo pontos para o Mundial de Pilotos.<br />

Era a primeira vez que um país tinha dois eventos<br />

válidos pelo Mundial numa mesma temporada, o<br />

Grande Prêmio e as 500 Milhas de Indianápolis.<br />

Mas Sebring era no meio do nada no interior da<br />

Flórida, e assim, longe de qualquer cidade<br />

importante, o evento foi um fracasso de público,<br />

apesar do final dramático com Jack Brabham<br />

parando na reta de chegada sem gasolina e<br />

empurrando o carro até a linha de chegada para<br />

ganhar o título mundial. Ulmann perdeu dinheiro e<br />

resolveu mudar a corrida para uma pista perto de um<br />

grande centro.<br />

18


O regulamento dos motores mudou na <strong>F1</strong>, os chassis<br />

passaram a ser muito diferentes, e deixou de fazer<br />

sentido manter as 500 Milhas no mesmo torneio<br />

mundial com a <strong>F1</strong>, então em 1960 a mega-corrida<br />

americana deixou de fazer parte do Mundial de<br />

Pilotos da FIA.<br />

Por outro lado, Riverside, a meia hora de Los<br />

Angeles, parecia a escolha certa para o III GP dos<br />

Estados Unidos. Foi outro fracasso de público, que<br />

deixou Ulmann e seus sócios endividados e sem<br />

interesse de continuar na organização do Grande<br />

Prêmio numa terra onde ninguém ligava para a <strong>F1</strong>.<br />

Jack Brabham empurra seu Cooper para o título em 1959<br />

Abaixo, Moss vence em Riverside/60, com Lotus<br />

Foi quando entrou em cena o circuito que virou a<br />

casa da <strong>F1</strong> nos States pelos vinte anos seguintes:<br />

Watkins Glen, no interior do estado de Nova Iorque,<br />

quase fronteira com o Canadá.<br />

Jim Clark com Lotus e Graham Hill com BRM foram<br />

os maiores vencedores dessa fase, com três vitórias<br />

cada, mas a vitória que mais nos interessa foi a da<br />

corrida de 1970, disputada no começo de outubro e<br />

vencida pelo Emerson Fittipaldi. Era apenas sua<br />

quarta corrida na Fórmula 1, a primeira vez que<br />

pilotava a revolucionária Lotus 72, e sua vitória<br />

garantia o título a seu companheiro de equipe<br />

Jochen Rindt, morto um mês antes em Monza. Era a<br />

primeira vez que Watkins Glen decidia um título<br />

mundial de pilotos.<br />

No ano seguinte, outro piloto conquistaria nos EUA<br />

sua primeira vitória, François Cevert, com Tyrrell,<br />

numa pista totalmente redesenhada e ampliada.<br />

Infelizmente, Cevert encontraria seu destino nessa<br />

mesma pista em 1973, de maneira horrível. Após<br />

perder o controle na primeira perna dos Esses, seu<br />

carro foi catapultado para o outro lado, onde caiu de<br />

ponta cabeça sobre a lâmina do guard rail, bem na<br />

altura do cockpit. A lâmina penetrou até encontrar a<br />

camada mais grossa de alumínio do assento do<br />

piloto. François não teve a menor chance.<br />

Watkins Glen foi também o palco da conquista do<br />

segundo título mundial de pilotos de Emerson, com<br />

McLaren em 1974, na disputa contra Clay Regazzoni,<br />

da Ferrari. Nessa corrida, mais uma vez os rails<br />

fizeram uma vítima, agora Helmuth Koinnig, que<br />

entrou de frente com seu Surtees e viu o carro entrar<br />

por baixo das lâminas até a base do santo-antônio.<br />

Essa tragédia foi reconstruída anos depois no filme<br />

Rush, mas como se fosse o acidente de Cevert.<br />

Mario Andretti estrou na <strong>F1</strong> marcando a pole-position em W. Glen, 1968.<br />

A partir de 1976, um segundo Grande Prêmio<br />

passaria a ser disputado nos Estados Unidos.<br />

Batizado de GP dos Estados Unidos – Oeste, foi<br />

realizado num circuito de rua em Long Beach, na<br />

19<br />

região de Los Angeles.


