REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 06

CULTURA
ATUAL PRESIDENTE
do Grupo Kinoplex, Luiz
Severiano Ribeiro Neto
(foto acima) administra,
hoje, 260 salas de cinema
em 17 cidades brasileiras
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metragens e serviços de streaming, até a popularização das
salas de cinema dentro dos shoppings, quase pondo fim à
cultura dos cinemas de rua. Sem falar nas crises econômicas
e períodos críticos para o cinema nacional, de produção
escassa e falta de recursos, como o experimentado entre as
décadas de 1980 e 1990.
“É extremamente gratificante. Afinal, é raro uma empresa
nacional chegar aos 100 anos hoje em dia. (...) Tudo isso só
foi possível porque um dos valores de nossa empresa é a
perseverança. Trabalhamos sempre em equipe e buscando
inovar e nos reinventar a cada dia. Tenho muito orgulho de
conseguir dar seguimento ao sonho do meu avô e, com isso,
fazer parte da história de milhares de pessoas que passaram
por nossos cinemas durante esse período”, constata Neto.
Enquanto o avô iniciou a distribuição de salas de cinema
no País, Luiz Severiano Júnior, pai do atual presidente do
grupo, investiu ainda na produção de cinema, tornando-se
sócio da Atlântida, companhia cinematográfica que produziu
diversas películas entre as décadas de 1940 e 1960.
Na capital cearense, a empreitada do visionário cinéfilo
natural de Baturité deixou uma marca ainda mais especial,
que é o Cineteatro São Luiz. Revitalizado há quase três anos,
o equipamento foi construído também por Luiz Severiano
Ribeiro, depois de o Cine Majestic ser consumido por um
incêndio nos anos 1960. Depois, o prédio foi vendido para
o Governo do Estado, a quem pertence até hoje, e abriga,
além de espetáculos musicais, teatrais e cinematográficos,
a sede da Secretaria Estadual de Cultura (Secult).
DO PRETO E BRANCO AO 3D
Em tempos de fácil acesso a conteúdos e filmes na
internet, levar o público ao cinema é uma tarefa cada vez
mais instigante, mas tratada como prioridade pelo Grupo.
“(...) Um serviço de excelência capaz de encantar a cada
um de nossos clientes e levá-los num processo imersivo
que os faz sentirem-se parte do filme e viajar para mundos
mágicos e repletos de emoção”, explica o presidente,
referindo-se à tecnologia de som e imagem disponível nas
centenas de salas que administra e que receberam, só em
2016, 22 milhões de expectadores. ¤
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