REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 06

BELEZA E
BEM-ESTAR
TOQUE
MT
Rejuvenescimento
com precisão
PRATICAMENTE SEM DOR E COM RECUPERAÇÃO EM POUCAS HORAS,
O MICROAGULHAMENTO ROBÓTICO TEM SE MOSTRADO COMO SOLUÇÃO CADA
VEZ MAIS EFICAZ PARA REDUZIR MANCHAS E SUAVIZAR AS RUGAS DA PELE
Tratamento estético minimamente invasivo,
de rápida recuperação e com efeitos bastante
satisfatórios, o microagulhamento robótico tem
sido cada vez indicado e utilizado por dermatologistas,
especialmente em tempos os quais pessoas
se preocupam cedo com os cuidados pessoais e
têm rotinas dinâmicas. O procedimento, que consiste na
inserção de milhares de microagulhas na pele que produzem
furinhos, estimulando a produção de colágeno e elastina,
garantindo firmeza, melhora da textura da pele, redução de
POR JÉSSICA COLAÇO FOTO TAMARA LOPES
manchas, melasmas e de cicatrizes de acne, especialmente
na área da face, pescoço e colo.
Para pacientes que moram em regiões onde o sol é forte
praticamente o ano inteiro, a exemplo da capital cearense,
o microagulhamento se revela uma opção ainda mais vantajosa.
“Como a gente mora em uma área de clima quente,
em que o ano todo faz sol, o microagulhamento pode ser
indicado em qualquer momento, sem risco de o paciente
pigmentar a pele, e a recuperação é rapida, em cerca de
cinco horas o paciente já está com a pele normal”, garante a
dermatologista Manoela Crisóstomo, da Clin, um dos
locais em que o microagulhamento é feito com um
equipamento que causa o mínimo de dor.
Despontando como uma tecnologia que vem sendo
utilizada em larga escala ao redor do mundo, esse tratamento,
segundo a Dra. Manoela, uma vez que não
está associado ao uso de laser, pode ser indicado para
diversas tonalidades de pele e, principalmente, para
o tratamento de melasmas, as manchas que aparecem
na pele devido à exposição demasiada ao sol ou uso de
anticoncepcionais e tratamentos hormonais.
Além dos efeitos mecânicos, o microagulhamento
robótico funciona como potente auxiliar na deposição
de substâncias terapêuticas nas camadas mais profundas
da pele. “Como a gente fez microfuros na pele,
abriram-se canais para colocarmos substâncias líquidas
por meio do drug delivery, que é o grande lance desse
procedimento”, detalha a Dra. Manoela. Em um líquido
de base neutra, a pele recebe, e absorve quase que
imediatamente, vitaminas, clareadores, hidratantes e
outros compostos que poderão agir com maior eficácia
do que se fossem apenas aplicados superficialmente.
Agulhas capilares
Alguns casos de queda de
cabelo podem ser tratados com
o uso do microagulhamento
robótico, segundo explica a
dermatologista especialista em
doenças do cabelo e couro
cabeludo Marília Crisóstomo,
do Instituto de Medicina do Cabelo.
“É indicado principalmente para
casos de alopécia androgenética
(calvície) e eflúvio telógeno,
que é a queda por doenças
ligadas a alterações hormonais ou
nutricionais ou período pós-parto.
Mais recentemente, a técnica
vem sendo usada, também,
em casos de alopécia areata
(queda repentina de cabelo em
MAIS EFEITOS
Outro desdobramento do microagulhamento
robótico é quando ele é associado à radiofrequência,
uma corrente elétrica que potencializa o estímulo
natural da pele e, posteriormente, a absorção de
substâncias por meio do drug delivery. “Nesse caso,
o paciente leva em torno de quatro dias para se recuperar,
porque a pele pode ficar um pouco vermelha
e com um leve inchaço. E para os pacientes que têm
melasma, também não fazemos a radiofrequência porque
ela tem efeito térmico, e se aquecida, a mancha
pode piorar”, pondera a dermatologista.
O tratamento com as microagulhas, que podem
ir de 0,5mm a 3,5mm embaixo da pele e, em alguns
equipamentos, são banhadas a ouro, é indicado a
partir dos 25 anos de idade, quando a pele começa
a perder colágeno. “A gente preconiza, em média,
três sessões de microagulhamento, com intervalo de
um mês. A partir dos 35 anos, associar o microagulhamento
à radiofrequência é um tratamento que
indicamos para diminuir a flacidez da pele”, exemplifica
a Dra. Manoela. ¤
áreas arredondadas”, detalha a
dermatologista. No couro cabeludo,
além de potencializar tratamentos
por meio do drug delivery, que leva
vitaminas, mineirais e substâncias
terapêuticas direto para a raiz
do cabelo, o microagulhamento
desempenha outra função.
“O procedimento causa uma injúria
na pele, sem danificar a raiz do
cabelo, e o objetivo é que tenha
esses pontinhos de sangue, pois
eles trazem plaquetas e, junto
delas, os fatores de crescimento
do cabelo”, sintetiza a Dra. Marília.
Aplicado em associação com outros
tratamentos, o microagulhamento
traz, em 30 dias, resultados que
normalmente levariam de dois a três
meses para aparecer.
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