Emerson e sua McLaren M23 em 1974<br />

Cevert vence seu único GP na vida, em 1971<br />

Passando ao lado do transatlântico Queen Mary, a<br />

corrida sempre foi cercada de muito charme.<br />

Em 1980, Long Beach foi palco da primeira vitória de<br />

outro piloto brasileiro, Nelson Piquet (abaixo, à<br />

direita). A lhe “passar o bastão”, ali estava Emerson<br />

Fittipaldi no pódio, comemorando o terceiro lugar.<br />

Long Beach resistiu como evento válido pelo Mundial<br />

de Pilotos até 1983. Nesse ano, inclusive, marcou<br />

uma impressionante vitória de John Watson, que<br />

largou da 22ª posição do grid. Até hoje é o piloto que<br />

venceu largando mais de trás no grid.<br />

A partir de 1984 a corrida passou a ser feita com<br />

carros da CART, os Indy Cars, e a <strong>F1</strong> deixou de visitar<br />

Los Angeles.<br />

A essa altura, Watkins Glen nem estava mais no<br />

calendário mundial. Afundados em dívidas maiores a<br />

cada ano, os organizadores de não puderam mais<br />

cumprir as exigências de FIA e a última corrida ali<br />

realizada foi a de 1980.<br />

Mas perder dois GPs em terras de Tio Sam não foi um problema<br />

para Tio Bernie. Em 1982, ele tinha vendido nada menos que TRÊS<br />

Grandes Prêmios dos Estados Unidos! Sem Watkins Glen? Além de<br />

Long Beach, houveram corridas válidas pelo Mundial de Pilotos em<br />

Detroit e em Las Vegas.<br />

Detroit, a Capital do Automóvel, organizou seu Grande Prêmio de<br />

<strong>F1</strong> entre 1982 e 1988, e ficou marcada como pista da última vitória<br />

do legendário motor Ford Cosworth na Fórmula 1, na Tyrrell de<br />

Alboreto na corrida de 1983.<br />

A corrida em Las Vegas era ainda mais insólita: a prova era<br />

disputada no estacionamento do hotel Caesar´s Palace!<br />

E mais uma vez foi uma corrida marcante para os brasileiros, afinal<br />

Nelson Piquet venceu ali seu primeiro título mundial, em 1981. Mas<br />

a festa durou apenas até o ano seguinte, depois a prova deixou de<br />

existir. Motivo? Deu pouca grana, claro!<br />

Mais uma tentativa de se encontrar um lugar para a Fórmula 1 em<br />

solo americano foi feita em 1984, com uma prova nas ruas de<br />

Dallas, Texas. Essa nem repeteco teve!<br />

20<br />

Piquet vence seu primeiro GP em 1980, com Emerson em 3º no pódio.


Senna venceu em 1988 na pista de Phoenix<br />

O Grande Prêmio seguiu nas ruas de Detroit até 1988,<br />

quando a cidade foi substituída por Phoenix, no Arizona.<br />

A McLaren venceu as três corridas realizadas ali, uma com<br />

Prost (1989) e duas com Ayrton Senna (1990-91).<br />

Na corrida de 1990, houve a épica batalha de Senna com<br />

Jean Alesi, então uma jovem promessa a bordo de uma<br />

pouco competitiva Tyrrell. Naquele dia Alesi fez a sua fama,<br />

mas a festa não passou de 1991... Mais uma vez o Grande<br />

Prêmio dos Estados Unidos não teve público, e mais uma<br />

vez o GP foi cancelado por falta de dinheiro.<br />

Senna,<br />

1988<br />

Depois de alguns anos de negociações entre Bernie<br />

Ecclestone e Tony George, parecia que – a partir do ano<br />

2000, finalmente o GP dos Estados Unidos estaria<br />

garantido com público e um palco mais que adequado: o<br />

asfalto sagrado de Indianápolis,<br />

Realizada no sentido contrário ao das 500 Milhas e com<br />

boa parte do traçado correndo em um circuito misto, a<br />

corrida teve um sucesso relativo, mas foi marcada por<br />

problemas técnicos e políticos, e em sua edição de 2005 a<br />

corrida acabou tendo apenas seis participantes, os<br />

organizadores tendo que devolver toda a bilheteria aos fãs.<br />

Ainda houveram as corridas ali em 2006 e 2007, mas<br />

desacordos financeiros entre a FOM e o IMS tiraram a <strong>F1</strong><br />

de Indianápolis depois disso.<br />

E lá se foi o GP dos Estados Unidos mais uma vez!<br />

Depois de muito se especular com uma corrida nas ruas de<br />

Nova Iorque, em 2010 foi anunciado que o USGP voltaria<br />

ao calendário em 2011, numa nova pista em Austin, Texas,<br />

mas problemas para terminar a pista postergaram essa<br />

volta para 2012.<br />

O Circuit Of The Americas é uma pista sensacional, mas o<br />

público tem diminuído a cada ano. A organização tenta<br />

manter a chama acesa trazendo atrações como a cantora<br />

Taylor Swift e outras celebridades num concerto antes da<br />

corrida. E agora que a categoria está sob administração de<br />

norte-americanos, gente especialista em promoção de<br />

eventos desse tipo, esperamos que dê certo!<br />

Acima, Barrichello vence em 2002. A idéia era as duas Ferraris<br />

cruzarem a linha de chegada empatadas, mas não conseguiram.<br />

Se tivesse dado certo, mesmo assim Rubens teria vencido, porque<br />

largou mais atrás que Schumacher e teria completado a distância<br />

da prova em menos tempo.<br />

Acima, o que acontece quando a política é posta acima do<br />

esporte... Apenas 6 carros, todos com pneus japoneses, alinham<br />

para a largada do GP de 2005. As equipes de carros com pneus<br />

franceses decidiram não largar porque não tinham como<br />

assegurar a segurança dos pneus. A japonesa, que tinha corrida a<br />

Indy 500 meses antes, estava preparada para o novo asfalto 21 de<br />

Indianápolis, os franceses não. E a FIA não permitiu que se<br />

introduzisse uma chicane que desse segurança aos pilotos....


Carlos Reutemann (acima) venceu os dois GPs dos<br />

Estados Unidos disputados em 1978, tanto em<br />

Long Beach quanto em Watkins Glen. Gilles<br />

repetiu o feito em 1979, e Alan Jones em 1981<br />

levou as corridas de L. Beach e Las Vegas.<br />

Lewis Hamilton é o último vencedor do GP dos<br />

Estados Unidos, em 2016. Ele soma 5 vitórias nessa<br />

prova, empatado com Michael Schumacher e com<br />

Ayrton Senna. O único piloto americano a vencer<br />

nos Estados Unidos foi Mario Andretti, em 1977.<br />

Á<br />

Ano Piloto Carro PISTA<br />

2015 Lewis HAMILTON MERCEDES Austin<br />

2014 Lewis HAMILTON MERCEDES Austin<br />

2013 Sebastian VETTEL RED BULL-RENAULT Austin<br />

2012 Lewis HAMILTON McLAREN-MERCEDES Austin<br />

2008 a 2011 Não houve corrida<br />

2007 Lewis HAMILTON McLAREN-MERCEDES Indianápolis<br />

2006 Michael SCHUMACHER FERRARI Indianápolis<br />

2005 Michael SCHUMACHER FERRARI Indianápolis<br />

2004 Michael SCHUMACHER FERRARI Indianápolis<br />

2003 Michael SCHUMACHER FERRARI Indianápolis<br />

2002 Rubens BARRICHELLO FERRARI Indianápolis<br />

2001 Mika HÄKKINEN McLAREN-MERCEDES Indianápolis<br />

2000 Michael SCHUMACHER FERRARI Indianápolis<br />

1992 a 1999 Não houve corrida<br />

1991 Ayrton SENNA McLAREN-HONDA Phoenix<br />

1990 Ayrton SENNA McLAREN-HONDA Phoenix<br />

1989 Alain PROST McLAREN-HONDA Phoenix<br />

1988 Ayrton SENNA McLaren-HONDA Detroit<br />

1987 Ayrton SENNA Lotus-HONDA Detroit<br />

1986 Ayrton SENNA Lotus-RENAILT Detroit<br />

1985 Keke ROSBERG WILLIAMS-HONDA Detroit<br />

1984<br />

1983<br />

Nelson PIQUET<br />

John WATSON<br />

Brabham-BMW<br />

McLAREN-FORD<br />

Detroit<br />

Long Beach<br />

Keke ROSBERG<br />

Michele ALBORETO<br />

WILLIAMS-HONDA<br />

TYRRELL-FORD<br />

Dallas<br />

Detroit<br />

Michele ALBORETO TYRRELL-FORD Las Vegas<br />

1982<br />

Niki LAUDA McLAREN-FORD Long Beach<br />

John WATSON McLAREN-FORD Detroit<br />

1981<br />

1980<br />

1979<br />

1978<br />

1977<br />

1976<br />

Alan JONES<br />

Alan JONES<br />

Gilles VILLENEUVE<br />

Carlos REUTEMANN<br />

James HUNT<br />

James HUNT<br />

WILLIAMS-FORD<br />

WILLIAMS-FORD<br />

FERRARI<br />

FERRARI<br />

McLAREN-FORD<br />

McLAREN-FORD<br />

Las Vegas<br />

Watkins Glen<br />

Watkins Glen<br />

Watkins Glen<br />

Watkins Glen<br />

Watkins Glen<br />

Alan JONES<br />

Nelson PIQUET<br />

Gilles VILLENEUVE<br />

Carlos REUTEMANN<br />

Mario ANDRETTI<br />

Clay REGAZZONI<br />

WILLIAMS-FORD<br />

BRABHAM-FORD<br />

FERRARI<br />

FERRARI<br />

LOTUS-FORD<br />

FERRARI<br />

Long Beach<br />

Long Beach<br />

Long Beach<br />

Long Beach<br />

Long Beach<br />

Long Beach<br />

1975 Niki LAUDA FERRARI Watkins Glen<br />

1974 Carlos REUTEMANN BRABHAM-FORD Watkins Glen<br />

1973 Ronnie PETERSON LOTUS-FORD Watkins Glen<br />

1972 Jackie STEWART TYRRELL-FORD Watkins Glen<br />

1971 François CEVERT TYRRELL-FORD Watkins Glen<br />

1970 Emerson FITTIPALDI LOTUS-FORD Watkins Glen<br />

1969 Jochen RINDT LOTUS-FORD Watkins Glen<br />

1968 Jackie STEWART MATRA-FORD Watkins Glen<br />

1967 Jim CLARK LOTUS-FORD Watkins Glen<br />

1966 Jim CLARK LOTUS-BRM Watkins Glen<br />

1965 Graham HILL B R M Watkins Glen<br />

1964 Graham HILL B R M Watkins Glen<br />

1963 Graham HILL B R M Watkins Glen<br />

1962 Jim CLARK LOTUS-CLIMAX Watkins Glen<br />

1961 Innes IRELAND LOTUS-CLIMAX Watkins Glen<br />

1960 Stirling MOSS LOTUS-CLIMAX Watkins Glen<br />

1959 Bruce McLAREN COOPER-CLIMAX Watkins Glen<br />

Entre 1917 e 1958 Não houve corrida<br />

1916 Howdy WILCOX/John AITKEN PEUGEOT STA. MONICA<br />

1915 Dario RESTA SÃO FRANCISCO<br />

1914 Eddie PULLEN MERCER STA. MONICA<br />

1913 Não Houve Corrida<br />

1912 Caleb BRAGG FIAT MILWAUKEE<br />

1911 DAVID BRUCE-BROWN FIAT SAVANNAH<br />

1910 DAVID BRUCE-BROWN BENZ SAVANNAH<br />

1909 Não Houve Corrida<br />

22<br />

1908 Louis WAGNER FIAT SAVANNAH


Mario Andretti<br />

Mario Gabrielle Andretti (Montona, 28 de<br />

fevereiro de 1940) é uma das maiores lendas<br />

do automobilismo dos Estados Unidos, e um dos poucos<br />

pilotos americanos a obter sucesso também no exterior:<br />

foi campeão mundial de Fórmula 1em 1978. Ele é um<br />

dos dois pilotos a ganhar corridas na Fórmula 1, na<br />

IndyCar, na NASCAR e no Mundial de Marcas (o outro é<br />

Dan Gurney).<br />

Mario Andretti e seu irmão gêmeo Aldo nasceram<br />

apenas três meses antes de Mussolini fazer a aliança<br />

com Hitler que empurrou a Itália para a Segunda Guerra<br />

Mundial. Quando a guerra acabou, os Andrettis<br />

descobriram que sua cidade estava destinada a se tornar<br />

parte da Jugoslávia no pós-guerra. Hoje a cidade tem o<br />

nome de Motovun e fica na Croácia.<br />

A paixão pela velocidade nasceu quando Mario e Aldo<br />

foram assistir à passagem dos carros na Mille Miglia<br />

perto de casa.<br />

Em 1954, o interesse de Mario em corridas de motor foi<br />

enraizado por uma visita a Monza, para ver o grande<br />

Ascari competir no Grande Prêmio da Itália. No ano<br />

seguinte, sua família emigrou para os Estados Unidos,<br />

fazendo sua nova casa em Nazaré, Pensilvânia.<br />

Os dois jovens logo passaram a competir nas pistas ovais<br />

de terra, uma tradição americana, com um velho<br />

Hudson Hornet que os dois prepararam.<br />

Após quatro provas com o carro em 1959 (duas vitórias<br />

para cada irmão!), o carro vermelho da foto ao lado,<br />

Aldo sofreu um acidente e desistiu de correr. Mario<br />

continuou em frente sózinho.<br />

Além dos Stock Cars, Mario também<br />

pilotou Midgets em ovais de terra.<br />

Aqui ele aparece com Aldo ao seu lado,<br />

pronto para correr num oval curto 23


Do velho Stock Car, Andretti passou para os midgets, pequenos<br />

monopostos para pistas de terra, e dominou a categoria. Em um<br />

único dia no outono de 1963, ele ganhou três corridas em 2 pistas<br />

diferentes, em dois estados diferentes (Nova Jersey e<br />

Pensilvânia)!<br />

Em 1964, ele começou a correr nos carros da USAC, os Indy<br />

Cars. Ele teve a maturidade para ver que Indianapolis era demais<br />

para ele naquele ano, sentindo que ele precisava de mais<br />

experiência de corrida.<br />

Quando ele entrou na Grande Corrida pela primeira vez, no ano<br />

seguinte, ele recebeu as honras do terceiro lugar e o prêmio de<br />

Rookie do Ano. Naquele tempo, o campeonato era composto de<br />

corridas em ovais de asfalto e também nos ovais de terra, e Mario<br />

venceu diversas vezes nos dois tipos de piso, ganhando o<br />

campeonato de 1965 e tornando-se o mais jovem campeão da<br />

USAC.<br />

Nas 500 Milhas de 1965, Mario conheceu Colin Chapman, que<br />

venceria a corrida com seu grande piloto Jim Clark. Andretti<br />

contou a Chapman que adoraria dirigir um de seus Fórmula 1, e<br />

Colin, talvez um pouco sem jeito, apenas respondeu “Quando você<br />

se sentir pronto para correr na F-1, me ligue!”<br />

Sem dúvida Mario iria ligar!<br />

Mas antes de dar esse telefonema, Andretti se dedicou às corridas<br />

norte americanas.. Correu na NASCAR e venceu a Daytona 500 em<br />

1967, além das tradicionais corridas de carros esporte em Daytona<br />

e Sebring. Venceu Sebring em 1966 e 1967, com Ford GT-40.<br />

Também correu nas 24 Horas de Le Mans, em 1966 e 67, com Ford<br />

Mas era nos monopostos que Mario realmente se destacava.<br />

Campeão mais jovem da USAC em 1965? É pouco! Ele se tornaria o<br />

bi-campeão mais jovem em 1966, correndo para Al Dean.<br />

Ainda com Dean, ele seria vice-campeão em 1967, antes de<br />

montar seu próprio esquema, a Andretti Racing, em 1968 – onde<br />

terminaria como vice-campeão novamente.<br />

Pronto! Agora sim, ele estava pronto para aquele telefonema.<br />

Chapman estava profundamente envolvido com Indianápolis<br />

naquele tempo, e aceitou imediatamente entregar um Lotus 49<br />

para Mario no GP dos Estados Unidos de 1968. Aquele era o<br />

melhor carro da F-1 e Chapman buscava um substituto para Clark,<br />

morto num acidente na Alemanha meses antes.<br />

O que Andretti fez? Simplesmente pôs o carro na pole-position!<br />

“Ah, mas ele é americano, já conhece a pista!” disseram os outros<br />

pilotos. Na verdade, Mario nunca tinha pisado em Watkins Glen<br />

antes. Na corrida, o carro quebrou em poucas voltas.<br />

Mas Andretti não estava pronto para abandonar seus negócios na<br />

América e partir para a Europa, e declinou de assinar com a Lotus.<br />

Manter seu próprio time na Indy e correr ao mesmo tempo em<br />

várias outras categorias mostrou-se muito difícil, e Mario em vez<br />

de assinar com Chapman assinou com Andy Granatelli, o lendário<br />

dono da STP, para a temporada de 1969 na USAC.<br />

Ambos, Andretti e Granatelli, vinham há anos tentando vencer as<br />

500 Milhas de Indianápolis.. Bateram na trave algumas vezes, mas<br />

desta vez a coisa era pra valer: um Lotus novinho em folha foi<br />

preparado durante todo o mês de maio, e o carro se mostrou o<br />

mais veloz nos treinos pré-qualificação.<br />

E então a sorte interveio: Mario bateu forte na saída da Curva 2 e<br />

destruiu o carro. Sem outra saída, Mario e seu mecânico trouxeram<br />

o Hawk com que Mario tinha corrido no ano anterior.<br />

O carro se mostrou ainda mais veloz! Andretti marcou o segundo<br />

tempo, posicionado no meio da primeira fila, ao lado de A.J. Foyt<br />

(o pole) e de Bobby Unser. Dada a largada, Mario Andretti não<br />

tomou conhecimento da concorrência! Largou na frente e liderou<br />

116 das 200 voltas, só perdendo a ponta quando parava para<br />

reabastecer. O sonho americano estava realizado!<br />

De quebra, Mario venceu seu terceiro título da USAC nesse ano.<br />

E os dois “italianos”, Andretti e Granatelli, voltaram os olhos para a<br />

velha Europa, e para a sua categoria de monopostos, a Fórmula 1.<br />

Assinaram com uma equipe nova, a March, para competir na <strong>F1</strong><br />

em 1970 com patrocínio da STP, com um carro para Mario sempre<br />

que as datas não coincidissem com as provas da USAC.<br />

< A caminho de sua brilhante<br />

vitória nas 500 Milhas de<br />

Daytona da NASCAR, em 1967<br />

Com Al Dean e equipe,<br />

bi-campeão da USAC<br />

em 1965-66<br />

Vencedor das 12 Horas<br />

de Sebring/67 em dupla<br />

com Bruce McLaren<br />

24


Indy 500/1969<br />

Finalmente Mario e a STP<br />

vencem no Brickyard<br />

As datas da Indy e de Mônaco não coincidiram no mesmo final de<br />

semana, mas os treinos em Indianápolis duravam o mês inteiro, e<br />

por isso ele não correu o GP de Mônaco! Mas não valeu a pena,<br />

ninguém conseguiu chegar nem perto de Al Unser em Indianápolis<br />

em 1970.<br />

12 Hrs de Sebring/1970<br />

Andretti foi chamado para<br />

por a Ferrari 512-S na<br />

frente, depois que a sua<br />

quebrou quando liderava<br />

Mario também assinou com a Ferrari para pilotar os protótipos do<br />

Comendador no Mundial de Marcas, e levou a Ferrari 512-S à sua<br />

única vitória no ano, nas 12 Horas de Sebring. Andretti pôs o carro<br />

na pole-position, e disparou na liderança. Em dupla com Arturo<br />

Merzario, mantiveram a ponta até o anoitecer e chegaram a abrir<br />

12 voltas sobre o segundo colocado, mas então Mario foi aos boxes<br />

com problemas no câmbio. Merzario assumiu a menteve a<br />

liderança por mais 1 hora, até que o câmbio travou de vez. Com<br />

isso, o Porsche 917 de Siffert-Rodriguez assumiu a ponta, com o<br />

Porsche 908 particular pilotado por Peter Revson e pelo ator Steve<br />

McQueen em segundo e a Ferrari 512-S de Vacarella-Giunti em<br />

terceiro, uma volta atrás. Foi quando o Chefe de Equipe da Ferrari,<br />

Mauro Forghieri, decidiu que Andretti assumiria o carro no ugar de<br />

Giunti para o stint final. Mario saiu como um demônio, tirou a<br />

volta de atraso e obrigou os Porsches a forçar o ritmo depois de 10<br />

horas de corrida. O 917 oficial não aguentou. Quebrou a ponta de<br />

eixo e teve que parar para consertar. O 908 particular, Revson ao<br />

volante, foi alcançado e deixado para trás, mas então, a três voltas<br />

do final, Andretti teve que parar para por gasolina para completar<br />

a corrida!<br />

Saiu de novo atrás do 908, e entrou na última volta atrás do<br />

Porsche branco, mas quando a bandeira quadriculada baixou era a<br />

Ferrari # 21 que estava na frente. Uma vitória de Mario Andretti.<br />

Na Fórmula 1, as coisas não caminharam tão bem. O novo carro (ao<br />

lado) era pesado e pouco competitivo. P11 no grid em Kyalami, o<br />

carro quebrou na metade da prova. Na Espanha, com o acidente na<br />

largada entre Oliver e Ickx e um número de quebras insólito, Mario<br />

chegou em terceiro lugar e marcou seu primeiro pódio na <strong>F1</strong>,<br />

numa corrida em que só 5 carros chegaram ao final.<br />

Depois de três quebras nos outros três Grandes Prêmio que correu,<br />

em julho, Mario abandonou a March. Em setembro, saía o anúncio<br />

de sua contratação pela Ferrari para o Mundial de Pilotos de 1971,<br />

como terceiro carro, nas corridas que não concorressem com o<br />

calendário da Indy nos Estados Unidos.<br />

Jarama/1970<br />

O primeiro pódio na <strong>F1</strong><br />

com o March 701 da STP<br />

25


O começo de trabalho na nova casa não poderia ser melhor!<br />

Andretti venceu na abertura do campeonato, em Kyalami, África<br />

do Sul. As boas novas pararam por aí... e essa seria a sua única<br />

vitória no ano. Foi um ano difícil, e mesmo na USAC o único<br />

resultado bom foi um segundo lugar em Trenton.<br />

1972 tinha que ser melhor! E no Mundial de Marcas a coisa andou<br />

melhor. Em dupla com Jacky Ickx, Andretti venceu quatro etapas<br />

do campeonato, as 24 Horas de Daytona, as 12 Horas de Sebring,<br />

os 1000 Km BOAC em Brands Hatch, Inglaterra e as 6 Horas de<br />

Watkins Glen, e a Ferrari foi a Campeã Mundial.<br />

Mas na Indy, sómente nas duas corridas em Phoenix, a de abertura<br />

e a de fechamento da temporada, Andretti subiu ao pódio.<br />

Na Fórmula 1, a Ferrari 312-B já não era mais um carro forte, e as<br />

posições nas cinco corridas em que ele tomou parte foram<br />

modestas, apenas um quarto e um sexto lugares.<br />

Para 1973, Andretti se concentrou na USAC e não correu na F-1.<br />

Na USAC, ele mudou da Granatelli para a equipe de Parnelli Jones,<br />

e o convenceu a construir um carro de <strong>F1</strong> na América. O carro<br />

estrou nas corridas finais de 1974, na América do Norte, e Mario<br />

até fez um sétimo posto no Canadá, mas os americanos não<br />

tinham o know-how de construir um carro de Fórmula 1 e o bichão<br />

penou durante todo o ano de 1975.<br />

1976 começou em baixa também, e P-J decidir voltar para a<br />

América depois de um péssimo desempenho no GP dos Estados<br />

Unidos-Oeste, em Long Beach. Os dois terminaram o contrato<br />

meio estremecidos, e Andretti foi para a Penske, correndo para<br />

Roger Penske nas 500 Milhas todos os anos até 1980.<br />

Mario então assinou com a Lotus pelo resto de 1976, naturalmente<br />

pulando o GP de Mônaco para correr em Indianápolis. E fechou o<br />

ano em grande gala, vencendo na chuva em Fuji, na decisão do<br />

título entre Hunt e Lauda. O Lotus 77 começou o ano muito ruim e<br />

terminou vencendo, e Andretti teve peso nesse desenvolvimento.<br />

1977 foi a primeira temporada que Mario disputou por inteiro na<br />

Fórmula 1. E o resultado dessa concentração se fez notar: com a<br />

nova Lotus 78, o primeiro carro-asa da história, Andretti foi uma<br />

das forças do Mundial.<br />

Venceu quatro vezes no ano, e disputou o título com Niki Lauda e<br />

Jody Scheckter até a metade do campeonato, mas as frequentes<br />

quebras da Lotus atrapalharam suas chances. Nesse ano, a equipe<br />

Lotus viveu um drama à parte, com o segundo piloto Gunnar<br />

Nilsson tendo sido diagnosticado com câncer. Nilsson venceu na<br />

Suécia, mas suas últimas corridas mostravam a deterioração da sua<br />

saúde, e no final do ano ele se afastou para se tratar.<br />

A doença o levaria em outubro do ano seguinte.<br />

Assim, Mario ganhou um novo companheiro de equipe e um novo<br />

carro para 1979. Ambos, Ronnie Peterson e a Lotus 79, eram<br />

velocíssimos! O Mk. 79 já era um carro-asa de segunda geração, e<br />

simplesmente trucidou qualquer concorrência depois de sua<br />

estréia no GP da Bélgica.<br />

Antes disso, o velho Mk. 78 ainda era melhor que a maioria dos<br />

outros carros, todos convencionais, sem efeito solo proporcionado<br />

pela asa invertida nas laterais do chassis dos carros-asa, e Mario<br />

venceu na abertura em Buenos Aires.<br />

Com seis vitórias e um segundo lugar no ano contra duas vitórias e<br />

quatro segundo lugares de Peterson, a dupla chegou a Monza para<br />

dominar na pista mais favorável ao carro deles. Somente os dois<br />

ainda estavam na disputa do título, mas por ser o primeiro piloto,<br />

Andretti só não seria campeão se não terminasse as corridas<br />

seguintes e Ronnie somasse mais 15 pontos.<br />

Mas Peterson foi jogado contra o guard rail na largada, seu carro<br />

bateu de frente e explodiu em chamas. Ronnie foi retirado com<br />

vida, mas morreu horas depois no hospital por embolia gordurosa<br />

no sangue. O título estava decidido, da pior forma possível.<br />

Mario Andretti era o Campeão Mundial de Pilotos de 1978.<br />

Kyalami, 1971. A primeira vitória na <strong>F1</strong>.<br />

Ferrari 312-P, 1972 Lotus 77, Fuji / 1976 Lotus 78, Jarama / 1977<br />

26


27


Campeão da CART em 1984<br />

Todos esperavam que a Lotus continuasse a dominar a <strong>F1</strong> em 1979,<br />

mas Colin Chapman estava com a cabeça em seus negócios fora da<br />

Fórmula 1 e abandonou o desenvolvimento do carro campeão, que<br />

acabou superado por desenhos mais novos e pelo eficiente motor<br />

flat-12 da Ferrari. O carro quebrou 8 vezes em 14 corridas, e<br />

Andretti só conseguiu um pódio no ano.<br />

O carro de 1980 foi desenhado sem nenhuma inspiração, e acabou<br />

sendo um competidor fraco diante dos novos Williams e Brabham.<br />

Sentindo o desinteresse de Chapman, Andretti decidiu mudar de<br />

equipe, e foi para a Alfa Romeo em 1980, ganhar dinheiro com um<br />

bom contrato com a Philip Morris, num carro que vinha crescendo<br />

de rendimento. Mas como outros pilotos desse período, ele não<br />

gostava dos carros de efeito de solo da época: “Os carros estavam<br />

ficando absurdos, realmente grosseiros, sem nenhum movimento<br />

de suspensão. Bastava virar a direção, sem necessidade de qualquer<br />

tipo de delicadeza... Isso deixou a Fórmula 1 muito mais fácil do que<br />

era antes". E o Alfa 179C acabou não sendo tão bom como pareceu<br />

a Andretti. No final do ano, Marionne voltou para os Estados Unidos.<br />

Ele ainda sonhava com outra vitória nas 500 Milhas de Indianápolis.<br />

E chegou bem perto, chegando em segundo lugar em 1981 pela<br />

equipe de Pat Patrick – a mesma em que Emerson venceria as 500<br />

Milhas e o título em 1989. Foi um final controverso! Mario chegou a<br />

ser declarado vencedor, depois que Bobby Unser foi penalizado por<br />

ultrapassar sob bandeira amarela, mas os fiscais voltaram atrás<br />

meses depois e Unser pagou uma multa e acabou como o vencedor.<br />

Em 1982, aos 42 anos de idade, Mario Andretti correu mais três<br />

vezes na Fórmula 1. Disputou o GP dos Estados Unidos-Oeste em<br />

Long Beach pela Williams, como substituto de Carlos Reutemann,<br />

depois que o argentino decidiu abandonar a Fórmula 1 depois de<br />

apenas duas corridas.<br />

E em setembro, foi chamado pela Ferrari para o lugar de Pironi,<br />

acidentado na Alemanha. Mario pôs a 312-C2 na pole em Monza,<br />

mas foi penalizado por queimar a largada e acabou em 3º lugar. Na<br />

final, no estacionamento do hotel Caesar’s Palace, a Ferrari quebrou<br />

Mario voltou a tentar vencer em Le Mans depois que deixou a Fórmula<br />

1, e correu duas vezes em dupla com seu filho Michael, em 1982 e<br />

1983. Pai e filho votaram à Sarthe em 1988, junto com Jeff, filho de seu<br />

irmão Aldo. Chegaram em sexto na geral.<br />

Mario Gabriele Andretti venceu mais um título da Indy em 1984, e é o<br />

segundo maior vencedor dos monopostos americanos, com 4 títulos e<br />

52 vitórias a seu favor. O terceiro na lista é seu filho Michael, 42<br />

primeiros lugares.<br />

Após a sua aposentadoria das corridas em tempo integral, Mario<br />

decidiu por um retorno às pistas para adicionar uma vitória de Le Mans<br />

a suas conquistas. Assim, ele retornou em 1995 e chegou bem perto,<br />

completando as 24 horas em segundo lugar na geral (e vencendo na<br />

sua categoria). Ele teve esforços infrutíferos nos anos seguintes, com<br />

um décimo terceiro lugar em 1996 e depois um abandono em 1997 .<br />

A aparição final de Mario Andretti em Le Mans foi na corrida de 2000,<br />

seis anos depois de sua aposentadoria de corridas em tempo integral,<br />

quando ele dirigiu o Panoz LMP-1 aos 60 anos, terminando em 16º.<br />

Mario foi a única pessoa a ser aclamada de Piloto do Ano dos Estados<br />

Unidos em três décadas (1967, 1978 e 1984). Ele também foi um dos<br />

três únicos pilotos que ganharam grandes corridas em pistas<br />

permanentes, em ovais pavimentados e em terra, uma façanha que<br />

ele realizou quatro vezes.<br />

Com sua vitória IndyCar final em abril de 1993, Andretti tornou-se o<br />

primeiro piloto a ter vencido as corridas IndyCar em quatro décadas<br />

diferentes e a primeira a vencer corridas de automóveis de qualquer<br />

tipo em cinco décadas diferentes. E é o único piloto norte-americano a<br />

ter vencido um GP dos Estados Unidos, Long Beach/1977.<br />

Casado com Dee Ann desde 1961, hoje, ele cuida de diversos negócios,<br />

e vê seu neto Marco seguir os passos do avô, na equipe da família.<br />

Desde 2012, Andretti é o embaixador oficial do Circuito das Américas<br />

(COTA) e do Grande Prêmio dos Estados Unidos, promovendo a<br />

divulgação da Fórmula 1 nos Estados Unidos e todas as formas de<br />

28<br />

automobilismo na COTA.


29


AS PISTAS DO MUNDIAL 2017<br />

30


www.goeverest.biz<br />

Dobre na linha<br />

corte na linha<br />

www.goeverest.biz<br />

4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 TE<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31<br />

Dobre na linha<br />

31<br />

corte na linha


EDITORA EVEREST S/C LTDA.<br />

Marechal Eurico Gaspar Dutra, 888 – Cj 81<br />

CEP 02301-070 São Paulo, SP<br />

CNPJ 03.873.990/0001-60<br />

VELOZES <strong>F1</strong> é uma publicação da EDITORA EVEREST LTDA.<br />

Todas as informações e opiniões aqui contidas são de<br />

responsabilidade do editor.<br />

Todos os direitos reservados.<br />

Proibida a reprodução total ou parcial sem consentimento do<br />

editor.<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />

Walter Svitras<br />

MdT 087744-SP<br />

ATENDIMENTO<br />

Telefone (11) 2976-2794<br />

contato@goeverest.biz<br />

VISITE-NOS<br />

www.goeverest.biz<br />

Créditos das imagens :<br />

LAT/Williamsf1.com \ nonf1.com \ fansshare.com \ wordpress.com \ formulatwo.com \ f1-fansite.com \ youtube \ simscreen.blogpost \<br />

f1technical.com/forum/ \formula1.com \ williamspedia.blogpost.com.br \ w.svitras studio \ f1-fanatic.com.uk \ fijen.com \<br />

mercedesamgf1.com \ autosport.com \ devianart.com \ motorsportretro.com \ pirelli \ heriberto maruzza \ m3forum.net \ flicker.com \<br />

thisisf1.com \ syd-low.com.aus \ herald-sun.com \ vivan reis (G1) \ pavel golovkin (AP)<br />

PARA IMPRIMIR O CALENDÁRIO OU O POSTER:<br />

- Baixe a versão em PDF no site<br />

www.goeverest.biz<br />

- Selecione a página para impressão<br />

- Dê o comando para Imprimir em sua<br />

impressora<br />

Se você preferir uma qualidade superior, tente:<br />

- Imprimir em casa em papel fotográfico,<br />

ou<br />

- Leve para imprimir a laser numa loja<br />

especializada. Neste caso, você poderá<br />

imprimir em folha tamanho A3, que é<br />

maior e fica ainda mais bonito<br />

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:<br />

Tudo sobre o GP do México/ 2017<br />

As previsões para a corrida<br />

Um novo Personagem, com Mini-poster<br />

Notícias, novidades<br />

Calendário de Mesa e muito mais!<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!